terça-feira, 25 de outubro de 2011

Povos do Rio Xingu debatem sobre grandes projetos na região

A partir de hoje, até 27 de outubro, se realiza nesta cidade paraense o seminário: “Territórios, ambiente e desenvolvimento na Amazônia: a luta contra os grandes projetos hidrelétricos na bacia do Xingu”.

Os participantes do seminário analisarão a conjuntura em torno de Belo Monte e discutirão respostas e formas de resistência às situações de risco e impactos geradas pela usina.

Participam do encontro - informa o Conselho Indigenista Missionário - entre 600 e 800 representantes de populações ameaçadas, ou já impactadas pela usina: indígenas, ribeirinhos, pescadores, pequenos agricultores, pessoas de Altamira cujas casas serão inundadas, barqueiros, entre outros.

Além dos representantes de Altamira e da Bacia do Xingu, participarão indígenas de outras regiões do Pará, e dos Estados do Mato Grosso, Goiás e Tocantins.

O encontro coincide com uma audiência em Washington (EUA), junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos, no dia 26. A CIDH convocou o governo brasileiro para explicar porque não estão sendo respeitadas as medidas cautelares, emitidas pelo órgão, em abril deste ano. Nesta segunda-feira, o governo brasileiro anunciou que não enviará representantes para a reunião.

Em Altamira, o primeiro dia do seminário será reservado aos debates conjunturais. Haverá uma mesa com o tema “Impactos dos grandes projetos hidrelétricos na Amazônia: a UHE Belo Monte e suas conseqüências” pela manhã, e outra, “Violação dos direitos dos povos da Amazônia: a UHE Belo Monte e suas conseqüências”, à tarde. Os dias 26 e 27 serão reservados para grupos de discussão e trabalho, e, por fim, a plenária final.
 

Fonte: Rádio Vaticano
Local:Altamira