quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Uma irmã aos militares: "no nome de Pe. Tentorio, deixem Arakan"

Uma missão de religiosos, leigos e autóctones, guiados pela irmã Emma Cupin, MSM, pediu aos soldados do Exército filipino para deixem a área de Arakan, onde há um mês foi morto o missionário do PIME Pe. Fausto Tentorio: é o que comunicam à Fides alguns participantes da "Vigem para a paz e a Justiça", uma peregrinação de dois dias que, de Davao, chegou a Kidapawan, com a intenção de mostrar solidariedade, verificar a situação e manter alta atenção sobre o assassinato de Pe. Fausto.
 
A delegação, liderada pela irmã Emma Cupin, pediu às Forças Especiais acampada há mais de um mês em Arakan e em muitas outras aldeias na área, para deixarem o território. Os militares, naturalmente, ignoraram os pedidos. A iniciativa foi apoiada também por dois membros da Comissão de Direitos Humanos na região de norte de Cotabato, que repreendeu o tenente Junie Sequenza, comandante do destacamento militar, pelas execuções extrajudiciais que ocorrem ou pela tolerância de tais atos.
 
Irmã Emma disse à Fides: "É muito alarmante ver as tropas militares nas comunidades civis Encontramos soldados por toda parte. Eles estão armados até os dentes, enquanto as crianças passam entre eles. Não pensam que só presença deles compromete a segurança e a vida das crianças. Estas novas operações militares, ordenadas pelo Governo Aquino, não são diferentes dos precedentes planos militares que causaram mortes e deslocamento de milhares de inocentes".

Nas operações militares, disse a religiosa, "registramos graves violações dos direitos humanos. No povoado de Kabalantian, sofreram traumas graves após a morte de Ramon Batoy (um líder indígena que morreu poucos dias depois de Pe. Fausto) e pela tortura e detenção de outros dois, Noli Badul e Celso Batoy". A missão também critica a condescendência para com os militares do Governo local, que não se opõe à claras violações dos direitos da população.

Fonte: Agência Fides
Local: Arakan - Filipinas