Olá amigos! Esse será o nosso cantinho de encontro e troca de informações sobre a JMJ-Madri - 2011. Todos os assuntos levantados lá serão abordados por aqui. Nossos Correspondentes Tiago Scalco, João Guilherme, Daniel Aguirre e Victor Pisani, irão nos contar tudo em tempo real. Não perca!
Espanha - Madri, 11 de Agosto de 2011
Jornada Mundial da Juventude: voluntários internacionais chegam a Madrid
Mais de trinta nacionalidades unem-se para dar uma mão na JMJ
Falta menos de uma semana para que comece a Jornada Mundial da Juventude e o aeroporto de Barajas ferve de actividade com os jovens voluntários que chegam de todas as partes do mundo. Pelos passeios dos terminais 1, 2 e 3 do aeroporto, vêem-se pequenos grupos de jovens procedentes dos cinco continentes: desde a Polónia até aos Estados Unidos passando pelo México, Portugal e Filipinas.
Mais de 30.000 voluntários ajudarão na Jornada Mundial, e uma grande percentagem deles são internacionais. No total, voluntários de mais de 30 nacionalidades que ajudarão nas tarefas de ordem, tradução ou atendimento nos pontos de informação ao peregrino.
Apesar das muitas horas de viagem que levavam, e do cansaço que expressavam as suas caras, estes jovens vêm dar uma mão... naquilo que faça falta! Mesmo que sejam diferentes os seus lugares de origem e o seu idioma, todos vêm a Madrid com a alegria de poder ver o Papa e ajudar todos os jovens que participam nesta grande festa de fé.
Do aeroporto ao alojamento
O panorama que se pode ver no pavilhão 1 do IFEMA é muito semelhante ao que se pode ver no aeroporto. Durante estes dias, vários milhares de voluntários chegados de todo o mundo passarão pelos postos de acreditação deste pavilhão. Além disso muitos dormirão ali.
O que mais chama à atenção é a esperança e alegria que se respira no ambiente. Apesar do cansaço - muitos tiveram longos voos transoceânicos nas suas costas - e do tédio que às vezes pode resultar do processo de acreditação, os jovens voluntários organizam-se em filas e vão passando ordenadamente para conseguir os seus polos de voluntários e a mochila da JMJ. Alguns grupos decidem amenizar a espera cantando.
Esperando numa das filas está Verónica, da Polónia. Já esta há duas semanas em Espanha e está emocionada porque amanhã começará a preparar o seu trabalho como voluntária, no aeródromo de Cuatro Vientos. À pergunta sobre as razões para vir à JMJ explica que "queria conhecer gente interessante e também o Papa. Alem disso, estive em Madrid há uns anos e pareceu-me genial".
Diferente de Verónica, Maria Mitchell é Norte Americana e só há um dia é que chegou a Espanha. Maria vem de Mewaukee (Wisconsin) e esta será a segunda JMJ, já que esteve em Colónia há 6 anos. Gostou tanto da Jornada de 2005 que decidiu participar este ano contribuindo com o seu grão de areia inscrevendo-se como voluntária. "VI que precisavam de ajuda no departamento de Comunicação e como terminei Jornalismo, pareceu-me uma grande oportunidade para por em prática os meus estudos e ajudar a Igreja".
Dois Voluntários com muita vontade de ajudar
Uma vez feita a acreditação e acomodados nos seus respectivos pavilhões, os voluntários dividem-se entre os que querem descansar e os que aproveitam a oportunidade para fazer amigos. Conversando animadamente estão Martin e Maria, ele nasceu na Coreia, ela em Itália. Sem dúvidas e com esperança ambos contam porque é que decidiram ser voluntários e o que esperam desta jornada
Martin Pierre-Marie tem 23 anos e nasceu na Coreia, mas actualmente vive em Lyon (França). Para ele esta não é a sua primeira JMJ, já participou na de Colónia no ano 2005 como peregrino. Nessa ocasião decidiu vir a Madrid como voluntário porque "é outra forma de viver a JMJ". Sobre o que espera da Jornada a nível pessoal comenta: Martin Pierre-Marie tem 23 anos e nasceu na Coreia, mas actualmente vive em Lyon (França). Para ele esta não é a sua primeira JMJ, já participou na de Colónia no ano 2005 como peregrino. Nessa ocasião decidiu vir a Madrid como voluntário porque "é outra forma de viver a JMJ". Sobre o que espera da Jornada a nível pessoal comenta: "espero que seja um trampolim para a minha vida cristã ao ver tantos jovens de todo o mundo unidos partilhando a mesma fé".
Maria Zigrino é italiana e tem 20 anos. Estuda tradução em Bari (Italia), pelo que se convenceu que os peregrinos de todo o mundo lhe permitiriam praticar idiomas. Segundo nos conta, veio por sua conta porque o seu grupo de escuteiros vem como peregrino. Ao finalizar a JMJ reunir-se-á com eles. "Nos últimos anos tinha-me afastado da Igreja porque me deixei levar pelo ambiente. Espero que um impacto forte como a JMJ me possa ajudar a reforçar a minha fé. Com efeito, desde que aterrei em Espanha comecei a agradecer a Deus para que me permita viver esta experiência em Espanha, o país que mais gosto no mundo", explica Maria.
Fonte: Site oficial http://madrid11.com/pt
Brasil - São Paulo, 11 de agosto de 2011
Vigília e Celebração em sintonia com a Jornada Mundial da Juventude de Madrid
Estimados irmãos e irmãs,
A XXVI Jornada Mundial da Juventude (JMJ) acontecerá de 16 a 21 de agosto, na cidade de Madrid, Espanha, com a presença do Santo Padre e de milhares de jovens peregrinos do mundo todo. O tema desta edição é: “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (Col 2,7) e a mensagem do Santo Padre foi amplamente divulgada.No dia 24 de julho, domingo, na missa das 11h, num momento muito significativo, realizamos o “envio missionário” de centenas de jovens de nossa Arquidiocese que participarão da XXVI Jornada Mundial da Juventude, em diversos grupos.
Mesmo com a representação de centenas de jovens na Jornada, a Arquidiocese de São Paulo deseja estar em sintonia com este importante acontecimento de nossa Igreja. Para isso, convidamos a todos a participarem da:
VIGÍLIA E CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA EM SINTONIA COM A XXVI JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
Data: 20 de agosto, sábado, das 23h às 6h30.
Local: Paróquia Santa Cecília – Largo Santa Cecília, s/nº - Fone: 3331-5195
Maiores informações pelo e-mail: setordejuventude@uol.com.br
Nossas atenções estarão especialmente voltadas para a Celebração Eucarística de encerramento da JMJ, no dia 21 de agosto, onde o Santo Padre anunciará o país-sede da Jornada Mundial da Juventude de 2013. Há uma grande possibilidade de o Brasil ser o anfitrião deste importantíssimo evento de nossa Igreja, em nível mundial. Durante esta Vigília, os participantes poderão acompanhar, ao vivo, a transmissão desta Celebração presidida pelo Papa Bento XVI.
Contamos com seu apoio no intuito de divulgar esta Vigília aos jovens e adultos engajados no trabalho de evangelização, em grupos de jovens, preparação para a Crisma, coroinhas e em outras atividades nas paróquias, comunidades e nos colégios católicos.
Pedimos a oração de nossas comunidades para os peregrinos da Arquidiocese de São Paulo que farão a experiência da Jornada Mundial da Juventude na Espanha. Sabemos que podemos contar com o seu incentivo aos nossos jovens!
Fraternalmente,
Dom Tarcísio Scaramussa, sdb
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo
Referencial para o Setor Juventude
Fonte: CNBB
Espanha - Madri, 15 de Agosto de 2011
JMJ: A 'invasão pacífica' dos jovens em Madri
O papa chega quinta-feira, mas a pacífica invasão da avalanche de peregrinos da Jornada Mundial da Juventude já começou e a capital espanhola está se ‘blindando’.
Esta é a segunda viagem do papa à Espanha do 'laicista' José Luis Zapatero em 10 meses, depois das breves etapas de novembro de 2010 em Santiago de Compostela e Barcelona.
Para a estada em Madri de 18 a 21 de agosto, a Espanha preparou um dos mais ingentes dispositivos de segurança do pós-Franco, com mais de 10 mil homens da polícia e da Guarda Civil. Quando Bento XVI aparecer em público, será fechado o espaço aéreo de Madri.
Além da prevenção a atentados – revela o ‘El Mundo’ – existe também o temor das contestações anunciadas por movimentos e sindicatos indignados com os custos da visita.
Não obstante a normal preocupação, a Espanha ‘zapateriana’ acolhe o papa de braços abertos. O governo socialista garantiu a máxima colaboração, assim como as autoridades locais.
Bento XVI terá encontros com o Rei Juan Carlos, o chefe de governo Zapatero e o líder da oposição Mariano Rajoy. As eleições de 22 de novembro estão às portas e a Espanha, apesar das grandes mudanças do pós-Franco e dos anos Zapatero, continua a declarar-se 72% católica, mesmo se pouco praticante.
Entretanto, esperando Bento XVI, Madri começa a mudar de rosto. Ontem foi fechado o Paseo de Recoletos para as obras de montagem do palco de Cibeles, onde ao chegar quinta-feira, o papa será recebido pelos jovens, e da Via Sacra que percorrerá no dia seguinte.
Entre Puerta del Sol e Plaza Mayor, milhares de jovens o esperam fazendo turismo de mochila laranja nas costas. Cerca de um milhão deles devem participar do encontro com o papa, domingo, 21 de agosto.
Lembramos que a participação na JMJ Madri 2011 é gratuita: qualquer pessoa pode assistir às atividades e momentos das JMJ (missa de inauguração, cerimônia de boas vindas ao Papa, Via Sacra de sexta-feira, vigília noturna de sábado dia 20 e missa de envio de domingo 21 de agosto), onde haverá áreas habilitadas para os inscritos.
No entanto, recomenda-se vivamente a inscrição como apoio de solidariedade com os demais participantes para facilitar a logística e contribuir com os gastos do evento.
Fonte: Rádio Vaticano
Local:Madri
JMJ: De mochilas nas costas
É cada vez mais intensa a movimentação de jovens em Madri por causa da Jornada Mundial da Juventude, que começa na terça-feira, 16. No IFEMA, na Feria de Madrid, um batalhão de voluntários de vários países confirma a inscrição dos jovens, que recebem uma mochila com material para a jornada. É aí também que os de última hora podem fazer sua inscrição. Na manhã deste domingo, o movimento era pouco e nem precisava enfrentar fila.
No ato da inscrição, cada pessoa pagou uma taxa, segundo as várias opções oferecidas pela organização da Jornada. A taxa varia de 30 euros a 210 euros e as opções são inscrição com alojamento e alimentação; só inscrição e refeições; inscrição e alojamento, sem refeição, ou apenas inscrição.
JMJ-entregamochilaNa mochila de cada participante inscrito há pelo menos 15 itens como, por exemplo, um livro-guia com as principais informações sobre a jornada, além de dados sobre cidade de Madri e a Espanha. Há também um exemplar do youcat, um catecismo para jovens católicos, com o prólogo escrito pelo papa Bento XVI.
Outros materiais na mochila são “O livro do peregrino”, com orações para o período da JMJ; um exemplar do Evangelho de São Mateus, em seis línguas (Espanhol, Inglês, Italiano, Francês, Alemão e Polonês), além de terço, crucifixo, boné e camiseta.
Os participantes recebem, ainda, um vale transporte que lhe dá direito a se locomover em Madri gratuitamente no período da Jornada e o crachá para os atos centrais da JMJ.
O site oficial da JMJ explica que a participação na Jornada é gratuita e que qualquer pessoa pode assistir aos atos principais, que são a missa de abertura, no dia 16, às 20h; a cerimônia de acolhida do papa, na quinta-feira, 18; a via-sacra, na sexta-feira, 19; a vigília, no sábado, 20, e a missa de encerramento, no domingo, 21. Os inscritos terão lugar reservado para estes atos.
Jovens com deficiência
Segundo o Departamento de Comunicação do evento, a JMJ de Madri será a primeira “plenamente adaptada aos jovens enfermos e com deficiência”. Isso se tornou uma das prioridades dos organizadores, que é “servir estes jovens, garantindo sua participação e protagonismo”.
São esperados 4 mil peregrinos com deficiência, entre os quais cerca de 700 cadeirantes. Mais de 1.500 ficarão alojados em centros adaptados. Segundo a Sala de Imprensa da Jornada, estes jovens ficarão próximo do papa nos atos centrais do evento. No dia 20, às 19:30h, os jovens enfermos e com deficiência receberão a visita de Bento XVI
Fonte: CNBB
Diário de bolso
Espanha - Valencia, 09 de Agosto de 2011
Primeiro dia - por Tiago Scalco
Olá família Mundo e Missão!
Passando para dizer que estou bem e já cheguei aqui em Valência para a pré jornada da JMJ-2011
Nossa missão já começou na vinda, saímos de viracopos ás 23h30 de terça-feira dia 09/08 e só chegamos na Espanha, mais precisamente na cidade de Valencia as 04h20 da manhã, horário da Espanha, mais ou menos 23h20 horário de Brasilia. No caminho eu e a Delegação Oficial da Juventude Missionária passamos por muitos contra- tempos, loucuras rsr mas, faz parte.
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Delegação oficial da Juventude Missionária do Brasil |
Aqui em Valencia aparenta ter um sol para cada um (rsrs) e o mais inacreditavel é que o sol no verão se põe depois das nove horas da noite e o dia raia muito cedo, eles têm pelo menos de sete horas de breu.
Estamos em um distrito de Valencia, para chegarmos a cidade precisamos dar uma longa caminhada logo pela manhã, isso ja é bom para adquirir o ritmo de exercícios físicos, para quando voltar ao Brasil. Depois temos que pegar um metrô e descer algumas estações depois, (Exemplo: quem pega Barra funda e desce na Penha, aí em São Paulo), outra coisa complicada é a comida, ganhamos uma sacola com comida para café da manhã, almoço e jantar, temos que nos controlar e estruturar com tudo que temos, mas estamos tirando isso de letra ... até sobram algumas coisinhas rs.
Esperamos que isso aconteça somente na pré jornada, pois, algumas coisas mudaram como o alojamento. Muitos vieram com a certeza de que ficaria em casas de familia, pois constava em nossa carta apresentacão, na verdade estamos em um estádio poli esportivo, aguardando a chegada da delegacao da Nigéria e da Áustria que ficará conosco nesse período.
Hoje o dia foi marcante, quando estávamos na catedral de Valencia, na missa de abertura, foi cantada em coro a música EMANUEL... foi lindo e marcante, gostaria que cada um de vocês pudesse passar por essa experiência, e olha que é apenas a pré jornada ainda, a jornada começa apenas dia 16 em Madri...Desde já podemos sentir um pouco do clima, quando chegamos a Madri antes de irmos em cada estado da pré jornada interagimos com alemães, venezuelanos, chilenos e os malucos dos peruanos rs.
É isso galera, gostaria de escrever mais, mas, infelizmente é complicado acessar internet aqui, sempre que puder passo por aqui para atualizá-los dos acontecimentos, fatos e curiosidades.
Fiquem todos com Deus, e rezem pela Juventude Católica do Mundo, precisamos de força e união.
Abraços
Tiago Scalco
Coordenador da Juventude Missionaria Estado de SP e membro da Famíla Mundo e Missão - Entre Jovens
A Espanha nos aguarda
Aeroporto de Guarulhos - 15 de agosto - São Paulo - 11h05
Olá caros internaltas,
Agora mais perto do que longe. Já estamos no aeroporto esperando a hora de partir (13h50). Eu estou indo com o grupo da Arquidiocese de São Paulo, todos vieram meio uniformizados externando o patriotismo que é bem Brasileiro cheios de verde e amarelo. muita espectativa, para alguns é a primeira vez que sai do Brasil. Amanhã chegamos em Madrid para o Café da manhã, e de lá irei poder dar mais informações. Conto com as orações de todos para que este evento mundial sirva para reavivar a fé dos jovens e principalmente da Europa.
Diác. Daniel, ms
Madri - Espanha - 16 de agosto de 2011
Coral ensaia para as celebrações da Jornada Mundial da Juventude na Praça Cibeles. Considerada o ato mais importante da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) antes da chegada do Papa, a Missa de abertura do evento, às 20h (15h de Brasília) desta terça-feira, 16, na Praça Cibeles, será presidida pelo Arcebispo de Madri, Cardeal Antonio María Rouco Valera. Ontem, operários davam os últimos retoques no palanque montado para a celebração e, ao lado, o coral ensaiava preparando-se para a celebração.
Neste mesmo local, na quinta-feira, 18, o Papa será acolhido pelos jovens às 19h30 (14h30 de Brasília), e na sexta-feira, acontecerá a via-sacra, às 19h30 (14h30 de Brasília), passando ainda por Paseo de Recoleto e Praça de Colón.
Nesta segunda-feira, 15, terminou a pré-jornada ou “Dia nas Dioceses”, realizada nas dioceses da Espanha desde o dia 11, para preparar os jovens para a JMJ. De acordo com o site oficial do evento, mais de 130 mil jovens de 180 países participaram da iniciativa. O tema da Jornada deste ano é “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé”.
Fonte: Redação Canção Nova e CNBB
Espanha - Madri, 16 de Agosto de 2011
A cidade de Madrid, em Espanha, acolhe até domingo centenas de milhares de pessoas que participam na 26ª edição das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), maior iniciativa juvenil promovida pela Igreja Católica.
A iniciativa tem início no fim da tarde desta terça feira com uma missa na praça de Cibeles, presidida pelo arcebispo de Madrid, cardeal Rouco Varela.
O programa é marcado, nos primeiros dias, pelo ‘Festival da Juventude’, um conjunto de atividades artísticas e culturais que incluem música e dança; teatro; exposições de pintura, escultura, fotografia, decoração e desenho de espaços urbanos; amostras do trabalho social da Igreja nos cinco continentes; itinerários biográficos de santos e missionários; percursos históricos; cinema e produções audiovisuais.
Nas manhãs (10h00) de quarta, quinta e sexta-feira, os jovens poderão participar em diferentes sessões de catequese, agrupados por idiomas, com bispos vindos de todo o mundo.
Estão previstas 250 sessões, para grupos entre 100 e 15 mil pessoas, incluindo um grande encontro entre jovens e 18 bispos portugueses, no Madrid Arena (Centro de Congressos), para o qual são esperados cerca de 11 mil participantes.
Nos dias 17 e 19 de agosto, as catequeses incluem sete bispos portugueses: D. Manuel Clemente, do Porto; D. António Francisco dos Santos, de Aveiro; D. Ilídio Leandro, de Viseu; D. Antonino Dias, de Portalegre-Castelo Branco; D. Manuel Quintas, do Algarve; D. Jorge Ortiga, de Braga, e D. Virgílio Antunes, de Coimbra.
A chegada de Bento XVI vai acontecer às 12h00 desta quinta-feira, no aeroporto Internacional de Madrid; à tarde, pelas 19h15, o Papa irá atravessar a Porta de Alcalá, acompanhado pelos jovens, na Praça da Independência, seguindo-se a festa de acolhimento, na Praça de Cibeles.
Na manhã do dia 19, a agenda papal prevê uma visita de cortesia aos reis de Espanha, Juan Carlos e Sofia, e encontros com jovens religiosos, no Pátio dos Reis de El Escorial, e professores universitários, na Basílica de São Lourenço.
O programa prosseguirá depois na Nunciatura Apostólica de Madrid, com um almoço aberto aos jovens, seguido de um encontro com o chefe do Governo espanhol, José Luís Zapatero.
Ao final da tarde, a partir das 19h30, Bento XVI preside ao primeiro grande momento religioso das JMJ, uma via-sacra no passeio de Recoletos, entre as praças Cibeles e Colón.
No sábado, o Papa terá a oportunidade de confessar alguns jovens, nos jardins do Bom Retiro, e de celebrar missa para os seminaristas na Catedral de Santa Maria a Real de Almudena, sede episcopal de Madrid.
Depois de um almoço com o arcebispo de Madrid, D. António Rouco Varela, onde poderá confraternizar com diversos representantes da Igreja Católica espanhola, Bento XVI seguirá para uma reunião com o comité organizador do evento, na Nunciatura Apostólica, e para uma visita à Fundação Instituto São José que, desde 1899, acolhe e trata pessoas com deficiências físicas e psíquicas.
Às 20h30 desse dia, o Papa encontra-se novamente com os jovens, no Aeródromo de Cuatro Ventos, para uma vigília de oração.
Nesse mesmo local, situado a oito quilómetros de Madrid, será celebrada no domingo, dia 21 de agosto, a missa de encerramento desta 26ª edição das JMJ.
O evento conclui-se com um encontro entre Bento XVI e os voluntários, estando a cerimônia de despedida, prevista para as 18h30 no aeroporto de Madrid.
Fonte: Rádio Vaticano
Espanha - Madri, 17 de Agosto de 2011
Bento XVI vai plantar uma oliveira no primeiro encontro com os jovens participantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2011, em Madrid, ao final da tarde desta quinta-feira, junto à emblemática Porta de Alcalá.
O gesto simbólico pretende criar “um sinal visível do enraizamento que é o lema destas jornadas”, indica o guia das celebrações a que o Papa vai presidir entre 18 e 21 deste mês.
As JMJ, que decorrem esta semana, têm como tema “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (da carta de São Paulo aos Colossenses) e devem juntar em Madrid mais de um milhão de jovens, segundo estimativas hoje divulgadas pela organização, incluindo mais de 12 mil portugueses.
Bento XVI chega à capital espanhola às 12h00 do dia 18 e vai encontrar-se com os jovens vindos de mais de uma centena e meia de países a partir das 19h15, atravessando a referida porta, na Praça da Independência, acompanhado pelo arcebispo de Madrid, cardeal Rouco Varela, e por jovens representantes dos cinco continentes, a caminho da Praça de Cibeles.
Esta porta monumental, mandada construir pelo rei Carlos III, servia no século XVIII como entrada a todos os que ali chegavam, provenientes do resto da Europa.
Nesta primeira celebração, vão ser lembrados “todos os perseguidos por causa do evangelho”, para além dos “pobres e marginalizados”, os que “não têm casa nem trabalho” ou os que “passam fome e sede”.
Esta será a terceira visita de Bento XVI a Espanha, após as passagens por Valência (2006), Santiago de Compostela e Barcelona (2010).
Em Madrid, terão lugar encontros com grupos de professores universitários, jovens religiosos e religiosas, seminaristas, pessoas portadoras de deficiência, voluntários e os mais de um milhão de peregrinos, que incluem uma via-sacra nas ruas da cidade, uma vigília e uma missa no aeródromo de Cuatro Vientos.
O Vaticano destaca como “acontecimento singular” a chamada ‘Festa do Perdão’, marcada para as 09h00 de sábado, dia 20, na qual o Papa vai confessar “vários jovens” no Passeio dos Coches do Parque do Retiro de Madrid.
Nesse mesmo dia, Bento XVI desloca-se à base aérea de Cuatro Vientos, local que acolheu o beato João Paulo II na sua última visita à Espanha, em 2003.
Ali, o atual Papa vai presidir à vigília de oração - um dos “mais queridos e multitudinários atos da JMJ” 2011 nas palavras da Santa Sé -, na qual os jovens vão ter ao seu dispor 17 capelas, abertas durante toda a noite.
No domingo, Bento XVI preside à missa de encerramento (09h30) e, antes da tradicional oração do Angelus, dedicada à Virgem Maria, vai anunciar o local onde se vai realizar a JMJ 2013.
Antes do regresso a Roma, o Papa vai ainda encontrar-se com os voluntários desta jornada, sublinhando o seu “generoso serviço”.
O missal da viagem a Madrid foi preparado pelo Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice (Santa Sé), em colaboração com os responsáveis pelos atos centrais da JMJ de Madrid.
Fonte: Rádio Vaticano
Dezenas de milhares de jovens deram início esta terça feira à 26ª edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Madrid, debaixo de intenso calor, numa missa em que foram recordados os cristãos perseguidos nos países em que são minoria.
Na celebração, presidida pelo cardeal Rouco Varela, arcebispo local, na emblemática Praça de Cibeles e dedicada à memória do beato João Paulo II (1920-2005), criador do maior evento juvenil da Igreja Católica, os participantes ouviram rezar em árabe e hebraico, francês, alemão e japonês, recordando as vítimas de abusos, da guerra e dos abortos.
D. Antonio Rouco Varela, deu as boas-vindas aos participantes oriundos de outros países (são esperados um milhão de jovens de 139 países), pedindo-lhes que se sintam “em casa” durante a JMJ, que decorre até domingo, tendo como resposta uma salva de palmas dos presentes, gesto que se viria a repetir várias vezes durante a celebração.
Este responsável lembrou João Paulo II e o que considerou o “novo período histórico da relação” do Papa com a juventude, uma relação “direta, imediata, de coração a coração”.
O cardeal espanhol disse, no entanto, que os jovens presentes em Madrid são a “geração Bento XVI”, com outros “problemas e circunstâncias” de vida, como a “globalização, as novas tecnologias da comunicação, a crise económica”.
“A juventude do século XXI precisa, tanto ou mais do que as gerações precedentes, de encontrar o Senhor pela única via que se demonstrou espiritualmente eficaz: a do peregrino humilde e simples que procura o seu rosto”, apontou.
A missa foi concelebrada por 400 cardeais, arcebispos e bispos de todo o mundo, para além de cerca de 8 mil padres.
O arcebispo de Madrid, anfitrião da JMJ pela segunda vez (a primeira fora em Santiago de Compostela, 1989), afirmou que “a personalidade histórica da Espanha” se forjou “com rasgos inconfundíveis em volta da visão cristã do homem e da vida, desde os próprios alvores da sua história”.
O responsável do Vaticano pelo acompanhamento das JMJ, cardeal Stanisław Ryłko, deixou uma saudação aos participantes, que convidou a reconhecer a “fé” como um “fator decisivo na vida de cada homem”.
“Se Deus existe ou não, tudo muda. A fé é a raiz que nos alimenta coma seiva vital da Palavra de Deus e dos sacramentos, é o fundamento, a rocha sobre a qual se pode construir a vida, a bússola segura que guia as nossas decisões e dá à nossa vida a orientação decisiva”, afirmou o presidente do Conselho Pontifício para os Leigos.
O cardeal também foi saudado com palmas quando afirmou que estes dias da JMJ vão "dizer em voz alta a esta Europa, que está a dar sinais de profunda desorientação, que sim, a fé é possível".
No final da missa, cinco jovens - um de cada continente - receberam uma medalha da Virgen de la Almudena, padroeira de Madrid.
Um canto em polaco, dedicado a João Paulo II, e o refrão «Jesus Christ, you are my life», espécie de hino oficial das JMJ, encerraram a celebração e deixaram a multidão em festa.
Fonte: Rádio Vaticano
O Beato João Paulo II foi o destaque na homilia do arcebispo de Madri, cardeal Antonio María Rouca Varela, que presidiu a missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), na noite desta terça-feira, 16, na capital espanhola. “As JMJ são inseparáveis do beato João Paulo II”, disse o cardeal recordando que foi o papa João Paulo II quem criou as Jornadas em 1985.
“João Paulo II é o papa dos jovens”, acrescentou o cardeal sob os aplausos calorosos da multidão que lotou a Praça Cibeles para a abertura da JMJ. “Com ele começa um período histórico novo, inédito da relação do sucessor de Pedro com a juventude e uma relação da Igreja com a juventude, direta, de coração a coração”, ressaltou o arcebispo de Madri.
O cardeal lembrou também as raízes cristãs da Espanha ao afirmar que a “principal senha de identidade histórica, de sua cultura e de seu modo de ser, é a profissão da fé cristã de seus filhos e filhas e a comunhão com a Igreja Católica”.
Falando diretamente aos jovens, o cardeal exortou os jovens a encontrarem Cristo. “Cristo é quem busca vocês”, disse. Segundo o cardeal, o jovem encontra Cristo nos sacramentos da eucaristia e da confissão, “nos pobres nos enfermos e nos irmãos que estão em dificuldade”.
A missa começou pontualmente às 20h (horário local), quando o sol ainda era forte. Foram distribuídas sombrinhas para os bispos e os jovens recorreram ao boné com a logomarca da JMJ, colorindo toda a praça.
Capital da Juventude
Ao final da missa, o presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, dom Stanisław Ryłko, acolheu, entusiasmado, os jovens. “Finalmente vocês estão aqui, em Madri, belíssima e moderna metrópole, que nesses dias será a capital da juventude católica do mundo inteiro”, disse.
De acordo com dom Rytko, os dias da Jornada serão para os jovens“dias de inesquecíveis e importantes descobrimentos e de decisões para sua vida”. Ele destacou a importância dos jovens reafirmarem sua fé como testemunho para um mundo em que “muitos vivem como se Deus não existisse”.
“Nestes dias, a fé estará no centro de nossa reflexão, porque a fé é decisiva na vida de cada homem. A fé dá à nossa vida a orientação decisiva”, recordou. “Vocês se reuniram aqui para dizer em voz alta a todo mundo e em particular à Europa: sim, a fé é possível”, acrescentou.
Na busca de Cristo
O bispo de Franca (SP), dom Pedro Luiz Stringhini, saiu animado da celebração. JMJ-DFilippo“Esta celebração de abertura foi uma demonstração para a Espanha e para o mundo de que os jovens estão no caminho da busca de Jesus Cristo, firmes na fé, alegres na esperança, dando testemunho de um mundo novo”, avaliou.
O mesmo entusiasmo foi mostrado também pelo bispo de Petrópolis (RJ), dom Filippo Santoro. “Esta celebração foi um momento extraordinário, uma palavra de encorajamento, de força e de fidelidade a todos os jovens”, considerou.
Ele falou, ainda, da expectativa do Rio de Janeiro, que deverá ser a sede da próxima jornada em 2014. “O Rio de Janeiro está vendo tudo para dizer: vamos tentar fazer a mesma coisa e melhor”, concluiu.
Fonte: CNBB
Espanha - Madrid, 19 de agosto de 2011 - 21h45
Aconteceu nesta sexta-feira a via-sacra, um dos pontos fortes da JMJ e contou com a presença do Papa. Foi um momento forte para todos s jovens prsentes, segundo estatísticas, mais de 1.0000 de jovens estavam presentes. Nas breves palavras que dirigiu ao final da via-sacra o Papa pediu aos jovens para se fazer Cirineu e amor o outro pedindo a Cristo que nos ensine a misteriosa sabedoria da cruz.
Refletindo um pouco - Foi uma celebraçao justo no momento que na Espanha se vive uma crise, reviver a paixao de Cristo aqui me fez pensar nas manifestaçoes contrarias a visita do Papa. Em Jerusalém foi Cristo a justificativa para o conflito que o povo vivia, aqui pegaram o Papa para colocar na cruz em prol da teoria ateista de muitos que vivem aqui. Mas a verdade é que foi um belo momento de fé e oraçao dos joens com o Papa.
Amanhã nos espera a grande vigília eucarística com o Papa em Quatro vientos
Aqui sao 7h45 do dia 20 ' estou de saída para a missa do papa com os seminaristas e de là para onde vai ser a vigilia, só paro amanhã.
Um abraço
Daniel
JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2011 – MADRID
A EXPECTATIVA
Quando eu pensava em JMJ vinha em meu pensamento ver o Papa e conhecer um lugar diferente. Quanta ingenuidade! Uma JMJ é muito mais que isso; é um verdadeiro encontro com Deus e com a Igreja por meio de uma infinidade de atividades que acontece na semana da Jornada.
Tinha ainda a expectativa de, como diácono, celebrar com o Papa, e aconteceu. Já participei de muitas Missas, mas uma com ele tem um gosto de unidade e comunhão diferente e maior.
Outra expectativa era de ter algumas respostas para meu futuro serviço como sacerdote junto da juventude. Mais que respostas, eu tive verdadeiras experiências de encontro com a juventude que anseia por Deus e quer acolher o que temos para lhe dizer, mas precisa ser diferente e de um modo que a envolva.
AS INSTALAÇÕES
Devido ao grande número de participantes, o costume é dar hospedagem em escolas ou onde der para colocar um saco de dormir e ter um banheiro para um banho. O nosso grupo esteve hospedado numa escola com mais 150 jovens de diferentes países. No segundo dia, quando estávamos com lotação completa, veio-me à mente a imagem de um campo de refugiados, pela precariedade que nos encontrávamos. Mas, aquele espaço não era um campo de refugiados e sim uma célula viva da Igreja que apostava naquele encontro da juventude. Naquela escola, já tínhamos uma prévia de internacionalidade, pois estávamos em um espaço com brasileiros de diferentes regiões do Brasil, com Jamaicanos, com Indianos e Croatas.
Terça –feira – 16/08/2011
Depois de nos acomodarmos na escola, partimos para nosso primeiro ato da jornada que foi a Missa de abertura presidida pelo Cardeal Arcebispo de Madrid Dom Antonio María Rouco Varela, com mais 400 bispos e 2.500 sacerdotes de todo o mundo, além de centenas de jovens dos cinco continentes que fizeram de Madri sua casa. A universalidade da JMJ era vista nas infinitas bandeiras que estavam entre a multidão de jovens dos cinco continentes.
Na Missa me marcou uma frase dita pelo Cardeal em sua homilia: “sois la generación de Benedicto XVI.” “...esta es la juventud del Papa”. Essa frase, que arrancou aplausos da juventude e que foi dita no decorrer da semana em todos os eventos, me levou a refletir: que geração é essa? Será que a juventude do Papa se parece com ele? Um dos maiores teólogos dos últimos tempos, escritor incansável e dono de uma sabedoria ímpar, estariam os jovens seguindo seus passos? Eu refletia em meio a explosão de alegria que a massa vivia. Assim começava para nós a 26º Jornada Mundial da Juventude.
Quarta-feira – 17/08/2011
Hoje, começaram as catequeses em igrejas espalhadas por toda a cidade. Para os de língua portuquesa tinha mais de 20 opções. Escolhemos ir à catequese de Dom Odilo, que falou para uma igreja lotada de jovens, sedentos por escutar algo para a vida e missão. Dom Odilo, assim como todos os demais bispos, falou sobre o tema da jornada e motivou os jovens para se integrarem em suas comunidades e na sociedade, com sentimentos e valores cristãos. Ao final da catequese, como aconteceu em todos os outros dias, celebrou-se uma Missa.
Nesse dia, o clima na cidade foi um pouco tenso e preocupante devido as manifestações que grupos contrários a visita do Papa e a Igreja estavam planejando e ainda a ameaça de uma greve do metrô no dia seguinte. Sentimos a realidade que muitos cristãos, em outros países, vivem por não poder manifestar sua fé. Tivemos notícia, em nosso alojamento, que no centro da cidade teve alguns confrontos e que inclusive alguns peregrinos foram maltratados, verbal e fisicamente, mas ainda bem que estávamos longe, apesar de que na mesma noite alguns tentaram invadir a escola onde estávamos e foi preciso chamar a polícia para evitar algo pior.
Quinta-feira – 18/08/2011
Esse foi o dia das credenciais. Pela manhã, fui juntamente com alguns padres, buscar nossas credenciais para participar, como clero, da Missa de encerramento com o Papa. Nesse dia, eu senti o que alguns viram no centro, na noite passada. Estava nas escadas rolantes do metrô, quando vieram dois homens fortes em minha direção e me empurraram fortemente contra a parede e seguiram andando, dizendo que eu era um burro e que estava ali para ver o filho da besta. Não reagi, apenas esperei eles tomarem o caminho deles e fui para o outro lado. Mais uma vez me veio à mente os missionários em terras estrangeiras, que sofrem por viver sua fé.
Na parte da tarde, seguimos para o centro onde esperamos o Papa que chegava e ia dizer suas primeiras palavras aos peregrinos, que já estavam no segundo dia de catequeses e eventos religiosos. Era uma multidão na praça de Cibeles e ruas próximas, que queriam ver e escutar o Papa, entre vivas e aplausos. Ele exortou os jovens a “edificar vossas vidas sobre o cimento firme que é o Cristo. Essa sabedoria e prudência guiarão vossos passos, nada os fará tremer e em vossos corações reinará a paz. Então sereis bem-aventurados, contentes e vossa alegria contagiará aos demais”. Foi ele quem contagiou a todos com sua presença carinhosa e agora a jornada tem um gosto de unidade com a sua presença.
Sexta-feira – 19/08/2011
Um dos dias mais esperados e fortes, pois faremos a via-sacra com o Papa. Lembrei-me daquelas que ele faz no coliseu em Roma, na Semana Santa, mas essa tem um toque especial que são as imagens de várias igrejas da Espanha, com uma riqueza de detalhes e sofrimento que só de olhar nos leva a contemplar a dor de Jesus. Como disse o Papa, “são imagens onde se harmonizam a fé e a arte para chegar ao coração do homem e convidá-lo à conversão”.
Foi um momento forte para todos os jovens presentes, segundo estatísticas, mais de um milhão e meio de jovens estavam presentes. Nas breves palavras que dirigiu ao final da via-sacra o Papa pediu aos jovens para se fazerem Cirineu e amar o outro pedindo a Cristo que nos ensine a misteriosa sabedoria da cruz.
Foi uma celebração, justo no momento em que a Espanha vive uma crise, reviver a paixão de Cristo aqui me fez pensar nas manifestações contrárias à visita do Papa. Em Jerusalém, foi Cristo a justificativa para o conflito que o povo vivia; aqui escolheram o Papa para colocar na cruz em prol da teoria ateísta de muitos cidadãos. Mas, a verdade é que foi um belo momento de fé e oração dos jovens com o Papa.
Sábado – 20/08/2011
Hoje é o dia mais longo, só vai terminar amanhã em Cuatro Vientos. Logo cedo, saí com uma mochila e meu saco de dormir para a última jornada e a mais contagiante. Na parte da manhã fui a Missa do Papa com os seminaristas do mundo todo, segundo estatísticas tinha mais de 1.000 seminaristas do mundo todo.
A celebração aconteceu na linda Catedral de Santa Maria Reina de Almudena. Enquanto esperava a chegada do papamóvel com o Santo Padre, caminhei pelos grupos de seminaristas, e somente pelas vestimentas e modo de se comportar de alguns, pude ir percebendo a diversidade que temos em nossa Igreja, e como esses jovens vão sendo formados nem sempre de um modo livre, mas cada vez mais na ortodoxia e tradição. No início, as palavras do Cardeal Rouco me marcaram: “os seminaristas da JMJ querem ser os primeiros apóstolos da juventude de seu tempo”. Lembrei-me daquela frase conhecida: “jovem evangelizando jovem”. Mas, será que nossos seminaristas estão sendo preparados para serem apóstolos ou apenas para ministrar o culto? A homilia do Papa me fez lembrar o lema da minha ordenação diaconal quando ele pediu para os seminaristas colocarem seus olhos no Senhor. É verdade: só de olhos fixos em Jesus pode-se perseverar nessa escolha vocacional. Depois dessa Missa, fomos nos preparar para partir até o aeroporto Cuatro Vientos.
Vigília com o Papa
Para mim, esse era um dos momentos mais esperados e valeu a pena. Enquanto se esperava o Papa, cerca de dois milhões de pessoas iam formando uma multidão. E eu pensava que ainda vale a pena e podemos ter esperança, pois reunir tanta gente assim, apenas com a intenção de rezar e celebrar, não é tão fácil de acontecer nos tempos de hoje. Não haveria um astro famoso ou cantor do momento, mas tínhamos o principal, JESUS com o Papa e a vontade de se reunir como Igreja. Por volta das 20h, quando o Papa chegou e deu início à celebração, veio um vento forte, seguido de chuva. Alguns pensaram que o Papa iria embora, mas ele preferiu ficar ali, parado e sereno, molhando-se, mas acompanhando os jovens. Naqueles momentos, ele cativou e ganhou em definitivo a simpatia dos jovens, que o aclamavam: “Esta es la juventud del Papa”. Quando a tempestade passou, ele retomou o discurso, com convicção, e dentre as muitas coisas, destaco estas suas palavras: “Que nenhuma dificuldade vos paralise: Não tenhais medo do mundo, nem do futuro, nem da vossa fraqueza. O Senhor vos concedeu viver neste momento da história, repleto de grandes possibilidades e oportunidades, para que, graças à vossa fé, continue a ressoar o nome de Cristo em toda a terra”. É o Papa que nos motiva e confia em nós. Na hora da adoração, naquele lugar cheio de gente, fez-se um silêncio profundo. Lembrei-me da passagem de Isaías que diz que veio a tempestade, mas Deus não estava ali; Ele estava na brisa suave. Na vigília, Ele estava naquele silêncio propício para a oração; era o Papa rezando com e pela juventude. Para mim foi uma graça especial, pois pude ficar bem de frente, a poucos metros e receber a bênção com o Santíssimo. Que paz e alegria senti no meu coração! Depois que o Papa se retirou, todos permaneceram aí, esperando seu retorno no dia seguinte, para a Missa de encerramento.
Domingo – 21/08/2011
O dia em Cuatro Vientos, começou cedo, mesmo antes de o sol despontar. Dirigi-me ao espaço reservado ao clero, e, nesse momento, começo a realizar meu último desejo dessa jornada: celebrar com o Papa, como diácono. Tínhamos dormido ali, por volta de dois milhões de pessoas, para viver esse momento culminante da JMJ. Parece que o incômodo da noite mal dormida e do sol que já era escaldante, ficava em segundo plano e do fundo do coração saía uma energia extra. Lá estavam todos alegres, rezando e cantando em preparação para a Missa.
Milhares de padres e bispos, celebrando algumas partes em diferentes idiomas, parecia ver a experiência de Pentecostes: muitas línguas, mas tudo na unidade. Da homilia, marcou-me quando ele disse que aos jovens cabia a tarefa de serem discípulos e missionários de Cristo em outras terras e países onde muitos jovens aspiram a coisas maiores, e vislumbram em seus corações a possibilidade de valores mais autênticos, sem se deixarem seduzir por falsas promessas de um estilo de vida sem Deus. Essa motivação missionária se concluiu quando o Papa abençoou as cruzes que cada um recebeu e nos enviou em missão para nossas casas, para relatar o que vivemos nesses dias, como os discípulos de Emaús, que retornaram para contar as maravilhas que tinham vivido no caminho com Jesus. Não sei se a juventude que estava lá entendeu, mas o Papa nos confiou uma grande missão diante do mundo secularizado que vivemos. Ao final, ele rezou o Angelus, que me fez recordar as vezes que assisto pela TV, quando ele faz da sacada do Vaticano; mas aquele foi um especial com a juventude.
No final, para nós brasileiros, teve um gosto especial, pois foi anunciado que iremos sediar a próxima Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Foi uma alegria e bandeiras do Brasil para todo lado. Depois de recebermos a Cruz e o ícone (chegam no Brasil dia 18 de setembro), o Papa se retirou na esperança de nos ver em 2013 na cidade maravilhosa. Espero que nossos jovens se organizem para estar lá e viver essa aventura com o Papa.
Assim acabou a minha primeira JMJ. Sem dúvida, é uma oportunidade de resgatar a fé dos jovens e motivá-los a seguirem fiéis. Ver tantos jovens reunidos num evento puramente religioso nos faz ter esperança e perceber que temos que lhes dar mais atenção. Para mim, foi uma motivação a mais para, em breve, me consagrar pelo sacerdócio ao serviço da Igreja, com especial atenção aos jovens.
De Cibeles a Cuatro Vientos
A jornada começou na Praça de Cibeles (deusa da fecundidade), uma praça com quatro chegadas e que foi o centro dos primeiros atos dos milhares de jovens vindos dos quatro cantos do mundo. A fecundidade já não vinha da deusa Cibeles, mas da juventude que, enraizada em Cristo e firme na fé, quer fecundar no mundo a boa-nova que o Papa anunciou nestes dias. E tudo finalizou em Cuatro Vientos, com o envio de mais de um milhão de jovens, aos quatro ventos do mundo nos cinco continentes, para soprar em suas comunidades a boa-nova do Reino de Deus e soprar aos quatro ventos que não podemos viver sem Deus.
Madri - Espanha - 16 de agosto de 2011
Cardeal de Madri presidirá Missa de abertura da JMJ 2011
Coral ensaia para as celebrações da Jornada Mundial da Juventude na Praça Cibeles. Considerada o ato mais importante da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) antes da chegada do Papa, a Missa de abertura do evento, às 20h (15h de Brasília) desta terça-feira, 16, na Praça Cibeles, será presidida pelo Arcebispo de Madri, Cardeal Antonio María Rouco Valera. Ontem, operários davam os últimos retoques no palanque montado para a celebração e, ao lado, o coral ensaiava preparando-se para a celebração.
Neste mesmo local, na quinta-feira, 18, o Papa será acolhido pelos jovens às 19h30 (14h30 de Brasília), e na sexta-feira, acontecerá a via-sacra, às 19h30 (14h30 de Brasília), passando ainda por Paseo de Recoleto e Praça de Colón.
Nesta segunda-feira, 15, terminou a pré-jornada ou “Dia nas Dioceses”, realizada nas dioceses da Espanha desde o dia 11, para preparar os jovens para a JMJ. De acordo com o site oficial do evento, mais de 130 mil jovens de 180 países participaram da iniciativa. O tema da Jornada deste ano é “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé”.
Fonte: Redação Canção Nova e CNBB
Espanha - Madri, 16 de Agosto de 2011
Programa da JMJ 2011, em Madrid
A cidade de Madrid, em Espanha, acolhe até domingo centenas de milhares de pessoas que participam na 26ª edição das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), maior iniciativa juvenil promovida pela Igreja Católica.
A iniciativa tem início no fim da tarde desta terça feira com uma missa na praça de Cibeles, presidida pelo arcebispo de Madrid, cardeal Rouco Varela.
O programa é marcado, nos primeiros dias, pelo ‘Festival da Juventude’, um conjunto de atividades artísticas e culturais que incluem música e dança; teatro; exposições de pintura, escultura, fotografia, decoração e desenho de espaços urbanos; amostras do trabalho social da Igreja nos cinco continentes; itinerários biográficos de santos e missionários; percursos históricos; cinema e produções audiovisuais.
Nas manhãs (10h00) de quarta, quinta e sexta-feira, os jovens poderão participar em diferentes sessões de catequese, agrupados por idiomas, com bispos vindos de todo o mundo.
Estão previstas 250 sessões, para grupos entre 100 e 15 mil pessoas, incluindo um grande encontro entre jovens e 18 bispos portugueses, no Madrid Arena (Centro de Congressos), para o qual são esperados cerca de 11 mil participantes.
Nos dias 17 e 19 de agosto, as catequeses incluem sete bispos portugueses: D. Manuel Clemente, do Porto; D. António Francisco dos Santos, de Aveiro; D. Ilídio Leandro, de Viseu; D. Antonino Dias, de Portalegre-Castelo Branco; D. Manuel Quintas, do Algarve; D. Jorge Ortiga, de Braga, e D. Virgílio Antunes, de Coimbra.
A chegada de Bento XVI vai acontecer às 12h00 desta quinta-feira, no aeroporto Internacional de Madrid; à tarde, pelas 19h15, o Papa irá atravessar a Porta de Alcalá, acompanhado pelos jovens, na Praça da Independência, seguindo-se a festa de acolhimento, na Praça de Cibeles.
Na manhã do dia 19, a agenda papal prevê uma visita de cortesia aos reis de Espanha, Juan Carlos e Sofia, e encontros com jovens religiosos, no Pátio dos Reis de El Escorial, e professores universitários, na Basílica de São Lourenço.
O programa prosseguirá depois na Nunciatura Apostólica de Madrid, com um almoço aberto aos jovens, seguido de um encontro com o chefe do Governo espanhol, José Luís Zapatero.
Ao final da tarde, a partir das 19h30, Bento XVI preside ao primeiro grande momento religioso das JMJ, uma via-sacra no passeio de Recoletos, entre as praças Cibeles e Colón.
No sábado, o Papa terá a oportunidade de confessar alguns jovens, nos jardins do Bom Retiro, e de celebrar missa para os seminaristas na Catedral de Santa Maria a Real de Almudena, sede episcopal de Madrid.
Depois de um almoço com o arcebispo de Madrid, D. António Rouco Varela, onde poderá confraternizar com diversos representantes da Igreja Católica espanhola, Bento XVI seguirá para uma reunião com o comité organizador do evento, na Nunciatura Apostólica, e para uma visita à Fundação Instituto São José que, desde 1899, acolhe e trata pessoas com deficiências físicas e psíquicas.
Às 20h30 desse dia, o Papa encontra-se novamente com os jovens, no Aeródromo de Cuatro Ventos, para uma vigília de oração.
Nesse mesmo local, situado a oito quilómetros de Madrid, será celebrada no domingo, dia 21 de agosto, a missa de encerramento desta 26ª edição das JMJ.
O evento conclui-se com um encontro entre Bento XVI e os voluntários, estando a cerimônia de despedida, prevista para as 18h30 no aeroporto de Madrid.
Fonte: Rádio Vaticano
Espanha - Madri, 17 de Agosto de 2011
«Guia» das celebrações do Papa em Madrid: Bento XVI vai plantar oliveira no primeiro encontro com os jovens da JMJ 2011
Bento XVI vai plantar uma oliveira no primeiro encontro com os jovens participantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2011, em Madrid, ao final da tarde desta quinta-feira, junto à emblemática Porta de Alcalá.
O gesto simbólico pretende criar “um sinal visível do enraizamento que é o lema destas jornadas”, indica o guia das celebrações a que o Papa vai presidir entre 18 e 21 deste mês.
As JMJ, que decorrem esta semana, têm como tema “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (da carta de São Paulo aos Colossenses) e devem juntar em Madrid mais de um milhão de jovens, segundo estimativas hoje divulgadas pela organização, incluindo mais de 12 mil portugueses.
Bento XVI chega à capital espanhola às 12h00 do dia 18 e vai encontrar-se com os jovens vindos de mais de uma centena e meia de países a partir das 19h15, atravessando a referida porta, na Praça da Independência, acompanhado pelo arcebispo de Madrid, cardeal Rouco Varela, e por jovens representantes dos cinco continentes, a caminho da Praça de Cibeles.
Esta porta monumental, mandada construir pelo rei Carlos III, servia no século XVIII como entrada a todos os que ali chegavam, provenientes do resto da Europa.
Nesta primeira celebração, vão ser lembrados “todos os perseguidos por causa do evangelho”, para além dos “pobres e marginalizados”, os que “não têm casa nem trabalho” ou os que “passam fome e sede”.
Esta será a terceira visita de Bento XVI a Espanha, após as passagens por Valência (2006), Santiago de Compostela e Barcelona (2010).
Em Madrid, terão lugar encontros com grupos de professores universitários, jovens religiosos e religiosas, seminaristas, pessoas portadoras de deficiência, voluntários e os mais de um milhão de peregrinos, que incluem uma via-sacra nas ruas da cidade, uma vigília e uma missa no aeródromo de Cuatro Vientos.
O Vaticano destaca como “acontecimento singular” a chamada ‘Festa do Perdão’, marcada para as 09h00 de sábado, dia 20, na qual o Papa vai confessar “vários jovens” no Passeio dos Coches do Parque do Retiro de Madrid.
Nesse mesmo dia, Bento XVI desloca-se à base aérea de Cuatro Vientos, local que acolheu o beato João Paulo II na sua última visita à Espanha, em 2003.
Ali, o atual Papa vai presidir à vigília de oração - um dos “mais queridos e multitudinários atos da JMJ” 2011 nas palavras da Santa Sé -, na qual os jovens vão ter ao seu dispor 17 capelas, abertas durante toda a noite.
No domingo, Bento XVI preside à missa de encerramento (09h30) e, antes da tradicional oração do Angelus, dedicada à Virgem Maria, vai anunciar o local onde se vai realizar a JMJ 2013.
Antes do regresso a Roma, o Papa vai ainda encontrar-se com os voluntários desta jornada, sublinhando o seu “generoso serviço”.
O missal da viagem a Madrid foi preparado pelo Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice (Santa Sé), em colaboração com os responsáveis pelos atos centrais da JMJ de Madrid.
Fonte: Rádio Vaticano
JMJ: Madrid lembrou cristãos perseguidos nos países em que são minoria
Dezenas de milhares de jovens deram início esta terça feira à 26ª edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Madrid, debaixo de intenso calor, numa missa em que foram recordados os cristãos perseguidos nos países em que são minoria.
Na celebração, presidida pelo cardeal Rouco Varela, arcebispo local, na emblemática Praça de Cibeles e dedicada à memória do beato João Paulo II (1920-2005), criador do maior evento juvenil da Igreja Católica, os participantes ouviram rezar em árabe e hebraico, francês, alemão e japonês, recordando as vítimas de abusos, da guerra e dos abortos.
D. Antonio Rouco Varela, deu as boas-vindas aos participantes oriundos de outros países (são esperados um milhão de jovens de 139 países), pedindo-lhes que se sintam “em casa” durante a JMJ, que decorre até domingo, tendo como resposta uma salva de palmas dos presentes, gesto que se viria a repetir várias vezes durante a celebração.
Este responsável lembrou João Paulo II e o que considerou o “novo período histórico da relação” do Papa com a juventude, uma relação “direta, imediata, de coração a coração”.
O cardeal espanhol disse, no entanto, que os jovens presentes em Madrid são a “geração Bento XVI”, com outros “problemas e circunstâncias” de vida, como a “globalização, as novas tecnologias da comunicação, a crise económica”.
“A juventude do século XXI precisa, tanto ou mais do que as gerações precedentes, de encontrar o Senhor pela única via que se demonstrou espiritualmente eficaz: a do peregrino humilde e simples que procura o seu rosto”, apontou.
A missa foi concelebrada por 400 cardeais, arcebispos e bispos de todo o mundo, para além de cerca de 8 mil padres.
O arcebispo de Madrid, anfitrião da JMJ pela segunda vez (a primeira fora em Santiago de Compostela, 1989), afirmou que “a personalidade histórica da Espanha” se forjou “com rasgos inconfundíveis em volta da visão cristã do homem e da vida, desde os próprios alvores da sua história”.
O responsável do Vaticano pelo acompanhamento das JMJ, cardeal Stanisław Ryłko, deixou uma saudação aos participantes, que convidou a reconhecer a “fé” como um “fator decisivo na vida de cada homem”.
“Se Deus existe ou não, tudo muda. A fé é a raiz que nos alimenta coma seiva vital da Palavra de Deus e dos sacramentos, é o fundamento, a rocha sobre a qual se pode construir a vida, a bússola segura que guia as nossas decisões e dá à nossa vida a orientação decisiva”, afirmou o presidente do Conselho Pontifício para os Leigos.
O cardeal também foi saudado com palmas quando afirmou que estes dias da JMJ vão "dizer em voz alta a esta Europa, que está a dar sinais de profunda desorientação, que sim, a fé é possível".
No final da missa, cinco jovens - um de cada continente - receberam uma medalha da Virgen de la Almudena, padroeira de Madrid.
Um canto em polaco, dedicado a João Paulo II, e o refrão «Jesus Christ, you are my life», espécie de hino oficial das JMJ, encerraram a celebração e deixaram a multidão em festa.
Fonte: Rádio Vaticano
As JMJ marcam período inédito na relação dos jovens com o papa, diz o cardeal de Madri
O Beato João Paulo II foi o destaque na homilia do arcebispo de Madri, cardeal Antonio María Rouca Varela, que presidiu a missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), na noite desta terça-feira, 16, na capital espanhola. “As JMJ são inseparáveis do beato João Paulo II”, disse o cardeal recordando que foi o papa João Paulo II quem criou as Jornadas em 1985.
“João Paulo II é o papa dos jovens”, acrescentou o cardeal sob os aplausos calorosos da multidão que lotou a Praça Cibeles para a abertura da JMJ. “Com ele começa um período histórico novo, inédito da relação do sucessor de Pedro com a juventude e uma relação da Igreja com a juventude, direta, de coração a coração”, ressaltou o arcebispo de Madri.
O cardeal lembrou também as raízes cristãs da Espanha ao afirmar que a “principal senha de identidade histórica, de sua cultura e de seu modo de ser, é a profissão da fé cristã de seus filhos e filhas e a comunhão com a Igreja Católica”.
Falando diretamente aos jovens, o cardeal exortou os jovens a encontrarem Cristo. “Cristo é quem busca vocês”, disse. Segundo o cardeal, o jovem encontra Cristo nos sacramentos da eucaristia e da confissão, “nos pobres nos enfermos e nos irmãos que estão em dificuldade”.
A missa começou pontualmente às 20h (horário local), quando o sol ainda era forte. Foram distribuídas sombrinhas para os bispos e os jovens recorreram ao boné com a logomarca da JMJ, colorindo toda a praça.
Capital da Juventude
Ao final da missa, o presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, dom Stanisław Ryłko, acolheu, entusiasmado, os jovens. “Finalmente vocês estão aqui, em Madri, belíssima e moderna metrópole, que nesses dias será a capital da juventude católica do mundo inteiro”, disse.
De acordo com dom Rytko, os dias da Jornada serão para os jovens“dias de inesquecíveis e importantes descobrimentos e de decisões para sua vida”. Ele destacou a importância dos jovens reafirmarem sua fé como testemunho para um mundo em que “muitos vivem como se Deus não existisse”.
“Nestes dias, a fé estará no centro de nossa reflexão, porque a fé é decisiva na vida de cada homem. A fé dá à nossa vida a orientação decisiva”, recordou. “Vocês se reuniram aqui para dizer em voz alta a todo mundo e em particular à Europa: sim, a fé é possível”, acrescentou.
Na busca de Cristo
O bispo de Franca (SP), dom Pedro Luiz Stringhini, saiu animado da celebração. JMJ-DFilippo“Esta celebração de abertura foi uma demonstração para a Espanha e para o mundo de que os jovens estão no caminho da busca de Jesus Cristo, firmes na fé, alegres na esperança, dando testemunho de um mundo novo”, avaliou.
O mesmo entusiasmo foi mostrado também pelo bispo de Petrópolis (RJ), dom Filippo Santoro. “Esta celebração foi um momento extraordinário, uma palavra de encorajamento, de força e de fidelidade a todos os jovens”, considerou.
Ele falou, ainda, da expectativa do Rio de Janeiro, que deverá ser a sede da próxima jornada em 2014. “O Rio de Janeiro está vendo tudo para dizer: vamos tentar fazer a mesma coisa e melhor”, concluiu.
Fonte: CNBB
Espanha - Madrid, 19 de agosto de 2011 - 21h45
Aconteceu nesta sexta-feira a via-sacra, um dos pontos fortes da JMJ e contou com a presença do Papa. Foi um momento forte para todos s jovens prsentes, segundo estatísticas, mais de 1.0000 de jovens estavam presentes. Nas breves palavras que dirigiu ao final da via-sacra o Papa pediu aos jovens para se fazer Cirineu e amor o outro pedindo a Cristo que nos ensine a misteriosa sabedoria da cruz.
Refletindo um pouco - Foi uma celebraçao justo no momento que na Espanha se vive uma crise, reviver a paixao de Cristo aqui me fez pensar nas manifestaçoes contrarias a visita do Papa. Em Jerusalém foi Cristo a justificativa para o conflito que o povo vivia, aqui pegaram o Papa para colocar na cruz em prol da teoria ateista de muitos que vivem aqui. Mas a verdade é que foi um belo momento de fé e oraçao dos joens com o Papa.
Amanhã nos espera a grande vigília eucarística com o Papa em Quatro vientos
Aqui sao 7h45 do dia 20 ' estou de saída para a missa do papa com os seminaristas e de là para onde vai ser a vigilia, só paro amanhã.
Um abraço
Daniel
Diário Daniel Aguirre
JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2011 – MADRID
“Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (São Paulo)
A EXPECTATIVA
Quando eu pensava em JMJ vinha em meu pensamento ver o Papa e conhecer um lugar diferente. Quanta ingenuidade! Uma JMJ é muito mais que isso; é um verdadeiro encontro com Deus e com a Igreja por meio de uma infinidade de atividades que acontece na semana da Jornada.
Tinha ainda a expectativa de, como diácono, celebrar com o Papa, e aconteceu. Já participei de muitas Missas, mas uma com ele tem um gosto de unidade e comunhão diferente e maior.
Outra expectativa era de ter algumas respostas para meu futuro serviço como sacerdote junto da juventude. Mais que respostas, eu tive verdadeiras experiências de encontro com a juventude que anseia por Deus e quer acolher o que temos para lhe dizer, mas precisa ser diferente e de um modo que a envolva.
AS INSTALAÇÕES
Devido ao grande número de participantes, o costume é dar hospedagem em escolas ou onde der para colocar um saco de dormir e ter um banheiro para um banho. O nosso grupo esteve hospedado numa escola com mais 150 jovens de diferentes países. No segundo dia, quando estávamos com lotação completa, veio-me à mente a imagem de um campo de refugiados, pela precariedade que nos encontrávamos. Mas, aquele espaço não era um campo de refugiados e sim uma célula viva da Igreja que apostava naquele encontro da juventude. Naquela escola, já tínhamos uma prévia de internacionalidade, pois estávamos em um espaço com brasileiros de diferentes regiões do Brasil, com Jamaicanos, com Indianos e Croatas.
Terça –feira – 16/08/2011
Depois de nos acomodarmos na escola, partimos para nosso primeiro ato da jornada que foi a Missa de abertura presidida pelo Cardeal Arcebispo de Madrid Dom Antonio María Rouco Varela, com mais 400 bispos e 2.500 sacerdotes de todo o mundo, além de centenas de jovens dos cinco continentes que fizeram de Madri sua casa. A universalidade da JMJ era vista nas infinitas bandeiras que estavam entre a multidão de jovens dos cinco continentes.
Na Missa me marcou uma frase dita pelo Cardeal em sua homilia: “sois la generación de Benedicto XVI.” “...esta es la juventud del Papa”. Essa frase, que arrancou aplausos da juventude e que foi dita no decorrer da semana em todos os eventos, me levou a refletir: que geração é essa? Será que a juventude do Papa se parece com ele? Um dos maiores teólogos dos últimos tempos, escritor incansável e dono de uma sabedoria ímpar, estariam os jovens seguindo seus passos? Eu refletia em meio a explosão de alegria que a massa vivia. Assim começava para nós a 26º Jornada Mundial da Juventude.
Quarta-feira – 17/08/2011
Hoje, começaram as catequeses em igrejas espalhadas por toda a cidade. Para os de língua portuquesa tinha mais de 20 opções. Escolhemos ir à catequese de Dom Odilo, que falou para uma igreja lotada de jovens, sedentos por escutar algo para a vida e missão. Dom Odilo, assim como todos os demais bispos, falou sobre o tema da jornada e motivou os jovens para se integrarem em suas comunidades e na sociedade, com sentimentos e valores cristãos. Ao final da catequese, como aconteceu em todos os outros dias, celebrou-se uma Missa.
Nesse dia, o clima na cidade foi um pouco tenso e preocupante devido as manifestações que grupos contrários a visita do Papa e a Igreja estavam planejando e ainda a ameaça de uma greve do metrô no dia seguinte. Sentimos a realidade que muitos cristãos, em outros países, vivem por não poder manifestar sua fé. Tivemos notícia, em nosso alojamento, que no centro da cidade teve alguns confrontos e que inclusive alguns peregrinos foram maltratados, verbal e fisicamente, mas ainda bem que estávamos longe, apesar de que na mesma noite alguns tentaram invadir a escola onde estávamos e foi preciso chamar a polícia para evitar algo pior.
Quinta-feira – 18/08/2011
Esse foi o dia das credenciais. Pela manhã, fui juntamente com alguns padres, buscar nossas credenciais para participar, como clero, da Missa de encerramento com o Papa. Nesse dia, eu senti o que alguns viram no centro, na noite passada. Estava nas escadas rolantes do metrô, quando vieram dois homens fortes em minha direção e me empurraram fortemente contra a parede e seguiram andando, dizendo que eu era um burro e que estava ali para ver o filho da besta. Não reagi, apenas esperei eles tomarem o caminho deles e fui para o outro lado. Mais uma vez me veio à mente os missionários em terras estrangeiras, que sofrem por viver sua fé.
Na parte da tarde, seguimos para o centro onde esperamos o Papa que chegava e ia dizer suas primeiras palavras aos peregrinos, que já estavam no segundo dia de catequeses e eventos religiosos. Era uma multidão na praça de Cibeles e ruas próximas, que queriam ver e escutar o Papa, entre vivas e aplausos. Ele exortou os jovens a “edificar vossas vidas sobre o cimento firme que é o Cristo. Essa sabedoria e prudência guiarão vossos passos, nada os fará tremer e em vossos corações reinará a paz. Então sereis bem-aventurados, contentes e vossa alegria contagiará aos demais”. Foi ele quem contagiou a todos com sua presença carinhosa e agora a jornada tem um gosto de unidade com a sua presença.
Sexta-feira – 19/08/2011
Um dos dias mais esperados e fortes, pois faremos a via-sacra com o Papa. Lembrei-me daquelas que ele faz no coliseu em Roma, na Semana Santa, mas essa tem um toque especial que são as imagens de várias igrejas da Espanha, com uma riqueza de detalhes e sofrimento que só de olhar nos leva a contemplar a dor de Jesus. Como disse o Papa, “são imagens onde se harmonizam a fé e a arte para chegar ao coração do homem e convidá-lo à conversão”.
Foi um momento forte para todos os jovens presentes, segundo estatísticas, mais de um milhão e meio de jovens estavam presentes. Nas breves palavras que dirigiu ao final da via-sacra o Papa pediu aos jovens para se fazerem Cirineu e amar o outro pedindo a Cristo que nos ensine a misteriosa sabedoria da cruz.
Foi uma celebração, justo no momento em que a Espanha vive uma crise, reviver a paixão de Cristo aqui me fez pensar nas manifestações contrárias à visita do Papa. Em Jerusalém, foi Cristo a justificativa para o conflito que o povo vivia; aqui escolheram o Papa para colocar na cruz em prol da teoria ateísta de muitos cidadãos. Mas, a verdade é que foi um belo momento de fé e oração dos jovens com o Papa.
Sábado – 20/08/2011
Hoje é o dia mais longo, só vai terminar amanhã em Cuatro Vientos. Logo cedo, saí com uma mochila e meu saco de dormir para a última jornada e a mais contagiante. Na parte da manhã fui a Missa do Papa com os seminaristas do mundo todo, segundo estatísticas tinha mais de 1.000 seminaristas do mundo todo.
A celebração aconteceu na linda Catedral de Santa Maria Reina de Almudena. Enquanto esperava a chegada do papamóvel com o Santo Padre, caminhei pelos grupos de seminaristas, e somente pelas vestimentas e modo de se comportar de alguns, pude ir percebendo a diversidade que temos em nossa Igreja, e como esses jovens vão sendo formados nem sempre de um modo livre, mas cada vez mais na ortodoxia e tradição. No início, as palavras do Cardeal Rouco me marcaram: “os seminaristas da JMJ querem ser os primeiros apóstolos da juventude de seu tempo”. Lembrei-me daquela frase conhecida: “jovem evangelizando jovem”. Mas, será que nossos seminaristas estão sendo preparados para serem apóstolos ou apenas para ministrar o culto? A homilia do Papa me fez lembrar o lema da minha ordenação diaconal quando ele pediu para os seminaristas colocarem seus olhos no Senhor. É verdade: só de olhos fixos em Jesus pode-se perseverar nessa escolha vocacional. Depois dessa Missa, fomos nos preparar para partir até o aeroporto Cuatro Vientos.
Vigília com o Papa
Para mim, esse era um dos momentos mais esperados e valeu a pena. Enquanto se esperava o Papa, cerca de dois milhões de pessoas iam formando uma multidão. E eu pensava que ainda vale a pena e podemos ter esperança, pois reunir tanta gente assim, apenas com a intenção de rezar e celebrar, não é tão fácil de acontecer nos tempos de hoje. Não haveria um astro famoso ou cantor do momento, mas tínhamos o principal, JESUS com o Papa e a vontade de se reunir como Igreja. Por volta das 20h, quando o Papa chegou e deu início à celebração, veio um vento forte, seguido de chuva. Alguns pensaram que o Papa iria embora, mas ele preferiu ficar ali, parado e sereno, molhando-se, mas acompanhando os jovens. Naqueles momentos, ele cativou e ganhou em definitivo a simpatia dos jovens, que o aclamavam: “Esta es la juventud del Papa”. Quando a tempestade passou, ele retomou o discurso, com convicção, e dentre as muitas coisas, destaco estas suas palavras: “Que nenhuma dificuldade vos paralise: Não tenhais medo do mundo, nem do futuro, nem da vossa fraqueza. O Senhor vos concedeu viver neste momento da história, repleto de grandes possibilidades e oportunidades, para que, graças à vossa fé, continue a ressoar o nome de Cristo em toda a terra”. É o Papa que nos motiva e confia em nós. Na hora da adoração, naquele lugar cheio de gente, fez-se um silêncio profundo. Lembrei-me da passagem de Isaías que diz que veio a tempestade, mas Deus não estava ali; Ele estava na brisa suave. Na vigília, Ele estava naquele silêncio propício para a oração; era o Papa rezando com e pela juventude. Para mim foi uma graça especial, pois pude ficar bem de frente, a poucos metros e receber a bênção com o Santíssimo. Que paz e alegria senti no meu coração! Depois que o Papa se retirou, todos permaneceram aí, esperando seu retorno no dia seguinte, para a Missa de encerramento.
Domingo – 21/08/2011
O dia em Cuatro Vientos, começou cedo, mesmo antes de o sol despontar. Dirigi-me ao espaço reservado ao clero, e, nesse momento, começo a realizar meu último desejo dessa jornada: celebrar com o Papa, como diácono. Tínhamos dormido ali, por volta de dois milhões de pessoas, para viver esse momento culminante da JMJ. Parece que o incômodo da noite mal dormida e do sol que já era escaldante, ficava em segundo plano e do fundo do coração saía uma energia extra. Lá estavam todos alegres, rezando e cantando em preparação para a Missa.
Milhares de padres e bispos, celebrando algumas partes em diferentes idiomas, parecia ver a experiência de Pentecostes: muitas línguas, mas tudo na unidade. Da homilia, marcou-me quando ele disse que aos jovens cabia a tarefa de serem discípulos e missionários de Cristo em outras terras e países onde muitos jovens aspiram a coisas maiores, e vislumbram em seus corações a possibilidade de valores mais autênticos, sem se deixarem seduzir por falsas promessas de um estilo de vida sem Deus. Essa motivação missionária se concluiu quando o Papa abençoou as cruzes que cada um recebeu e nos enviou em missão para nossas casas, para relatar o que vivemos nesses dias, como os discípulos de Emaús, que retornaram para contar as maravilhas que tinham vivido no caminho com Jesus. Não sei se a juventude que estava lá entendeu, mas o Papa nos confiou uma grande missão diante do mundo secularizado que vivemos. Ao final, ele rezou o Angelus, que me fez recordar as vezes que assisto pela TV, quando ele faz da sacada do Vaticano; mas aquele foi um especial com a juventude.
No final, para nós brasileiros, teve um gosto especial, pois foi anunciado que iremos sediar a próxima Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Foi uma alegria e bandeiras do Brasil para todo lado. Depois de recebermos a Cruz e o ícone (chegam no Brasil dia 18 de setembro), o Papa se retirou na esperança de nos ver em 2013 na cidade maravilhosa. Espero que nossos jovens se organizem para estar lá e viver essa aventura com o Papa.
Assim acabou a minha primeira JMJ. Sem dúvida, é uma oportunidade de resgatar a fé dos jovens e motivá-los a seguirem fiéis. Ver tantos jovens reunidos num evento puramente religioso nos faz ter esperança e perceber que temos que lhes dar mais atenção. Para mim, foi uma motivação a mais para, em breve, me consagrar pelo sacerdócio ao serviço da Igreja, com especial atenção aos jovens.
De Cibeles a Cuatro Vientos
A jornada começou na Praça de Cibeles (deusa da fecundidade), uma praça com quatro chegadas e que foi o centro dos primeiros atos dos milhares de jovens vindos dos quatro cantos do mundo. A fecundidade já não vinha da deusa Cibeles, mas da juventude que, enraizada em Cristo e firme na fé, quer fecundar no mundo a boa-nova que o Papa anunciou nestes dias. E tudo finalizou em Cuatro Vientos, com o envio de mais de um milhão de jovens, aos quatro ventos do mundo nos cinco continentes, para soprar em suas comunidades a boa-nova do Reino de Deus e soprar aos quatro ventos que não podemos viver sem Deus.
