quarta-feira, 31 de março de 2010

Roma: Fruto do Fórum Mundial de Jovens - aprender a amar

Conclui o congresso organizado pelo Conselho Pontifício para os Leigos

O amor, a sexualidade e como enfrentar esses temas em uma sociedade cada vez mais secularizada foram os pontos principais do fórum "Aprender a amar", em que participaram 250 jovens representantes de 92 países e 33 movimentos eclesiais, de quarta-feira a domingo passado, em Roca di Papa, próximo de Roma.

O evento acadêmico, organizado pelo departamento de jovens do Conselho Pontifício para os Leigos, contou com conferências, liturgias, momentos culturais, que permitiram aos jovens aprofundar no tema do verdadeiro amor cuja fonte e destino é o próprio Deus.

Em diálogo com ZENIT, o padre Eric Jacquinet, diretor do departamento de jovens do Conselho Pontifício para os Leigos, qualificou o evento como "um concentrado de experiência eclesial, uma gota de água que faz germinar o bem em todo o mundo".

Uma só fé

Em meio às pausas de cada conferência, os jovens socializavam, trocavam seus correios eletrônicos, planejavam atividades culturais para os tempos livres à noite. Nos diferentes idiomas, falavam da realidade cultural e eclesial de seus diversos países. ZENIT falou com um representante de cada continente para captar suas impressões do evento.

Rinora Gojani era a representante do país mais jovem do mundo, Kosovo, que conquistou sua independência da Albânia em fevereiro de 2008. "É a primeira vez que represento Kosovo como país em um congresso internacional", disse.

Para Rinora, que trabalha na diocese de Pristina, capital de Kosovo, a experiência de ver tantos católicos "me dá muita alegria", devido a que seu país é de maioria muçulmana. Ela contou a seus companheiros como em Pristina estão construindo a primeira catedral de seu pequeno e jovem país.

Esta jovem kosovar trabalha com a comunidade dos salesianos, dando aulas de valores a grupos de crianças, muitas delas muçulmanas. "Não podemos pronunciar o nome de ´Jesus´, só podemos transmitir sua mensagem sem mencioná-lo, porque de outro modo pode haver mal-entendido. Cremos que isso os possa tocar, porque ensinamos a palavra de Jesus e seu amor", testemunha Rinora.

Por sua parte, Develt O´Brien viajou a Roma em representação da Conferência Episcopal Australiana. "Penso que é difícil falar e compartilhar esta experiência em um país tão secularizado. Devido ao relativismo, muita gente não reconhece o que é bom e o que é mau", assegura o jovem.

No entanto, constata que a JMJ realizada em Sydney há dois anos deixou muitos frutos. "É muito interessante ver as mudanças em algumas paróquias e grupos juvenis. Muita gente continuou na mesma linha das experiências que vivemos ali".

Develt considera que este fórum ajuda a "aprofundar no verdadeiro amor. Pode iluminar o que ocorre na vida, se nós formos capazes de seguir o que o Evangelho diz".

Em representação da Palestina e Terra Santa, estava Gheneim Mughannam. "Para nós, que viemos de uma região como essa, torna-se muito difícil ser cristão, pela cultura, a língua e a situação que temos", considera.

O jovem Mughannam assegurou que viver na Terra Santa lha dá "um testemunho de Jesus muito forte, porque Ele cresceu nesta terra".

Já Philomene Karelle Messi, representante da diocese de Iaundé, capital de Camarões, expressou sua alegria por fazer parte deste evento. "Estou feliz de conhecer pessoas de diferentes países com uma mesma fé". Uma fé que ele viu fortalecida desde a visita de Bento XVI no ano passado.

"Agradecemos ao Senhor pelo Papa ter escolhido Camarões entre todos os países da África e guardamos sua mensagem em nosso coração", disse.

Um dos delegados da Colômbia era Carlos Sampedro, que qualificou o tema do congresso de "crucial". "O mundo necessita de testemunhos do autêntico amor", afirmou. "Estamos aqui para refletir, aplicar em nossas vidas, aprofundar nossa fé no que significa o amor".

Fonte: Zenit
Local: Roma