Em seu discurso, na manhã de 4 de outubro, aos prelados da Conferência Nacional de Bispos Católicos do Brasil – CNBB, da Região Norte 1 e Noroeste, em visita ad limina, o Papa Bento XVI assinalou que a Igreja Católica não trabalha para si mesmo, mas serve a Cristo e neste sentido convida todos os homens a edificarem sua vida nele.
Depois de elogiar os esforços dos bispos que, "carecendo frequentemente dos meios adequados, levam a Boa Nova de Jesus a todos os lugares da selva amazônica, conscientes de que Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem a conhecer a verdade", o Papa disse que "Deus pode obter esta salvação por formas extraordinárias que só Ele conhece".
"Entretanto – explicou – se seu Filho veio, foi precisamente para nos mostrar com sua palavra e sua vida, os caminhos ordinários de salvação, e nos mandou transmitir esta revelação a outros com sua própria autoridade. Portanto, não podemos evitar este pensamento: os homens poderiam salvar-se por outras vias, graças à misericórdia de Deus, sem o anúncio do Evangelho. Mas acaso posso me salvar se, por negligência, temor, vergonha ou ideias errôneas, deixo de anunciá-lo?"
"Às vezes nos encontramos com esta objeção: impor uma verdade, embora seja a verdade do Evangelho, da salvação, pode ser uma violência à liberdade religiosa", assinalou o Papa citando a este propósito a resposta de Paulo VI: "É óbvio que, sem dúvida, seria um engano impor algo à consciência de nossos irmãos. Mas sugerir o conhecimento da verdade do Evangelho e a salvação em Jesus Cristo, com absoluta claridade e com todo o respeito pelas opções livres da consciência – e, portanto, sem pressões coercitivas, sem persuasões que carecem de honestidade –, longe de ser um ataque à liberdade religiosa, é uma homenagem a essa liberdade, que pode escolher um rumo que inclusive os não-crentes consideram nobre e edificante. Apresentar a Cristo e seu reino de forma respeitosa, mais que um direito, é um dever da evangelização."
"A chamada à missão não se dirige exclusivamente a um restrito grupo de membros da Igreja, mas é um imperativo dirigido a todos os batizados, um elemento essencial de sua vocação."
Neste contexto o Papa se referiu à V Conferência do Episcopado da América Latina e do Caribe, realizada em Aparecida, em 2007, entre cujos objetivos estava o de resgatar a dimensão missionária da Igreja, convocando uma Missão Continental.
"Os desafios do contexto atual poderiam conduzir a uma visão reducionista do conceito de missão. Esta não pode limitar-se a uma simples busca de novos modos para fazer a Igreja mais atrativa e capaz de vencer a competição com outros grupos religiosos ou ideologias relativistas."
"A Igreja não trabalha para si mesma: está ao serviço de Jesus Cristo, existe para fazer que a Boa Nova seja acessível a todas as pessoas. A Igreja é católica precisamente porque convida todos os seres humanos a experimentarem a vida nova em Cristo. A missão, portanto, não é mais que a consequência natural da essência mesma da Igreja, um serviço do ministério de unidade que Cristo quis levar adiante em seu Corpo crucificado", concluiu o Papa.
Fonte: O Lutador
Local:Cidade do Vaticano
Depois de elogiar os esforços dos bispos que, "carecendo frequentemente dos meios adequados, levam a Boa Nova de Jesus a todos os lugares da selva amazônica, conscientes de que Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem a conhecer a verdade", o Papa disse que "Deus pode obter esta salvação por formas extraordinárias que só Ele conhece".
"Entretanto – explicou – se seu Filho veio, foi precisamente para nos mostrar com sua palavra e sua vida, os caminhos ordinários de salvação, e nos mandou transmitir esta revelação a outros com sua própria autoridade. Portanto, não podemos evitar este pensamento: os homens poderiam salvar-se por outras vias, graças à misericórdia de Deus, sem o anúncio do Evangelho. Mas acaso posso me salvar se, por negligência, temor, vergonha ou ideias errôneas, deixo de anunciá-lo?"
"Às vezes nos encontramos com esta objeção: impor uma verdade, embora seja a verdade do Evangelho, da salvação, pode ser uma violência à liberdade religiosa", assinalou o Papa citando a este propósito a resposta de Paulo VI: "É óbvio que, sem dúvida, seria um engano impor algo à consciência de nossos irmãos. Mas sugerir o conhecimento da verdade do Evangelho e a salvação em Jesus Cristo, com absoluta claridade e com todo o respeito pelas opções livres da consciência – e, portanto, sem pressões coercitivas, sem persuasões que carecem de honestidade –, longe de ser um ataque à liberdade religiosa, é uma homenagem a essa liberdade, que pode escolher um rumo que inclusive os não-crentes consideram nobre e edificante. Apresentar a Cristo e seu reino de forma respeitosa, mais que um direito, é um dever da evangelização."
"A chamada à missão não se dirige exclusivamente a um restrito grupo de membros da Igreja, mas é um imperativo dirigido a todos os batizados, um elemento essencial de sua vocação."
Neste contexto o Papa se referiu à V Conferência do Episcopado da América Latina e do Caribe, realizada em Aparecida, em 2007, entre cujos objetivos estava o de resgatar a dimensão missionária da Igreja, convocando uma Missão Continental.
"Os desafios do contexto atual poderiam conduzir a uma visão reducionista do conceito de missão. Esta não pode limitar-se a uma simples busca de novos modos para fazer a Igreja mais atrativa e capaz de vencer a competição com outros grupos religiosos ou ideologias relativistas."
"A Igreja não trabalha para si mesma: está ao serviço de Jesus Cristo, existe para fazer que a Boa Nova seja acessível a todas as pessoas. A Igreja é católica precisamente porque convida todos os seres humanos a experimentarem a vida nova em Cristo. A missão, portanto, não é mais que a consequência natural da essência mesma da Igreja, um serviço do ministério de unidade que Cristo quis levar adiante em seu Corpo crucificado", concluiu o Papa.
Fonte: O Lutador
Local:Cidade do Vaticano