segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A Igreja e a nova Evangelização

"A Igreja Católica não é um museu de arqueologia. Ela é como a antiga fonte do vilarejo que dá água às gerações do hoje, como a deu àquelas do passado”, Papa João XXIII. (13/12/1960).
 Em 2012 é o ano Jubilar: nele se celebram 50 anos da abertura do maior acontecimento na História da Igreja Católica do século XX, o Concílio Ecumênico Vaticano II, inaugurado em 11/10/1962 pelo Papa João XXIII e encerrado em 08/12/1965 pelo Papa Paulo VI.

 AGGIORNAMENTO, isto é, atualização, foi à palavra-chave e fundamental do Concílio. O Papa João XXIII sabia da necessidade de “AGGIORNARE LA CHIESA”, isto é, “atualizar e renovar a Santa Madre Igreja”. No Concílio tudo estava conectado: A Era Primaveril, Novo Pentecostes e Abissais Caminhos de Renovação...

 Durante a celebração Eucarística presidida para participantes do encontro “Novos Evangelizadores para a Nova Evangelização – A Palavra de Deus cresce e se multiplica”, realizado pelo Pontifício Conselho para Nova Evangelização, no dia 16 de outubro de 2011, o Papa Bento XVI anunciou o Ano da Fé.
“Queridos irmãos e irmãs, vocês são os protagonistas da Nova Evangelização que a Igreja iniciou e leva avante, não sem dificuldade, mas com o mesmo entusiasmo dos primeiros cristãos”, afirmou Bento XVI.
Tudo na Igreja de Cristo pela sarça do Espírito Santo é novo, renovado, avivado e reavivado. O AGGIORNAMENTO está fundamentado na misericórdia de Deus que se renovam todas as manhãs (Lm 3,22.23). E no seu amor zeloso que realiza todas as coisas (Is 9,6).
A sarça arde em todo o nosso ser pelo amor de Deus que foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5,5).
Para o coração que arde de amor e da Palavra de Cristo (Lc 24,32), tudo é novo, sempre renovado para Nova Evangelização.

EM CRISTO TUDO É NOVO

Tudo que é novo começo com Jesus. Ele é o fundamento da Boa Nova e da Igreja (Ef 2,20.21).
1. Só ele é a Nova e Eterna Aliança (Mt 26,28).
2. Só ele pode conceber o novo nascimento (Jo 3,1-13; 10,28.30).
3. Só em Cristo somos novas criaturas e tudo se faz novo (2 Cor 5,17).
4. Só em Cristo somos pedras vivas (1 Pd 2,5).
5. Só em Cristo receberemos uma pedrinha branca com novo nome (Ap 2,17).
6. Só Jesus faz novas todas às coisas (Ap 21.5).
Em Cristo somos revestidos do novo e que se renova para o conhecimento segundo a imagem do Criador (Cl 3,10).
Tudo na Igreja é novo e se renova para Nova Evangelização. Vejamos:
• A Sagrada Escritura a Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério.
• O Pastoral Concílio Vaticano II.
• O Catecismo da Igreja Católica.
• Movimentos Carismáticos.
• Movimentos Eclesiais Paroquiais.
• Fraternidades Sacerdotais.
• Novas Comunidades de Vida e Aliança.
• A Mídia Católica.
• A Música Católica.
• Documento de Aparecida.
• Os Mártires Contemporâneos.
• Beato João Paulo II.
• O Ano da Fé.

TRÊS MULHERES

 Três grandes e santas mulheres no século XX viveram o Novo Pentecostes e deixaram para nós um legado em prol da Nova Evangelização. São elas:
1. Elena Guerra. Vida e obra na propagação das maravilhas renovadas do Espírito Santo. É considerada a Apóstola do Espírito Santo. Fundadora da Congregação Oblatas do Espírito Santo.
2. Marthe Robin. Vida e obra na mística Eucarística. Viveu mais 50 anos se alimentando somente da Eucaristia. Fundou a Casa de Retiros Foyer de Charité.
3. Madre Teresa de Calcutá. Vida e obra na caridade pela causa dos mais pobres. Fundadora da Congregação Missionárias da Caridade.
O Papa João Paulo II, na encíclica Redemptaris Missio, nº 42, escreve de forma magistral: “O homem contemporâneo acredita mais nas testemunhas do que nos mestres, mais na experiência do que na doutrina, mais na vida e nos fatos do que nas teorias”.
É na experiência do poder do Espírito Santo que recebemos a capacitação para testemunhar as maravilhas do Reino de Deus. Somos despertados de forma abissal para proclamar com tudo o que temos e o que somos a libertação em nome de Jesus de Nazaré.
Não vivemos de teatros, de encenação, de personagem televisiva, da virtualidade infernal, de Folia de Reis e da intectualidade meramente humana, vivemos sim, da profunda fornalha da experiência contínua de Pentecostes.
 
CONCLUSÃO

A obra do Espírito Santo na Igreja é não deixar jamais o fogo pentecostal se apagar.
Por graça do Senhor Jesus, pelo amor do bom Deus e pela comunhão do Espírito Santo, somos brasas vivas, fogo incendiário e holocausto até a volta de Jesus Cristo.
Na Igreja de Cristo tudo é aceso. A sarça queima sem fim. É o combustão que parte sempre de Novos Pentecostes. A obra do Paráclito é criativa, sábia, renovada, profunda, salutar e consistente.
As labaredas provindas dos dons são graças, virtudes de uma nova vida em Cristo. Tal vida é a luz que testemunha num mundo escuro de cultura de morte a vida abundante.
Com as ferramentas do Espírito Santo, somos capazes de enfrentar novos desafios e com ardor realizar a tarefa da Nova Evangelização.
A partir de Pentecostes, a Igreja torna-se forno, o Espírito Santo é o fogo e nós somos bem cozidos como alimento para saciar a fome da humanidade.

Pe. Inácio José do Vale
Professor de História da Igreja
Especialista em Ciência Social da Religião
Pregador de Retiros Espirituais
E-mail: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com
E-mail: pe.inacio.jose@hotmail.com
 
Fonte: Pe. Inácio José do Vale - CatólicaNet
Local: Volta Redonda