quinta-feira, 10 de outubro de 2013

20 anos de ardor missionário

Em ambiente festivo e familiar, a revista Mundo e Missão comemorou seus 20 anos, como promotora de uma Igreja que chega até os confins do mundo para levar a mensagem do Evangelho

 Na noite do dia 9 de outubro, a Editora Mundo e Missão, do Pontifício Instituto das Missões ao Exterior (Pime), reuniu em sua sede, em São Paulo, cerca de 90 convidados especiais para festejar os 20 anos da sua Revista.

O evento foi conduzido pelo padre Pedro Facci, diretor da editora que, inicialmente, deu as boas-vindas aos presentes, agradecendo a presença especial de dom Tarcísio Scaramussa, bispo-auxiliar da arquidiocese de São Paulo, dos missionários do Pime, representantes das Editoras Paulinas e Paulus, da SIGNIS, dos Correios, das Pontifícias Obras Missionárias, entre outros.

Após a apresentação dos convidados, foi mostrado o vídeo comemorativo produzido pela produtora Verbo Filmes, para a ocasião. Em seguida, os convidados puderam conhecer a equipe da Editora Mundo e Missão e assistir a uma breve apresentação das seções da revista homenageada, com o testemunho de seus colaboradores.

Intercalada por cantos, oferecidos pela comunidade da Pedreira, a cerimônia homenageou sete personagens de destaque na história da revista. Dando sequência ao programa, a colaboradora octogenária da editora, Dona Innocência, ofereceu aos convidados uma bonita poesia.

Após a bênção conclusiva de dom Tarcísio, um agradável coquetel transformou o momento solene em partilha “familiar”, oportunidade de conversar e agradecer, reciprocamente, pelo empenho de cada um, na promoção deste importante produto de comunicação e evangelização.

O que eles disseram:
“A Mundo e Missão é uma revista que reflete o coração da Igreja. A Igreja existe para a missão e a revista está constantemente acendendo essa luz, para que o ardor missionário esteja sempre vivo nela e essa chama aumente sempre mais, atingindo o maior número de pessoas. Que a revista Mundo e Missão continue animando a Igreja, a missão ad gentes e também a missão permanente da Igreja” (Dom Tarcísio Scaramussa, bispo-auxiliar da arquidiocese de São Paulo e vigário episcopal da Região Sé).

“Mundo e Missão é uma revista que eu sempre apreciei. Muito bem feita e com um conteúdo muito profundo. Contudo, aquilo que mais me atrai nela são as experiências, os testemunhos. Parabéns pelo trabalho. Vendo os colaboradores, percebo que todos se identificam com aquilo que fazem e isso é uma alegria para mim” (Padre Francisco López (Paco), reitor do Seminário Teológico dos missionários da Consolata em São Paulo).

“O que me encanta na revista Mundo e Missão é sua capacidade de dialogar com o mundo. É muito bonita essa competência em fazer com que a gente chegue, através de seus artigos, a outros países e que outros países venham até nós” (Osnilda Lima, diretora de redação da revista Família Cristã, da Editora Paulinas).

“É difícil dizer o que a revista Mundo e Missão significa para mim, pois sou um dos primeiros assinantes. Ela me ajuda muito nos meus trabalhos diários, porque também sou catequista, dou palestras, e, sobretudo, ela me ajuda a ver a religiosidade no mundo. Com a Mundo e Missão nas mãos, conheço um pouco do mundo e isso é muito importante para mim. Espero que ela continue abordando os temas necessários para todos nós, temas atuais. O importante é conhecer a Igreja no mundo, não só pela Igreja, mas para entender que ela sofre em muitos países, principalmente do continente asiático. Assim, conhecendo o sofrimento dela, encontro a força para continuar vivendo aqui” (Abílio Fonseca, assinante).

“Eu me senti totalmente em casa aqui, porque, como sacerdote verbita, tenho a mesma vocação. Quando cheguei ao Brasil, há mais de 50 anos, eu era um missionário, único. Agora estamos redescobrindo, como Igreja, que todos somos missionários. O cristão ou é missionário, ou não é cristão. E a revista Mundo e Missão ajuda muito essa redescoberta. Vale a pena ler, vale a pena! É uma revista muito bem feita” (Padre Germano Van Der Meer, sacerdote da Congregação do Verbo Divino).


Confira as fotos:  http://www.flickr.com/photos/mundomissao/sets/72157636389668803/

Veja o vídeo institucional: http://www.youtube.com/watch?v=y4x8ECS2pP4 

Fonte: Valter Hugo Muniz - Editora Mundo e Missão – valter@otranscendente.com.br

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Editora Mundo e Missão festeja 20 anos da sua revista

Na próxima quarta-feira, dia 9 de outubro, a Editora Mundo e Missão festejará os 20 anos de sua revista homônima, seu primeiro veículo de comunicação e evangelização. Prevista para iniciar as 19h30, a cerimonia será conduzida pelo diretor da editora, Pedro Facci. Entre as atrações, destaca-se a apresentação do vídeo comemorativo, produzido pela Verbo Filmes. Além do testemunho dos colaboradores e a apresentação do caminho percorrido pela Revista Mundo e Missão, serão apresentados os outros subsídios da editora, o Jornal Missão Jovem e O Trascendente. A cerimonia será na sede da Editora Mundo e Missão, na Rua Joaquim Távora, 686, na Vila Mariana. São Paulo. Mais informações, ligue para 5549-7295.

 O PIME e a Editora Mundo e Missão
O carisma do Pontifício Instituto das Missões (Pime, 1850), desde a sua origem na Itália, é exclusivamente orientado à evangelização dos povos. Em novembro de 1946, atendendo ao apelo do papa Pio XII em favor da América Latina, o Pime enviou três padres ao Brasil para estudar as possibilidades de um empenho missionário no país. Até então, o instituto estava voltado unicamente para a Ásia, da qual tinha larga experiência. No continente americano, a coragem e a criatividade dos missionários eram desafiadas.

No Brasil, o anúncio do Evangelho pelos missionários do Pime aconteceu de várias formas. Da conversa pessoal e amiga de toda hora, à homilia proferida, às vezes, com sotaque europeu. O esforço contínuo de inculturação fez nascer inúmeras realidades e, entre elas, a Editora Mundo e Missão que, neste mês completa 20 anos de vida. Principalmente através da sua revista homônima, a editora procura apresentar as riquezas promovidas pela Missão.

Card. Maradiaga: "Projeto de reforma requer parecer de quem tem experiência na Cúria"

O cardeal hondurenho Oscar Rodriguez Maradiaga, coordenador do “Conselho de cardeais” instituído pelo Papa Francisco para ajudá-lo na reforma da Constituição Apostólica Pastor Bonus sobre a Cúria Romana, concedeu uma entrevista ao jornal da Conferência dos bispos italianos “Avvenire”.

“Nosso trabalho não será emendar e nem retocar a Pastor Bonus. Será preciso um trabalho mais profundo e mais tempo. Não terminaremos em 2014, porque uma vez que o projeto estiver pronto, queremos ouvir o parecer de quem tem experiência na Cúria”.

Depois dos primeiros 3 dias de encontros do Conselho no Vaticano, o cardeal explicou que o primeiro trabalho solicitado pelo Papa Francisco foi a reflexão e análise das sugestões sobre o Sínodo dos Bispos, que deverá trabalhar com mais continuidade e de modo interativo, via Internet, por exemplo.

A respeito da criação de um eventual "moderator curiae", o cardeal latino-americano explicou que se trata de uma ideia surgida nas reuniões pré-Conclave para ajudar a Secretaria de Estado a desempenhar suas tarefas. Porém, ainda é cedo para definir o perfil deste moderador.

Em relação à possibilidade de fusão dos dicastérios, o Cardeal Maradiaga respondeu que “no pré-Conclave se falou disso, mas ainda não se pode dizer muito. Na época, cogitou-se unir os organismos econômicos e financeiros do Vaticano, criando uma espécie de “Ministério da Economia” vaticano, mas ainda não abordamos este tema. Aguardamos os resultados das duas comissões específicas instituídas pelo Papa”.

Fonte: CNBB

Comunicação na Igreja é tema de encontro em Montevidéu

A Conferência Episcopal do Uruguai (CEU) promoveu, nos dias 4 e 5 de outubro, em Montevidéu, um Encontro Nacional de Pastoral de Comunicação. O evento aconteceu na casa de Espiritualidade Santa Rafaela Maria (Escravas) e foi organizado pelo Departamento de Comunicação Social da CEU, com o apoio do Departamento de Comunicação e Imprensa Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM).

Na ocasião, o jornalista Jaime Coiro, mestre em ciência política e porta-voz da Conferência Episcopal do Chile abordou temas como, a espiritualidade da comunicação: desafios pastorais a partir do pontificado do papa Francisco; Pontos críticos na comunicação da Igreja, e incidência, controvérsia e gestão de crises. O estudo incluiu exposição dos temas, debates e trabalhos em grupos. "A comunicação é um presente. Comunicação é para criar comunhão, por isso comunicar é evangelizar", destacou Coiro. "A comunicação cria cultura e a cultura é transmitida através da comunicação. Desde a nossa identidade cristã podemos fazer com que essa cultura coloque no centro a dignidade da pessoa, a capacidade de oferecer caminhos para as grandes perguntas da vida humana, o compromisso de servir ao bem comum, trabalhar por um sociedade mais justa, participativa e sem exclusões", completou o assessor.

Jaime Coiro, 46 anos, é casado e pai de dois filhos, candidato ao diaconato permanente. Atualmente, porta-voz da Conferência Episcopal do Chile, onde também dirige a área de imprensa e pastoral de comunicações.

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) foram convidadas ao encontro através do padre Leonardo Rodriguez, diretor das POM no Uruguai. Com isso, participaram os responsáveis da comunicação do Uruguai, Nicholas Chamorro; do Brasil, padre Jaime Patias e da Argentina, o jornalista Favio Rosso.

Os responsáveis pela comunicação das POM do Brasil, Argentina e Uruguai seguiram reunidos no final de semana, dias 5 e 6, para partilharem o que as POM realizam, em cada país, nessa área e buscar caminhos comuns de atuação. Conscientizar os secretários e diretores das Obras sobre a importância da comunicação num trabalho de Equipe; manter a unidade entre as Obras através de um processo de comunicação; investir em pessoas e meios nas dioceses e regionais; intensificar a comunicação através das redes sociais, portais de internet e impressos. Estas foram algumas das propostas do grupo. Foram vistos ainda formas de colaboração como a partilha de fotos, notícias e testemunhos de missionários e missionárias atuando além-fronteiras.

Fonte: Assessoria de Imprensa - www.pom.org.br

Índios fazem enterro simbólico de ruralistas e divulgam manifesto em Brasília

Gleisi Hoffmann, Luís Inácio Adams, Kátia Abreu e Ronaldo Caiado foram alvo dos protestos. Manifesto reforça reivindicação de arquivamento de propostas anti-indígenas e retomada de demarcações

Os quase 1,5 mil indígenas, de mais de 100 diferentes etnias, que estavam acampados em frente ao Congresso, em Brasília, promoveram, no dia 3, um enterro simbólico de parlamentares ruralistas, da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.

Manifestantes fazem enterro simbólico de políticos considerados anti-indígenas

Eles cavaram uma cova no gramado em frente à sede do Legislativo, enterraram um caixão com fotos e fixaram cruzes no local. Depois, entoaram cantos e dançaram. Entre os "enterrados", estavam a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) (Assista ao vídeo).

Hoffmann é uma das autoras da ideia de incluir, na análise das demarcações de Terras Indígenas, órgãos vinculados ao agronegócio, como o Ministério da Agricultura. Se concretizada, a ideia deve paralisar definitivamente novas demarcações. Há alguns meses, ela pediu ao Ministério da Justiça a paralisação das demarcações no Paraná e Rio Grande do Sul.

Adams publicou, e depois suspendeu, a Portaria 303/2012 da Advocacia-geral da União, que restringe drasticamente os direitos dos índios sobre suas terras.

Manifestantes dançam em frente ao Congresso

Pouco antes do enterro, os indígenas divulgaram e entregaram a um grupo de deputados um manifesto em que reforçam as reivindicações da Mobilização Nacional Indígena, que começou na segunda (30/9) e se estendeu até sábado (5/10), quando a Constituição completou 25 anos.

Eles exigem o arquivamento dos vários projetos contra os direitos indígenas que tramitam no Congresso, a revogação de medidas anti-indígenas do governo federal e a retomada das demarcações de Terras Indígenas, entre vários outros pontos (Leia aqui).

Durante toda a semana, aconteceram protestos e atividades em defesa da Constituição, dos direitos de povos indígenas e tradicionais e do meio ambiente. Várias rodovias, em diversos pontos do país, foram alvo de bloqueios

Fonte: Assessoria de Imprensa www.socioambiental.org

domingo, 6 de outubro de 2013

Deixemos que Deus escreva a nossa vida – o Papa Francisco em Santa Marta apelou para que os cristãos não fujam de Deus

O Papa Francisco na Missa desta manhã na Capela da Casa de Santa Marta exortou os cristãos a deixarem que seja Deus a escrever a sua vida. Partindo das figuras de Jonas e do Bom Samaritano o Santo Padre falou sobre a fuga de Deus. Jonas, por exemplo, foi enviado pelo Senhor a Ninive e ele... foi para Espanha. Era um fugitivo de Deus:

“A fuga de Deus. Pode-se fugir de Deus mesmo sendo cristão, católico, ou mesmo se somos da ação católica e mesmo um padre, um bispo, o Papa... todos podemos fugir de Deus! É uma tentação quotidiana. Não ouvir Deus, não escutar a Sua voz, não sentir no coração a Sua proposta, o Seu convite. Pode-se fugir diretamente. Há outros maneiras de fugir de Deus, um pouco mais educadas, um pouco mais sofisticadas, não é? No Evangelho está este homem meio morto, estendido no chão da estrada, e por acaso um sacerdote descia por aquela mesma rua – um digno sacerdote com cabeção e tudo! Olhou e viu: Vou chegar tarde à Missa – e foi-se embora. Não tinha ouvido ali a voz de Deus.”

Depois deste episódio passou um levita que, segundo o Papa Francisco, terá pensado: “Se eu pego neste homem, que se calhar está morto, amanhã tenho que ir ao juiz dar testemunho...” e foi-se embora. Também ele fugiu da voz de Deus e só um pecador, um samaritano, distante de Deus, foi capaz – diz o Papa – de curar aquele homem e de o levar para um albergue. Perdeu toda a noite por aquele homem:

“O sacerdote chegou a tempo à Santa Missa, e todos fieis ficaram contentes; o levita teve no dia seguinte um dia tranquilo segundo aquilo que ele tinha pensado de fazer, porque não teve toda esta maçada de ir ao juiz e todas estas coisas... E porque é que Jonas fugiu de Deus? E porque é que o sacerdote fugiu de Deus? Porque fugiu o levita de Deus? Porque tinham o coração fechado, e quando temos o coração fechado, não podemos ouvir a voz de Deus. Ao contrário, um samaritano que ia em viagem viu e teve compaixão: tinha o coração aberto, era humano. E a humanidade aproximou-o.”


“Eu pergunto-me, a mim, e pergunto também a vós: deixamos que a nossa vida seja escrita por Deus ou queremos ser nós a escrevê-la? E isto fala-nos da docilidade: somos dóceis à Palavra de Deus? Sim, eu quero ser dócil! Mas tu tens capacidade de a ouvir, de a sentir? Tu tens capacidade de encontrar a Palavra de Deus na história de cada dia, ou as tuas ideias são aquelas que te regulam e não deixas que a surpresa do Senhor te fale?”

Fonte: Rádio Vaticano

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Na missa, em Assis, apelo do Papa à paz e ao respeito por todas as criaturas, seguindo o exemplo de São Francisco

Uma imensa multidão participa na Missa celebra pelo Papa Francisco, em Assis, junto das basílicas do Santo. Na homilia, o Papa evocou o exemplo concreto de São Francisco, com a sua “maneira radical de imitar a Cristo”. “O amor pelos pobres e a imitação de Cristo são dois elementos indivisivelmente unidos, duas faces da mesma medalha” - insistiu.
Qual é hoje o testemunho que ele nos dá? – interrogou-se o Papa, observando que a primeira coisa, a realidade fundamental de que São Francisco nos dá testemunho é esta: ser cristão é uma relação vital com a Pessoa de Jesus, é revestir-se d’Ele, é assimilação a Ele”. E isso “começa do olhar de Jesus na cruz”.
“Deixar-se olhar por Ele no momento em que dá a vida por nós e nos atrai para Ele. Francisco fez esta experiência, de um modo particular na pequena igreja de São Damião, rezando diante do crucifixo.”
“Voltamo-nos para ti, Francisco, e te pedimos: ensina-nos a permanecer diante do Crucifixo, a deixarmo-nos olhar por Ele, a deixar-nos perdoar, recriar pelo seu amor”.
Um segundo aspecto do testemunho de São Francisco recordado pelo Papa na sua homilia foi o seguinte: “quem segue a Cristo, recebe a verdadeira paz, a paz que só Ele, e não o mundo, nos pode dar”.
“Qual é a paz que Francisco acolheu e viveu e que nos transmite? É a paz de Cristo, que passou através do maior amor, o da Cruz. É a paz que Jesus Ressuscitado deu aos discípulos”.
O Papa fez notar que “a paz franciscana não é um sentimento piegas” “Por favor, este São Francisco não existe!”
“A paz de São Francisco é a de Cristo, e encontra-a quem toma sobre si o seu jugo, isto é, o seu mendamento: Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”.
Finalmente, terceiro aspecto do testemunho de Francisco de Assis recordado pelo Papa na homilia da missa, “o amor por toda a criação, pela sua harmonia”:
“O Santo de Assi dá testemunho do respeito por tudo o que Deus criou e que o homem é chamado a guardar e proteger, mas sobretudo dá testemunho de respeito e amor por todo o ser humano”.
E foi neste contexto, quase a concluir a sua homilia, que o Papa Francisco lançou um solene apelo à paz e ao respeito pela criação:
“Daqui, desta Cidade da Paz, repito com a força e a mansidão do amor: respeitemos a criação, não sejamos instrumentos de destruição!
Respeitemos todo o ser humano: cessem os conflitos armados que ensanguentam a terra, calem-se as armas e que, por toda a parte, o ódio dê lugar ao amor, a ofensa ao perdão e a discórdia à união.
Ouçamos o grito dos que choram, sofrem e morrem por causa da violência, do terrorismo ou da guerra na Terra Santa, tão amada por São Francisco, na Síria, em todo o Médio Oriente, no mundo.”

Este o texto integral da homilia do Papa:
«Bendigo-Te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos» (Mt 11, 25).
A todos, paz e bem! Com esta saudação franciscana, agradeço-vos por terdes vindo a esta Praça, cheia de história e fé. Para rezarmos juntos.
Como tantos outros peregrinos, também eu vim hoje, para bendizer o Pai por tudo o que quis revelar a um destes «pequeninos» de que nos fala o Evangelho: Francisco, filho de um comerciante rico de Assis. O encontro com Jesus levou-o a despojar-se de uma vida cómoda e despreocupada, para desposar a «Senhora Pobreza» e viver como verdadeiro filho do Pai que está nos céus. Esta escolha, feita por São Francisco, constituía uma maneira radical de imitar a Cristo, de se revestir d’Aquele que, sendo rico, Se fez pobre para nos enriquecer por meio da sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9). Em toda a vida de Francisco, o amor pelos pobres e a imitação de Cristo pobre são dois elementos indivisivelmente unidos, as duas faces da mesma medalha.
De que nos dá hoje testemunho São Francisco? Que nos diz ele, não com as palavras – isso é fácil –, mas com a vida?

1.    A primeira coisa, a realidade fundamental de que nos dá testemunho é esta: ser cristão é uma relação vital com a Pessoa de Jesus, é revestir-se d’Ele, é assimilação a Ele.
De onde começa o caminho de Francisco para Cristo? Começa do olhar de Jesus na cruz. Deixar-se olhar por Ele no momento em que dá a vida por nós e nos atrai para Ele. Francisco fez esta experiência, de um modo particular, na pequena igreja de São Damião, rezando diante do crucifixo, que poderei também eu venerar hoje. Naquele crucifixo, Jesus não se apresenta morto, mas vivo! O sangue escorre das feridas das mãos, dos pés e do peito, mas aquele sangue exprime vida. Jesus não tem os olhos fechados, mas abertos, bem abertos: um olhar que fala ao coração. E o Crucifixo não nos fala de derrota, de fracasso; paradoxalmente fala-nos de uma morte que é vida, que gera vida, porque nos fala de amor, porque é o Amor de Deus encarnado, e o Amor não morre, antes derrota o mal e a morte. Quem se deixa olhar por Jesus crucificado fica recriado, torna-se uma «nova criatura». E daqui tudo começa: é a experiência da Graça que transforma, de sermos amados sem mérito algum, até sendo pecadores. Por isso, Francisco pode dizer como São Paulo: «Quanto a mim, de nada me quero gloriar, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Gal 6, 14).
Voltamo-nos para ti, Francisco, e te pedimos: ensina-nos a permanecer diante do Crucifixo, a deixar-nos olhar por Ele, a deixar-nos perdoar, recriar pelo seu amor.

2. No Evangelho, ouvimos estas palavras: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu hei-de aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 28-29).
Esta é a segunda coisa de que Francisco nos dá testemunho: quem segue a Cristo, recebe a verdadeira paz, a paz que só Ele, e não o mundo, nos pode dar. Na ideia de muitos, São Francisco aparece associado com a paz; e está certo, mas poucos vão em profundidade. Qual é a paz que Francisco acolheu e viveu, e que nos transmite? A paz de Cristo, que passou através do maior amor, o da Cruz. É a paz que Jesus Ressuscitado deu aos discípulos, quando apareceu no meio deles e disse: «A paz esteja convosco!»; e disse-o, mostrando as mãos chagadas e o peito trespassado (cf. Jo 20, 19.20).
A paz franciscana não é um sentimento piegas. Por favor, este São Francisco não existe! E também não é uma espécie de harmonia panteísta com as energias do cosmos... Também isto não é franciscano, mas uma ideia que alguns se formaram. A paz de São Francisco é a de Cristo, e encontra-a quem «toma sobre si» o seu «jugo», isto é, o seu mandamento: Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei (cf. Jo 13, 34; 15, 12). E este jugo não se pode levar com arrogância, presunção, orgulho, mas apenas com mansidão e humildade de coração.
Voltamo-nos para ti, Francisco, e te pedimos: ensina-nos a ser «instrumentos da paz», da paz que tem a sua fonte em Deus, a paz que nos trouxe o Senhor Jesus.

3.    «Altíssimo, omnipotente, bom Senhor, (...) louvado sejas (...) com todas as tuas criaturas» (FF, 1820). Assim começa o Cântico de São Francisco. O amor por toda a criação, pela sua harmonia. O Santo de Assis dá testemunho do respeito por tudo o que Deus criou e que o homem é chamado a guardar e proteger, mas sobretudo dá testemunho de respeito e amor por todo o ser humano. Deus criou o mundo, para que seja lugar de crescimento na harmonia e na paz. A harmonia e a paz! Francisco foi homem de harmonia e de paz. Daqui, desta Cidade da Paz, repito com a força e a mansidão do amor: respeitemos a criação, não sejamos instrumentos de destruição! Respeitemos todo o ser humano: cessem os conflitos armados que ensanguentam a terra, calem-se as armas e que, por toda a parte, o ódio dê lugar ao amor, a ofensa ao perdão e a discórdia à união. Ouçamos o grito dos que choram, sofrem e morrem por causa da violência, do terrorismo ou da guerra na Terra Santa, tão amada por São Francisco, na Síria, em todo o Médio Oriente, no mundo.
Voltamo-nos para ti, Francisco, e te pedimos: alcançai-nos de Deus o dom de haver, neste nosso mundo, harmonia e paz!

Não posso, enfim, esquecer que hoje a Itália celebra São Francisco como seu Padroeiro. Disso mesmo é expressão também o gesto tradicional da oferta do azeite para a lâmpada votiva, que este ano compete precisamente à Região da Úmbria. Rezemos pela Nação Italiana, para que cada um trabalhe sempre pelo bem comum, olhando mais para o que une do que para o que divide.
Faço minha a oração de São Francisco por Assis, pela Itália, pelo mundo: «Peço-Vos, pois, ó Senhor Jesus Cristo, pai das misericórdias, que Vos digneis não olhar à nossa ingratidão, mas recordai-Vos da superabundante compaixão que sempre mostrastes [por esta cidade], para que seja sempre o lugar e a morada de quantos verdadeiramente Vos conhecem e glorificam o vosso bendito e gloriosíssimo nome pelos séculos dos séculos. Amen» (Espelho de perfeição, 124: FF, 1824).

Fonte: Rádio Vaticano

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Papa lamenta tragédia ocorrida hoje em Lampedusa, sul da Itália

O papa Francisco disse ser uma vergonha a tragédia na ilha de Lampedusa, que matou pelo menos 90 migrantes, hoje pela manhã.  “Não posso não recordar com grande dor as numerosas vítimas do trágico naufrágio ocorrido hoje, no largo de Lampedusa. Vem-me a palavra ‘vergonha’”, disse o papa, que solicitou orações por quem perdeu a vida. Francisco  pediu, ainda, a união de esforços para que tragédias semelhantes não se repitam. “Somente uma colaboração firme de todos pode ajudar a preveni-las”, afirmou.

Segundo informações da Rádio Vaticano, a embarcação, que incendiou e naufragou, tinha cerca de 500 refugiados, entre eles 30 crianças, provindos da Eritréia e da Somália.

O pronunciamento do papa ocorreu ao final da audiência, no Vaticano, com participantes do Congresso Organizado para comemorar os 50 anos da Encíclica Pacem in terris, promulgada pelo beato João XXIII, em abril de 1963.

Para Francisco, tragédias como as de Lampedusa acontecem porque o mundo ainda tem o mesmo espírito que predominava na época em que a encíclica foi publicada. “No final de 1962, a humanidade se encontrou à beira de um conflito atômico mundial, e o papa fez um dramático apelo de paz. O diálogo que então os blocos antagonistas empreenderam com muita dificuldade levou, durante o pontificado de João Paulo II, à superação daquela fase. As sementes lançadas pelo beato João XXIII deram frutos. Todavia, não obstante a queda de muros e barreiras, o mundo continua a necessitar de paz e o chamado da Pacem in terris permanece fortemente atual”, explicou.

No discurso, o papa questionou se a sociedade compreendeu a lição da encíclica, se as palavras justiça e solidariedade estão somente no dicionário ou se todos trabalham para que  elas se tornem realidade. “A encíclica do beato João XXIII nos recorda claramente que se não trabalharmos por uma sociedade mais justa e solidária e se não superarmos egoísmos e individualismos, não poderão existir paz e harmonia verdadeiras”, ressaltou.

Fonte: Rádio Vaticano

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Dom João Braz de Aviz: "Tem muita autoridade dentro da Igreja que é dominação. Eu sou testemunha disso".

Trechos da entrevista que o cardeal Dom João concedeu à revista Cidade Nova no mês de outubro

De uma cidadezinha de oito mil habitantes, Mafra, SC, o Cardeal Dom João Braz de Aviz atualmente é o brasileiro que exerce o mais alto cargo na Cúria Romana, como Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

No mês de Setembro desse ano o prelado concedeu uma entrevista à revista Cidade Nova na qual tratou vários temas, dentre os quais a situação da Igreja, o Papa Francisco, a reforma da cúria, a formação católica, entre outros.

Escolha do Papa Francisco

Sobre a eleição do Cardeal Bergoglio ao pontificado, o prelado disse à Cidade Nova que foram os cardeais que escolheram o Papa, mas “acima de tudo é o espírito de Deus que trabalha nos bastidores”.

Justamente nesse momento em que “precisamos uma Igreja muito próxima do povo”, Deus enviou “um papa que nos diga que a misericórdia de Deus vem antes do juízo, porque a misericórdia nos salva”.

Sem fazer nenhuma comparação com o Papa Bento XVI, que "deixou um patrimônio enorme de doutrina muito clara", disse, com esse Papa, nesse “sentido a figura do Papa muda bastante”, porque Francisco é “simples, despojado, simplifica as estruturas: não as destrói e nem as rejeita, mas simplifica”.

Por exemplo – afirmou Dom João - antes “para chegarmos ao Papa era preciso passar por 14 pessoas”. Agora é “tudo muito rápido, direto”. E continuou: “Eu estou me acostumando a receber bilhetes do Papa: ‘Querido irmão, sobre isso não sei como se faz, me ajude!’. Ou ele nos telefona. Assim ele acompanha todos os problemas diretamente. Isso foi uma das coisas que nós, cardeais, pedimos ao Santo Padre: que essa relação fosse direta”, explicou o prelado.

Reformas da cúria

“As mudanças já começaram. Agora estamos consultando muitas pessoas para essa reforma”, disse. O Papa está muito atento ao Instituto para as Obras de Religião (IOR).

“Um outro pedido dos cardeais foi que a Secretaria de Estado pudesse voltar à sua identidade original”, no sentido de ajudar “o Santo Padre em muitas questões”, mas sem ter “uma ingerência muito forte dentro das congregações romanas, porque esvazia a autoridade de quem está ali e esse é um problema que nós sentimos muito”. Nesse sentido o cardeal disse que é possível que os órgãos sejam simplificados.

Igreja do Brasil

O prelado falou também à revista Cidade Nova que é a primeira vez que ouviu o Papa dizer que o brasileiros não devem uniformizar tudo na CNBB. “Vocês, brasileiros, têm uma riqueza tão grande no povo, o Brasil tem regiões tão bonitas... Vocês não podem uniformizar tudo numa única linha da Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) em Brasília. É preciso que haja uma coordenação da Igreja, mas também é preciso que cresça a diversidade das regiões. Ou seja, façam as duas realidades caminharem juntas”. Tema esse que, de acordo com o prelado, será ainda muito discutido na próxima Assembleia Geral da CNBB.

JMJ

Comentando a vinda do Papa à JMJ, Dom João destacou que o Papa se comportou no Brasil “de uma maneira tão próxima, que agente quase pensou que ele era brasileiro”. Um dos pontos que mais tocou o cardeal foi quando o Papa disse que “neste momento não podemos ficar pensando em matéria de doutrina aqui, está certo ou errado”. É a imagem do campo de batalha, onde o mais importante é salvar vidas.

Igreja como família, homem/mulher, autoridade e imaturidade

A Igreja tem que se “tornar uma família de irmãos, por enquanto ainda está formada de classes e isso não é bom, porque a Igreja não é assim. Jesus não pregou classes, Jesus pregou essa comunhão profunda entre nós”.

“Acho também que deveria melhorar muito a relação homem/mulher. Uma moral muito estreita, muito dura, acabou fazendo a mulher desconhecer o homem e o homem desconhecer a mulher. Nós não nos conheceremos: ou nos oprimimos, nos exaltamos, ou nos usamos. Nós deveríamos nos complementar, porque a Bíblia diz que Deus criou o homem e a mulher, não criou nem só mulher e nem só homem”.

“Autoridade e obediência, a meu ver, estão entre as grandes coisas que irão mudar e se adaptar. Não tem que mudar o valor da obediência e nem da autoridade, tem que mudar o modo de ser feito, porque tem muita autoridade dentro da Igreja que é dominação. Eu sou testemunha disso. A autoridade não pode colocar uma pessoa acima da outra, autoridade só pode ser de irmãos que têm missões diferentes, mas são irmãos. Quem manda e quem obedece está no mesmo nível”.

“Nós não podemos passar um verniz de místico, espiritual, em cima da imaturidade humana. Tem que ter maturidade, tender ao amadurecimento como fruto da fé, porque se nós não formos competentes em desenvolver todos os valores verdadeiramente humanos, masculinos e femininos integrados, será muito difícil que possamos integrar uma dimensão de fé”.

Fonte: Zenit

Acontece em Lisboa a IV Caminhada pela Vida - Um de nós

Treze países atingiram a quota mínima de assinaturas para a Iniciativa

Um de nós (One of us) é uma iniciativa europeia que envolve os 28 países da UE e que vai levar ao Parlamento Europeu, uma petição com pelo menos 1.000.000 de assinaturas, para pedir a proibição de financiamento e manipulação do embrião humano.

Treze países atingiram a quota mínima de assinaturas para a Iniciativa "Um de nós" dos cidadãos europeus. As assinaturas já são mais de 1 milhão e 165 mil.

A Itália lidera o ranking com 410.995, o país atingiu 7 vezes o mínimo, a Polônia quadruplicou alcançando 179.524, a Alemanha com 103.879 atingiu 139,90 %. Chipre alcançou quase 50% da quota mínima; Croácia, Luxemburgo e Estônia estão correndo para o mínimo. Portugal (7.514 assinaturas, 106,15 %) está a organizar um fim de semana para reunir assinaturas para “Um de nós".

Neste contexto acontecerá em Lisboa neste sábado, 5 de outubro, a IV "Caminhada pela Vida – Um de nós”.

A caminhada tem como objetivo a defesa e a promoção da vida humana desde a concepção até a morte natural. O tema deste ano é "Um de nós”. "Se você é um de nós, venha para a caminhada pela vida", diz o slogan.

A organização lança o desafio da semana para a Europa: obter 1 milhão e 200 mil assinaturas até sexta-feira! E convidam não apenas os portugueses, mas todos aqueles que desejam a participar da caminhada para dar maior força à iniciativa.

A caminhada começa na Praça Marquês de Pombal e termina na Praça do Rossio, a partir das 15h.

É possível assinar a Iniciativa “Um de nós” on-line até 01 de novembro de 2013, no site www.oneofus.eu e também na página www.unodinoi.mpv.org

Fonte: Zenit

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Coletivo Inter-religioso apresenta reivindicações para Marco Regulatório e atuação social das organizações religiosas

No encerramento do 2º Seminário Relação Estado e Sociedade, nesta terça-feira, 1º de outubro, o Coletivo Inter-religioso para as relações Estado-Sociedade apresentou suas reivindicações para o Marco Regulatório das organizações da sociedade civil, que tramita no Congresso Nacional. A declaração, assinada pelas entidades que integram o movimento, foi entregue para o senador Rodrigo Rollemberg, relator da proposta no Senado Federal, e ao secretário geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

“A complexidade do tema exige a união de esforços e a comunhão de ideais para a superação dos desafios que se colocam no processo de construção desse marco regulatório, cada vez mais urgente e necessário também para nossas organizações religiosas”, afirmou o representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no ato de entrega, dom Guilherme Werlang, que é o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz.

Em seu discurso, o bispo pediu o empenho do governo federal e do Congresso Nacional na aprovação de regras claras para as relações das organizações da sociedade civil com o Estado. “Um marco regulatório que ponha fim à constante criminalização injustamente sofrida por essas organizações que, na sua imensa maioria, dão novo sentido à vida de milhões de irmãos e irmãs empobrecidos ou privados de seus direitos”.

Tramitação

O senador Rodrigo Rollemberg apresentou aos participantes detalhes da proposta que está sendo analisada na comissão de meio ambiente, defesa do consumidor e controle, do Senado Federal. Entre eles, a definição de princípios fundamentais para parcerias do Estado com organizações da sociedade civil. Também cria a possibilidade de fomento, por parte de Estado, de iniciativas inovadoras das entidades. “O uso dos termos ‘fomento’ e ‘colaboração’ não prejudicam as definições legais e a existência de outras formas específicas de ajuste, como termo de parceria ou contrato de gestão”, disse.

No ano passado, as reivindicações do Coletivo, fruto da primeira edição do Seminário, foram entregues para o ministro Gilberto Carvalho, que reconheceu hoje o pouco avanço no processo do marco regulatório. “De fato, já passou da hora de termos resolvido essa questão”, afirmou, dizendo acolher o conteúdo da carta, que classificou como “dura”. A promessa foi entregar o documento para a presidente Dilma Roussef ainda nesta terça-feira.

Porém, Gilberto pediu apoio de todos os presentes para o projeto do qual Rollemberg é o relator, que acolhe quase que todas as reivindicações do governo e das organizações da sociedade civil. “Nós temos que ter uma posição mais clara do Poder Executivo e nós vamos buscá-la. Mas, independentemente disso, conclamo a todos para que nos unamos em torno deste projeto”, disse o ministro.

Na avaliação da pastora Romi Bencker, do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), o seminário consolidou o Coletivo Inter-religioso. Porém, demonstrou a insatisfação com o pouco avanço na tramitação do marco regulatório. “Entregamos esse documento ao poder legislativo e ao executivo e vamos torcer para que não fique no vazio. O grupo vai monitorar mais de perto esse assunto e buscar também a presença de mais organizações religiosas, que não cristãs, ao Coletivo”.

Integram o Coletivo Inter-religioso: Aliança Evangélica; Associação Congregação de Santa Catarina; Associação Nacional de Educação Católica do Brasil; Cáritas Brasileira; Centro Budista Tibetano Kagyü Pende Gyamtso; Centro de Integração da Mulher/CIM – Mulher; Comissão Pastoral da Terra; Comitê Facilitador da Plataforma para o Novo Marco Regulatório Brasileira; Centro Budista Tibetano Kagyü Pende Gyamtso; Comunidade Bahái; Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas; Conferência dos Religiosos do Brasil; Conferência Nacional dos Bispos do Brasil; Conselho Latino-americano de Igrejas - Regional Brasil - CLAI Brasil; Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil; Coordenadoria Ecumênica de Serviço; Federação Espírita Brasileira; Federação Nacional das Associações Pestalozzi; Federação Paranaense de Fundações e Associações; Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social; Fundação Grupo Esquel Brasil; Instituto Agostin Castejon; Movimento de Educação de Base; Rede Evangélica Nacional de Ação Social – RENAS; União Marista do Brasil; Visão Mundial.

Fonte: CNBB

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CNBB divulga cartaz e subsídios da Campanha da Fraternidade 2014: “Fraternidade e Tráfico Humano”

Os subsídios da Campanha da Fraternidade 2014 já estão disponíveis nas Edições CNBB. São diversos materiais como o manual, texto base, via sacra, celebrações ecumênicas, folhetos quaresmais, CD e DVD, banner, cartaz, entre outros. Com o objetivo de trabalhar os conteúdos da campanha nas escolas, foram produzidos também subsídios de formação voltados aos jovens do ensino fundamental e médio, além de encontros catequéticos para crianças e adolescentes.

O cartaz da CF 2014, que se encontra disponível para download, traz o tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1). Os demais produtos podem ser adquiridos no site: www.edicoescnbb.org.br ou pelo telefone: (61) 2193.3001.

Entenda o significado do cartaz:

1-O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente.

2-Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. A sombra na parte superior do cartaz expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade.

3-As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte inferior.

4-A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos. (Fonte: CF 2014).

Fonte: CNBB

Vaticano divulga tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais 2014

Foi divulgado esta segunda-feira o tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais 2014: “Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro”. A cultura do encontro é um assunto recorrente no magistério do Papa Francisco. Em várias ocasiões, inclusive no Brasil, o Pontífice insistiu neste tema. Em sua recente visita a Cagliari, no dia 22 deste mês, no encontro com os acadêmicos, o Papa afirmou: “Esta é uma proposta: cultura da vizinhança. O isolamento e o fechamento em si mesmo ou nos próprios interesses nunca são o caminho para voltar a dar esperança e operar uma renovação, mas é a proximidade, é a cultura do encontro. O isolamento, não; proximidade, sim.

Cultura do conflito, não; cultura do encontro, sim. A universidade é espaço privilegiado em que se promove, ensina e vive esta cultura do diálogo, que não nivela indiscriminadamente diferenças e pluralismos – este é um dos riscos da globalização – e muito menos os extrema, tornando-os motivo de conflito, mas abre ao confronto construtivo. Isto significa compreender e valorizar as riquezas do outro, considerando-o não com indiferença ou temor, mas como fator de crescimento. As dinâmicas que regulam as relações entre pessoas, grupos e nações não são muitas vezes de proximidade, de encontro, mas de conflito”.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais, a única celebração mundial estabelecida pelo Concílio Vaticano II (Decr. Inter mirifica, 1963), está marcada na maioria dos países, por indicação do episcopado mundial, para o domingo precedente a Pentecostes (em 2014, dia 1º de junho).

Em geral, o anúncio do tema é divulgado no dia 29 de setembro, festa dos Arcanjos S. Miguel, S. Rafael e S. Gabriel, o qual foi designado Padroeiro dos radialistas. A Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial das Comunicações Sociais é publicada tradicionalmente em coincidência com a memória de S. Francisco de Sales, Padroeiro dos jornalistas (24 de janeiro), para permitir que as Conferências episcopais, os escritórios diocesanos e as organizações que se ocupam de comunicação social tenham tempo suficiente para preparar subsídios audiovisuais e outros materiais destinados às celebrações em nível nacional e local.

Fonte: CNBB

Abertas as inscrições para os Prêmios de Comunicação da CNBB

Estão abertas as inscrições para os “Prêmios de Comunicação da CNBB”, no período de 30 de setembro a 31 de dezembro de 2013. Os prêmios são promovidos pela Conferência dos Bispos por meio da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação. Serão escolhidos os melhores trabalhos produzidos entre 2012 e 2013, cujos objetivos coincidam com valores humanos, cristãos e éticos. A cerimônia de entrega dos prêmios acontecerá durante a 52ª Assembleia Geral dos Bispos, programada para o mês de maio de 2014, em Aparecida (SP).

São quatro categorias, sendo os prêmios Margarida de Prata para o cinema, Microfone de Prata para o rádio, Clara de Assis para a televisão e Dom Hélder Câmara para a imprensa. “Nesta longa trajetória, a CNBB vem trabalhando para que essas produções culturais estejam sustentadas nos valores humanos, éticos e cristãos. Desta forma, a Conferência busca estabelecer um diálogo com o mundo da comunicação, da cultura e da criação artística e, ao mesmo tempo, reconhecer e valorizar o trabalho desses profissionais”, destaca a assessora da Comissão para a Comunicação, Ir. Élide Fogolari.

Confira os regulamentos de cada prêmio e a ficha de inscrição no link: http://www.cnbb.org.br/premioscomunicacao/2014/

Conheça os prêmios

- 11º Prêmio Dom Hélder Câmara de Imprensa foi criado em 2002. Tem por objetivo premiar profissionais da mídia imprensa, cujas reportagens tragam em seu conteúdo valores humanos, sociais, políticos, cristãos e éticos, com vistas a construção da cidadania e a construção da cultura da paz.

- 8º Prêmio Clara de Assis para a Televisão foi criado em 2005. Tem por objetivo premiar programas televisivos nacionais, produzidos e exibidos por emissoras comerciais, educativas ou comunitárias brasileiras e que trazem em seu conteúdo valores humanos, sociais, políticos, cristãos e éticos.

- 44º Prêmio Margarida de Prata foi criado em 1967 pela Central Católica de Cinema, no âmbito do então Secretariado de Opinião Pública da CNBB. Tem por objetivo premiar as produções nacionais do cinema brasileiro, obras que apresentem em suas temáticas e artística valores humanos, éticos e espirituais.

- 22º Prêmio Microfone de Prata foi criado em 1989. Tem como objetivo principal incentivar e apoiar a produção e a qualidade de programas radiofônicos não só religiosos, evangelizadores, mas também de promoção humana, reconhecendo o valor do que já se faz e buscando aperfeiçoar.

Reconhecimento

Completando 46 anos, o prêmio Margarida de Prata é um dos mais antigos. Foi criado em 1967 e já premiou mais de 100 filmes brasileiros entre longas e curtas-metragens e menções especiais. Ir. Élide Fogolari lembra que esse prêmio surgiu no período da Ditadura Militar no Brasil, para um contraposição contra a restrição do Governo sobre as produções culturais. A premiação é reconhecida pelos cineastas e produtores nacionais.

Foram premiados cineastas como Walter Salles por Central do Brasil, Terra estrangeira e Abril despedaçado; Silvio Tendler por Os anos JK, Jango, Castro Alves- Retrato do poeta e Utopia e barbárie, Josué de Castro, cidadão do mundo; Roberto Farias por Pra frente Brasi; Leon Hirszmann por São Bernardo, Eles não usam black-tie e Imagens do inconsciente; João Moreira Salles por Nelson Freire, entre muitos outros.

Fonte: CNBB

Jovens Conectados fazem planejamento das atividades para 2014

A equipe “Jovens Conectados”, formada por voluntários  responsáveis pelos canais de comunicação da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, se reuniu em Brasília (DF), entre os dias 27 e 29 de setembro. “Foi o momento de pensarmos a nossa atuação após a Jornada Mundial da Juventude (JMJ)”, explica o assessor da Comissão, padre Carlos Sávio Ribeiro .

O presidente da Comissão, dom Eduardo Pinheiro, participou de boa parte do evento, durante o qual os participantes avaliaram a caminhada do grupo, especialmente na preparação e realização da Jornada. O grupo integra 25 jovens de todo o país, mas há um grande número de colaboradores que realizam o trabalho, comunicando-se por meio das redes sociais.

Mas o plano agora é de expansão, sobretudo agora com o lançamento de uma rede nacional de comunicadores e representantes em cada diocese. O ponto de partida será o seminário que a Comissão para a Juventude promoverá no mês de dezembro próximo e que propõe a revitalização da pastoral juvenil no Brasil.

“Neste seminário, vamos reunir representantes de todas as dioceses do país para avaliar a preparação e realização da JMJ, bem como  traçar os rumos para a evangelização da juventude”, explica padre Sávio. A equipe de comunicadores, dividida nos setores de rádio, televisão, marketing, jornalismo, redes sociais e tecnologia da informação, está comprometida a dar visibilidade e suporte a este planejamento. “O grupo dos Jovens Conectados é quem comunica, de forma estratégica e jovial, todas essas ações”.

O carro chefe do grupo é o site www.jovensconectados.org.br Porém, deve ser iniciado em breve um trabalho efetivo também na televisão. “Temos muitos jovens no Brasil que atuam nesta área e creio que podemos então produzir algo diferente e de qualidade. Ano que vem pretendemos avançar nessa iniciativa, com veiculação pelas TV’s católicas”, revela o assessor.

Apesar do contato através das redes sociais, o grupo Jovens Conectados se encontra duas vezes por ano. Em 2014, no primeiro semestre, o desejo é reunir a equipe em alguma cidade da Amazônia, aproveitando para realizar uma breve missão nas comunidades. No segundo semestre, o grupo deverá se encontrar na região sul do país.

Fonte: CNBB