segunda-feira, 28 de junho de 2010

Juventude e maternidade prematura

O Santo Padre, o Papa Bento XVI, disse aos jovens que estavam reunidos com ele no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, no dia 10 de maio de 2007, em sua visita ao Brasil: “O amanhã depende muito de como estais vivendo o hoje da juventude”. Com esta afirmação ele nos mostra que essa etapa da vida é a etapa na qual construímos nossas metas, sonhos, projetos, e que de nossa vivência do hoje depende o estado do nosso amanhã.

Porém, o que temos observado é uma série de problemas que nos apontam sinais de depreciação em nossa sociedade, tais como a desvalorização e desestruturação da família, o crescente aumento do consumo de drogas (lícitas e ilícitas), o hedonismo, ou seja, busca de prazer a todo tempo e a todo custo, a desvalorização do ser humano e uma deturpação dos valores e da moral, bem como a erotização dos conteúdos vinculados na mídia. Esses e outros problemas influem negativamente no comportamento e na vida de nossa juventude.

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Diante deste quadro, ainda nos deparamos com a maternidade prematura que afeta um grande número de adolescentes em todo o mundo. Em maior percentual as de classes sociais mais baixas. Em nosso país, segundo dados do IBGE, a porcentagem de casos de gravidez entre adolescentes de 15 a 19 anos aumentou 15% desde 1980. Somente para termos uma ideia das dimensões de tal fato, são cerca de 700 mil adolescentes que se tornam mães no Brasil a cada ano. E cerca de 1,3 % delas possuem de 10 a 14 anos. Anualmente, cerca de 20,5% das crianças que nascem, são filhas de adolescentes.

Observando esses dados, nos perguntamos acerca das causas de tal ocorrência e da situação desses pais. Além disso, é frequente o abandono da adolescente pelo homem. Inicia-se um processo de interrupção de ideais, como estudos, e uma série de coisas importantes para tal etapa de suas vidas, em função da nova e precoce responsabilidade. E como fica a situação dos recém-nascidos diante da inexperiência e precocidade de seus pais, para assumirem um compromisso tão sério e exigente como a educação de uma criança?


Sabemos que, atualmente, há uma imensa gama de informações acerca dos assuntos correspondentes à sexualidade e à educação sexual. Como dissera o saudoso Papa João Paulo II, na Carta às Famílias (nº16): “Os pais são os primeiros e principais educadores de seus filhos e, nesse campo, têm uma competência fundamental, por serem pais”.

Entendemos a necessidade do fortalecimento das famílias, do diálogo e da afirmação dos valores morais sociais e religiosos frente à atual situação de nossa sociedade.

E nós, como cristãos, somos convidados a dissipar as trevas dos sinais de morte que envolvem nossa sociedade, levando ao mundo uma mensagem de paz, alegria e esperança. E ,seguindo o convite do Senhor, ser sal da terra e luz do mundo, agentes de transformação em nossa sociedade.
 

Fonte: O Lutador
Local:Belo Horizonte (MG)