(Traduzida e pronunciada por Dom Dadeus Grings, arcebispo de Porto Alegre, no dia 6.11.10)
Senhor Núncio Apostólico, Senhores Bispos, Autoridades civis e militares, Prezados padres e diáconos, Irmãs da Congregação do Imaculado Coração de Maria, Religiosos e Religiosas, prezados irmãos e irmãs em Cristo.
A festa de todos os Santos, celebrada hoje na Igreja no Brasil, é a data litúrgica mais propícia para a beatificação da Irmã Maria Bárbara da Santíssima Trindade. Nossa bem-aventurada faz parte, de fato, daquele número incalculável de batizados de toda nação, raça, povo e língua, que – como proclama a liturgia da Palavra de hoje – se encontram diante do trono do Cordeiro, vestidos de brancas vestes (Ap 7,9). Trata-se do cortejo dos santos, homens e mulheres, que passaram pela grande tribulação e lavaram suas vestes, tornando-as brancas com o sangue do Cordeiro (Ap 7,9). Madre Bárbara Maix, de fato, viveu plenamente as bem-aventuranças evangélicas dos pobres em espírito, dos mansos, dos misericordiosos, dos promotores da paz, dos perseguidos por amor à justiça (Mt 5,1-11). Subiu ao monte santo do Senhor com mãos inocentes e coração puro (Sal 24,3-4).
O ensinamento da liturgia de hoje apresenta muito bem o retrato espiritual de nossa Beata. Ouvimos, no início da Santa Missa, uma breve biografia dela. Foi uma missionária, proveniente da Áustria. Pretendia ir para a América do Norte. Mas não zarpava nenhum navio de Hamburgo para a América do Norte. Após trinta dias de espera infrutífera, percebendo nisto um sinal da Providência, com algumas companheiras embarcou num navio para o Brasil. O Brasil tornou-se assim sua terra prometida, sua segunda pátria, acolhedora e generosa. Madre Bárbara tornou-se brasileira com os brasileiros; fundou a Congregação das Filhas do Coração Imaculado de Maria e morreu em odor de santidade no dia 17 de março de 1873
Por que a memória de Madre Bárbara manteve-se por tanto tempo no coração de tantos fieis, não se desfazendo como um sonho pela manhã? A resposta é simples. Sua figura não desapareceu na neblina do esquecimento porque falou a língua evangélica da caridade, a única língua da fraternidade humana, a língua universal de Jesus, que atravessa os séculos, sem nunca perder sua eficácia. Madre Bárbara amou muito: amou e serviu os pobres; amou e educou os pequenos; amou e perdoou suas filhas espirituais.
A caridade é como o ouro. O tempo não só não o corroi, mas ainda aumenta seu esplendor e seu valor. Como esta bendita terra brasileira conhece a pujança da natureza, assim também conheceu o vigor do amor oblativo de Madre Maix. Porto Alegre não é propriamente um paraíso, mas teve a graça de admirar o espetáculo da caridade de Madre Bárbara, um espetáculo que é o prelúdio das alegrias do céu.
Podemos perguntar-nos ainda: como Bárbara Maix conseguiu viver o heroísmo das virtudes cristãs? Sua santidade – eis a resposta – é fruto de uma fé profunda, de uma grande esperança e de uma caridade sem limites. Ele foi educada pela palavra e pela graça de Jesus, nosso divino mestre. Os testemunhos são unânimes em afirmar que ela vivia aos pés do Salvador. Estava em contínua e humilde oração, diante do tabernáculo. Por isso, uma sua irmã a compara a um “girassol”: seu rosto estava sempre voltado para Deus, para o céu. Para ser santo – dizia a mística alemã Matilde de Hackeborn - é necessário estar perto de Jesus: “Ele, de verdade, é a própria santidade que santifica todas as coisas”.
Se em Viena nossa Beata se ocupava com as empregadas domésticas e com as jovens desempregadas, no Brasil abre escolas e institutos para crianças órfãs e abandonadas. Dedica-se à educação das jovens e dá atenção à assistência aos doentes durante epidemias e conflitos. Funda por isso uma congregação feminina para ampliar este seu apostolado de caridade.
Quero destacar, de modo particular, duas virtudes que promanam da caridade de Madre Bárbara e que ela praticou em grau heróico no seu apostolado de fazer o bem: a confiança em Deus e a bondade materna.
Em sua missão de caridade, Madre Bárbara teve que enfrentar muitos obstáculos: incompreensões externas, divisões internas, humilhações incríveis. Tudo, porém, foi superado por sua grande confiança na divina Providência. Certo dia disse às suas filhas de Porto Alegre: “Minhas caríssimas, tende ainda um pouco de paciência e, antes que vos apercebais, Deus encontrará as estradas e os meios. Deixemo-lo agir tranquilamente”.
Expressões desta confiança eram as palavras de bênção e as jaculatórias de fazer tudo para a glória de Deus. Desta confiança promanava seu zelo pela salvação do próximo, sobretudo das jovens pobres, moralmente frágeis e marginalizadas.
Esta confiança era alimentada pelo amor a Jesus Eucarístico e por uma especialíssima devoção ao Coração de Maria. As testemunhas relatam que, ainda em tenra idade, Bárbara teve uma aparição de Jesus Menino, que lhe ordenou: “Funda a Congregação de Minha Mãe”. Numa carta nossa Beata escreve: “Façamos do Coração de Maria um receptáculo para colocar nele todas as dores, as aflições e fadigas, como esmola ao Santo Padre, uma vez que não temos dinheiro para lhe dar”.
Desta grande fé brotava a comunhão com a Igreja e a obediência incondicional a seus Pastores. No tempo em que viveu em Porto Alegre manteve profundas relações com o Bispo, convidando-o sempre para as celebrações de vestição e de emissão dos votos de suas professas.
Às suas Irmãs dizia: “Somos cristãs e a Igreja é nossa Mãe. Comportemo-nos como legítimas filhas da Igreja em todas as circunstâncias(...) A Santa Igreja e seus Ministros são nossos observadores e notam como nos comportamos neste contexto de prova, para ver se conseguimos sair desta fornalha como ouro puro, como ramos ou como chumbo... Ofereçamos tudo o que sofremos em prol da vitória da Igreja e do Papa Pio IX”.
Para crescer neste espírito de fé ela se servia dos instrumentos clássicos da espiritualidade cristã: pureza de coração, através dos sacramentos e da união aos Corações de Jesus e de Maria; fidelidade à graça, através da obediência às Regras e às sãs tradições da Congregação (clausura, hábito, recolhimento, trabalho); cuidado da vida interior, através da oração, da meditação, do silêncio, das frequentes e prolongadas visitas a Jesus Sacramentado; abertura à voz do Espírito Santo, que fala ao coração e que é o mestre interior de nossa existência; a interiorização da Palavra de Deus, como alimento de vida santa; fuga do pecado e espírito de mortificação e de reparação; Missa quotidiana.
O tabernáculo era o centro de sua vida. Nas Constituições de 1852 inseriu o preceito da adoração perpétua em comunidade, com as irmãs, que se revezavam dia e noite. A finalidade, de fato, da Congregação é “a verdadeira santificação e perfeição de todos os seus membros... que consiste em regular e modelar toda a vida de acordo com o Divino Modelo, Jesus Cristo nosso Salvador”.
Deste seu coração puro e confiante brotava a caridade heróica para com o próximo, caridade modelada pela cordialidade e pela bondade para com as coirmãs, e de respeito, atenção e delicadeza para com as crianças e os pobres. Basta citar alguns exemplos, entre tantos outros. Quando Madre Bárbara foi convidada a ocupar-se com a educação das crianças expostas na Casa da Roda – isto é, das crianças abandonadas – ela mesma preparou o enxoval para as primeiras quarenta crianças. Fê-lo trabalhando dia e noite, sob a luz de uma vela.
Também seu método educativo levava a marca da caridade. Numa carta de 1866 escreve a uma sua coirmã: “Não quero que grites com as crianças. Matilde – uma educanda – mudou muito. Assim também Genésia, Guilhermina e Belarmina tornaram-se melhores. Quem as conhece pode atestá-lo. Certamente ainda não se poderão canonizar”.
A Madre exercitava, com heroísmo, o ministério da misericórdia, da compreensão, da reconciliação e do perdão. Por isso não enviou para Roma uma carta de arrependimento da Irmã Jacinta da Ressurreição, porque não queria que esta coirmã passasse pela vergonha de ter-se revoltada contra a Superiora Geral. Com um manto de graça, cobria a sua congregação com a bênção do perdão.
Depois de sua santa morte, nossa Beata derramou uma chuva de graças sobre os fieis que invocavam sua intercessão. Entre estas graças está a cura milagrosa de uma criança, Onorino Ecker, de quatro anos de idade, acontecida em julho de 1944, na Arquidiocese de Porto Alegre. A mãe da criança deixara sobre o fogo uma panela para esquentar água, presa por uma corrente. A criança, brincando, agarrou-se à corrente, derramando a água fervente sobre seu corpo e caindo sobre as brasas. O pequeno Onorino ficou todo uma chaga. Chegou ao Hospital após quatro horas, em estado de coma, em gravíssimo perigo de vida. Iniciou-se a oração e a invocação da intercessão da Serva de Deus. Depois de sete dias, improvisamente, o piá se acorda e, depois de cerca de quinze dias de internação recebe alta do hospital, completamente curado, sem cicatrizes marcantes nem complicações de infecções. Trata-se de um sinal do céu para confirmar a santidade de Madre Bárbara Maix.
Hoje Beata Bárbara Maix lembra a todos nós o empenho da santidade. Também nós somos chamados a ser testemunhas de Cristo, ouvir sua palavra de verdade e alimentar-nos de seu pão de vida. Suas filhas espirituais, acima de tudo, são chamadas a seguir as pegadas de sua Santa Fundadora. Também elas devem tornar-se “girassóis”, que tem sempre seu olhar voltado àquele sol de caridade e de bondade que é Jesus Cristo.
A virgem Maria acompanhe todos nós com sua proteção materna na subida do monte da santidade. Se Bárbara Maix conseguiu, por que não tentaremos também nós?
Agradecemos cordialmente ao Santo Padre o Papa Bento XVI o dom desta solene beatificação, que glorifica a Igreja no Brasil com o resplendor da santidade.
Amém.
Senhor Núncio Apostólico, Senhores Bispos, Autoridades civis e militares, Prezados padres e diáconos, Irmãs da Congregação do Imaculado Coração de Maria, Religiosos e Religiosas, prezados irmãos e irmãs em Cristo.
A festa de todos os Santos, celebrada hoje na Igreja no Brasil, é a data litúrgica mais propícia para a beatificação da Irmã Maria Bárbara da Santíssima Trindade. Nossa bem-aventurada faz parte, de fato, daquele número incalculável de batizados de toda nação, raça, povo e língua, que – como proclama a liturgia da Palavra de hoje – se encontram diante do trono do Cordeiro, vestidos de brancas vestes (Ap 7,9). Trata-se do cortejo dos santos, homens e mulheres, que passaram pela grande tribulação e lavaram suas vestes, tornando-as brancas com o sangue do Cordeiro (Ap 7,9). Madre Bárbara Maix, de fato, viveu plenamente as bem-aventuranças evangélicas dos pobres em espírito, dos mansos, dos misericordiosos, dos promotores da paz, dos perseguidos por amor à justiça (Mt 5,1-11). Subiu ao monte santo do Senhor com mãos inocentes e coração puro (Sal 24,3-4).
O ensinamento da liturgia de hoje apresenta muito bem o retrato espiritual de nossa Beata. Ouvimos, no início da Santa Missa, uma breve biografia dela. Foi uma missionária, proveniente da Áustria. Pretendia ir para a América do Norte. Mas não zarpava nenhum navio de Hamburgo para a América do Norte. Após trinta dias de espera infrutífera, percebendo nisto um sinal da Providência, com algumas companheiras embarcou num navio para o Brasil. O Brasil tornou-se assim sua terra prometida, sua segunda pátria, acolhedora e generosa. Madre Bárbara tornou-se brasileira com os brasileiros; fundou a Congregação das Filhas do Coração Imaculado de Maria e morreu em odor de santidade no dia 17 de março de 1873
Por que a memória de Madre Bárbara manteve-se por tanto tempo no coração de tantos fieis, não se desfazendo como um sonho pela manhã? A resposta é simples. Sua figura não desapareceu na neblina do esquecimento porque falou a língua evangélica da caridade, a única língua da fraternidade humana, a língua universal de Jesus, que atravessa os séculos, sem nunca perder sua eficácia. Madre Bárbara amou muito: amou e serviu os pobres; amou e educou os pequenos; amou e perdoou suas filhas espirituais.
A caridade é como o ouro. O tempo não só não o corroi, mas ainda aumenta seu esplendor e seu valor. Como esta bendita terra brasileira conhece a pujança da natureza, assim também conheceu o vigor do amor oblativo de Madre Maix. Porto Alegre não é propriamente um paraíso, mas teve a graça de admirar o espetáculo da caridade de Madre Bárbara, um espetáculo que é o prelúdio das alegrias do céu.
Podemos perguntar-nos ainda: como Bárbara Maix conseguiu viver o heroísmo das virtudes cristãs? Sua santidade – eis a resposta – é fruto de uma fé profunda, de uma grande esperança e de uma caridade sem limites. Ele foi educada pela palavra e pela graça de Jesus, nosso divino mestre. Os testemunhos são unânimes em afirmar que ela vivia aos pés do Salvador. Estava em contínua e humilde oração, diante do tabernáculo. Por isso, uma sua irmã a compara a um “girassol”: seu rosto estava sempre voltado para Deus, para o céu. Para ser santo – dizia a mística alemã Matilde de Hackeborn - é necessário estar perto de Jesus: “Ele, de verdade, é a própria santidade que santifica todas as coisas”.
Se em Viena nossa Beata se ocupava com as empregadas domésticas e com as jovens desempregadas, no Brasil abre escolas e institutos para crianças órfãs e abandonadas. Dedica-se à educação das jovens e dá atenção à assistência aos doentes durante epidemias e conflitos. Funda por isso uma congregação feminina para ampliar este seu apostolado de caridade.
Quero destacar, de modo particular, duas virtudes que promanam da caridade de Madre Bárbara e que ela praticou em grau heróico no seu apostolado de fazer o bem: a confiança em Deus e a bondade materna.
Em sua missão de caridade, Madre Bárbara teve que enfrentar muitos obstáculos: incompreensões externas, divisões internas, humilhações incríveis. Tudo, porém, foi superado por sua grande confiança na divina Providência. Certo dia disse às suas filhas de Porto Alegre: “Minhas caríssimas, tende ainda um pouco de paciência e, antes que vos apercebais, Deus encontrará as estradas e os meios. Deixemo-lo agir tranquilamente”.
Expressões desta confiança eram as palavras de bênção e as jaculatórias de fazer tudo para a glória de Deus. Desta confiança promanava seu zelo pela salvação do próximo, sobretudo das jovens pobres, moralmente frágeis e marginalizadas.
Esta confiança era alimentada pelo amor a Jesus Eucarístico e por uma especialíssima devoção ao Coração de Maria. As testemunhas relatam que, ainda em tenra idade, Bárbara teve uma aparição de Jesus Menino, que lhe ordenou: “Funda a Congregação de Minha Mãe”. Numa carta nossa Beata escreve: “Façamos do Coração de Maria um receptáculo para colocar nele todas as dores, as aflições e fadigas, como esmola ao Santo Padre, uma vez que não temos dinheiro para lhe dar”.
Desta grande fé brotava a comunhão com a Igreja e a obediência incondicional a seus Pastores. No tempo em que viveu em Porto Alegre manteve profundas relações com o Bispo, convidando-o sempre para as celebrações de vestição e de emissão dos votos de suas professas.
Às suas Irmãs dizia: “Somos cristãs e a Igreja é nossa Mãe. Comportemo-nos como legítimas filhas da Igreja em todas as circunstâncias(...) A Santa Igreja e seus Ministros são nossos observadores e notam como nos comportamos neste contexto de prova, para ver se conseguimos sair desta fornalha como ouro puro, como ramos ou como chumbo... Ofereçamos tudo o que sofremos em prol da vitória da Igreja e do Papa Pio IX”.
Para crescer neste espírito de fé ela se servia dos instrumentos clássicos da espiritualidade cristã: pureza de coração, através dos sacramentos e da união aos Corações de Jesus e de Maria; fidelidade à graça, através da obediência às Regras e às sãs tradições da Congregação (clausura, hábito, recolhimento, trabalho); cuidado da vida interior, através da oração, da meditação, do silêncio, das frequentes e prolongadas visitas a Jesus Sacramentado; abertura à voz do Espírito Santo, que fala ao coração e que é o mestre interior de nossa existência; a interiorização da Palavra de Deus, como alimento de vida santa; fuga do pecado e espírito de mortificação e de reparação; Missa quotidiana.
O tabernáculo era o centro de sua vida. Nas Constituições de 1852 inseriu o preceito da adoração perpétua em comunidade, com as irmãs, que se revezavam dia e noite. A finalidade, de fato, da Congregação é “a verdadeira santificação e perfeição de todos os seus membros... que consiste em regular e modelar toda a vida de acordo com o Divino Modelo, Jesus Cristo nosso Salvador”.
Deste seu coração puro e confiante brotava a caridade heróica para com o próximo, caridade modelada pela cordialidade e pela bondade para com as coirmãs, e de respeito, atenção e delicadeza para com as crianças e os pobres. Basta citar alguns exemplos, entre tantos outros. Quando Madre Bárbara foi convidada a ocupar-se com a educação das crianças expostas na Casa da Roda – isto é, das crianças abandonadas – ela mesma preparou o enxoval para as primeiras quarenta crianças. Fê-lo trabalhando dia e noite, sob a luz de uma vela.
Também seu método educativo levava a marca da caridade. Numa carta de 1866 escreve a uma sua coirmã: “Não quero que grites com as crianças. Matilde – uma educanda – mudou muito. Assim também Genésia, Guilhermina e Belarmina tornaram-se melhores. Quem as conhece pode atestá-lo. Certamente ainda não se poderão canonizar”.
A Madre exercitava, com heroísmo, o ministério da misericórdia, da compreensão, da reconciliação e do perdão. Por isso não enviou para Roma uma carta de arrependimento da Irmã Jacinta da Ressurreição, porque não queria que esta coirmã passasse pela vergonha de ter-se revoltada contra a Superiora Geral. Com um manto de graça, cobria a sua congregação com a bênção do perdão.
Depois de sua santa morte, nossa Beata derramou uma chuva de graças sobre os fieis que invocavam sua intercessão. Entre estas graças está a cura milagrosa de uma criança, Onorino Ecker, de quatro anos de idade, acontecida em julho de 1944, na Arquidiocese de Porto Alegre. A mãe da criança deixara sobre o fogo uma panela para esquentar água, presa por uma corrente. A criança, brincando, agarrou-se à corrente, derramando a água fervente sobre seu corpo e caindo sobre as brasas. O pequeno Onorino ficou todo uma chaga. Chegou ao Hospital após quatro horas, em estado de coma, em gravíssimo perigo de vida. Iniciou-se a oração e a invocação da intercessão da Serva de Deus. Depois de sete dias, improvisamente, o piá se acorda e, depois de cerca de quinze dias de internação recebe alta do hospital, completamente curado, sem cicatrizes marcantes nem complicações de infecções. Trata-se de um sinal do céu para confirmar a santidade de Madre Bárbara Maix.
Hoje Beata Bárbara Maix lembra a todos nós o empenho da santidade. Também nós somos chamados a ser testemunhas de Cristo, ouvir sua palavra de verdade e alimentar-nos de seu pão de vida. Suas filhas espirituais, acima de tudo, são chamadas a seguir as pegadas de sua Santa Fundadora. Também elas devem tornar-se “girassóis”, que tem sempre seu olhar voltado àquele sol de caridade e de bondade que é Jesus Cristo.
A virgem Maria acompanhe todos nós com sua proteção materna na subida do monte da santidade. Se Bárbara Maix conseguiu, por que não tentaremos também nós?
Agradecemos cordialmente ao Santo Padre o Papa Bento XVI o dom desta solene beatificação, que glorifica a Igreja no Brasil com o resplendor da santidade.
Amém.
Fonte: CNBB