quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Visibilidades Juvenis

“Para que a celebração do Dia Mundial das Missões seja uma ocasião para compreender que a tarefa de anunciar Cristo é um serviço necessário e irrenunciável que a Igreja é chamada a desempenhar em favor da humanidade”


Comentário da Intenção Missionária de outubro de 2010

Em certos ambientes contemporâneos, pretende-se apresentar a ação missionária da Igreja como uma atividade desnecessária, como algo que oprime a liberdade de consciência dos outros homens. Se alguém pode se salvar sendo fiel à sua consciência, à religião do ambiente onde nasceu, por qual motivo anunciar o Evangelho?

O Santo Padre nos lembra que a tarefa de anunciar Cristo é um serviço necessário e indispensável que a Igreja é chamada a desempenhar como um serviço à humanidade. Jesus Cristo é a plenitude da revelação de Deus, o Caminho, a Verdade e a Vida, e todos os homens têm o direito de ouvir este anúncio. 

Através da atividade missionária, a Igreja propõe a luz de Deus que ela recebeu, sem impor-la a ninguém. Propor a não é impor. O mandato do Senhor permanece válido para sempre: "Ide pelo mundo e proclamai o Evangelho". É parte essencial da natureza da Igreja a sua dimensão missionária. A Igreja deixaria de ser aquilo que Cristo quer que ela seja, se deixasse de anunciar a salvação de Deus aos homens. Ao mesmo tempo, este anúncio é uma exigência profunda de conversão para a própria Igreja. Bento XVI afirma que o mandato missionário "não pode se realizar de forma crível, sem uma profunda conversão pessoal, comunitária e pastoral" (Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2010).

Anunciar o Evangelho se torna uma grande responsabilidade, porque os cristãos não podem levar este anúncio como "patrões", como "proprietários" da verdade que anunciam, mas como servos da mesma, à qual entregam suas vidas, visto que descobrem nela o amor de Deus.

"Como os peregrinos gregos de dois mil anos atrás, também os homens do nosso tempo, talvez não sempre conscientemente, pedem aos fiéis não apenas para "falar" de Jesus, mas para "mostrar" Jesus, fazer brilhar o Rosto do Redentor em todos os cantos da terra diante das gerações do novo milênio e especialmente diante dos jovens de cada continente, destinatários privilegiados e sujeitos do anúncio do Evangelho. Eles devem perceber que os cristãos levam a palavra de Cristo, porque Ele é a Verdade, porque encontraram Nele o sentido, a verdade para as suas vidas". ( Bento XVI, Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2010). 

Não podemos ser anunciadores sem antes sermos fiéis que vivem com coerência a mensagem que anunciam. O cristianismo não é uma ideologia, mas um encontro vital com Cristo, o Filho do Deus vivo. "Só a partir deste encontro com o Amor de Deus, que muda a existência, podemos viver em comunhão com Ele e entre nós, e oferecer aos irmãos um testemunho crível, dando razão da esperança que existe em nós” (cf. 1 Pt 3, 15. (Ibid.). 

Maria, a Mãe de Deus e Rainha dos Apóstolos, ajude com seu afeto maternal o impulso missionário dos discípulos de Cristo, para que todos os homens possam conhecer o amor de Deus manifestado em Cristo Jesus. 

Fonte: Agência Fides

Madre Bárbara Maix será beatificada no Brasil

No dia 6 de novembro, em Porto Alegre (RS), acontece a beatificação de Madre Bárbara Maix. O processo, que começou em 1993, teve a autorização do Vaticano publicada em maio deste ano, pelo papa Bento XVI, através do decreto do milagre atribuído a intercessão da madre. O decreto fala sobre o menino Onorino Ecker, que em julho de 1944, ficou completamente curado após sofrer queimaduras de terceiro grau. O garoto brincava quando lhe sobreveio uma panela de água fervente. Através do reconhecimento deste milagre, deu-se o último passo de beatificação.
A cerimônia de beatificação será presidida pelo prefeito da congregação para a Causa dos Santos, dom Ângelo Amato, e faz parte das comemorações dos cem anos da arquidiocese de Porto Alegre.

“As beatificações acontecem nas Igrejas locais, porque do ponto de vista pastoral, de evangelização, é uma experiência esplêndida. Beatificar uma pessoa na comunidade onde ela viveu e doou a vida é um forte convite aos concidadãos a seguir seu exemplo de firmeza na fé, de esperança inabalável e amor sem reserva”, disse a postuladora da causa, irmã Gentilla Richetti.

Bárbara Maix nasceu na Áustria, mas a perseguição às ordens religiosas, movida pela revolução de 1848, fez com que ela e outras 21 companheiras fossem expulsas do país. Em maio de 1849, já no Brasil, a religiosa fundou a congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, no Rio de Janeiro. “Será um revigoramento para toda a congregação, levando-nos a buscar na fonte original a força dinamizadora para darmos continuidade a esta obra que, conforme Bárbara afirmou, é de Deus”, declarou a diretora. geral da congregação, irmã Marlise Handges.

Irmã Marlise falou sobre as mudanças que esse período trouxe à congregação. “À medida que a Congregação foi conhecendo mais a vida da Fundadora, sua missão e seus escritos, foi percebendo que não poderia reter esta riqueza de vida apenas para si. Era preciso que o seu exemplo fosse divulgado, para que outras pessoas pudessem se inspirar e perceber que a doação da vida, apesar dos sofrimentos, vale à pena e leva à verdadeira realização”, afirmou a religiosa.

A Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria está presente no Brasil e em mais oito países: Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Venezuela, Moçambique, Bolívia, Itália e Haiti.

Fonte: CNBB

Espaço Afetidade e Sexualidade

Uma longa preparação ao Mês Missionário, com o objetivo de promover a Santa Infância em toda a nação

Iniciou-se em 21 de agosto, com o Primeiro Encontro Nacional de Animadores da Santa Infância, na Nicarágua, a preparação ao Mês Missionário de outubro. No evento, foram abordados temas relevantes como a importância da Pontifícia Obra da Santa Infância, a Missão Ad Gentes e o papel das Pontifícias Obras Missionárias na Nicarágua. Segundo as informações enviadas à Agência Fides pelo Diretor nacional das POM na Nicarágua, pe. Rodolfo French Naar, participaram deste encontro 375 pessoas provenientes de diversas dioceses do país, que se encontraram no Seminário nacional “Nuestra Señora de Fatima” para organizar e promover o trabalho missionário na área da Infância Missionária em toda a Nicarágua. Missionários que trabalham com espírito missionário na Nicarágua e no Centro Missionário Ad Gentes de Honduras, coordenados pelo Diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias ilustraram os diversos temas. 
 
O encontro foi aberto pelo Arcebispo de Manágua, Dom Leopoldo José Brenes, que com suas palavras, encorajou todos os participantes, exortando-os a “prosseguirem e trabalharem com afinco e amor, para indicar às crianças o exemplo vivo de Jesus”. Foi também apresentado o material para as atividades da Santa Infância e para o Mês Missionário. Na Eucaristia conclusiva do dia, Dom Rene Sandigo, Bispo de Juigalpa e encarregado do Comitê para as missões da Conferência Episcopal da Nicarágua, encorajou todos a trabalhar com consciência missionária e reforçar o compromisso missionário junto às crianças. O Bispo também manifestou sua surpresa pelo grande número de participantes no encontro e pelo interesse demonstrado.

Fonte: Agência Fides

Fórum Inaciano de Jovens 2010

Aconteceu, entre os dias 24 e 26 de setembro, o Fórum Inaciano de Jovens (FIJ), reunindo cerca de 200 jovens, mais 50 colaboradores/as e 19 jesuítas, em Santa Rita do Sapucaí-MG, na Escola Técnica de Eletrônica (ETE). O Fórum reuniu jovens das Obras da Companhia de Jesus da província Brasil Centro Leste (BRC). Essa é a segunda vez que acontece o FIJ, a primeira edição foi em 2006.
Esse ano, com a intenção de ser um grande espaço de escuta, articulação de redes e incentivador do protagonismo juvenil, o FIJ contou com 16 espaços temáticos, onde os/as jovens, por meio de diversas linguagens, expressaram-se, partilharam e atuaram para construção dos momentos do FIJ. Além disso, participaram de reflexões comuns sobre trabalho em rede, conduzida pelo Pe. Carlos James e sobre as experiências de participação juvenil, partilhada pelos jovens Ronan Gabriel (da Casa da Juventude de Goiânia), Clara Calderano (do Colégio Jesuítas, em Juiz de Fora), Vinicius Martins (da Fundação Fé e Alegria em Tocantins) e Aderson Santos (da Paróquia Nossa Senhora de Montes Claros).

A diversidade de realidades dos/as jovens participantes do FIJ 2010 foi vivenciada em todos os momentos. Nas diversas manifestações culturais, nos diversos modos de celebrar e participar.

Na intenção de motivar a formação de redes no trabalho com jovens, protagonizadas pelos/as próprios jovens, o FIJ criou um espaço de encontro entre os Regionais[1]. Esse foi um espaço de muitas ideias, vontade de caminhar junto e de dar passos na construção de redes.

A escuta, como exercício sugerido o tempo todo, rendeu mensagens. Jesuítas queriam que os jovens escutassem o que tinham a dizer e elaboraram uma carta aos/às jovens. Jovens também fizeram sua mensagem final do FIJ aos jesuítas. Baixe e leia as cartas, abaixo.

No blog do Fórum, poderemos continuar acompanhando os desdobramentos dessa atividade: fotos, contatos, textos e notícias do que vai acontecer por aí, nos regionais. Acompanhe: http://www.foruminacianodejovens.blogspot.com/

Fonte: Anchietanum

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

JOMIS - CONE SUL: Reunião de Jovens Missionários dos países do Cone Sul

Aconteceu nos dias 24, 25 e 26 de setembro em Assunción - Paraguai a 5ª Reunião dos Jovens Missionários dos países do Cone Sul com o objetivo de refletir a caminhada, estudar e traçar metas para o futuro com a inspiração do tema: "Los Jovenes y la Misión".

Estiveram presentes os seguintes representantes: Jaime (representante do Chile); Linda Cristel (Secretária Nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé no Paraguai); Sandra (representante do Paraguai); José Luiz (Secretário da Juventude Missionária do Paraguai); Pe. Walter (Diretor Nacional da POM do Paraguai); Tiago Scalco (representante do Brasil); Fabiano (representante da JM do Brasil no Cone Sul) e Pe. André Luiz de Negreiros (Secretário Nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé e Juventude Missionária do Brasil). Lamentamos profundamente a ausência dos representantes do Uruguai e da Argentina, porém fortalecemos cada vez mais a nossa caminhada por meio desta reunião. Deus seja louvado hoje e sempre!

Fonte: Pe. André Luiz de Negreiros (Secretário Nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé e Juventude Missionária no Brasil)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Missionário italiano ministra curso de atualização para o clero

A temática do curso foi Missiologia, o estudo teológico das missões na Igreja. Padre Pietro partilhou sua longa experiência missionária e apresentou o que vem sendo pensado e realizado neste campo em todas as partes do mundo. De uma forma especial, fez um retrospecto do campo missionário na América Latina. "A alma da Igreja é a missão. O padre diocesano e o leigo devem viver esse espírito missionário, como nos pediu a Conferência de Aparecida, em 2007", afirmou.     

Padre Pietro abordou as três dimensões da missão: a manutenção paroquial; a evangelização dos batizados; e a missão propriamente dita, a ad gentes, direcionada àqueles que nunca ouviram falar de Jesus Cristo. "Evangelizar é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade", definiu o palestrante.

O curso foi enriquecido com trabalhos em grupo, plenárias e testemunhos dos cursistas. "A paróquia na qual estou é toda missionária. Os diversos grupos são orientados a irem em busca daqueles que se afastaram da comunidade, e também visitamos as 24 comunidades rurais que nos foram confiadas. Mesmo que eu tenha poucos meses como sacerdote, esse curso impulsionou ainda mais o meu fervor missionário", disse padre João Barbosa, da diocese de Miracema.

* Padre Pietro Facci é sacerdote italiano e está no Brasil há 23 anos. Missionário do PIME (Pontifício Instituto das Missões Exteriores),  é mestre em Missiologia e editor da Revista Mundo e Missão.

Fonte: PASCOM
Local: Palmas - TO

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dia Internacional da Não-violência

Chiara Luce Badano é bem-aventurada - 25 mil pessoas na celebração

"Para mim é uma emoção profunda ver realizado o esplêndido luminoso desígnio de Deus sobre esta jovem de 18 anos", afirmou Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, no agradecimento final da cerimônia de beatificação

Com a cerimônia de beatificação, realizada na tarde do dia 25 de setembro no Santuário do Divino Amor, em Roma, tiveram início as celebrações em honra de Chiara Luce Badano, uma jovem nascida em Sasselo (Savona - Itália), em 1971 e falecida em 1990, vítima de um osteosarcoma, concluindo uma vida marcada por uma fé luminosa e pela adesão à espiritualidade do Movimento dos Focolares.    

A cerimônia de beatificação, profunda e alegre, foi presidida pelo prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, V. Ema. Dom Angelo Amato, como representante do Papa Bento XVI. Participaram cerca de 25 mil pessoas, na maioria jovens, provenientes de 57 países, dos cinco continentes. Na área externa do Santuário, super lotada, foram colocados telões. Entre os presentes o prefeito de Roma, Gianni Alemanno. Mas a festa não terminou ali, prolongou-se até domingo, dia 26, com eventos dedicados especialmente aos jovens, sempre com a presença dos pais da beata, um caso não só raro, mas único, devido à jovem idade de Chiara Badano e à duração da causa de beatificação, muito breve.

No sábado à noite, na Sala Paulo VI, no Vaticano, foi feita uma festa com música e testemunhos, e milhares de pessoas a assistiram também na Praça de São Pedro, ainda graças a vários telões.

No domingo de manhã o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, celebrou uma Missa de Ação de Graças, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros. Durante o Angelus, ao meio-dia, o Papa saudou os presentes, numa conexão com a residência de Castelgandolfo onde se encontrava. Em vários países do mundo foram feitos encontros simultâneos, com conexões internet ou pela televisão. No Brasil os dois eventos de sábado foram transmitidos ao vivo pela Rede Canção Nova, e pela Rede Nazaré, para toda a região norte.    
Na conclusão da Santa Missa de Beatificação, Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, expressou o seu agradecimento com estas palavras:

Em primeiro lugar, em nome do Movimento dos Focolares, aqui representado por pessoas de 57 Países dos cinco continentes, agradeço a dom Amato que, em nome do Papa presidiu esta solene e comovente cerimônia.

Agradeço e saúdo todas as autoridades religiosas e civis, todas as pessoas presentes neste santuário ou no jardim que o circunda, e também todos aqueles que seguem este momento pela mídia. Um agradecimento especial justamente a todos os que trabalharam para que este evento tivesse uma dimensão planetária.

Para mim, é uma profunda emoção ver realizado o esplêndido e luminoso projeto de Deus para esta jovem de dezoito anos, que foi se revelando para ela mesma e depois para todos nós; vê-lo reconhecido hoje pela Igreja como primeiro fruto maduro do nosso Movimento. É um momento histórico, uma confirmação, por parte da Igreja, de que a espiritualidade da unidade vivida conduz à santidade.

Quanta gratidão a Deus pelo Carisma que Ele mandou à Terra através de Chiara Lubich e quanta alegria nos nossos corações por esta dádiva que hoje a Igreja nos concede!

Também o Céu vai festejar!

É um novo compromisso. Chiara Luce nos estimula a ir em frente, aliás, a ´correr´ no caminho da santidade. Que o seu exemplo seja de luz para a maior número de pessoas possível, e contagie muitos e muitos.

Fonte: Movimento dos Focolares

1º Congresso Estadual da Juventude Missionária em MG

Aconteceu neste final de semana o 1º Congresso Estadual da JM de Minas Gerais.

O encontro já contou com a presença do bispo presidente do COMIRE Leste II, pastor da diocese de Itabia-Coronel Fabriciano a qual recebeu os jovens vindos das dioceses de Guanhães, Arquidiocese de Mariana, Arquidiocese de Belo Horizonte, Arquidiocese de Montes Claros, Diocese de São Mateus-ES e Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano.

O Congresso conta com a presença de 60 jovens, reunidos à luz do tema: “Missão Continental” e lema: “Alegria de ser jovem missionário”. Padre Miguel Taboada, Missionário Xaveriano; Padre Sávio, Secretário Nacional da União/POM e Cida Alves, coordenadora do COMIDI da Diocese Itabira-Coronel Fabriciano, ajuda-nos a refletir sobre o tema e lema. Que a paixão pela missão seja também o coração da JM.

Érica Júlia - Coord. Estadual da JM em MG

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Uma vida de intensa luz

Navegar na Internet sem ser levada pela onda

A vida urbana e o acesso às tecnologias da informação abrem para as meninas e as adolescentes um leque de possibilidades: melhor educação, acesso a saúde e inúmeras ideias e habilidades novas. Ao mesmo tempo, implicam vários perigos. Um informe apresentado ontem pela organização humanitária Plan International conclui que tanto a vida nas cidades como o fácil acesso à Internet e a outros serviços de comunicação podem representar riscos significativos para as adolescentes.

Trata-se do quarto estudo da série "Porque Sou uma Menina: o Estado das Meninas do Mundo 2010" e tem o título "Fronteiras Digitais e Urbanas: as Moças em uma Paisagem Mutante". "A vida urbana e a tecnologia são dois terrenos de crescimento e oportunidades reais, mas isto também significa que as adolescentes e mulheres jovens podem estar em risco", disse à IPS a editora do informe, Sharon Gould.

A cada mês, as cidades do mundo em desenvolvimento aumentam em cerca de cinco milhões de pessoas, com a chegada de imigrantes das áreas rurais que aspiram uma vida melhor para eles e para as famílias que deixaram para trás. Estima-se que, até 2030, cerca de 1,5 bilhão de moças viverão em áreas urbanas.

As jovens que se mudam para as cidades têm mais probabilidades de ir à escola. Nos países em desenvolvimento, o comparecimento escolar pode ser até 37% maior para adolescentes entre 15 e 19 anos. O acesso aos serviços de saúde também é mais fácil, o que reduz as mortes maternas e melhora a compreensão da saúde sexual e reprodutiva. Estes benefícios estão acompanhados de riscos significativos: falta de moradia, superpopulação e saneamento de má qualidade, tudo leva a um aumento dos abusos físicos e sexuais contra as mulheres.

Naturalmente, o assédio sexual não é um fenômeno limitado às nações em desenvolvimento. Ruas, mercados e metrôs lotados dão aos homens a oportunidade perfeita de assediar as jovens impunemente. Na Holanda, 40% das mulheres ouvidas em uma pesquisa pela Internet disseram não se sentir seguras ao caminhar sozinhas à noite em suas próprias cidades. Os piores perigos enfrentam as moças que vivem em alguns dos assentamentos mais pobres do mundo ou nas ruas.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), dos cerca de cem milhões de menores de idade que vivem nas ruas das cidades de todo o mundo, aproximadamente 30% são meninas. Não surpreende que as adolescentes sem lar sejam as mais vulneráveis a serem forçadas ao trabalho sexual, a mendigar ou trabalhar de graça para fugir da pobreza.

"É fundamental garantir que as meninas tenham acesso aos muitos benefícios que uma cidade pode oferecer", disse Sharon. "Nas pesquisas feitas para o informe, os principais pontos em sua lista de melhorias eram melhor iluminação pública, transporte público mais seguro e mais pessoal de segurança", ressaltou.

Maior acesso às tecnologias da informação e comunicação pode ser uma das vantagens de viver em uma cidade. Um bom conhecimento dessas ferramentas é essencial para a maioria dos trabalhos, por isso a boa capacitação para as moças definitivamente melhora suas possibilidades de conseguir trabalho, saírem da pobreza e terem poder. Muitas organizações de mulheres também usam tecnologias como Internet, rádio e televisão para promover a igualdade de gênero, expor a violência contra as mulheres ou educá-las em matéria de saúde sexual.

Na medida em que a Internet e os demais meios de comunicação se tornam mais acessíveis e muitas vezes são requisito para encontrar um bom trabalho, é importante que adolescentes adquiram conhecimentos para usá-los de maneira segura, enfatiza o documento. Pela Internet, as adolescentes correm especial risco de entrar em contato com assediadores sexuais e de serem convencidas a conhecê-los pessoalmente, colocando-se, portanto, em uma situação muito perigosa.

Os potenciais perigos do ciberespaço fazem com que algumas famílias adiem o aprendizado das meninas em matéria de Internet ou a hora de dar um telefone celular. Embora isto possa protegê-las em parte do assédio sexual, impede que as meninas aproveitem plenamente as tecnologias da informação, o que lhes daria uma educação completa e permitiria que avançassem na vida, afirmam especialistas.

É importante fazer consultas às meninas e mulheres jovens sobre os intercâmbios que mantêm com outras pessoas na Internet, "não para superprotegê-las, mas para torná-las conscientes dos riscos e de como se protegerem deles", disse Sharon. O acesso às tecnologias da informação e da comunicação pode permitir que as mulheres tenham maior participação na vida de suas comunidades e de seus países, adquirir novas habilidades ou conhecimentos específicos que as ajudem a se proteger, por exemplo, do vírus HIV, causador da aids.

"Tanto a vida urbana como o acesso a tecnologias da informação deveriam dar às meninas maiores oportunidades, sempre e quando os riscos são abordados. Contudo, as barreiras da pobreza e das atitudes sobre o que é adequado para moças e moços significam que serão exigidos muitos investimentos nelas, tanto dentro como fora das famílias, para que se alcance uma verdadeira igualdade", disse Sharon.

Fonte: IPS/Envolverde

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Café Filosófico

Retomada Indígena

RETOMADA INDÍGENA III
na Pontifícia Universidade Católica – PUC-SP

Pelo terceiro ano consecutivo o Programa Pindorama (Indígenas na PUC-SP) e o Museu da Cultura da PUC-SP vão realizar entre os dias 20 a 24 próximos, um evento que irá discutir os problemas das populações nativas no Brasil de hoje.

Nesta semana serão enfocados diversos pontos, como a questão indígena e a imprensa, a situação dos Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul, os povos indígenas e os movimentos sociais, além do lançamento em São Paulo do Relatório de Violência 2009, produzido pelo Cimi.

A grande novidade do presente evento será a exposição de fotógrafos indígenas com o título O olhar indígena sobre a aldeia e a cidade. Pela primeira vez São Paulo poderá ver uma mostra de vários fotógrafos indígenas de várias (Guarani, Potiguara, Terena e Kaimbé), quase todos estudantes da PUC-SP (graduação e pós-graduação), que poderão mostrar um olhar diferenciado sobre esta sociedade com a qual convivem muitas vezes de maneira bastante conflituosa.

O evento contará também com a apresentação de uma mostra de curtas com temática indígena, como O amendoim da cotia (vídeo feito por indígenas Panará/MT, edição de Vincent Carelli; Pisa ligeiro (sobre a articulação dos povos indígenas na atualidade); Xingu, terra ameaçada (Washington Novaes/TV Cultura).
Todos estas atividades serão no Pátio da Museu da Cultura, com exceção dos filmes que será projetados no Auditório Paulo VI, da Biblioteca.
Pouco a pouco os estudantes indígenas da PUC-SP começam a ter voz e a conquistar um espaço importante, revelando que tem algo a dizer e a cobrar da universidade, e desta forma deixando de ser “invisíveis”.
Esta semana conta com o apoio da Pastoral Indigenista de São Paulo, NEMA-Núcleo de Estudos de Populações Tradicionais e Meio Ambiente/PUC-SP, Cimi-Grande São Paulo e Organização Popular Aymberê.

A seguir a programação:

Retomada Indígena III
20 a 24 de setembro 2010 – Museu da Cultura PUC-SP
POVOS INDÍGENAS FRENTE À SOCIEDADE BRASILEIRA HOJE

20/9 - 2ª feira – Abertura da semana

18,30h. Dança de um grupo indígena na rampa do prédio novo da PUC (entrada Rua Ministro Godoy).

19h. Exposição no Museu da Cultura (PUC-SP) - O olhar indígena sobre a cidade e a aldeia (fotos de indígenas que vivem em São Paulo), e mostra de instrumentos de caça, guerra e pesca de várias etnias do Brasil. (Duração da exposição: de 20/9 a 8/10, das 10h às 19h, exceto em finais de semana).

19,15 h. Mesa redonda 1: Povos indígenas frente à sociedade brasileira hoje. Debatedores: Prof. Rinaldo Arruda (antropólogo da PUC-SP), Cristiano Navarro (jornalista do semanário Brasil de Fato) e Prof. Sílvio Mieli (Prof. da Faculdade de Jornalismo da PUC-SP).

21/9 - 3ª feira

19,15h. Mesa redonda 2: Os indígenas Guarani Kaiowá do MS. Projeção do curta À beira da estrada (do documentário La lotta e la speranza - Luci nel Mondo/Cimi). Debatedores: Valdelice Veron (filha do cacique Marcos Veron) e liderança Guarani Kaiowá do MS, e Dra. Maria Luiza Grabner (Procuradora do Ministério Público Federal- PR/SP).

22/9 – 4ª feira

19,15h. Mesa redonda 3: Lideranças indígenas: Jerry Matalawê (liderança Pataxó e membro da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia); Timóteo Popyguá (liderança Guarani da aldeia Tenondé Porã-São Paulo) e Maria Cícera de Oliveira (povo Pankararu e da coordenação do Programa Pindorama, PUC-SP)
Local: Museu da Cultura – PUC-SP.

23/9 – 5ª feira

19,15h. Mesa redonda 4: A questão indígena e os movimentos sociais: Edson Kayapó (doutorando da PUC-SP e coordenador dos Ceci da Prefeitura de São Paulo); Israel Sassá Tupinambá (membro do Tribunal Popular e da Org. Popular Aymberê), Regina Lúcia dos Santos (geógrafa e membro do Movimento Negro Unificado-MNU) e Gilmar Mauro (coordenação nacional do MST).

24/9 – 6ª feira

19,15h. Lançamento do Relatório de Violência de 2009–CIMI, com comentários da Profa. Lúcia Helena Rangel, PUC-SP (organizadora do trabalho), Sarlene Soares Makuxi (mestranda PUC-SP, da Terra Indígena Raposa Serra do Sol) e Bruno Martins (graduando da Faculdade de Direito da USP).

Encerramento: reza indígena e toré com os povos presentes (Wassu Cocal, Fulni-ô, Pankararé, Pankararu...)

Semana de curtas metragens com temática indígena

21/9 - 3ª feira
O amendoim da cotia (Sobre o povo Panará/PA, dir. Vincent Carelli. Vídeo nas Aldeias, 50’)
12,30 h e 18h: projeção no auditório Paulo VI (auditório da Biblioteca).

22/9 – 4ª feira
Pisa Ligeiro (Luta dos povos indígenas hoje. 50’).
12,30h e 18h: sala 134 C (1º andar, PUC, entrada pela Rua Ministro Godoi).

23/9 – 5ª feira
Xingu, terra ameaçada (dir. Washington Novaes, TV Cultura, 48’).
12,30h e 18h: projeção no auditório Paulo VI (auditório da Biblioteca)

Venda de artesanato: Durante a semana haverá venda de artesanato dos povos Pankararé, Fulni-ô, Guarani e Kariri Xokó.

Local: PÁTIO DA CRUZ (pátio interno do prédio velho da PUC)

Sesi-SP apresenta:

Nota da CNBB

Nota de solidariedade aos povos Guarani-Kaiowá
“O Senhor disse: ‘Eu vi a opressão do meu povo, ouvi os gritos de aflição
diante dos opressores e tomei conhecimento de seus sofrimentos’” (cf. Ex 3,7)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB acompanha com
preocupação a dramática situação enfrentada pelo povo Guarani-Kaiowá, no Mato
Grosso do Sul, vítima de violência, resultado de flagrante desrespeito aos seus direitos.
Obrigado a uma concentração demográfica nas poucas e pequenas terras
demarcadas, o povo Guarani-Kaiowá se constitui de dezenas de comunidades vivendo,
há anos, em acampamentos improvisados à beira de rodovias daquele Estado.
Repudiamos as ameaças que pesam sobre as comunidades indígenas Y’poí,
(localizada no município de Paranhos) e Ita’y Ka’aguyrusu (no município de
Douradina). 

São ataques a mão armada numa brutal intimidação aos habitantes dessas
comunidades que se veem não só cerceadas no seu direito de ir e vir como também
privadas de bens essenciais à vida como água, comida, educação e saúde.

Essa situação exige uma solução rápida, urgente e eficaz. Por isso, a CNBB
dirige um veemente apelo ao Governo para que faça cumprir os dispositivos da
Constituição Federal de demarcar as áreas tradicionalmente ocupadas pelos Guarani-
Kaiowá. Tal medida é o caminho para reverter o deplorável quadro de violência
naquela região e, assim, garantir a vida deste povo que honra o país com sua cultura e
seus costumes.

Pedimos a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, que interceda junto de
seu Filho Jesus Cristo para que a paz se restabeleça nessa região e que o povo Guarani-
Kaiowá realize seu desejo de uma terra sem males.

Brasília, 22 de setembro de 2010

Dom Geraldo Lyrio Rocha Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Mariana Arcebispo de Manaus
Presidente da CNBB Vice-Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB

Primavera para a Vida!

A comunicação por meio do texto

Santidade ainda atrai jovens

A beatificação no próximo dia 25 de setembro de uma jovem italiana que morreu aos 18 anos está levantando uma movimentação de jovens de todo o mundo em torno do ideal de santidade. Chiara Luce Badano era uma jovem cheia de vida, dinâmica, esportiva, cheia de amigos e que concluiu sua vida depois de enfrentar heroicamente o sofrimento provocado por um câncer nos ossos. A Igreja Católica reconhece em Chiara Luce um exemplo que poderá inspirar muitos outros jovens a fazer a Vontade de Deus, nas circunstâncias mais simples até as mais dolorosas, e assim poder completar sua trajetória como cristãos de fato.

Aumenta a cada dia o número de inscrições de jovens para participar da programação ligada à beatificação de Chiara Luce Badano que será realizada nos próximos dias 25 e 26 de setembro em Roma: da Austrália ao Quênia, da Holanda à Jordânia, da China à Colômbia. Centenas de jovens brasileiros já estão preparados para a viagem. Em todos os Estados do país, eles inventam mil iniciativas para recolher os fundos necessários para a viagem a Roma.

Por que tanto interesse para participar dessa programação em Roma ou mesmo em divulgar a vida de Chiara Luce? Alguns jovens que estão se preparando para a viagem respondem:

“Chiara Luce me demonstrou que vale a pena dar a vida por algo de grande, pela fraternidade universal”. (Ramon, de Teresina – PI)

“Enquanto a sociedade nos leva a nos distanciarmos de tudo que é sofrimento e incômodo, Chiara Luce nos ensina a abraçar as dificuldades e a transformá-las em amor ao próximo”. (Paulo, da Itália)

“O que atrai nela é o triunfo da vida e da alegria. Chiara nos deixou uma trilha para seguir”. (Tatenda, da África do Sul)

“É um modelo para todos os jovens. Isso me ajudará a nadar na contracorrenteza do mundo consumista em que vivemos”. (Elsy, dos Estados Unidos).

A organização do evento espera mais de 10 mil jovens de todo o mundo, e não só católicos. A beatificação de Chiara Luce Badano está atraindo cristãos de outras Igrejas e jovens de outras religiões. Outros milhares de jovens e adultos seguirão a programação de Roma e estarão conectados a ela através da Internet ou da TV. No Brasil, haverá dezenas de pontos de transmissão do evento em todos os Estados. Em muitas cidades, se realizarão programações paralelas para apresentar o ideal de vida de Chiara Luce como um caminho acessível para todos os jovens.

Os próprios jovens são os protagonistas das diversas programações que se realizarão em todo o mundo. Foram eles mesmos a envolver outros jovens nesse mutirão de eventos, apresentando através de canções, teatros, musicais e pelas rede sociais, especialmente o Twitter, o fascínio e a extraordinariedade “normal” da vida dessa jovem com a mesma idade deles.

Jovens brasileiros escrevem no Twitter:
Dia 25 de Setembro, 1 Twett for #ChiaraLuce.
 
“precisamos de santos que estejam no mundo e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos.”
“precisamos de santos sem véu ou batina. precisamos de santos de calça jeans e tênis”
“precisamos de santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos”
“precisamos de santos q coloquem Deus em 1º lugar e q às vezes também se "lascam" na faculdade.”
“precisamos de santos comprometidos com os pobres e com as necessárias mudanças sociais.”
“precisamos de santos sociáveis, abertos, normais, alegres, amigos, companheiros”.

Mais informações:
Site oficial: http://www.chiaralucebadano.it/
Site no Brasil: http://www.focolares.org.br/chiaraluce/
 
Youtube
 
http://www.youtube.com/watch?v=dIWOkiOmSJ8&feature=related (jovem brasileira relata em português a história de Chiara Luce, ilustrada com fotos)
 
http://www.youtube.com/watch?v=kJ1j4CvjwEY (sequência de slides com fotos e trechos da sua vida – Em português)
 
http://www.youtube.com/watch?v=dIWOkiOmSJ8&feature=related (Em italiano - Entrevista com os pais de Chiara Luce a um programa de TV da Rai)
 
http://www.youtube.com/watch?v=dIWOkiOmSJ8&feature=related (Reportagem em italiano)

http://www.cidadenova.org.br/RevistaCidadeNova/ArtigoDetalhe.aspx?id=4296 (Reportagem da Revista Cidade Nova sobre Chiara Luce

Unip - realiza encontro de Jornalismo - Jornada de Jornalismo Jornalismo Social - Formação Cidadã


“Se o mundo tem de ser posto em ordem, meu país deverá ser o primeiro a mudar. Se meu país deverá ser o primeiro a mudar, minha cidade tem de ser transformada. Se minha cidade tem de ser transformada, antes minha família tem de se modificar. Se minha família vai ter que se regenerar, eu próprio tenho de ser o primeiro!”

A Universidade Paulista – Unip realizará a Jornada de Jornalismo com o tema Jornalismo Social - Formação Cidadã no auditório do campus Chácara Santo Antonio nos dias 28, 29 e 30 de setembro, a partir das 19h30.

A jornada terá três painéis com temas ligados ao jornalismo social que serão discutidos por jornalistas convidados. O ingresso para a participação do evento será a doação de um quilo de alimento não perecível destinada para  AFAGO – Associação de apoio a família ao grupo e a Comunidade – São Paulo uma associação filantrópica, fundada em dezembro de 1993 que atua na comunidade da Vila Aparecida, assim conhecida como favela da Pedreira, desde a sua fundação.

O tema Jornalismo Social – Formação Cidadã foi escolhido pelos alunos com a intenção de discutir o papel do Jornalismo Social diante dos movimentos sociais organizados e da vida social coletiva e pública. Esta jornada pretende debater a importância da atuação do cidadão, jornalista ou não, para a formação do cidadão crítico, levantar questões como o direito ao voto e a cobrança de soluções para a problemática atual, porque não basta só informar, mas formar a consciência da população.

A sociedade passa por grandes transformações em sua estrutura social, econômica e política, criando novas relações, passando a exigir profissionais capazes de atuarem nela de maneira a transformá-la. A formação cidadã é necessária, para que todos possam contribuir para a construção de novos valores, promovendo novas relações sociais que incluam as classes menos favorecidas.
Abordaremos temas clássicos das editorias Gerais e Cidades nos grandes jornais, mas do ponto de vista do ator social: direitos humanos, saúde, educação, trabalho, habitação, segurança, lazer, hábitos de convivência e comportamentos sociais. Todos esses assuntos serão debatidos com os seguintes painéis e datas acima.

Para participar basta enviar um email para: encontrodejornalismo.unip@gmail.com e passar dados como: Nome e um doc de identificação

Quer saber mais? Acesse: http://catracalivre.folha.uol.com.br/2010/09/unip-recebe-encontro-de-jornalismo/

Fonte: Comissão Organizadora - Universidade Paulista - UNIP

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Encontro de Formação da Juventude Missionária em Santa Catarina

Nos dias 4 e 5 de setembro de 2010 na casa de retiros Shalom em Jaraguá do Sul/SC, foi realizado um encontro para Jovens interessados em conhecer a Juventude Missionária (JM). Neste encontro o facilitador foi o Pe. André Luiz de Negreiros, Secretario Nacional da Juventude Missionária. Também estiveram presentes participantes das dioceses de Joinville, Rio do Sul, Caçador e Blumenau, e também com participação dos Padres Mário Hack, Primo Silvestri e Remo.

Além dos momentos de oração, animação, formação sobre a Juventude Missionária e as Pontifícias Obras Missionárias, foram escolhidos os jovens referência de cada diocese do Regional Sul IV e definido um calendário de atividades para o ano de 2011.

Fonte: Juventude Missionária - SP

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Missionários de 13 países participam do Curso de Formação Intercultural

No último dia 19, teve início o 104º Curso do Centro de Formação Intercultural (CENFI) para iniciação dos missionários que vem do exterior à missão no Brasil. O encontro, que acontece no Centro Cultural de Missionários (CCM), em Brasília (DF) tem a participação de cerca de 20 missionários de 13 países: Indonésia, Timor Leste, Coréia do Sul, Quênia, Eritréia, Congo, Haiti, Argentina, México, Honduras, Colômbia, França e Alemanha.

Com o objetivo de dar introdução, interação e acompanhamento aos missionários estrangeiros à realidade brasileira. O curso, que em outras edições já teve participação de 4000 missionários, propõe três pontos básicos: uma aprendizagem sistemática da língua portuguesa, um estágio em casas de família e uma introdução articulada sobre a “sociedade, as culturas e a caminhada da Igreja no Brasil”.

Durante os 90 dias do encontro, os participantes terão a oportunidade da partilha de experiências, participação dos eventos, momentos de lazer e espiritualidade. O encontro se encerra no dia 17 de dezembro.
 
Fonte: CNBB
Local:Brasil

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Chiara Luce Badano

Olá!!
    É uma grande alegria convidar você, isso mesmo, você que está do outro lado da tela, lendo este e-mail, para a nossa Jornada dos Jovens, na Mariápolis Ginetta, que já chegou na sua 8ª edição (Veja convite acima). A programação está bela, alegre e totalmente à sua espera, que vive por grandes Ideais.
Quem já participou sabe que é um dia de convivência, onde através de danças, de música, da arte, das experiências de vida podemos descobrir e experimentar juntos que é possível construir uma sociedade fraterna e de paz. 
Na Jornada desse ano, temos um motivo extraordinário, especial: no dia 25 de setembro, na Itália, será beatificada Chiara Luce Badano.

       Uma jovem bela, cheia de vida, atleta, ativa de sorriso contagiante. Uma jovem normal, uma cristã. Depois, inesperadamente a doença, a agonia, a morte. Uma escalada rápida para o Céu.
       Parecia apenas mais uma entre tantos jovens do Movimento dos Focolares, os "Gen" (Geração Nova). Como vários deles, morreu cedo. Nela percebemos uma certa predileção de Deus. Lemos alguns escritos seus e soubemos do funeral, que foi definido uma "festa de núpcias".

Fé, razão e justiça

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Universidade federal abre vestibular exclusivo para refugiados

Responsável por organizar o primeiro vestibular específico para refugiados do país, em 2009, a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), no interior de São Paulo, acaba de abrir as inscrições para o processo seletivo para ingresso de refugiados nos cursos de graduação em 2011.

Até o próximo dia 27 de setembro, os interessados devem encaminhar à Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad) uma carta de manifestação de interesse, mencionando o curso pretendido. Também devem apresentar documentação comprobatória de conclusão de estudos equivalentes ao Ensino Médio (acompanhada de parecer de equivalência emitido por Secretaria de Estado de Educação, caso os estudos tenham sido realizados fora do Brasil) e documento expedido pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) que comprove sua situação de refugiado.

Até o dia 13 de outubro será divulgada a relação dos candidatos convocados para as avaliações. A lista de candidatos aprovados será divulgada no dia 15 de fevereiro de 2011.

A UFSCar é uma das universidades brasileiras que integram a Cátedra Sérgio Vieira de Melo (CSVM), que foi implementada pelo ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) na América Latina em 2003 e busca difundir o direito internacional humanitário, os direitos humanos e o direito dos refugiados, promovendo também a formação acadêmica e a capacitação de professores e estudantes nesses temas.

A cátedra é uma homenagem ao brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto no Iraque naquele mesmo ano e que dedicou grande parte da sua carreira profissional nas Nações Unidas ao trabalho com refugiados, como funcionário do ACNUR. Em 2004, o projeto foi reformulado com o objetivo de incorporar atividades de caráter comunitário, como a assistência aos refugiados e a desburocratização do acesso ao ensino superior.

O processo seletivo para refugiados da UFSCar e está inserido neste marco e faz parte do seu Programa de Ações Afirmativas. Desde 2009, a universidade reserva pelo menos uma vaga para refugiados em todos os cursos oferecidos. Atualmente, cinco refugiados estão na UFSCar, beneficiados por esta iniciativa.

O programa também se propõe a assegurar a continuação dos estudantes refugiados por meio da disponibilização de um tutor que fomenta a continuidade dos estudos, ajudando os refugiados a lidar com eventuais dificuldades de integração na comunidade acadêmica e intermediando entre os estudantes e a instituição. A Universidade oferece, quando necessário, apoio para moradia e alimentação, além de uma ajuda financeira para atividades desenvolvidas na universidade.

As informações completas sobre o processo seletivo podem ser conferidas no edital N° 004 de 24 de agosto de 2010.

I Congresso Estadual da Juventude Missionária - MG

Sesi-SP apresenta:

Há menos fome, mas ainda falta comida

Os números apresentados ontem pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, que pela primeira vez em 15 anos mostram uma redução na quantidade de pessoas famintas, deveriam ser motivo de comemoração. Mas são insuficientes, segundo os compromissos assumidos. Não significa que a redução seja tão pequena a ponto de ser insignificante. Pelo contrário, a FAO estima que este ano há 925 milhões de desnutridos, 98 milhões a menos do que em 2009.

Se o mundo continuar por esse caminho, o primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, de reduzir pela metade a proporção de pessoas famintas até 2015 em relação aos níveis de 1990, parece impossível. Lamentavelmente, a redução se deve a melhorias de curto prazo no clima econômico mundial, em lugar de seguir um avanço duradouro no combate aos estômagos vazios.

A recuperação e o barateamento dos preços dos alimentos aliviaram a situação após os efeitos da crise hipotecária e do aumento nos preços das matérias-primas. Mas os números da fome continuam acima dos níveis anteriores à crise, e persistem os problemas estruturais que fazem com que quase um bilhão de pessoas não tenham alimento suficiente para atender suas necessidades energéticas.

"Ainda é um número extremamente alto. Os piores excessos da crise se dissiparam um pouco", mas não há o que comemorar, disse à IPS o diretor de redução da fome no capítulo britânico da organização Save the Children, Alex Rees. "Deve haver um grande sentido de urgência, já que o número é tão alto. Ainda há muitas emergências em várias partes do mundo", acrescentou.

Assim, o primeiro Objetivo do Milênio ainda está muito longe de ser alcançado, pois, embora o total de alimentos seja amplo, os pobres de todo o mundo em desenvolvimento continuam vulneráveis aos impactos das flutuações econômicas e da perda de cultivos. Um recente aumento no preço das matérias-primas incentivou a Rússia a estender sua proibição às exportações de trigo até 2011, o que gerou especulações sobre quando os preços poderão retornar aos níveis da crise de 2008.

A FAO e centros especializados, como o Instituto Internacional de Pesquisa sobre Políticas Alimentares, afirmam que não é o caso, e apontam, entre outros fatores, boas reservas de alimentos, apesar de admitirem que a situação é instável. "A crise alimentar não passou: 925 milhões de famintos ainda é um escândalo", disse Jeremy Hobbs, diretor-executivo da Oxfam International. Haver menos pessoas com fome é mais uma questão de sorte, acrescentou.

"A qualquer momento pode estourar outra crise alimentar mundial, a menos que os governos abordem as causas subjacentes da fome, que incluem a inconsistência do preço dos alimentos, décadas de investimentos insuficientes na agricultura e a mudança climática", disse Hobbs.
O problema persiste apesar de a FAO e suas agências irmãs em Roma - o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida) - dizerem que as soluções não são nenhum mistério.

Segundo elas, a experiência de países como Brasil, Nigéria e Armênia mostram que a fome pode ser reduzida investindo na agricultura em pequena escala para ajudar os pobres de áreas rurais a alimentarem-se no longo prazo, e proporcionando redes de segurança para que os necessitados possam sobreviver à crise de curto prazo. O mundo possui os alimentos e o conhecimento, o que leva alguns a concluir que falta vontade.

"O fato de haver tantos famintos no mundo é um desafio à noção de progresso humano", disse à IPS Tony P. Hall, diretor da Alliance to end Hunger e ex-embaixador dos Estados Unidos nas agências alimentares da ONU em Roma. Frear esta situação "é questão de vontade política e espiritual. Até agora, não a demonstramos", acrescentou.

Os ativistas contra a pobreza esperam que a cúpula que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, convocou para a próxima semana em Nova Iorque, para avalir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, dê novo impulso à luta contra a fome.

Esses objetivos são reduzir pela metade o número de pessoas que sofrem pobreza e fome, com relação a 1990, garantir a educação primária universal, promover a igualdade de gênero e reduzir a mortalidade infantil e a materna, combater a aids, a malária e outras enfermidades, assegurar a sustentabilidade ambiental e fomentar uma associação mundial para o desenvolvimento. Tudo isto até 2015.

Porém, reuniões como a da próxima semana só conseguiram fazer, até agora, com que os governos cumpram seus compromissos em matéria de assistência e investimentos, e os políticos não são os únicos culpados. O público em geral, tanto de nações ricas quanto das pobres é cúmplice, ao reagir com indiferença, em lugar de indignação. No começo deste ano, por exemplo, a FAO lançou na Internet uma petição, incentivando a população a se manifestar ("Isso me enfurece", diz) contra a injustiça da fome e para pressionar seus governos no sentido de agirem a respeito.

Até ontem, conseguiu 765.129 assinaturas, nada mal para uma campanha na Internet, mas apenas uma fração dos milhões que vão às compras em um centro comercial, assistiram novelas ou campeonatos de futebol, ou, ainda, comerão em um restaurante no dia. "Com uma criança morrendo a cada seis segundos por problemas relacionados à desnutrição, a fome é a maior tragédia e o maior escândalo do mundo. Isto é absolutamente inaceitável", disse ontem em entrevista coletiva o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf.

Fonte: Envolverde

1º Encontro da JM da Arquidiocese de Natal/RN

O último domingo, dia 12, foi de formação, integração e muito divertimento para os grupos de Juventude Missionária da Arquidiocese de Natal/RN

Conseguindo reunir cinco dos sete grupos conhecidos da nossa diocese, a coordenação estadual promoveu momentos de integração e louvor com o Ministério Anjos (Novo Horizonte, Paróquia Nossa Sra. de Fátima), formação sobre as POM e a Espiritualidade Missionária através de Oficinas desenvolvidas pela própria co-ordenação e encerrou o dia com uma divertida gincana entre os grupos de Juventude Missionária.

Participaram do I Encontro de Jovens Missionários os grupos JM Nossa Senhora de Fátima (Parque das Dunas, Natal), JM Anjos (Novo Horizonte, Natal), JM JUPI (Santarém, Natal), JM Imaculada (Alecrim, Natal) e JM Ipanguaçu (Centro, Ipanguaçu).

Obrigado a todos vocês que fizeram deste encontro um SUCESSO!

"Jovens Missionários, Sempre Solidários"

Fonte:  http://iajmrn.blogspot.com

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

“O desemprego juvenil é uma ameaça à estabilidade social”, afirma a Fides o Arcebispo de Freetown

“Ainda estamos vivendo em uma situação pós-bélica depois da conclusão, oito anos atrás, da terrível guerra de 1992-2002”, afirma à Agência Fides Dom Edward Tamba Charles, Arcebispo de Freetown and Bo, na Serra Leoa, que está presente em Roma para o Seminário dos Bispos de recente nomeação, organizado pela Congregação para a Evangelização dos Povos (veja Fides 6/9/2010).
 
“Ainda estamos empenhados no processo de reabilitação das pessoas e das estruturas do país. A obra da Igreja está sendo retomada gradualmente. A próxima ereção de um nova diocese demonstra a vitalidade da Igreja local. A nova diocese nascerá da separação da Arquidiocese de Freetown da cidade de Bo. Eu sou o Arcebispo de ambas as cidades. Em breve, Bo se separará de Freetown e se tornará uma diocese separada.”
 
Quanto aos preparativos para a formação da nova diocese, Dom Charles afirma: “Enviamos ao Vaticano a documentação. Estamos rezando com fervor para que os procedimentos avancem. 
Em especial, que o território da nova diocese seja definido, e depois seja nomeado o Bispo. Assim, depois, cada área poderá se reorganizar em vista de um novo ímpeto para a evangelização”.
 
Em nível social, Dom Charles afirma: “Gozamos de certa estabilidade e o processo de desarmamento está procedendo bem. Assim, temos poucos casos de roubos à mão armada. A vida das pessoas, porém, é difícil. A recessão econômica global atingiu a todos, mas em países como Serra Leoa tem consequências dramáticas. Em um país como o nosso, boa parte da população depende das remessas dos expatriados na América do Norte e na Europa ocidental. 

Por causa da conjuntura econômica global, diversos emigrantes de Serra Leoa perderam o trabalho e não são capazes de enviar aos familiares parte do salário. A isso, se acrescenta o aumento do preço dos alimentos e o alto índice de desemprego dos jovens. Este dado é preocupante, porque em um país que acabou de sair da guerra civil ainda existe a possibilidade de que o conflito exploda novamente. Os numerosos jovens desempregados seriam os primeiros a serem recrutados nas milícias”.
 
O Arcebispo de Freetown and Bo se declara preocupado também com o fenômeno do narcotráfico que se verifica em toda a África ocidental.

“Nos últimos anos, a África ocidental é usada sempre mais como ponto de trânsito para a cocaína sul-americana em direção à Europa”, recorda Dom Charles. “Dois anos atrás, provocou estupor a apreensão de 600 quilos de cocaína num avião proveniente de algum lugar da América Latina, que pousou no aeroporto internacional de Freetown. 

Quanto à Associação regional das Conferências Episcopais da África Ocidental, estamos preocupados com este fenômeno, não tanto pelo eventual consumo de droga por parte dos nossos cidadãos (porque as condições econômicas não o permitem), mas pelo aumento da corrupção e, nesta perspectiva, pelo aumento de conflitos violentos entre os narcotraficantes. 

O mercado local da cocaína é muito limitado, mas está aumentando o consumo de uma droga cultivada localmente, a marujana. A polícia apreendeu inúmeras cargas, inclusive caminhões inteiros. Os jovens desocupados são os consumidores. Mas ainda não é, felizmente, uma emergência nacional. Como Pastor, estou muito preocupado com o alto índice de desemprego juvenil”, conclui Dom Charles.

Fonte: Agência Fides

terça-feira, 14 de setembro de 2010

América Latina e Caribe propõem ações para a Missão Continental

A elaboração de um documento com orientações de participação dos Movimentos na Missão Continental foi uma das finalidades do 3º Congresso de Movimentos Eclesiais e Novas Comunidades da América Latina e do Caribe, que aconteceu em Atyrã, Paraguai, de 2 a 5.

Organizado pelo departamento de Comunhão Eclesial e Diálogo do Conselho Episcopal Latinoamericano (CELAM), o evento contou com a participação de cerca de 90 pessoas, entre eles, bispos, delegados de 12 conferências episcopais e 32 movimentos eclesiais.

Foram convidados pelo Departamento de Comunhão Eclesial e Diálogo do CELAM os bispos responsáveis pelas Comissões e/ou Departamentos de Leigos das Conferências Episcopais e os Leigos/Delegados de Movimentos Eclesiais e Novas Comunidades da América Latina e Caribe.

Do Brasil estavam presentes, além do bispo de Petrópolis (RJ), dom Filippo Santoro e do assessor para o Setor leigos da CNBB, professor Geraldo Aguiar; Rômulo Romanato e Márcia Elisete de Mesquita Romanato, do Movimento Apostólico de Schoenstatt (SP); Gilberto Gomes Barbosa, Associação Comunidade Obra de Maria (PE) e George Santos Costa, Comunidade Católica Shalom (SE).

Segundo Geraldo Aguiar o Congresso aconteceu num clima de fraternidade, diálogo, de muita participação e com a certeza da presença do Espírito Santo na condução dos trabalhos. "Os participantes avaliaram que o Congresso como produtivo o evento, que avançou em relação aos dois anteriores e que produziu um documento que se constituíra num instrumento para a vida dos movimentos, de sua maior inserção na Missão Continental nas dioceses e paróquias e no enfrentamento dos desafios presentes na América Latina e do Caribe".

Para a elaboração do documento final foram fundamentais as Conferências proferidas no decorrer do Congresso; os resultados dos dois Congressos anteriores e o Documento Final do Encontro dos Bispos das Comissões para o Laicato das Conferencias Episcopais da América Latina e Caribe de 2009. As Conferências foram as seguintes: "Os Pastores y Movimentos Eclesiais", dom Javier del Río Alba, arcebispo de Arequipa (Peru); "Critérios de Eclesialidade e Comunhão Eclesial dos Movimentos", dom Sérgio Alfredo Gualberti Calandrina, bispo auxiliar de Santa Cruz (Bolívia) e "Os Movimentos Eclesiais e sua Missão na Igreja e no Mundo", por Diego de Robina, assistente do diretor geral para o Movimento Regnum Christi (Chile).

Fonte: CNBB

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Curso de Pós-Graduação em adolescência e Juventude


Fonte: Anchietanum

Espaço Afetividade e Sexualidade

Plataforma das Juventudes para as Eleições de 2010

A Plataforma que apresentamos aqui é resultado da construção coletiva do conjunto dos movimentos, redes e organizações juvenis que subscrevem esse documento. São organizações que possuem suas bandeiras e propostas para alterar a realidade vivida pela maioria da juventude brasileira.

A unificação dessas bandeiras diversas em uma Plataforma é expressão do nosso desejo mais profundo de avançar rumo as transformações que a juventude e o povo brasileiro precisam.

Levando-se em consideração que as demandas da juventude são indissociáveis, devemos garantir:

Fortalecer a Política Institucional de Juventude

1. Aprovação do PEC da Juventude;

2. Aprovação do Estatuto da Juventude;

3. Aprovação do Plano Nacional de Juventude;

4. Organização de conferências de juventude de 2 em 2 anos (anos não eleitorais), de forma piramidal (município, estado, união), que tenha como objetivo aprovar planos de juventude ou atualizá-los e legitimar conselhos de juventude nas três esferas;

5. Constituir um sistema nacional de políticas de juventude que enraize a política nacional de juventude para estados e municípios, financiado por um fundo público que garanta recursos para seu funcionamento.

6. Ratificação da Convenção Iberoamericana de Direitos da Juventude

Ampliar o papel redistributivo do Estado

7. garantir a manutenção da política de valorização do salário mínimo no longo prazo e aprovação da legislação;

8. elaborar, com participação popular, uma política progressiva de desmercantilização dos serviços essenciais para a população;

9. Fortalecimento e Ampliação da Política de Prevenção ao HIV/Aids e da Política de Redução de Danos;

10. Ampliação da participação juvenil no fortalecimento do SUS;

11. Consolidar em lei o SUAS – Sistema Único de Assistência Social; os programas de transferência de renda e outros avanços na área social, transformando-os em direitos de cidadania e em políticas de Estado;

12. Ampliar a oferta de equipamentos públicos voltados para o compartilhamento do trabalho doméstico e de cuidados com a família;

Implementar uma política urbana que promova o direito à cidade

13. Redefinir fontes de recursos possibilitando implementar a gratuidade no sistema de transporte público para jovens estudantes e desempregados em geral, de forma a não penalizar os usuários do transporte público;

14. incorporar os princípios e conceitos de cidades sustentáveis nas 12 (doze) sedes da Copa do Mundo de 2014 e na sede da Olimípiada de 2016, enfatizando construções sustentáveis e o transporte coletivo de massa;

15. Reformar espaços poliesportivos públicos, descentralizados, levando em conta a preferência dos jovens pela prática de esportes radicais ou de aventura;

16. Ampliar e qualificar os programas e projetos de esporte e lazer em todas as esferas públicas, enquanto política de Estado, tais como os programas esporte e lazer da cidade, bolsa atleta e Segundo Tempo com núcleos nas escolas, universidades e comunidades;

17. Desenvolver uma política de habitação de interesse social que proporcione financiamento de moradias para jovens;

18. Formulação dos planos de saneamento ambiental, nas três esferas de governo, de forma participativa;

19. Garantir 1% do orçamento nacional para o esporte e lazer e 2% para investimentos na cultura;

20. Ampliar o Projeto Cultura Viva - Pontos de Cultura, do MinC;

21. Implantar Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), articulando as polícias dos três níveis de governo, aplicando conceito de segurança cidadã;

22. Garantir a participação dos movimentos de juventude nos conselhos de segurança pública, já que os e as jovens são as principais vitimas dos diversos tipos de violência;

23. Estabelecer política de prevenção de violência contra a população jovem, especialmente aquela em situação de rua, incluindo ações de capacitação de policiais em Direitos Humanos;

24. Acrescentar o tema juventude como pauta no próximo Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas;

Garantir a dimensão da sustentabilidade ambiental nas políticas de desenvolvimento

25. Criar uma política de Juventude e Meio Ambiente, institucionalizada em PPA, bem como a Agenda 21 da juventude, que fortaleça os movimentos juvenis no enfrentamento à grave crise ambiental global e às mudanças climáticas;

26. Viabilizar matriz energética sustentável, alterando hábitos e padrão de consumo, descentralizando a produção e distribuição, com destaque para os modelos de energia renováveis:

a. Privilegiar e fomentar o uso de energia solar e eólica;

b. Criar políticas para redução do consumo do petróleo;

c. Incentivar a co-geração e descentralização do gás natural;

27. Garantir a transição para uma sociedade mais sustentável e uma economia de baixo carbono e que a possibilidade de uma “economia verde” mantenha postos de trabalho e meios de vida decente para todos;

Valorizar a educação como direito inalienável de todos e todas, em todos os níveis

28. Garantir as condições necessárias para a efetiva implantação do Plano Nacional de Educação que compreende o período entre os anos de 2011 a 2020, conforme aprovado na 1ª Conferência Nacional de Educação, com especial atenção a:

a. A implantação de todas as diretrizes que prevêem a melhoria da qualidade do ensino, gestão democrática e avaliação;

b. O pleno funcionamento do Fórum Nacional da Educação para garantir a mais ampla participação nos processos de elaboração das políticas educacionais;

c. A viabilização do Sistema Nacional Articulado de Educação;

d. A destinação de 50% do Fundo Social do Pré-sal, para financiamento da educação, ampliando os investimentos já previstos em 1% do PIB ao ano, chegando-se em 7% até 2011 e em 10% até 2014;

e. A ampliação do acesso, permanência e sucesso escolar em todos os níveis e modalidades de ensino: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio regular, ensino médio técnico profissionalizante, ensino tecnológico e ensino superior, além da modalidade de educação de jovens e adultos.

29. Garantir a efetiva implantação das Políticas de valorização dos profissionais em educação: implementação imediata do piso salarial profissional nacional, política de carreira e jornada; e entrada via concurso público;

30. Criar e implementar políticas e mecanismos de regulação pública do sistema privado de ensino como condição para se reverter a relação público/privado no modelo atual da educação brasileira;

31. Disseminar a utilização dos sistemas braile, tadoma, escrita de sinais e libras tátil para inclusão das pessoas com deficiência em todo o sistema de ensino;

32. Destinação de 14% dos recursos para as universidades federais e estaduais. exclusivamente para as políticas de assistência estudantil e extensão da assistência aos estudantes do Prouni;

33. Avançar na formulação e implantação de políticas ou programas que visam integrar as ações de ensino, entre as diferentes esferas governamentais, com trabalho, esporte, cultura, lazer, entre outras;

34. Criar e implementar políticas que possibilitem a ampliação do número de creches e escolas municipais de educação infantil no regime de período integral, cumprindo a meta estabelecida no II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres;Garantia de bolsa-auxílio para os e as alunos/as da rede de ensino superior pública;

35. Garantia do Sistema de Cotas para os alunos da rede pública, indígenas e afrodescendentes;

36. Implementação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo

Valorizar o trabalho e promover o tempo livre

37. Implementar uma política nacional de promoção do trabalho decente para a juventude, formulada com participação dos movimentos sociais juvenis;

38. Redução da jornada de trabalho de 44h para 40h semanais sem redução salarial;

39. Garantir a organização de jornadas de trabalho que permitam o acesso e a permanência de jovens trabalhadores/as e estudantes na educação básica, profissional e superior, ou que garantam seu retorno às atividades escolares;

40. Proibir o uso de horas extras aos/às trabalhadores/as jovens;

41. Exercer ações de fiscalização e cumprimento da contratação de aprendizes por todos os estabelecimentos obrigados a cumprir a cota conforme a Lei;

42. Intensificar ações de fiscalização da contratação de estágios, conforme os marcos legais;

43. Aplicar a Convenção 138 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) sobre idade mínima para ingresso no mercado de trabalho e a Convenção 182 sobre priores formas de trabalho, garantindo mecanismos e políticas para erradicação do trabalho infantil;

44. Aplicar a Convenção 140 da OIT, garantindo a concessão de licença remunerada aos trabalhadores/as para fins de estudos e qualificação profissional por tempo determinado;

45. Crédito para a juventude e construção de um marco legal que viabilize o cooperativismo e a economia solidária;

Melhorar as condições de vida da juventude no campo

46. Garantir o acesso a terra ao jovem e à jovem da aérea rural, na faixa etária de 16 a 32 anos, independente do estado civil, por meio de reforma agrária, priorizando este segmento nas metas do programa de reforma agrária do Governo Federal, atendendo a sua diversidade de identidades sociais e, em especial aos remanescentes de trabalho escravo;

47. Assentamento imediato das famílias acampadas;

48. Ampliação dos Programas de Crédito destinados à aquisição de terras para a juventude rural, acompanhados de programas que garantam a apropriação de novas tecnologias e de novo crédito especial;

49. Revisão dos índices de produtividade e o estabelecimento do limite da propriedade para 35 módulos fiscais;

50. Apoiar a criação de agroindústrias cooperativadas e consolidação de uma nova matriz tecnológica que priorize a agro ecologia, em detrimento do uso de agrotóxicos;

51. Resgatar e fortalecer o ensino em escolas técnicas agrícolas, nos níveis fundamentais e médio, através da melhoria das escolas existentes e da criação de novas escolas;

52. Garantir a participação obrigatória de representantes dos movimentos sociais do campo nos Conselhos de acompanhamento dos recursos do FUNDEB;

53. Criar uma política de financiamento especial para a educação do campo que considere as especificidades da população rural;

54. Elaborar, distribuir e avaliar os materiais didáticos específicos para a educação do campo;

55. Garantir merenda escolar de qualidade, articulada com organizações locais de agricultura familiar e da pesca artesanal, no fornecimento de produtos;

56. Incorporar a educação do campo nos Planos Municipais de Educação, assegurando a participação dos movimentos sociais no planejamento e acompanhamento da sua execução;

57. Reconhecer e financiar as escolas dos acampamentos (escolas itinerantes), dos assentamentos e dos Centros Familiares de Formação por Alternância (CEFFAs) e fortalecimento e ampliação do PRONERA;

58. Garantir transporte escolar público, gratuito e seguro;

59. Aprovação do Estatuto Indígena;

60. Proteger os povos indígenas isolados e de recente contato para garantir sua reprodução cultural e etnoambiental e assegurar a integridade das terras indígenas; 61. Garantir o acesso à educação formal pelos povos indígenas, bilíngue e com adequação curricular formulada com a participação de representantes das etnias, indigenistas e especialistas em educação;

62. Assegurar o acesso e permanência da população indígena no ensino superior, por meio de ações afirmativas e respeito à diversidade étnica e cultural.

Promover a igualdade

63. Transformar em políticas públicas as propostas apresentadas pelo Encontro Nacional da Juventude Negra (ENJUNE); 64. Aprovar o Estatuto da Igualdade Racial em sua forma original;

65. Fortalecer a integração e execução das políticas públicas para todas as comunidades remanescentes de quilombos localizadas no território brasileiro;

66. Elaborar e implementar programas de combate ao racismo institucional e estrutural, implementando normas administrativas e legislação nacional e internacional;

67. Implementar uma política de combate ao genocídio da população negra, com ênfase em barrar o extermínio da juventude negra;

68. Transversalizar a política de respeito à orientação sexual e identidade de gênero nas políticas de juventude;

69. Aprovar o Projeto de Lei que criminaliza a homofobia: PLC 122/2005;

70. Aprovar a união civil entre pessoas do mesmo sexo;

71. Desenvolver ações afirmativas que permitam incluir plenamente as mulheres jovens no processo de desenvolvimento do País, por meio da promoção da sua autonomia econômica e de iniciativas produtivas que garantam sua independência.

72. Implementar políticas públicas de promoção dos direitos sexuais e direitos reprodutivos das jovens mulheres, garantindo mecanismos que evitem mortes maternas, aplicando a lei de planejamento familiar, garantindo o acesso a métodos contraceptivos;

73. Descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público evitando assim a gravidez não desejada e a morte de centenas de mulheres, na sua maioria pobres e negras, em decorrência do aborto clandestino e da falta de responsabilidade do Estado no atendimento adequado às mulheres que assim optarem.

74. Combater a violência contra as mulheres, com implementação da Lei Maria da Penha e fortalecimento do Pacto Nacional de Enfretamento à Violência contras as Mulheres;

75. Promover a acessibilidade para jovens com deficiência, no ambiente físico, na comunicação e na informação, nos transportes e em políticas de ação afirmativa e de superação da pobreza, no âmbito da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada pela ONU em 13 de dezembro de 2006, ratificada pelo Brasil e alçada à categoria de emenda constitucional;

76. Garantir aos e às jovens com deficiência igual e efetiva proteção legal contra a discriminação.

77. Assegurar o cumprimento do Decreto de Acessibilidade (Decreto nº 5.296/2004), que garante a acessibilidade pela adequação das vias e passeios públicos, semáforos, mobiliários, habitações, espaços de lazer, transportes, prédios públicos, inclusive instituições de ensino, e outros itens de uso individual e coletivo.

Democratizar os meios de comunicação e promover a inclusão digital

78. Garantir a implementação das propostas aprovadas na 1ª Conferência Nacional de Comunicação – CONFECOM, realizada em 2009;

79. Implantar novo marco regulatório para o Sistema de Comunicação no Brasil, com ênfase no interesse público e na garantia de direitos humanos, para acesso, produção e meios de distribuição de conteúdo:

a. Estabelecer critérios democráticos e transparentes para concessões, renovações e financiamento, e maior agilidade nos processos; b. Garantir mecanismos de fiscalização, com controle público e participação popular, em todos os processos de outorgas;

c. Universalizar o uso da banda larga – transformando-a em serviço prestado em regime público com o uso do FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicação);

d. Implantar políticas de inclusão digital e de acessibilidade;

e. Fortalecer o sistema público;

f. Incentivar as rádios e TVs comunitárias e a produção independente;

g. Criar o Conselho de Comunicação Social vinculado ao Executivo, para que tenha caráter deliberativo e autonomia em todos os âmbitos do Estado;

h. Formular uma Lei de Imprensa que normatize o setor, com espaço ao contraditório e direito de resposta como instrumento democrático;

80. Abertura de salas de cinema e de produção multimídia descentralizadas gratuitas;

81. Proibir o “jabá” e implementar políticas de apoio à música livre e às rádios comunitárias;

Estado democrático com caráter público e participação ativa da sociedade

82. Implementar o PNDH – 3 – Programa Nacional de Direitos Humanos, garantindo políticas públicas efetivamente includentes, com equidade e respeito à diversidade;

83. Instituir o Orçamento Participativo Federal como política de governo para que a população decida as prioridades orçamentárias;

84. Ampliar o controle social sobre o Estado, com a institucionalização das Conferências Nacionais e ampliação da capacidade de formulação e deliberação dos diversos conselhos sobre as políticas de governo;

85. Regulamentar o Art. 14 da Constituição Federal, que trata de plebiscitos e referendos, garantindo o poder do povo de decidir sobre questões de interesse nacional;

86. Efetuar reforma política democrática, com participação popular e parlamento eleito sob regras mais democráticas, com financiamento público – recursos igualmente divididos entre homens e mulheres -, fidelidade partidária, fim do caráter revisor do Senado e com enfrentamento do poder econômico privado nas eleições;

Assinam as seguintes redes, fóruns e entidades:

    * CAJU – Casa da Juventude Pe. Burnier
    * CUT – Central Única dos Trabalhadores
    * UNE – União Nacional dos Estudantes
    * MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
    * FONAJUVES – Fórum Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis
    * PJ – Pastoral da Juventude do Brasil
    * MMM – Marcha Mundial das Mulheres
    * UBES – União Brasileira de Estudantes Secundaristas
    * MPB – Movimento Música Para Baixar
    * Mirim Brasil
    * Rede Sou de Atitude
    * Fórum Estadual de Juventude do Rio de Janeiro
    * Fórum Estadual de Juventude do Paraná
    * MH2O - Movimento Hip Hop Organizado -
    * APJN - Articulação Política da Juventude Negra
    * ABGLT – Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais
    * MNU - Movimento Negro Unificado

Novas assinaturas devem ser enviadas para o endereço juventude@cut.org.br

Fonte: Anchietanum