quarta-feira, 25 de julho de 2012

Missionários de SC fazem parada em Brasília e contam experiência no interior da Bahia

Após passarem dez dias na diocese de Barra (BA) um grupo de pouco mais de 40 missionários da arquidiocese de Florianópolis (SC) fez uma parada em Brasília (DF) e visitou a sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM), nesta terça-feira, 24 de julho. Eles dão continuidade ao Projeto de Igrejas-Irmãs das duas dioceses, que teve início há 30 anos e desde o ano 2000 realiza o trabalho de envio de missionários, anualmente.

"Essa foi a 10ª edição da Missão realizada na diocese de Barra. Já tivemos a oportunidade de ir com dois e até três ônibus de missionários. Desta vez fomos com 46 pessoas, entre leigos, uma religiosa e sete seminaristas", contou o coordenador do projeto, o leigo
Domingos Francisco Pereira, 65 anos. Segundo Francisco, o trabalho feito na Bahia consiste em visitar as casas levando o Anúncio do Evangelho, fazer reflexões com as famílias e celebrações todas as noites.

A diocese de Barra tem uma superfície de 43.531 km² e uma população de 224.248 habitantes, o que torna as atividades pastorais e missionárias mais difíceis. Domingos Francisco já conhece bem o problema das distâncias e apresenta números impressionantes, resultado de sua experiência conquistada ao longo dos anos trabalhando no interior da Bahia. "Há falta de padres e os poucos que têm são responsáveis por paróquias com 60 ou 70 comunidades. Algumas paróquias chegam a ser distantes 380 km uma da outra", contou.

A missionária Maria Salete, leiga, casada, mãe de três filhos e avó, relata como foi a experiência desde ano. "É uma semente que plantamos ano a ano e que nos faz crescer como pessoas e cristãos. O mais importante nesse trabalho é anunciar Jesus Cristo e nos inculturar com nossos irmãos da Bahia. O que acontece lá é uma verdadeira troca de experiências que se traduz no crescimento dos missionários".

O seminarista do período propedêutico (etapa preparatória para o estudo da filosofia) Anderson Felipe Guzzi, 26, tem uma experiência interessante que fez questão de testemunhar nas visitas e celebrações feitas nos últimos dias no interior da Bahia. Esta foi a primeira vez que saiu do estado de Santa Catarina. O amor pela missão, porém, surgiu com a convivência com a avó e a constante reza do terço. Foi através da oração e do encontro pessoal com Deus que Anderson prometeu retornar à Igreja, caso alguém lhe fizesse o convite. Ele deixou de participar da comunidade aos 19 anos, após fazer o Crisma. "Eu passei a rezar o terço diariamente graças a minha avó e isso mudou minha vida, após o convite de participar da formação das Santas Missões Populares", conta. "Na Bahia, como missionário, dei o melhor de mim. Sei que eles poderiam contar com um missionário mais preparado, mas eu fiz o que deveria fazer e estou feliz por isso", completou o jovem, que pretende ser um padre missionário.

O contato e troca de experiências na Bahia é sempre a parte mais importante da missão, segundo o leigo Márcio Antônio Reiser, 50. "A experiência sempre nos proporciona um crescimento na fé e a vontade de voltar. Fazemos trocas de experiências e aprendemos juntos. O estar na missão nos leva a melhorar o trabalho nas bases de nossas próprias comunidades porque sugerimos iniciativas a eles que servem para nós também".

Fonte:Assessoria de Imprensa das POM - www.pom.org.br