sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Bote Fé Recife 2013 abrirá o ano da juventude na arquidiocese de Olinda e Recife

Foi dada a largada para o Bote Fé Recife 2013. O evento, que abre o ano da juventude na arquidiocese de Olinda e Recife, acontecerá no próximo dia 27 de janeiro, no Chevrolet Hall, em Olinda. A festa, que terá celebração da Santa Missa e momentos de reflexão, vai reunir grandes nomes da música católica nacional, como a irmã Kelly Patrícia, Missionários Shalom e a banda Rosa de Saron, além de cantores locais como o padre João Carlos e o frei Damião Silva.

De acordo com o presidente da Comissão Arquidiocesana para a Juventude, padre Gimesson Silva, o evento tem como um dos objetivos subsidiar o acolhimento de cerca de 5 mil jovens estrangeiros que estarão na arquidiocese durante a Semana Missionária, em julho – semana que antecede a Jornada Mundial da Juventude.

A festa também será da solidariedade. Além de adquirir o ingresso, o público precisará doar um quilo de alimento não-perecível ou um litro de água mineral. Os donativos serão destinados às famílias vítimas da seca no Agreste e no Sertão do Estado, que serão lembradas durante os shows de forró em homenagem a Luiz Gonzaga. “Vamos doar também parte dos recursos arrecadados do evento para nossos irmãos do interior. Será a nossa contribuição para a segunda fase da campanha “Tem gente com sede de solidariedade”", afirmou o padre Gimesson Silva.

O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, disse estar muito entusiasmado com mobilização da juventude em realizar o evento e ajudar ao próximo. “Este é o ano dos jovens e por isso todas as atenções da Igreja estão voltadas ainda mais para eles. Fico muito feliz em poder anunciar junto com eles esse evento que será de muita alegria, mas também, de compromisso missionário”, declarou o religioso.

No primeiro lote, os ingressos estão sendo vendidos ao preço promocional de R$ 20, que dá direito a um exemplar do Youcat. Os bilhetes podem ser adquiridos na Central do Bote Fé, que funciona na Casa da Juventude Padre Antônio Henrique, na Livraria Paulinas e com os vendedores credenciados de cada vicariato.

Fonte: CNBB

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Encerramento do Ano jubilar dedicado a Pauline Jaricot, fundadora da Pontifícia Obra para a Propagação da Fé

Encerra-se amanhã, 9 de janeiro, o Ano jubilar dedicado a Pauline Jaricot (1799-1862), convocado nos 150 anos de sua morte e nos 50 anos do decreto sobre suas virtudes heroicas. As celebrações serão em Lyon, onde Jaricot viveu e está sepultada. Declarada "venerável" pelo Papa João XXIII em 25 de fevereiro de 1963, dedicou a sua vida à missão, à oração e ao serviço aos pobres; fundou a Pontifícia Obra de Propagação da Fé (3 de maio de 1822) e o movimento do Terço vivo (1826).

O programa de encerramento do Ano jubilar prevê, na tarde de amanhã, a visita à casa de Pauline Jaricot, a reza do terço e a adoração na igreja de Saint Nizier, onde Pauline Jaricot está sepultada e, na mesma igreja, às 17h, Dom Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, proferirá uma conferência intitulada "Pauline Jaricot e a Nova Evangelização". Às 18h30, o Card. Paul Poupard, Presidente emérito do Pontifício Conselho para a Cultura, Enviado especial do Santo Padre Bento XVI, presidirá a Missa pontifical na igreja de Saint Jean Baptiste. O Cardeal está acompanhado por Mons. Francois Duthel, postulador da causa de beatificação de Pauline Jaricot, e por pe. Daniel Cardot, ex-Superior-Geral da Sociedade das Missões Africanas de Lyon. Na celebração, estará presente também Pe. Timoteo Lehane Barrett, SVD, Secretário-geral da Pontifícia Obra de Propagação da Fé, também como representante dos Secretariados gerais das Pontifícias Obras Missionárias.

Fonte: Agência Fides
Local: Lyon - França

Como Jesus, aprendamos a fazer dom total de nós mesmos: Papa, na audiência geral

 “Seguindo o exemplo de Jesus, aprendamos a fazer dom total de nós mesmos. Quem não consegue dar-se a si mesmo, dá sempre demasiado pouco.” Esta a brevíssima mensagem do tweet com que o Papa resumiu hoje o conteúdo da sua catequese na audiência geral desta quarta-feira, na Aula Paulo VI, no Vaticano.
Recordando o costume natalício de oferecer prendas, Bento XVI refletiu que é um gesto que normalmente é um sinal de amor e estima. Trata-se de algo que bem se sintoniza com o mistério do Natal: Jesus é o grande dom, o presente de Deus para nós. Ouçamos as palavras com que o próprio Bento XVI sintetizou o conteúdo da sua catequese:

Queridos irmãos e irmãs,

O Filho Unigênito de Deus encarnou e fez-Se homem, para nos tornar participantes da sua natureza divina. Entre os usos e costumes do período natalício, conta-se a troca de presentes em sinal de amizade e estima. Pois bem! Na Noite de Natal, vimos Jesus assumir a nossa humanidade, para nos dar a sua divindade: ao fazer-Se carne, quis dar-Se a Si mesmo aos homens. Jesus é o presente maior. Quem não consegue dar algo de si mesmo, dá sempre demasiado pouco! Por vezes, procura-se compensar ou substituir com coisas materiais o compromisso de nos darmos a nós próprios. O mistério da encarnação mostra que Deus não procede assim; não Se limita a dar-nos coisas, mas quis dar-Se a Si mesmo no seu Filho Unigénito. Ele fez-Se verdadeiramente um de nós, para nos comunicar a sua própria vida; e fê-lo, não com a investida de um soberano que subjuga o mundo com o seu poder, mas com a humildade dum Menino. Em Jesus, manifesta-se plenamente o homem ao homem.

Uma cordial saudação a todos os peregrinos de língua portuguesa, a quem agradeço a presença e desejo a riqueza imensa e inesgotável que é Cristo, o Deus feito homem. Revesti-vos de Cristo! E, com Ele, o vosso Ano Novo não poderá deixar de ser feliz. Sobre vós e vossas famílias, desça a minha Bênção.

Fonte: Rádio Vaticano

Campanha da Fraternidade será lançada no dia 13 de fevereiro

Será lançada no dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, mais uma edição da Campanha da Fraternidade (CF). Esse ano o tema será “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).

Após 21 anos da Campanha da Fraternidade de 1992, que abordou como tema central a juventude, a CF 2013, na sua 50ª edição, terá a mesma temática. A acolhida da temática “juventude” tem como objetivo ter mais um elemento além da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para fortalecer o desejo de evangelização dos jovens.

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Eduardo Pinheiro, explicou que uma das metas principais da CF de 2013 é olhar a realidade juvenil, compreender a riqueza de suas diversidades, potencialidades e propostas, como também os desafios que provocam atitudes e auxílios aos jovens e aos adultos.

O objetivo geral da CF é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.

“Dentro do sentido da palavra 'acolher' está o valorizar, o respeitar o jovem que vive nesta situação de mudança de época e isso não pode ser esquecido”, destacou o presidente da Comissão da CNBB.

Na arquidiocese de Aparecida (SP), o lançamento da CF 2013 será no dia 31 de janeiro, em Guaratinguetá. A abertura será feita pelo cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis.

Em Natal

A programação de lançamento nacional será em Brasília, na sede da CNBB e também na cidade de Natal (RN), arquidiocese que deu início à Campanha, em 1962.

O arcebispo de Natal, dom Jaime Vieira da Rocha, falou da satisfação da arquidiocese em sediar o lançamento da CF 2013. “Será um momento de resgate da história da Campanha da Fraternidade, que começou aqui. Ficamos muito felizes pela compreensão da CNBB em nos conceder a alegria desse momento, na história da Campanha. Para nós, é muito significativo”, disse o arcebispo.

O secretário executivo da Campanha da Fraternidade, padre Luiz Carlos Dias, lembrou que a edição de 2013, além de ser um momento comemorativo, será também um momento de revisão da Campanha da Fraternidade. “A Campanha tem um forte poder de evangelização e, por isso, precisamos, cada vez mais, aprimorá-la”, ressaltou. Ele lembrou que a decisão de fazer o lançamento da em Natal foi do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), da CNBB.

Para o lançamento, ficou definida uma visita ao município de Nísia Floresta (RN) – lugar onde a Campanha teve início, na manhã da quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013; ainda no dia 14, à tarde, haverá uma entrevista coletiva com a imprensa; no dia 15, será realizado um seminário sobre a temática da CF 2013 – “Fraternidade e Juventude”. Neste mesmo dia, às 17 horas, será realizada a solenidade oficial de lançamento, e, às 20 horas, na Catedral Metropolitana, será celebrada missa, seguida de um show.

Segundo o padre Luiz Carlos, antes, no dia 13, quarta-feira de cinzas, em Brasília, a presidência da CNBB receberá a imprensa, em entrevista coletiva.

Origem da CF

A primeira Campanha foi realizada na arquidiocese de Natal em abril de 1962, por iniciativa do então administrador apostólico, dom Eugênio de Araújo Sales. O objetivo era fazer uma coleta em favor das obras sociais e apostólicas da arquidiocese. A comunidade rural de Timbó, no município de Nísia Floresta (RN), foi o lugar onde a campanha ocorreu, pela primeira vez.

O lançamento foi feito oficialmente numa entrevista do administrador apostólico da arquidiocese às Rádios Rural de Natal e Poty. Dizia, então, dom Eugênio: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever; um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão”.

A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em 1964, a CNBB assumiu a Campanha da Fraternidade.

Fonte: CNBB

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Dia da Infância Missionária - Solidariedade, missão, amor, evangelização: as crianças protagonistas na vida da Igreja

Instituída oficialmente em 1950 pelo Papa Pio XII, separadamente do Dia Mundial das Missões, o Dia da Infância Missionária é celebrado todos os anos em muitas Dioceses de maneiras diferentes, de acordo com os costumes locais. Durante a Assembleia Geral Anual das Pontifícias Obras Missionárias (POM), realizada em maio de 2012, Baptistine Ralamboarison, Secretária-Geral da Pontifícia Obra da Infância Missionária (POIM), reiterou a importância de celebrar este Dia, e acrescentou que nos locais visitados onde não se conhecia a celebração, as crianças e os animadores a acolheram com entusiasmo. Além disso, na mesma ocasião, a Secretária, em vista dos 170 anos da Obra Pontifícia, que serão celebrados justamente este ano, lançou um Concurso de desenho que tem como data limite de apresentação o fim do mês de fevereiro de 2013. "Trata-se de uma ocasião útil para dar ressonância mundial à voz das crianças, utilizando um instrumento que elas conhecem: lápis, cores e a imaginação", disse Ralamboarison à Agência Fides. "A finalidade do concurso não é, obviamente, premiar os dons artísticos do vencedor, mas mostrar às crianças que são protagonistas na vida da Igreja, fazer expressar através do desenho o que significa para elas palavras como solidariedade, missão, amor, evangelização, enfim, todos os valores que estão resumidos no slogan da Santa Infância ‘As crianças ajudam as crianças’”. Cada Direção Nacional reagiu do seu modo e estamos aguardando os frutos desse trabalho de animação, na esperança de que o Dia se torne uma realidade concreta e que as crianças do mundo entendam que a sociedade dá ouvidos a elas, que, com a guia do Senhor, possam estender pessoalmente as cores na tela da vida”, concluiu a Secretária-Geral.

Fonte: Agência Fides

Estudo da Agência Fides aponta crescimento da estrutura católica no mundo

Apesar da crise demográfica e vocacional que atinge a Europa, a Igreja católica cresce em todo o mundo e particularmente na Ásia e na África.

O resultado emerge do estudo realizado pela Agência Fides (http://www.fides.org/aree/news/newsdet.php?idnews=33882&lan=por) que apresenta dados extraídos do “Anuário Estatístico da Igreja” (atualizado em 31 de dezembro de 2010) e dizem respeito aos membros da Igreja, suas estruturas pastorais, atividades no campo da saúde, assistencial e educacional.

Católicos no mundo

Em 31 de dezembro de 2010, a população mundial era de 6.848.550.000 pessoas, com um aumento de 70.951.000 em relação ao ano anterior. O aumento global também se aplica este ano a todos os continentes: os aumentos mais consistentes estão na Ásia (+40.510.000) e África (+22.144.000) seguidos pela América (+5.197.000), Europa (+2.438.000) e Oceania (+662.000).

Na mesma data de 31 de dezembro de 2010, o número de católicos era 1.195.671.000 unidades com um aumento total de 15.006.000 pessoas em relação ao ano anterior. O aumento diz respeito a todos os continentes e é maior na África (+6.140.000), América (+3.986.000) e Ásia (+3.801.000); seguem Europa (+894.000) e Oceania (+185.000).

A percentagem de católicos aumentou globalmente 0,04%, num total de 17,46%. Em relação aos continentes, houve aumentos em todos os lugares, exceto na Europa: África (+0,21), América (+0,07), Ásia (+ 0,06), Europa (-0,01) e Oceania (+ 0,03).

Bispos

O número total de bispos no mundo aumentou de 39 unidades, atingindo um total de 5.104. Em geral aumentam os bispos diocesanos e diminuem os bispos religiosos. Os bispos diocesanos são 3.871 (43 a mais que no ano anterior), enquanto os Bispos religiosos são 1.233 (4 a menos). O aumento de Bispos diocesanos diz respeito a todos os continentes exceto a Oceania (-4), África (+13), América (+22), Ásia (+11), Europa (+1). O bispos religiosos aumentam na África (+3), Ásia (+1) e Oceania (+1), diminuem na América (-7) e Europa (-2).

Sacerdotes

O número total de sacerdotes no mundo aumentou 1.643 unidades em relação ao ano precedente, atingindo a cota de 412.236 padres. Mais uma vez a Europa registra o menor índice (-905), enquanto os aumentos se registram na África (+761), América (+40), Ásia (+1.695) e Oceania (+52). Os sacerdotes diocesanos no mundo aumentaram globalmente de 1.467 unidades, atingindo o número 277.009, com um aumento na África (+571), América (+502), Ásia (+801) e Oceania (+53) e ainda uma diminuição na Europa (-460). Também os sacerdotes religiosos aumentaram 176 unidades e são 135.227. A marcar um aumento, seguindo a tendência dos últimos anos, são a África (+190) e a Ásia (+894), enquanto a diminuição se verifica na América (-462), Europa (-445) e Oceania (-1).

Diáconos permanentes


Os diáconos permanentes no mundo aumentaram 1.409 unidades, atingindo um total de 39.564. O maior aumento se confirma mais uma vez na América (+859) e na Europa (+496), seguido pela Ásia (+58) e Oceania (+1). Uma única diminuição, também este ano, na África (-5). Os diáconos permanentes diocesanos no mundo são 39.004, com um aumento total de 1.412 unidades.

Aumentam em todos os continentes, com exceção da África (-6) e da Oceania (nenhuma variação), precisamente: América (+863), Ásia (+60), Europa (+495). Os diáconos permanentes religiosos são 560,3 a menos em relação ao ano precedente, com leves aumentos na África (+1), Europa (+1) e Oceania (+1), reduções na América (-4) e Ásia (-2).

Religiosos

Religiosas
 e religiosos não sacerdotes aumentaram globalmente em 436 unidades, chegando ao número de 54.665. Registraram-se aumentos na África (+254), Ásia (+411), Europa (+17) e Oceania (+15). Diminuíram apenas na América (-261). Confirma-se a tendência à diminuição global das religiosas (-7.436) que são 721.935 no total, assim divididas: neste ano, também os incrementos são na África (+1.395) e Ásia (+3.047), as reduções na América (-3.178), Europa (-8.461) e Oceania (-239).

Missionários leigos e catequistas

O número de Missionários leigos no mundo é de 335.502 unidades, com um aumento global de 15.276 unidades e aumentos continentais na África (+1.135), América (+14.655), Europa (+1.243) e Oceania (+62); a única redução é na Ásia (-1.819).
Os Catequistas no mundo aumentaram no total em 9.551 unidades, alcançando 3.160.628. Os aumentos se registram na América (+43.619), Europa (+5.077) e Oceania (+393). Diminuições na África (-29.405) e Ásia (-10.133).

Institutos de instrução e educação

No campo da instrução e da educação, a Igreja administra no mundo 70.544 escolas, frequentadas por 6.478.627 alunos; 92.847 escolas fundamentais, com 31.151.170 alunos; 43.591 institutos secundários, com 17.793.559 alunos. Além disso, segue também 2.304.171 alunos de escolas superiores e 3.338.455 estudantes universitários. O confronto com o ano precedente indica um aumento de escolas (+2.425) e uma redução de alunos (-43.693); uma leve redução no número de escolas fundamentais (-124) e um aumento de alunos (+178.056); aumentam os institutos secundários (+1.096) e seus respectivos alunos (+678.822); em aumento também os estudantes de escolas superiores (+15.913) e de universitários (+63.015).

Institutos de saúde, de beneficência e assistência


Os institutos de beneficência e assistência administrados no mundo pela Igreja incluem: 5.305 hospitais, com maior presença na América (1.694) e África (1.150); 18.179 postos de saúde, em maioria na América (5.762), África (5.312) e Ásia (3.884); 547 leprosários, distribuídos principalmente na Ásia (285) e África (198); 17.223 casas para idosos, doentes crônicos e portadores de deficiência, em maioria na Europa (8.021) e América (5.650); 9.882 orfanatos, um terço dos quais na Ásia (3.606); 11.379 jardins de infância; 15.327 consultórios matrimoniais, distribuídos em grande parte na América (6.472); 34.331 centros de educação ou reeducação social e 9.391 instituições de outros tipos, em maioria na América (3.564) e Europa (3.159).

Fonte: Agência Fides

Brasil é fonte e destino do tráfico humano, diz relatório da OIM

Um estudo realizado pela Organização Internacional para as Migrações, OIM, apontou o Brasil como um dos países fonte de vítimas de tráfico humano, ao lado da Bulgária, China, Índia, Nigéria. Entre os três principais estão a Ucrânia, o Haiti e o Iêmen.

O relatório resultou da análise das tendências de tráfico de pessoas através de informações de mais de 150 pontos de operação. Os principais países de destino são a Federação Russa, o Haiti, o Iêmen, a Tailândia e o Cazaquistão. Embora em menor escala em relação à Argentina, o Brasil também é tido como ponto de chegada de pessoas traficadas de países como a Bolívia e o Paraguai.

Na Europa, Portugal é um dos pontos de destino ao lado da Alemanha, Itália e Espanha. Todos recebem um número significativo de migrantes do Cone Sul e particularmente dos países andinos. Migrantes originários de Angola e Moçambique estão na lista dos refugiados africanos, caribenhos e asiáticos que se movimentam para a Europa ou transitam pela América do Sul a caminho dos Estados Unidos e Canadá.

Campanha da Fraternidade

Em 2014, a Campanha da Fraternidade terá como tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, e o lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou.” (Gl 5,1)

De acordo com o secretário executivo da Campanha da Fraternidade, padre Luiz Carlos Dias, o objetivo geral, a partir da reafirmação da defesa e da reverência pela dignidade dos filhos e filhas de Deus, é mobilizar a sociedade através da denúncia do tráfico humano de modo a contribuir pela erradicação desse mal.

Fonte: CNBB

A "coragem e humildade da fé", aceitando sofrer pela verdade: Bento XVI na Missa da Epifania ordenando quatro novos bispos

Como os Magos vindos do Oriente para adorar Jesus, os bispos hão-de ser “pessoas de coração inquieto”, “movidos pela busca de Deus e da salvação do mundo”, “homens que esperam” e participam da “inquietação de Deus por nós”.

Seguindo uma tradição iniciada pelo seu predecessor João Paulo II, Bento XVI celebrou hoje de manhã, na basílica de São Pedro, a festa da Epifania procedendo à ordenação episcopal de quatro novos bispos: - Angelo Vincenzo Zani, da diocese italiana de Brescia, Secretário da Congregação para a Educação Cristã; - Fortunatus Nwachukwu, da diocese de Aba (Nigéria), nomeado Núncio Apostólico na Nicarágua; - Georg Gänswein, da diocese de Freiburg im Breisgau (Alemanha), seu secretário pessoal, nomeado Prefeito da Casa Pontifícia; - e Nicolas Denis Thevenin, do clero da arquidiocese italiana de Génova, nomeado Núncio Apostólico na Guatemala.
Bento XVI exortou os novos bispos à “coragem e humildade da fé”, sabendo enfrentar mesmo “a zombaria do mundo” e “contradizer as orientações dominantes”. Uma valentia e fortaleza que não é agressividade nem provocação mas que aceita ser ferido para “permanecer firme na verdade”.

Para a Igreja crente e orante (observou Bento XVI), os Magos do Oriente, que, guiados pela estrela, encontraram o caminho para o presépio, são o princípio duma grande procissão que permeia a história. Os homens vindos do Oriente personificam o mundo dos povos, a Igreja dos gentios: os homens que, ao longo dos séculos, se encaminham para o Menino de Belém. A Igreja chama a esta festa «Epifania» – a manifestação do Divino… aos homens de todas as proveniências e continentes, de diversas culturas e diferentes formas de pensamento e de vida. É uma Epifania da bondade de Deus e do seu amor pelos homens. Nesta “peregrinação dos povos para Jesus Cristo”, o Bispo – recordou o Papa – tem a missão de “ir à frente e indicar a estrada”.

Bento XVI partiu da figura dos Magos, para, reflectindo sobre que tipo de homens eles eram, tentar “vislumbrara algo do que é o Bispo e de como deve cumprir a sua missão”. Os Magos “eram, em definitiva, pessoas de coração inquieto; homens inquietos movidos pela busca de Deus e da salvação do mundo; homens à espera”, que queriam sobretudo saber o essencial. “Queriam não apenas saber; queriam conhecer a verdade acerca de nós mesmos, de Deus e do mundo. A sua peregrinação exterior era expressão deste estar interiormente a caminho, da peregrinação interior do seu coração. Eram homens que buscavam a Deus e, em última instância, caminhavam para Ele; eram indagadores de Deus”.

Daqui, emerge, para Bento XVI, o que deve ser o Bispo: “deve ser sobretudo um homem cujo interesse se dirige para Deus, porque só então é que ele se interessa verdadeiramente também pelos homens. E, vice-versa, podemos dizer: um Bispo deve ser um homem que tem a peito os outros homens, que se deixa tocar pelas vicissitudes humanas”.
Pode-se dizer que deve ser sobretudo um homem cujo interesse se dirige para Deus, porque só então é que ele se interessa verdadeiramente também pelos homens. E, vice-versa: “um Bispo deve ser um homem que tem a peito os outros homens, que se deixa tocar pelas vicissitudes humanas. Deve ser um homem para os outros; mas só poderá sê-lo realmente, se for um homem conquistado por Deus: se, para ele, a inquietação por Deus se tornou uma inquietação pela sua criatura, o homem”.

Como os Magos do Oriente, também um Bispo não deve ser alguém que se limita a exercer o seu ofício, sem se importar com mais nada. “(O Bispo) deve deixar-se absorver pela inquietação de Deus com os homens. Deve, por assim dizer, pensar e sentir em sintonia com Deus. Não é apenas o homem que tem em si a inquietação constitutiva por Deus, mas esta inquietação é uma participação na inquietação de Deus por nós”.Foi por estar inquieto connosco que Deus veio atrás de nós até à manjedoura; mais: até à cruz.
“A inquietação do homem por Deus e, a partir dela, a inquietação de Deus pelo homem devem não dar tréguas ao Bispo. É isto que queremos dizer, ao afirmar que o Bispo deve ser sobretudo um homem de fé; porque a fé nada mais é do que ser interiormente tocado por Deus, condição esta que nos leva pelo caminho da vida. A fé leva-nos a um estado em que somos arrebatados pela inquietação de Deus e faz de nós peregrinos que estão interiormente a caminho…”

Os Magos “tinham a coragem e a humildade da fé” – observou ainda o Papa. Sabiam enfrentar “o sarcasmo dos ditos realistas”. Para eles, “a busca da verdade era mais importante do que a zombaria do mundo, aparentemente inteligente”. Ora, fez notar Bento XVI, quem vive e anuncia a fé da Igreja também não está, em muitos aspectos, em conformidade com as opiniões dominantes… “O agnosticismo, hoje largamente imperante, tem os seus dogmas e é extremamente intolerante com tudo o que o põe em questão, ou põe em questão os seus critérios”. “Por isso, a coragem de contradizer as orientações dominantes é hoje particularmente premente para um Bispo. Ele tem de ser valoroso; e esta valentia ou fortaleza não consiste em ferir com violência, na agressividade, mas em deixar-se ferir e fazer frente aos critérios das opiniões dominantes. A coragem de permanecer firme na verdade é inevitavelmente exigida àqueles que o Senhor envia como cordeiros para o meio de lobos”.

“Naturalmente – esclareceu o Papa - queremos, como os Apóstolos, convencer as pessoas e, neste sentido, obter a sua aprovação; naturalmente não provocamos, antes, pelo contrário, convidamos todos a entrarem na alegria da verdade… Contudo o critério a que nos submetemos não é a aprovação das opiniões dominantes; o critério é o próprio Senhor.”

Como os Apóstolos que saíram do Sinédrio “cheios de alegria por terem sido considerados dignos de sofrer vexames por causa do nome de Jesus” (prosseguiu ainda), sabemos que, se defendemos a sua causa, …inevitavelmente também seremos flagelados (à maneira moderna) por aqueles cujas vidas estão em contraste com o Evangelho, e então poderemos ficar agradecidos por sermos considerados dignos de participar na Paixão de Cristo.

E Bento XVI concluiu, assegurando os novos bispos da sua própria oração assim como de toda a Igreja: “que o Senhor vos encha com a luz da fé e do amor, que a inquietação de Deus pelo homem vos toque, que todos possam experimentar a sua proximidade e receber o dom da sua alegria. Rezamos por vós, para que o Senhor sempre vos dê a coragem e a humildade da fé.

No costumado encontro dominical com os fiéis para a recitação da oração mariana do meio-dia, desta vez com grandíssima participação de romanos e peregrinos, Bento XVI recordou que a festa da Epifania coincide com a festa do Natal para os cristãos ortodoxos da Europa oriental. O Papa exprimiu-lhes os melhores votos de boas festas.

Como é tradição em Roma, neste “Dia dos Reis” convergiu ao fim da manhã para a Praça de São Pedro um Cortejo folclórico recordando precisamente os Magos. Não faltou a saudação do Papa…

Fonte: Rádio Vaticano

Bento XVI expõe aos Embaixadores as suas preocupações e votos relativamente às maiores questões do momento

Como habitualmente no início do ano, Bento XVI recebeu nesta segunda-feira de manhã os membros do Corpo Diplomático, aos quais dirigiu um discurso em que passou em resenha os problemas de justiça e paz, através do mundo, exprimindo as suas preocupações e propostas, a esse propósito.

Bento XVI começou por se congratular com as “relações frutuosas que a Igreja Católica mantém, em todo o mundo, com as autoridades civis”. “Trata-se de um diálogo que tem a peito o bem integral, espiritual e material, de cada homem e visa promover por toda a parte a sua dignidade transcendente”. Esta dimensão “católica” da Igreja, que a leva a abraçar todo o universo e, portanto, cada povo, cultura e tradição (sublinhou o Papa), “não constitui uma ingerência na vida das diversas sociedades, mas serve para iluminar a recta consciência dos seus cidadãos e convidá-los a trabalhar pelo bem de cada pessoa e o progresso do género humano”.
Foi neste contexto que Bento XVI situou os acordos bilaterais estabelecidos ou ratificados em 2012 com vários países, assim como “as inesquecíveis viagens apostólicas por ele realizadas ao México, a Cuba e ao Líbano. “Ocasiões privilegiadas – disse – para reafirmar o empenhamento cívico dos cristãos naqueles países e também para promover a dignidade da pessoa humana e os fundamentos da paz”.

Referindo o anúncio do anjo aos pastores, na noite de Natal, glorificando a Deus e proclamando a paz para a humanidade, o Santo Padre chamou a atenção para a “estreita relação entre Deus e o anseio profundo que sempre tem o homem de conhecer a verdade, praticar a justiça e viver na paz”, como escrevia há 50 anos João XXIII na Encíclica “Pacem in Terris”.
Bento XVI deplorou o facto de hoje em dia por vezes se pensar que a verdade, a justiça e a paz são utopias que se auto-excluem. Ora, “diversamente, na perspectiva cristã, há uma ligação íntima entre a glorificação de Deus e a paz dos homens na terra, de tal modo que a paz não resulta meramente de um esforço humano, mas deriva do próprio amor de Deus… Na realidade, sem uma abertura ao transcendente, o homem cai como presa fácil do relativismo e, consequentemente, torna-se-lhe difícil agir de acordo com a justiça e comprometer-se pela paz.”

Referindo o “fanatismo de matriz religiosa” que continua a ceifar vítimas, o Santo Padre voltou uma vez mais a sublinhar que se trata duma “falsificação da própria religião, uma vez que esta visa reconciliar o homem com Deus, iluminar e purificar as consciências e tornar claro que cada homem é imagem do Criador”. “A paz constitui, ao mesmo tempo, dom de Deus e tarefa do homem, porque exige a sua resposta livre e consciente”, como o sugere o tema, este ano, do Dia Mundial da Paz: Bem-aventurados os obreiros da paz.
Recordando “a grave responsabilidade de trabalhar pela paz” que incumbe primariamente às autoridades civis e políticas”, Bento XVI passou em revista “os numerosos conflitos que continuam a ensanguentar a humanidade, a começar pelo Médio Oriente”. Antes de mais, a Síria, “dilacerada por contínuos massacres e palco de imensos sofrimentos para a população civil”.
“Renovo o meu apelo para que se deponham as armas e possa, o mais rápido possível, prevalecer um diálogo construtivo para acabar com um conflito que, se perdurar, não conhecerá vencedores mas apenas derrotados, deixando em campo atrás de si apenas ruínas.”

Uma referência também à Terra Santa: “Na sequência do reconhecimento da Palestina como Estado Observador não - Membro das Nações Unidas, renovou os seus “votos de que israelitas e palestinianos, com o apoio da comunidade internacional, se empenhem por chegar a uma convivência pacífica no contexto de dois Estados soberanos onde o respeito pela justiça e as legítimas aspirações de ambos os povos seja tutelado e garantido”.

Especial atenção mereceu, no discurso do Papa ao Corpo Diplomático, o continente africano: “Também no Norte de África é prioritária a cooperação de todos os componentes da sociedade, devendo ser garantida a cada um deles a plena cidadania, a liberdade de professar publicamente a sua religião e a possibilidade de contribuir para o bem comum”.
Bento XVI exprimiu a todos os egípcios a sua proximidade e oração neste período em que se formam novas instituições. Estendendo depois o olhar para a África subsaariana, o Papa encorajou os esforços para construir a paz, “sobretudo nos lugares onde permanecem abertas as feridas das guerras e onde pesam graves consequências humanitárias”. “Penso de modo particular na região do Corno de África, bem como no leste da República Democrática do Congo, onde recrudesceram as violências, forçando muitas pessoas a abandonar as suas casas, as próprias famílias e ambientes de vida. Ao mesmo tempo, não posso ignorar as outras ameaças que se desenham no horizonte. Com intervalos regulares, a Nigéria vê-se palco de atentados terroristas que ceifam vítimas, sobretudo entre os fiéis cristãos reunidos em oração, como se o ódio quisesse transformar templos de oração e de paz em centros de pavor e dissensão”.

Bento XVI exprimiu a “grande tristeza” com que no próprio dia de Natal tomou conhecimento do bárbara assassinato de dezenas de cristãos. Finalmente, no que diz respeito à África, uma referência ao Mali e à República Centro – Africana:
“Também o Mali se vê dilacerado pela violência e sofre uma profunda crise institucional e social, que deve merecer um eficaz empenho da comunidade internacional. E, passando à República Centro-Africana, espero que as conversações anunciadas para os próximos dias tragam a estabilidade e poupem à população reviver as tribulações da guerra civil.”


Eis o texto integral do discurso do Papa:

Excelências,
Senhoras e Senhores,

Tenho o gosto de vos receber, ilustres Membros do Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé, para vos dirigir a minha saudação pessoal e venturosa, como é habitual no início de cada novo ano; saudação essa que, de bom grado, estendo às dilectas nações que representais e às quais asseguro a recordação constante na minha oração. Estou particularmente grato ao Decano, Embaixador Alejandro Valladares Lanza, e ao Vice-Decano, Embaixador Jean-Claude Michel, pelas palavras deferentes que me dirigiram em nome de todos vós. Uma saudação especial desejo fazer àqueles que participam pela primeira vez neste encontro; a vossa presença constitui um sinal expressivo e tangível das relações frutuosas que a Igreja Católica mantém, em todo o mundo, com as autoridades civis. Trata-se de um diálogo que tem a peito o bem integral, espiritual e material, de cada homem e visa promover a sua dignidade transcendente por toda a parte. Como recordei na Alocução do último Consistório Ordinário Público para a criação de novos Cardeais, «desde o seu início, a Igreja está orientada kat'holon, isto é, abraça todo o universo» e, consequentemente, cada povo, cada cultura e tradição. Tal «orientação» não constitui uma ingerência na vida das diversas sociedades, mas serve para iluminar a recta consciência dos seus cidadãos e convidá-los a trabalhar pelo bem de cada pessoa e o progresso do género humano. Foi nesta perspectiva – para fomentar uma profícua cooperação entre a Igreja e o Estado ao serviço do bem comum – que, no ano passado, a Santa Sé assinou Acordos bilaterais com o Burundi e a Guiné Equatorial, e ratificou o Acordo com o Montenegro; e, com o mesmo espírito, participa nos trabalhos de várias Organizações e Entidades internacionais. A este respeito, fiquei contente por ter sido acolhido, em Dezembro passado, o seu pedido para se tornar Observador Extra-Regional no Sistema de Integração da América Central, nomeadamente pela contribuição que a Igreja Católica oferece em vários sectores dos Estados da região. As visitas de diversos Chefes de Estado e de Governo, que recebi ao longo do ano passado, bem como as inesquecíveis viagens apostólicas que realizei ao México, a Cuba e ao Líbano foram ocasiões privilegiadas para reafirmar o empenhamento cívico dos cristãos daqueles países e também para promover a dignidade da pessoa humana e os fundamentos da paz.
Neste lugar, apraz-me ainda mencionar o valioso trabalho realizado pelos Representantes Pontifícios em diálogo constante com os vossos Governos. Em particular, desejo recordar a estima de que gozava o Núncio Apostólico na Costa do Marfim, D. Ambrose Madtha, que tragicamente morreu um mês atrás num acidente de carro, juntamente com o motorista que o acompanhava.

Senhoras e Senhores Embaixadores,

O Evangelho de Lucas narra que, na noite de Natal, os pastores ouvem os coros angélicos que glorificam a Deus e proclamam a paz para a humanidade. O evangelista sublinha, assim, a estreita relação entre Deus e o anseio profundo que sempre tem o homem de conhecer a verdade, praticar a justiça e viver na paz [cf. João XXIII, Pacem in terris: AAS 55 (1963), 257]. Hoje, por vezes, é-se levado a pensar que a verdade, a justiça e a paz sejam utopias que se auto-excluem. Conhecer a verdade parece ser impossível e os esforços para a afirmar são apresentados, muitas vezes, como desembocando na violência. Por outro lado, de acordo com uma generalizada concepção, o compromisso pela paz reduz-se a fazer cedências que garantam a convivência entre os povos ou então entre os cidadãos da mesma nação. Diversamente, na perspectiva cristã, há uma ligação íntima entre a glorificação de Deus e a paz dos homens na terra, de tal modo que a paz não resulta meramente de um esforço humano, mas deriva do próprio amor de Deus. O que gera a violência não é a glorificação de Deus, mas o seu esquecimento. De facto, como se pode efectuar um autêntico diálogo, quando deixa de haver por referência uma verdade objectiva e transcendente? Em tal caso, como se pode evitar que a violência, aberta ou disfarçada, se torne a derradeira norma das relações humanas? Na realidade, sem uma abertura ao transcendente, o homem cai como presa fácil do relativismo e, consequentemente, torna-se-lhe difícil agir de acordo com a justiça e comprometer-se pela paz.

Às manifestações contemporâneas do esquecimento de Deus, podem-se associar as manifestações devidas à ignorância do seu verdadeiro rosto, que é a causa de um pernicioso fanatismo de matriz religiosa, que ceifou vítimas em alguns dos países aqui representados também no ano de 2012. Como já tive ocasião de dizer, trata-se duma falsificação da própria religião, uma vez que esta visa reconciliar o homem com Deus, iluminar e purificar as consciências e tornar claro que cada homem é imagem do Criador. Ora, se a glorificação de Deus e a paz na terra estão intimamente ligadas entre si, é evidente que a paz constitui, ao mesmo tempo, dom de Deus e tarefa do homem, porque exige a sua resposta livre e consciente.

Por esta razão, quis dar como título à Mensagem anual para o Dia Mundial da Paz: Bem-aventurados os obreiros da paz. A grave responsabilidade de trabalhar pela paz incumbe primariamente sobre as autoridades civis e políticas; são elas as primeiras chamadas a resolver os numerosos conflitos que continuam a ensanguentar a humanidade, a começar por aquela região privilegiada no plano de Deus que é o Médio Oriente. Penso, antes de mais nada, na Síria, dilacerada por contínuos massacres e palco de imensos sofrimentos para a população civil. Renovo o meu apelo para que se deponham as armas e possa, o mais rápido possível, prevalecer um diálogo construtivo para acabar com um conflito que, se perdurar, não conhecerá vencedores mas apenas derrotados, deixando em campo atrás de si apenas ruínas. Permiti-me solicitar-vos, Senhoras e Senhores Embaixadores, que continueis a sensibilizar as respectivas autoridades para que sejam fornecidas, urgentemente, as ajudas indispensáveis para fazer face à grave situação humanitária. Acompanho com viva atenção também a Terra Santa. Na sequência do reconhecimento da Palestina como Estado Observador não-Membro das Nações Unidas, renovo os meus votos de que israelitas e palestinianos, com o apoio da comunidade internacional, se empenhem por chegar a uma convivência pacífica no contexto de dois Estados soberanos, onde o respeito pela justiça e as legítimas aspirações de ambos os povos seja tutelado e garantido. Jerusalém, torna-te aquilo que o teu nome significa: cidade da paz e não da divisão, profecia do Reino de Deus e não mensagem de instabilidade e conflito!

Depois o meu pensamento detém-se na amada população do Iraque, para lhe desejar que percorra o caminho da reconciliação a fim de chegar à ansiada estabilidade.

Quanto ao Líbano, cujas diversas realidades constituintes pude encontrar no passado mês de Setembro, oxalá a pluralidade das suas tradições religiosas seja uma verdadeira riqueza tanto para o país como para toda a Região, e os cristãos ofereçam um testemunho eficaz para a construção dum futuro de paz com todos os homens de boa vontade.

Também no Norte de África é prioritária a cooperação de todos os componentes da sociedade, devendo ser garantida a cada um deles a plena cidadania, a liberdade de professar publicamente a sua religião e a possibilidade de contribuir para o bem comum. Desejo assegurar a todos os egípcios a minha proximidade e a minha oração neste período em que se formam novas instituições.

Estendendo depois o olhar para a África subsaariana, encorajo os esforços para construir a paz, sobretudo nos lugares onde permanecem abertas as feridas das guerras e onde pesam graves consequências humanitárias. Penso de modo particular na região do Corno de África, bem como no leste da República Democrática do Congo, onde recrudesceram as violências, forçando muitas pessoas a abandonar as suas casas, as próprias famílias e ambientes de vida. Ao mesmo tempo, não posso ignorar as outras ameaças que se desenham no horizonte. Com intervalos regulares, a Nigéria vê-se palco de atentados terroristas que ceifam vítimas, sobretudo entre os fiéis cristãos reunidos em oração, como se o ódio quisesse transformar templos de oração e de paz em centros de pavor e dissensão. Senti uma grande tristeza quando soube que, no próprio dia em que celebramos o Natal, foram barbaramente assassinadas dezenas de cristãos. Também o Mali se vê dilacerado pela violência e sofre uma profunda crise institucional e social, que deve merecer um eficaz empenho da comunidade internacional. E, passando à República Centro-Africana, espero que as conversações anunciadas para os próximos dias tragam a estabilidade e poupem à população reviver as tribulações da guerra civil.

A construção da paz passa, sem cessar, pela tutela do homem e dos seus direitos fundamentais. Embora com modalidades e graus diversos, esta tarefa interpela todos os países e deve ser constantemente inspirada pela dignidade transcendente da pessoa humana e pelos princípios inscritos na sua natureza. Entre estes, ocupa o primeiro plano o respeito pela vida humana, em todas as suas fases. Por isso, me alegrei com a Resolução da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa que, em Janeiro do ano passado, pediu a proibição da eutanásia, entendida como a morte voluntária, por acção ou omissão, de um ser humano em condições de dependência. Ao mesmo tempo, vi com tristeza que em vários países, mesmo de tradição cristã, se procurou introduzir ou ampliar legislações que despenalizam o aborto. O aborto directo, ou seja, querido como fim ou como meio, é gravemente contrário à lei moral. Ao dizer isto, a Igreja Católica não pretende faltar de compreensão e benevolência nomeadamente para com a mãe; trata-se, antes, de velar para que a lei não chegue a alterar, injustamente, o equilíbrio entre o igual direito à vida que possuem tanto a mãe como o filho nascituro. Neste domínio, é igualmente fonte de preocupação a sentença recente da Corte Interamericana dos Direitos do Homem relativa à fecundação in vitro, que redefine arbitrariamente o momento da concepção e debilita a defesa da vida pré-natal.

Infelizmente circulam, sobretudo no Ocidente, numerosos equívocos sobre o significado dos direitos humanos e seus correlativos deveres. Não é raro o caso de se confundir os direitos com manifestações exacerbadas de autonomia da pessoa, que se torna auto-referencial, deixando de estar aberta ao encontro com Deus e com os outros para se fechar sobre si mesma buscando satisfazer as suas próprias carências; ao passo que a defesa dos direitos, para ser autêntica, deve ao invés considerar o homem na sua integridade pessoal e comunitária.

Continuando a nossa reflexão, vale a pena sublinhar a educação como sendo outro caminho privilegiado para a construção da paz. Assim no-lo ensina, para além do mais, a crise económica e financeira actual. Esta desenvolveu-se porque, com muita frequência, foi absolutizado o lucro em detrimento do trabalho, e se aventuraram desenfreadamente pelos trilhos da economia financeira em vez da real. Por isso, é necessário recuperar o sentido do trabalho e de um lucro que lhe seja proporcionado. Com esta finalidade, há que educar para resistir à tentação dos interesses particulares e a curto prazo, orientando-se antes na direcção do bem comum. Além disso, é urgente formar os líderes que hão-de guiar, no futuro, as instituições públicas nacionais e internacionais [cf. Mensagem para o XLVI Dia Mundial da Paz (8 de Dezembro de 2012), 6]. A própria União Europeia precisa de Representantes clarividentes e qualificados para realizar as opções difíceis que são necessárias a fim de sanar a sua economia e colocar bases sólidas para o seu progresso. Sozinhos, alguns países talvez caminhassem mais rápido; mas, juntos, todos chegarão certamente mais longe! Se é uma preocupação o índice diferencial entre as taxas financeiras, deveriam suscitar indignação as crescentes diferenças entre poucos, cada vez mais ricos, e muitos, irremediavelmente pobres. Em suma, trata-se de não se resignar com a «contracção do bem-estar social», enquanto se combate a contracção financeira.

Investir em educação nos países em vias de desenvolvimento da África, Ásia e América Latina significa ajudá-los a vencer a pobreza e as doenças, bem como a realizar sistemas legais equitativos e respeitadores da dignidade humana. É claro que, para implementar a justiça, não bastam bons modelos económicos, embora sejam necessários. A justiça só se realiza, se houver pessoas justas! Por isso, construir a paz significa educar os indivíduos para combaterem a corrupção, a criminalidade, a produção e o tráfico da droga, bem como para evitar divisões e tensões, que põem em risco o tecido da sociedade, dificultando o seu desenvolvimento e a convivência pacífica.

Hoje gostava ainda de lhes dizer que a paz social é posta em perigo também por alguns atentados à liberdade religiosa: trata-se, umas vezes, de marginalização da religião na vida social, outras, de intolerância ou mesmo de violência contra pessoas, símbolos identificadores e instituições religiosas. Acontece também que os crentes – e os cristãos em particular – se vejam impedidos de contribuir para o bem comum com as suas instituições educativas e de assistência social. Além disso, para salvaguardar efectivamente o exercício da liberdade religiosa, é essencial respeitar o direito à objecção de consciência. Esta «fronteira» da liberdade toca princípios de grande importância, de carácter ético e religioso, radicados na própria dignidade da pessoa humana. Tais princípios constituem, de certo modo, as «paredes mestras» de qualquer sociedade que queira ser verdadeiramente livre e democrática. Por isso, proibir a objecção de consciência individual e institucional, em nome da liberdade e do pluralismo, abriria, ao invés e paradoxalmente, as portas precisamente à intolerância e ao nivelamento forçado.

Além disso, num mundo de fronteiras cada vez mais abertas, construir a paz através do diálogo não é uma opção, mas uma necessidade! Nesta perspectiva, a Declaração conjunta entre o Presidente da Conferência Episcopal Polaca e o Patriarca de Moscovo, assinada no passado mês de Agosto, é um sinal forte dado pelos crentes para favorecer as relações entre o povo russo e o povo polaco. De igual modo, desejo mencionar o acordo de paz recentemente alcançado nas Filipinas e, de modo particular, sublinhar o papel do diálogo entre as religiões para uma convivência pacífica na região de Mindanau.

Excelências,
Senhoras e Senhores,


No final da Encíclica Pacem in terris, cujo cinquentenário tem lugar este ano, o meu predecessor Beato João XXIII recordava que a paz é «uma palavra vazia de sentido», se não for vivificada e integrada pela caridade [AAS 55 (1963), 303]. Por isso, a caridade está no âmago da acção diplomática da Santa Sé e, antes ainda, da solicitude do Sucessor de Pedro e de toda a Igreja Católica. A caridade não substitui a justiça negada, mas também a justiça não supre a caridade recusada. A Igreja pratica diariamente a caridade através das suas obras de assistência social, como hospitais e dispensários, e das suas obras educativas, como orfanatos, escolas, colégios, universidades, e também com a assistência prestada às populações em dificuldade, nomeadamente durante e depois dos conflitos. Em nome da caridade, a Igreja quer estar junto também de quantos sofrem por causa das calamidades naturais. Penso nas vítimas das inundações no Sudeste Asiático e do furacão que atingiu a costa leste dos Estados Unidos da América. Penso também naqueles que sofreram com o forte terramoto que devastou algumas regiões do norte da Itália. Como sabeis, quis visitar pessoalmente aqueles lugares, onde pude constatar o desejo ardente e o empenho de reconstruir o que ficou destruído. Espero que, neste momento da sua história, tal espírito de tenacidade e empenho compartilhado anime toda a dilecta nação italiana.

Quero, ao concluir este nosso encontro, recordar que, no final do Concílio Vaticano II – inaugurado precisamente há cinquenta anos – o Venerável Papa Paulo VI dirigiu algumas Mensagens que continuam de grande actualidade, sendo uma delas destinada a todos os governantes. Exorta-os nestes termos: «É a vós que pertence ser na terra os promotores da ordem e da paz entre os homens. Mas não esqueçais: é Deus (...) o grande artífice da ordem e da paz na terra» [Mensagem aos Governantes (8 de Dezembro de 1965), 3]. Hoje faço minhas estas considerações, ao formular a vós, Senhoras e Senhores Embaixadores e ilustres Membros do Corpo Diplomático, às vossas famílias e vossos colaboradores, os meus votos mais calorosos para este novo Ano. Obrigado!

Fonte: Rádio Vaticano   

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Comunidade Shalom convida: Acamp's


Começa a gravação do CD da JMJ Rio2013

Uma novidade musical está chegando para aquecer o coração dos jovens na caminhada rumo à Jornada Mundial da Juventude (JMJ): o CD com as canções das missas da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013. Alguns dos grandes nomes da música católica brasileira estiveram em estúdio, no dia 17 de dezembro, para dar início à gravação do CD, que será produzido por Marco Mazzola.

No CD, estão confirmadas as participações do padre Fábio de Melo, padre Reginaldo Manzotti, padre Omar Raposo, padre Juarez de Castro, padre Gleuson Gomes e da irmã Kelly Patrícia. As músicas serão cantadas em três dos Atos Centrais da JMJ: Missa de Abertura, acolhida do Papa e Missa de Envio. Além do hino da JMJ Rio 2013, estão, entre as canções conhecidas, "Kyrie Eleison", "Cordeiro de Deus", "Tantum Ergo", "A Barca (Pescador de Homens)" e "Jovens Abençoados", esta última que fez parte do CD "São Sebastião Acolhe a Juventude", lançado na Trezena de São Sebastião deste ano.

Na lista de inéditas, estão uma homenagem à Nossa Senhora, uma homenagem ao Papa e uma música composta pelo padre Fábio de Melo.

Segundo o responsável pelo Setor de Atos Centrais, padre Renato Martins, com o CD da JMJ Rio 2013, o setor quer que o povo brasileiro aprenda as músicas e possa manifestar, durante as celebrações, a alegria e a participação ao cantá-las. "Conseguimos a participação de grandes cantores, que fazem a história da música católica brasileira. Buscamos nomes com os quais a juventude vai se identificar. Esperamos que todos abracem esse projeto e incentivem o povo nas suas paróquias a também cantar, para que, nas missas da Jornada todos possam mostrar ao Papa a face alegre de ser católico", frisou.

Todos os padres que participaram do primeiro dia de gravação mostraram-se animados com as letras e melodias das músicas e lisonjeados em fazerem parte do CD do maior evento da Igreja Católica. De acordo com o padre Fábio de Melo, o CD será uma união de trabalhos diferentes de diversos cantores, que estão dentro de uma mesma linguagem: a música litúrgica, categoria de música que, segundo ele, será resgatada do esquecimento, com o CD.

"A música litúrgica é totalmente diferente porque ela é uma música para um contexto celebrativo e tem que fazer com que as pessoas que estão participando estejam conectadas com o que está acontecendo no altar. Esse CD resgata isso e será muito proveitoso porque vai dar a oportunidade de as paróquias terem uma música litúrgica correta e de as pessoas terem alegria em cantá-las", explicou.

Para o padre Reginaldo, a música em si toca as pessoas pela sua própria natureza de ser uma linguagem universal e a proposta é congregar pela música, utilizando-a como ferramenta para unir pessoas de culturas diferentes e passar a mensagem do rosto jovem de Cristo. "A música é um excelente canal de evangelização. O que eu percebo na escolha destas músicas é que a melodia e os arranjos estão adequados para os dias de hoje. Então, é um resgate do próprio tesouro e história musical que a Igreja tem", disse.

A irmã Kelly espera que o CD possa fazer com que as pessoas mergulhem no mistério da fé, a Eucaristia. "Vamos afervorar o coração da juventude no Brasil e no mundo como alguém que abana uma fogueirinha para que ela cresça e possa iluminar o mundo com a luz da fé e do amor ao Nosso Senhor", enfatizou.

Padre Omar destacou que a participação dos cantores será uma contribuição simples porque, mais do que gravar o CD, todos devem incentivar as paróquias e toda a juventude brasileira e mundial a cantar bonito na missa com o Papa Bento XVI. "Agora, a gente está pertinho da Jornada e a música pode nos favorecer a trazer essa bela mensagem. Ela ajuda a reequilibrar essas realidades que a gente quer celebrar no próximo ano aqui na Cidade Maravilhosa", evidenciou.

De acordo com padre Gleuson, a música ultrapassa todas as barreiras que possa existir com relação à questão doutrinal dos diversos credos, o que torna o Evangelho mais aberto. "Por trás está um ideal precioso de possibilitar que a Jornada seja um encontro de fé que possa traduzir a força de uma juventude que busca valores fortes do Evangelho, onde se possibilite um encontro dos jovens com Cristo. Esse momento vai mostrar, para a Igreja, essa capacidade da diversidade de dons, que nos torna cada vez mais potencializados na graça de evangelizar", afirmou.

As gravações acontecerão até o fim de janeiro e a previsão é que o CD seja lançado em março.

Fonte: CNBB

Começa a preparação do COMINA 4

As Pontifícias Obras Missionárias da Argentina emitiram uma convocação oficial do IV Congresso Missionário Nacional (COMINA 4), a ser realizado de 17 a 19 de agosto 2013, em San Fernando del Valle de Catamarca, com o slogan "Argentina Missionária, partilha sua fé.

"Com este evento, a Igreja na Argentina se prepara para viver de forma especial o Ano da Fé, no contexto da Missão Permanente e, ao mesmo tempo, em preparação para o IV Congresso Missionário Americano e para o IX Congresso Missionário Latino- Americano (CAM 4 - COMLA 9) que se realizará em novembro de 2013, em Maracaibo, Venezuela. A convocação oficial do COMINA 4 foi anunciada na 104ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Argentina.

No texto enviado à Agência Fides se explica: "Este Congresso será uma ocasião para fortalecer e incentivar os grupos missionários diocesanos a fim de desempenhar seu serviço na Diocese e na Igreja, segundo as prioridades estabelecidas pelo documento de Aparecida. No âmbito do Ano da Fé e do impulso dado pelo Santo Padre, e do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, devemos refletir sobre o desafio de proclamar a Boa Nova de Jesus num contexto cada vez mais caracterizado pelo secularismo e pelo multiculturalismo. "A Comissão Episcopal para as Missões, através da Comissão Nacional para as Missões (CONAMIS) e as Pontifícias Obras Missionárias, como setores-chaves da pastoral missionária, serão responsáveis pela coordenação deste Congresso.


Fonte: CNBB

Cristo Redentor ficará aberto 24 horas durante a Jornada Mundial da Juventude

Durante a Jornada Mundial da Juventude, em julho, no Rio de janeiro, o Cristo Redentor ficará aberto 24 horas por dia, afirmou o arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), dom Orani João Tempesta.

Segundo o arcebispo, esse horário visa a realização de vigílias durante a noite e a madrugada: "Vamos organizar grupos jovens de várias nacionalidades que estarão ali rezando pela juventude, pelo mundo, pela paz".

Dom Orani disse ainda que os grupos terão de 25 a 30 jovens que seguirão uma programação na área externa do Cristo e na pequena capela de Nossa Senhora Aparecida, situada na base da estátua.

Normalmente, a atração turística funciona das 8h às 20h. Na atual temporada de verão, o horário foi estendido das 7h às 21h.
A visita do papa Bento 16 no Cristo Redentor ainda não está confirmada. Ele vai participar das principais atividades do evento, como missas e encontros com jovens.

"O que ficou definido é que com certeza o Papa dará uma volta de helicóptero em volta do Cristo Redentor", disse dom Orani.
Em 2012, novo recorde de visitantes foi alcançado no ponto turístico do Rio: 2,2 milhões de pessoas ante 1,7 milhão no ano anterior.

Fonte: CNBB

Jornada Mundial da Juventude terá mega logística de alimentação

Um evento do porte da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 demanda muito trabalho e produção. Toda ajuda é bem-vinda e cada detalhe é importante, como por exemplo, proporcionar uma boa alimentação aos peregrinos inscritos, que tenham feito a opção de pacote com refeições. Sendo assim, o responsável pela área alimentícia da JMJ, Nelson Mamede, montou um projeto baseado em estudo desenvolvido propriamente para a Jornada, sobre o que seria necessário e conveniente para uma refeição saudável.

De maio a junho de 2012, um grupo de nutricionistas reuniu informações e estabeleceu o valor energético total diário que um peregrino deveria ter. O estudo levou em consideração as calorias que jovens entre 16 e 30 anos de idade precisam consumir ao longo do dia, respeitando as características de cada refeição, com seus devidos picos de consumo, assim como peso e altura dos jovens.

As principais preocupações da pesquisa foram segurança alimentar, praticidade e diversificação. Logo, viu-se a necessidade de utilizar também produtos industrializados, isentos de manipulação. A melhor forma encontrada por esse grupo de nutricionistas foi fazer kits de alimentação.

Os cardápios serão de dois tipos, um convencional, para quem não tem nenhum problema de saúde, e outro especial, para aqueles com restrições alimentares. Dentro do último grupo estão o celíaco, o diabético e o vegetariano. O cardápio já foi aprovado por associações de Alimentação no Brasil. “Foi um estudo muito profundo. Esse será um legado que a JMJ Rio 2013 deixará para os próximos eventos, porque isso envolve toda uma ciência e tecnologia. Estamos criando outras inovações para o Rio de Janeiro”, afirmou Nelson.

Como será a alimentação

Entre os dias 23 e 27 de julho, o café da manhã será distribuído através de kits. Os peregrinos receberão o café da manhã nos locais de catequeses, que somam um total de 400 pontos. Para o almoço e jantar nesse período, serão distribuídos para cada participante um cartão de refeição. Ele poderá escolher, dentre os restaurantes cadastrados, o local que mais lhe agrada para comer.

De acordo com Nelson Mamede, será montado, com a ajuda da empresa de tickets de refeição a ser contratada, uma rede de estabelecimentos comerciais alimentícios credenciados à Jornada. Nesse local, haverá uma refeição com valor diferenciado, de acordo com o destinado no vale-refeição, que será chamado de Prato Peregrino. Há um esforço de sensibilização para a adesão de todo o comércio alimentício do Rio de Janeiro. Até agora 25% dos hotéis, bares e restaurantes aderiram a proposta.

“Estamos no início de um plano estratégico, um procedimento para atingir todo comércio de alimentos da cidade. Isso está sendo desenvolvido em partes. Primeiramente estamos fazendo contato com sindicatos de todos os tipos de alimentação. Será um trabalho difícil, mas também interessante. Por isso, nós ficamos tão felizes da Bolsa de Cereais estar conosco, nos apoiando, porque eles têm um efeito multiplicador. Eles se dispuseram a apoiar o movimento necessário de sensibilização dos hotéis, bares e restaurantes”, destacou o coordenador. O prazo para que a rede credenciada esteja definida é de 60 dias antes do início oficial da Jornada.

Já nos últimos dois dias da JMJ (27 e 28 de julho), quando ocorrerá a Vigília, a estratégia será diferente. As três refeições serão fornecidas por meio de kits, todos eles obedecendo ao critério do valor energético total diário. Sua distribuição ainda está sendo estudada. Somando todas as refeições de café da manhã nas catequeses e na vigília, serão 10 milhões kits.


Fonte: CNBB

Centralidade de Maria no mistério da incarnação: Papa, na audiência geral

Primeira audiência geral de 2013: Bento XVI encontrou-se na manhã desta quarta-feira, na Sala Paulo VI, no Vaticano, com fiéis e peregrinos provenientes de variadas partes do mundo. O Santo Padre dedicou a catequese ao mistério que celebramos neste tempo de Natal: o Filho de Deus, que por obra do Espírito Santo, se encarnou no seio da Virgem Maria. Discorrendo sobre o mistério da encarnação do Verbo, o Papa sublinhou a centralidade de Maria, que "pertence de modo irrenunciável à nossa fé no Deus que age, que entra na história".

O Pontífice evocou a pergunta colocada a Jesus por Pilatos: "De onde vens?" – observando: "Nos quatro Evangelhos emerge com clareza a resposta à pergunta "de onde" vem Jesus: a sua verdadeira origem é o Pai; Ele provém totalmente d'Ele, mas num modo diferente de qualquer profeta ou enviado por Deus que o precedeu."
Bento XVI recordou também a passagem do Credo em que proclamamos que Jesus "foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria". Sem Maria – observou - a entrada de Deus na história da humanidade não teria alcançado o seu fim e não teria tido lugar aquilo que é central em nossa Profissão de fé: Deus é um Deus connosco. Assim, frisou o Pontífice, "Maria pertence de modo irrenunciável à nossa fé no Deus que age, que entra na história. Ela coloca à disposição toda a sua pessoa, <> tornar-se lugar da habitação de Deus".

"Por vezes, também no caminho e na vida de fé podemos perceber a nossa pobreza, a nossa inadequação diante do testemunho que devemos oferecer ao mundo. Mas Deus escolheu justamente uma humilde mulher, num vilarejo desconhecido, numa das províncias mais distantes do grande império romano."

"Mesmo no meio das dificuldades mais árduas a serem enfrentadas, devemos sempre ter confiança em Deus, renovando a fé na sua presença e ação na nossa história, como na de Maria. Nada é impossível a Deus! Com Ele a nossa existência caminha sempre num terreno seguro e está aberta a um futuro de firme esperança."
"Somente se nos abrirmos à ação de Deus, como Maria, somente se confiarmos a nossa vida ao Senhor como a um amigo de quem confiamos totalmente, tudo muda, a nossa vida adquire um novo sentido e um novo rosto: o rosto de filhos de um Pai que nos ama e jamais nos abandona", observou o Pontífice.

Mas vejamos as palavras com que Bento XVI resumiu em português a sua catequese:

Queridos irmãos e irmãs,

Este tempo de Natal dá resposta a um mistério grande e impressionante que se esconde no Menino de Belém: Como pode um ser assim frágil e pequenino ter trazido ao mundo uma novidade tão radical, que mudou o rumo da história? – Pode, porque é o Filho de Deus feito homem: «Nascido do Pai antes de todos os séculos, (…) encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria». N’Ela acontece uma nova criação: com a encarnação de Jesus, o Espírito divino cria um novo início da humanidade. Acreditamos que nada é impossível a Deus! A fé dá vida a uma novidade tão forte, que produz um segundo nascimento. De facto, no início do nosso ser de cristãos, está o Baptismo que nos faz renascer como filhos de Deus. Mas, só abrindo-nos à acção de Deus como Maria, só entregando a nossa vida ao Senhor como a um Amigo de quem nos podemos fiar, é que tudo muda, a nossa vida ganha uma nova grandeza: a de filhos do Pai do Céu, que nos ama e nunca nos abandona.

A minha saudação amiga para todos os peregrinos de língua portuguesa, desejando que a luz do Salvador divino resplandeça intensamente nos vossos corações, para serdes semeadores de esperança e construtores de paz nas vossas famílias e comunidades. Com estes votos de um Ano Novo sereno e feliz para todos, de coração vos abençoo.

Fonte: Rádio Vaticano