terça-feira, 9 de agosto de 2011

Arquidiocese de Salvador realiza Jornada dos Movimentos Eclesiais

Em Salvador, capital baiana, o mês vocacional começou com várias atividades eclesiais. A arquidiocese de São Salvador vem promovendo várias jornadas de movimentos e pastorais. Bem no início do mês, aconteceu a jornada de espiritualidade dos ministros, que foi precedida pela jornada da juventude.

Neste domingo, dia 6 de agosto, foi a vez da jornada dos movimentos. Organizado pela Comissão Arquidiocesana de Movimentos Eclesiais de Salvador - CAMEC, o evento aconteceu no colégio Antonio Vieira, bairro de Garcias, com início às 7h e contou com cerca de 1.200 participantes representando 34 movimentos dos 37 existentes em Salvador.

"Comunicação entre os movimentos" foi o tema de estudo. Isso porque há necessidade de despertar a consciência da unidade dos mesmos no serviço da Igreja. Na abertura, dona Ângela Maria F. Araújo, presidente dos movimentos na arquidiocese, lembrou que, "embora cada movimento tenha o seu carisma e espiritualidade, todos devem exercer o seu serviço pastoral de acordo com a Igreja local una, santa, apostólica e católica".

Unidade e não uniformidade

Na sua reflexão, dom Murilo Krieger, primaz do Brasil e arcebispo de São Salvador, sublinhou a necessidade da união na evangelização; "a união que não pede uniformalidade, mas o caminhar junto com as diversidades".

O bispo se inspirou nas palavras do Apóstolo Paulo, "... Nós que somos muitos, somos um só corpo em Cristo (Rm.12,5)" e na oração universal de Jesus, "para que todos sejam um, assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste...; (Jo 21-22)". O bispo deixou claro que os movimentos devem se preocupar com o anúncio para fora, e não só para dentro. Citando o Evangelho segundo Marcos (Mc.16,5), o bispo destacou que "Cristo envia seus discípulos a anunciar a boa nova a todo mundo, ai existe a comunicação para fora", afirmou dom Murilo.

Para o bispo, "a comunicação, independente do tempo e espaço, deve ter a sua origem em Jesus como maior comunicador do Pai". Terminado a sua reflexão, dom Murilo destacou ainda que, a comunicação hoje, enfrenta vários perigos: o relativismo e o fundamentalismo e as respostas precisam ser urgentes. A Igreja precisa resgatar o valor da missão permanente de ir e evangelizar. Quanto à espiritualidade, os movimentos precisam se afirmar na Palavra de Deus e nos sacramentos. O bispo chamou atenção também para a necessidade de uma formação contínua que ajudará os movimentos a responder às questões do mundo sobre sua fé (1 Pd. 3,13-15).

Cadê a sua missão?

A seguir, num clima da unidade, dom Murilo presidiu à celebração eucarística. Na sua homilia, o bispo apresentou a dificuldade que a Igreja local tem de vocação sacerdotal. A arquidiocese de Salvador tem 120 paróquias e é servida por poucos padres, metade deles são estrangeiros, religiosos ou missionários. Após informar que este ano, apenas sete jovens entraram no seminário maior, o bispo pediu orações ao Senhor da messe. Pediu também que os movimentos animassem vocacionalmente os jovens para a vida sacerdotal, que rezassem pelos padres já na missão e ajudassem a Igreja a crescer na disposição para a missão ad gentes.  A jornada encerrou às 12h com a bênção solene de dom Murilo.

Fonte: AMV – São Brás, Salvador - Michael Mutinda