segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Papa condena «violência absurda» que manchou o Natal

Atentados contra igrejas nas Filipinas e Nigéria lembrados por Bento XVI, que lamentou ainda ataque no Paquistão

Bento XVI condenou este Domingo a "violência absurda" contra os cristãos, nesta quadra natalícia, referindo-se aos atentados que tiveram lugar na Nigéria e Filipinas, provocando dezenas de mortes.

"Soube com grande tristeza do atentado numa igreja católica nas Filipinas, enquanto se celebravam os ritos do dia de Natal, como também do ataque a igrejas cristãs na Nigéria", afirmou, num apelo lido após a recitação do Angelus, na Praça de São Pedro.

Uma série de atentados bombistas e ataques contra igrejas, na Nigéria, saldou-se em pelo menos 38 mortos e dezenas de feridos.

Pelo menos 10 pessoas ficaram feridas numa explosão de uma bomba durante a Missa de Natal na igreja de uma base da polícia filipina na ilha de Jolo, no sul das Filipinas.

"O mundo continua a ser marcado pela violência, especialmente contra os discípulos de Cristo", assinalou o Papa.

Bento XVI disse ainda que "a terra se manchou de sangue noutras partes do mundo, como no Paquistão".

Um ataque suicida matou 45 pessoas no exterior de um armazém do Programa Alimentar Mundial (PAM), em Bajur, Paquistão.

O Papa manifestou as suas "sentidas condolências" às vítimas da violência, pedindo que os responsáveis pelos ataques abandonem "a via do ódio, para encontrar soluções pacíficas para os conflitos" e oferecer "segurança e serenidade" às populações.

Aos presentes, exortou a pedir "com força" a Deus "que toque os corações dos homens e leve a esperança, reconciliação e paz".

Num dia dedicado pela Igreja Católica à celebração da Sagrada Família, Bento XVI lembrou todos aqueles, em particular as famílias, que "foram obrigados a abandonar as suas próprias casas por causa da guerra, da violência e da intolerância".

A catequese proferida pelo Papa na parte inicial deste encontro, no Vaticano, falou da família formada por Jesus, Maria e José como um "exemplo de vida e comunhão" para "enfrentar as preocupações e as necessidades domésticas com profundo amor e compreensão recíproca".


Fonte: Agência Ecclesia