segunda-feira, 31 de maio de 2010

Espaço Celebra!

Jornada Mundial da Juventude de Madri já tem o seu hino

A Jornada Mundial da Juventude de Madri (JMJ 2011), na Espanha, já tem um hino oficial. A canção, composta pelo Padre Enrique Vázquez Castro, e pelo Bispo auxiliar de Madri, Dom César Franco, foi aprovada pelo Conselho Pontifício para os Leigos e pela comissão vaticana responsável pelas JMJs para representar o encontro com os jovens no próximo ano.

O hino, muito elogiado pelos membros do conselho como uma “música de alta qualidade”, reforça a proximidade dos jovens à Santíssima humanidade de Cristo e ao estilo da tradição mística espanhola. O hino tem sete estrofes e um refrão, baseado no tema da JMJ: "Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé" (Colossenses 2,7), que diz:

"Firmes na fé, caminhamos em Cristo,
Nosso amigo, nosso Senhor.
Glórias sempre a Ele, Glórias sempre a Ele!
Caminhamos em Cristo, firmes na fé."

A partir de agora, o hino será traduzido nas dez línguas oficiais da JMJ e será gravado em três versões: uma litúrgica, outra instrumental para grandes coros e uma versão popular com acompanhamento de violão.

O hino será apresentado na festa da “Virgen de la Almudena” (Padroeira de Madri), no dia 9 de novembro, na Catedral da cidade e será divulgado na internet em áudio e vídeo.
 

Fonte: Rádio Vaticano
Local:Madri    
 

Convite!

Caríssimo/a, paz e bem. 

Quero convidar-te para a minha dissertação de mestrado em missiologia, no ITESP, sobre a revista Mundo e Missão, como instrumento de animação missionária na Igreja do Brasil , dia 11 de junho, às 14:00 hs.
Tua presença será motivo de alegria, além de dinamizar, também a nível academico, a dimensão missionária, essencial à Igreja.
 
Se não puder, naquele dia, diga uma Ave Maria pra gente. 
Um abraço amigo pe.Pedro Facci
 

A Editora Mundo e Missão tem o prazer de convidar...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Espaço Filosófico

A Arte no Cristianismo

Capacitação de jovens missionários em São Raimundo Nonato

A diocese de São Raimundo Nonato (PI), promoveu no último final de semana, no Centro Diocesano Dom Inocêncio, no centro da cidade, o 1º Encontro de Formação para Missionários Leigos, cujo objetivo foi ampliar a capacidade para compreender a missão dentro da Igreja, enfatizando a importância de cada batizado ser missionário de Jesus Cristo. Pessoas de várias paróquias e comunidades da diocese participaram do curso.

De acordo com o assessor da dimensão missionária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre José Altevir, as pessoas que participaram já possuem uma caminhada, mas querem um compromisso mais amplo. “Este trabalho continuado teve início a partir das Santas Missões Populares, que deixou marcas na caminhada missionária da comunidade local”, destacou padre Altevir.
 
Fonte: CNBB
Local:Nonato (PI)    

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Pastoral Afrobrasileira reflete sobre sua missão

Domingo, 23, realizou-se na paróquia Santa Isabel de Portugal, em Limeira (SP), o encontro de formação da pastoral afrobrasileira. O evento teve início com a celebração da Eucaristia presidida pelo Pe. Valdinei Antônio da Silva, com a participação de diferentes grupos da cidade de Limeira, educadores e agentes sociais.

A celebração foi um momento significativo de expressão da cultura afrobrasileira como louvor a Deus pela sua ação na vida dos negros brasileiros.

Após a celebração, o encontro teve continuidade com a reflexão enfocando a história da presença dos negros no Brasil e as consequências para a população afrobrasileira. A segunda parte da reflexão abriu espaço para o tema “A missão da Pastoral Afrobrasileira como uma ação da Igreja junto ao povo negro”.

Os participantes conversaram sobre os desafios que enfrentam como agentes de pastoral nas comunidades: o diálogo com as diferentes pastorais, as atividades concretas junto às comunidades, além das missas, e os preconceitos a superar, como o racismo institucional.

O grupo afirmou que algumas iniciativas já estão se efetivando: trabalho na área da educação para a implementação da lei 11. 639 que versa sobre o ensino da história e cultura africana nas escolas; em alguns municípios a “Semana da Consciência Negra” tornou-se data oficial, agrupando uma série de atividades de conscientização; a explicitação dos valores da cultura afrobrasileira, que atinge também jovens e crianças.

No fim do encontro o grupo assumiu a possibilidade de continuar com encontros de formação na perspectiva de fortalecimento da missão junto às comunidades.
 

Fonte: Rádio Vaticano
Local:Limeira (SP)    

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cuba: Igreja e estado avançam em diálogo sobre presos

Após manifestar pelas ruas da capital, as Damas de Branco, parentes dos 75 opositores cubanos presos em 2003, disseram neste domingo, 23, que as negociações entre o governo do general Raúl Castro e a Igreja Católica sobre os presos políticos “estão avançando”. As tratativas começaram na última semana.

“Estamos otimistas, temos esperanças. As conversas vão avançando” - declarou à imprensa Laura Pollán, porta-voz do grupo de familiares dos 53 dissidentes presos desde 2003.

Pollán, esposa de Héctor Maseda, condenado a 20 anos, teve um encontro de 3 horas com o Cardeal Jaime Ortega e o Secretário-geral da Conferência de Bispos Católicos, Dom Juan de Dios Hernández Ruiz. Segundo ela, os dois lhe explicaram que os passos após a reunião da Igreja com o líder Raúl Castro serão graduais.

“Temos muitas esperanças, muita fé de que haja boas notícias em breve” - disse Pollán, ressalvando que não lhe foram indicaram datas exatas.

Sábado, o dissidente Guillermo Fariñas afirmou que as autoridades cubanas concordaram em melhorar as condições de detenção dos prisioneiros políticos depois de negociações com líderes da Igreja Católica.

Fariñas iniciou uma greve de fome três meses atrás, após a morte de um dissidente sob custódia das autoridades, e reivindica a libertação de 26 detentos doentes. O Bispo Auxiliar teria garantido ao dissidente que os prisioneiros detidos em prisões distantes serão transferidos para mais perto de suas casas e os doentes cumprirão suas penas em hospitais.
 

Fonte: Rádio Vaticano
Local: Havana

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Infância e Adolescência Missionária completa 167 anos de fundação.

No dia 19 de maio, a Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM) completa 167 anos de fundação.

O que motivou Dom Carlos Forbin Janson, bispo de Nancy, França, a fundar a Santa Infância em 1843, foram as cartas que missionários da Ásia enviavam contando a triste realidade das crianças: abandono, fome, mortalidade. Sensibilizado, o bispo convocou as crianças francesas e pediu uma Ave-Maria por dia e uma moeda ao mês pelas crianças que morriam sem ser batizadas. Assim nasce a Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária.

Atualmente, a IAM está presente em 130 países. Só no Brasil são cerca de 30 mil grupos, mais de 400 mil crianças e adolescentes que assumem o compromisso deixado pelo fundador: “criança ajuda e evangeliza criança”.

Discípulos Missionários nos cinco continentes

Com o intuito de celebrar o aniversário de fundação da Obra; divulgar o protagonismo missionário das crianças e adolescentes; aprofundar e colocar em prática sua história e  carisma e fazer a oferta, fruto de sacrifícios, para o Fundo Mundial de Solidariedade da IAM; o Regional Sul1 da CNBB – São Paulo, organiza pelo terceiro ano uma mobilização.

O tema sugerido para a reflexão é "Infância e Adolescência Missionária - Discípulos Missionários nos Cinco Continentes" e lema: "Eles precisam de nós...". Assim, olhando a realidade das crianças de todo o mundo e repetindo o gesto das primeiras crianças missionárias, os grupos da IAM, paróquias e dioceses, são convidados a se reunirem para rezarem as “Ave-Marias”, através do terço missionário e colaborarem “com suas moedinhas”, fruto de sacrifícios, para o Fundo Mundial de Solidariedade da IAM.

Informações e subsídios estão disponíveis no blog da Garotada Missionária:  http://garotadamissionaria.blogspot.com.

Equipe da Mobilização Regional da IAM, Sul 1-CNBB


50 anos de presença anglicana em Brasília

Serão três dias de festa em homenagem à chegada dos primeiros anglicanos na capital

Brasília fez 50 anos no último dia 21 de abril. A capital é conhecida por sua rica diversidade cultural e religiosa, onde os mais diversos segmentos religiosos encontram espaço para crescer e florescer. Essa vocação da cidade já é antiga, haja vista os diversos grupos que desembarcaram nessas terras logo após a inauguração. Este é o caso da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), que fincou suas raízes no planalto central em 6 de junho de 1960.

O templo, projetado pelo urbanista Lúcio Costa, foi o primeiro não católico romano a ser erigido na cidade. Seus traços firmes, cujos telhados apontam para o céu, dialogam com a mística cristã ensinada pelo apóstolo Paulo sobre a firmeza e constância na fé (1 Cor 15:58) e depois por João, que aponta o céu como lugar de glória e salvação para os homens (Apocalipse 19:1).

As comemorações para o cinqüentenário estão marcadas para os dias 21, 22 e 23 de maio. Parte dessas atividades vai ocorrer na sede dessa Diocese, a Catedral da Ressurreição, situada na EQS 309/310. Para a próxima sexta-feira (21), está marcada uma sessão solene na Câmara dos Deputados, no Plenário Ulysses Guimarães, às 15h. No sábado a atração será uma mostra fotográfica, na Catedral, onde a história da IEAB em Brasília será contada em imagens. Por último, no domingo (23), haverá uma celebração de ação de graças, também na Catedral da Ressurreição, que terá a presença da bispa Catherine Waynick, da diocese de Indianápolis (EUA). Também foram convidadas várias lideranças de outras denominações cristãs e organismos ecumênicos. O presidente e o secretário geral do CONIC, P.Sin. Carlos Möller e Rev. Luiz Alberto Barbosa, respectivamente, também confirmaram presença.

“Todo o povo anglicano aguarda essas comemorações com grande alegria. Para nós, é um momento histórico, uma vez que estamos em plena Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, assim como estávamos 50 anos atrás (no período de pentecostes), por ocasião da inauguração de nossa Catedral. Portanto, cabe-nos dizer apenas que, assim como naquele tempo, devemos continuar no empenho de sermos cada vez mais inclusivos para servir e para amar na unidade”, disse Dom Maurício José Araújo de Andrade, bispo da Diocese Anglicana de Brasília e Primaz do Brasil.

O presidente do CONIC, P.Sin. Carlos Möller, lembrou a perseverança do povo anglicano em Brasília, citando a passagem de Atos 2:42 que diz: E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. “Nosso sentimento é de gratidão a Deus pela caminhada do povo anglicano aqui na capital, uma caminhada marcada pela forte presença social e de busca incessante pelo diálogo cristão”, disse.
 
Geanderson Reis - Assessor de Comunicação

Brasília sedia encontro nacional de adolescentes

A Pastoral do Menor realiza a partir desta sexta-feira, no Instituto Bíblico de Brasília, o 3º Encontro Nacional de Adolescentes, com o objetivo de fortalecer a articulação e a organização dos adolescentes da instituição em todos os Regionais da CNBB nos quais a Pastoral atua.

A prática do protagonismo infanto-juvenil é marca histórica da Pastoral do Menor, entidade que contribuiu de forma consistente na elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Ao longo de seus 32 anos de história inúmeras ações de protagonismo e participação de crianças e adolescentes foram desenvolvidas nas diferentes frentes de ação da Pastoral do Menor no Brasil.

O encontro contará também a presença dos coordenadores dos diferentes Regionais da CNBB que, além de acompanhar as discussões dos adolescentes, estarão reunidos para avaliar as ações de 2009 e planá-las para 2010. O evento encerra-se domingo.


Fonte: Rádio Vaticano
Local: Brasília

Ato pela vida reúne organizações para manifestar repúdio à violência contra moradores de rua

Nesta quinta-feira, 20 de maio de 2010, às 9h da manhã, em frente à Catedral da Sé, na capital paulista, um grupo de lideranças de organizações que trabalham com a população de rua realizou "Ato pela vida", denunciando violências sofridas por esta parcela da população.

Participaram do ato - promovido pelo Movimento Nacional da População de Rua, com apoio do Vicariato do Povo da Rua da Arquidiocese de São Paulo - representantes do Movimento Nacional de Direitos Humanos, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência, além de diversos movimentos e pastorais ligados à Igreja Católica.

O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, participou da manifestação na escadaria da Sé, quando pronunciou o discurso que segue, na íntegra, abaixo. Da Sé, os manifestantes caminharam até a Câmara Municipal, passando pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e pela Prefeitura da Cidade de São Paulo.

Mais informações:
 
Assessoria da Arquidiocese: Rafael Alberto - (11) 8287-1120
Vicariato do Povo da rua: Ana Maria - (11) 9427-9070

Fala do cardeal arcebispo de são Paulo, dom Odilo Scherer, durante "Ato pela vida", contra violência sofrida pela população de rua nos últimos tempos

"Quero dizer uma palavra que já disse, numa nota publicada outro dia, quando houve aquela chacina no Jaçanã. Primeiramente, uma palavra de forte e firme repúdio a esses tipos de ações e chacinas contra a população de rua ou contra quem quer que seja. Não é permitido fazer justiça desta forma. É contra os direitos humanos, e contra a dignidade humana, e contra o Estado, contra a convivência civilizada. Por isso, a população toda deveria se organizar e deveria protestar fortemente contra essas chacinas que a cada tanto estão acontecendo.

Segundo, a impunidade leva facilmente a cometer novos atos semelhantes. Por isso, o meu pleno apoio às iniciativas que reclamam por investigação e elucidação sobre os fatos já acontecidos. Nós ainda estamos aguardando conhecermelhor o que aconteceu em 2004. Depois disso, quantas chacinas aconteceram! E agora mais uma.

Essas chacinas, naturalmente, têm causas, têm autores, têm mandantes, têm uma lógica e essa lógica precisa ser investigada, elucidada e claramente assumida pela Justiça do Estado. Se não, a população que vive em situação de fragilidade, continuará frágil e, de alguma maneira, exposta a ser um dia surpreendida por um ato de chacina.

Terceiro, eu gostaria de dar a minha palavra de solidariedade a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, são vítimas de violência. Ninguém pode ser sujeito à violência por parte de outrem. Existe o caminho da legalidade e da normalidade da Justiça, que deve ser seguido. Ninguém está autorizado a cometer atos de violência, porque são atos criminosos. Por isso, a população mais frágil, como é a população de rua, não deve ser desprotegida.

E aí o meu quarto apelo, para que a sociedade olhe com muito carinho a população de rua, que está aumentando em nossa cidade, como já foi dito. Infelizmente, não é só a nossa cidade, mas outras passam pelo mesmo problema. Aqui nós temos, graças a Deus, algum trabalho que já tem um caminho andado.

E, por isso, temos a possibilidade de que as organizações ligadas ao povo que vive na rua possam conseguir um diálogo com as representações do Poder Público, com os vereadores da nossa cidade, com o Poder Executivo, com as organizações empresariais e demais organizações da cidade para encontrar uma saída para esta situação que ninguém quer. A população de rua não quer permanecer na rua, e eles mesmo há pouco disseram.

É preciso que haja, por isso mesmo, uma política pública eficaz, que inclua, por um lado, a questão da moradia, que inclua a questão do trabalho, que inclua a questão da educação, da saúde, a questão da segurança e a reinserção social. Portanto, uma política abrangente para esta situação de população de rua.

É isso que nós gostaríamos de falar e de manifestar hoje, para que possa ser ouvido e que vocês, agora, continuando a sua caminhada, possam levar esses anseios para quem representa o poder de legislar para esta cidade, para que o vosso grito seja ouvido e efetivamente levado à solução.

Esta é uma situação que a todos nós, de alguma maneira, ofende e questiona. Essa situação de violência, de fragilização da população de rua também a todos nós deixa perplexos porque mancha e agride a dignidade humana, a dignidade de todo o cidadão que olha para o seu próximo como um irmão.

Deus ajude e abençoe vocês! Deus proteja a todos os movimentos e organizações da população que vive em situação de rua. E agora vamos invocar a benção de Deus para que vocês continuem o seu caminho, o seu trabalho e a sua luta.

A benção de Deus todo poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo, desça sobre vós e permaneça para sempre!

Vocês estão vendo ali, no meio da praça da Sé, ali está o apóstolo São Paulo, mostrando a todos a Palavra de Deus, aquilo que nós aprendemos da Palavra de Deus sobre a dignidade de todo o ser humano, de todo o filho e filha de Deus. Está recordando isso à cidade.
Mais adiante, está o padre Anchieta, fundador da cidade. Ele que viveu no meio da população indígena, como missionário. Será que ele está contente com o que está vendo hoje por aí? Acho que não! Padre Anchieta seja alguém que ajude a nossa cidade, ajude a dar rumo e indicações para aquilo que podemos fazer hoje para melhorar a vida desta cidade. Obrigado."



Fonte: Vicariato Episcopal para a Pastoral da Comunicação - Transcrição Rafael Alberto
Local: São Paulo - SP

Formação missionária dos jovens no Camboja e na África

O Camboja e a África tornam-se metas da formação para a evangelização de jovens católicos de Hong Kong. De fato, a diocese de Hong Kong, os institutos religiosos missionários ativos em Hong Kong e a Associação dos Leigos Católicos lançaram juntos um projeto destinado à formação dos leigos, principalmente jovens, no exterior, de 31 de janeiro a 30 de maio. 

Segundo informa o Kong Ko Bao (boletim diocesano em chinês), cada mês tem um tema específico, como: diversos chamados à missão, a Igreja aplica o compromisso missionário, a missão de São Paulo, a consciência das várias religiões. O projeto convida os jovens a ir à África ou ao Camboja nos quais a diocese já tem contatos missionários, enviando o sacerdote diocesano e os leigos como missionários.

Segundo pe. Paul Kam Po Wai, primeiro sacerdote diocesano de Hong Kong que fez missão na África, "este projeto ajuda os jovens a intensificar a consciência da responsabilidade missionária".

Durante o encontro relativo ao projeto, nos últimos dias, Pe. Franco Cumbo PIME, disse que "em todos estes anos de missão em Hong Kong, apostamos sempre na evangelização local, mas agora nós queremos também desenvolver e promover a missão no exterior" como província de Hong Kong do PIME. "Nossas missões em outros países asiáticos estão prontas para acolher estes jovens" - acrescentou Pe. Cumbo. O sacerdote também compartilhou a sua experiência missionária: "não se deve ter medo, eu considero a missão em Hong Kong como uma graça. 

Os jovens de hoje devem ouvir o Senhor, e Ele fará vocês felizes". A primeira leiga missionária de Hong Kong, que fez missão em Zimbábue, também quis expressar a sua experiência, confirmando que "a evangelização me transformou completamente".
 


Fonte: Agência Fides
Local: Hong Kong

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Seminário das Juventudes

I Seminário das Juventudes do Ceará acontece em Fortaleza

“A juventude quer viver, quer amar, quer construir”. Este foi o lema do Seminário das Juventudes do Ceará, promovido pelo Grupo de Reflexões das Juventudes, da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) - Regional Fortaleza.

O evento aconteceu nos dias 15 e 16, no Colégio Imaculada, em Fortaleza (CE), com a presença de 180 jovens das dioceses de Iguatu, Crato, Sobral, Tianguá, Itapipoca, Quixadá, Limoeiro do Norte, e da arquidiocese de Fortaleza e jovens de Teresina (PI). O seminário foi assessorado pelo irmão marista, Leonardo Borba, especialista em adolescência e juventude no mundo contemporâneo, membro da diretoria do Instituto de Pastoral da Juventude do Regional Leste II (Minas Gerais e Espírito Santo), que abordou a dimensão do cuidado. O encontro também teve a assessoria da professora Dra. Alba Carvalho, do departamento de Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFCE), que abordou a dimensão política, tratando dos caminhos de emancipações das juventudes.

Segundo os participantes, o seminário foi um evento de reflexão, de escuta da realidade e de propostas para ações junto às juventudes, desenvolvidas em três dimensões: cuidado, política e humano. “Sonhamos em fazer acontecer o sonho de Deus, com esperança, com garra e coragem de viver em plenitude de amor a nossa juventude”, comentaram alguns membros da organização do seminário. No fim do encontro foi aprovada uma carta-compromisso, que será assumida pelos jovens e divulgada em vários setores da sociedade.


Fonte: CNBB

Diocese lança Escola de Fé e Política

Com o tema “Onde dormirão os pobres: desafios e perspectivas numa sociedade em mudança” será realizado nesta quinta-feira, 20, o Seminário de lançamento da Escola de Fé e Política “Dom Manuel Pereira” da diocese de Campina Grande (PB).

O evento acontecerá, a partir das 19h, no auditório da Cúria diocesana, localizado na Rua Afonso Campos, 251, centro de Campina Grande, com entrada franca.

De acordo com o bispo diocesano, dom Jaime Vieira Rocha, esta escola é um proveitoso espaço de formação. “De maneira privilegiada, neste ano eleitoral, damos início à nossa Escola de Fé e Política, na certeza de que, guiados pela Luz de Cristo, possamos ter sempre uma consciência clara sobre o papel da Igreja numa sociedade que precisa entender bem qual a relação entre a fé e a política”, frisou.

Durante o evento, para discutir o tema do seminário, haverá uma mesa redonda com as presenças do deputado federal Luiz Couto, do professor e filósofo José Luiz Sepúlveda, bem como do professor e economista Geraldo Medeiros, ambos da Universidade Estadual da Paraíba.
 
Fonte: CNBB
Local:Campina Grande (PB)    

Indígenas lutam por moradia em São Paulo

A Comunidade indígena Pankararu, da zona leste de São Paulo, espera há 8 anos, pela aprovação e implementação de Projeto de Moradia.

“Este dia de encontro é para que possamos, de fato, mostrar que estamos unidos, que a nossa luta não é fácil, mas que temos importantes aliados, como entidades de apoio e representantes de órgãos públicos. Estamos há oito anos na luta por moradia e sabemos que só com a nossa união iremos conquistar os nossos direitos”. Com estas palavras, a indígena Pankararu Elena Gomes da Silva, presidente da Associação Comunidade Indígena Pankararu da Zona Leste, deu início ao encontro ocorrido em 02 de maio, em São Paulo.
Elena conta que seu povo é originário da região do Brejo dos Padres, em Pernambuco, tendo migrado para São Paulo, no final da década de 1950, por conta da seca e de conflitos com posseiros invasores de suas terras, na tentativa de melhores condições de vida e sobrevivência.
 
Atualmente, o povo Pankararu conta com mais de 1.500 pessoas, vivendo em São Paulo, em diversos bairros da capital paulista como Real Parque, Parque Santa Madalena, Jardim Elba, Capão Redondo, Butantã, Valo Velho, Cidade Dutra, Grajaú, Paraisópolis e outros, e municípios da grande São Paulo como Mauá, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Taboão da Serra, Osasco e Francisco Morato.
Como moradora da cidade de São Paulo há muitos anos, Elena se alegra com o Encontro, que reúne seus parentes que vivem em diversos bairros da capital paulista e reforça a união e a luta de seu povo, ao mesmo tempo em que lhes dá a possibilidade de manifestarem suas danças, toantes e rezas.

Apoios
 
O povo Pankararu que vive na zona leste de São Paulo vem se organizando há vários anos, na busca de políticas públicas que atendam importantes demandas, dentre as quais, a moradia digna para as mais de 60 famílias desta região.
 
Com o objetivo de afirmar sua identidade cultural, dar maior visibilidade à realidade vivida por este povo e reafirmar sua luta por moradia, se reuniram no Encontro, no bairro Sapopemba, zona leste, aproximadamente 160 pessoas. Além da presença, em sua maioria, de indígenas Pankararu, o encontro contou com a participação de lideranças de outros povos, entidades indigenistas de apoio e representantes do poder público.
“Estamos aqui porque acreditamos nesta caminhada de luta e eu acredito que com o apoio de mais aliados e de nossos parentes, iremos conseguir realizar o nosso sonho pela moradia aqui na zona leste”, enfatiza Manoel Pedro da Silva, liderança Pankararu.
    Edgar Moura Amaral, assessor do deputado estadual Simão Pedro (PT), presente ao Encontro, afirmou, “estou aqui reforçando o nosso compromisso e também do deputado federal Paulo Teixeira (PT) que está na luta, conjuntamente, para avançar na questão que vocês reivindicam. Viemos contribuir e ouvir suas necessidades, pois sabemos que a urgente demanda da comunidade é a construção de moradias”.
    
Neste sentido, a coordenadora Maria Aparecida de Laia, da Coordenadoria dos Assuntos da População Negra (CONE), disse “Coloco nossa coordenadoria à disposição, na reivindicação pela luta por moradia, para agendar reuniões com o secretário e caminhar naquilo que a comunidade achar importante”.
    Maria das Dores, presidente da Associação SOS Pankararu, no Real Parque, zona sul de São Paulo, falou aos seus parentes: “Ser Pankararu não é só ter o nome, é ter uma história e é isso que nos legitima. Não podemos esquecer de nossos parentes que estão na grande metrópole de São Paulo e em outras regiões. (...) Ser povo indígena é ser coletivo”.
   
Para Benedito Prezia, coordenador da Pastoral Indigenista e do Programa Pindorama da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a realização do Encontro foi uma grande vitória porque mostra que o povo está disposto a se organizar. Prezia reforçou o seu apoio, mas pontuou: “não podemos ter um único objetivo, ter as casas, porque nesta luta existem etapas difíceis e caso não ocorram como esperado, não podem desanimar a comunidade”. Para ele, a luta maior é pelos direitos da comunidade Pankararu em São Paulo, como um todo.

Morosidade
    
As famílias Pankararu que lutam por moradia na zona leste e que vivem em precárias condições habitacionais, muitas em área de risco, reivindicam um projeto específico de habitação para indígenas que vivem no meio urbano. Foram cadastradas pela Secretaria de Municipal de Habitação já em 2002, época em que iniciou a organização deste grupo da zona leste, em vista de demandas próprias.
    
Nessa ocasião, o movimento conseguiu o apoio do secretário municipal da Habitação e da Companhia de Habitação de São Paulo (COHAB-SP), que destinou um técnico para um estudo preliminar de área própria a ser destinada ao grupo indígena. O estudo realizado e aprovado pela comunidade foi finalizado, porém, com as mudanças na administração municipal, não teve continuidade.
 
Esse movimento conta com apoio do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) da Grande São Paulo e da Pastoral Indigenista de São Paulo, sempre ressaltando que, aos órgãos públicos, cabe o reconhecimento dos indígenas que vivem em área urbana, considerando a dívida histórica que toda a sociedade brasileira tem para com os povos indígenas. Contudo, é grande a morosidade dos órgãos públicos e a dificuldade em aprovar projetos relativos a esses povos.
Em 2009, a Secretaria Municipal repassou o Projeto de moradia para o governo do estadual de São Paulo. Assim, Antônio J.S. Lajarin, assessor da presidência da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU-SP), atendeu lideranças Pankararu da zona leste e entidades, em reivindicações específicas sobre moradia. Segundo Lajarin, o órgão está estruturado apenas para atender aos indígenas de aldeias: “No momento, não temos um programa para esse atendimento específico. A legislação não prevê esse orçamento para indígenas urbanos. E como proposta apresentou “O avanço seria iniciar um debate com essa nova situação dentro da CDHU”.
Para as lideranças Pankararu da zona leste, o fato de viveram na cidade não anula a sua identidade enquanto povo indígena, nem os impede de acessar aos direitos que a Constituição Federal lhes garante. 

E agora?
 
O projeto de moradia para os Pankararu da zona leste depende agora de uma melhor comunicação e articulação entre COHAB e CDHU para a continuidade das ações, pois foi apresentado pelas lideranças, em várias reuniões na CDHU, mas ainda não houve um posicionamento concreto da COHAB, para o qual foi encaminhado o primeiro projeto, há oito anos. 
 
Lajarin, também convidado para o Encontro, informou em carta que a COHAB ainda não havia se manifestado com relação ao assunto em questão, bem como, não foram concluídos estudos específicos para o caso dos Pankararu, solicitados à Rosângela Kurra, ex-Secretária de Habitação do Estado do PR que hoje presta serviços na CDHU.
 “Diante desta demora em atender nossa reivindicação, pedimos que agilizem esse estudo e que seja urgentemente agendada uma reunião com a comunidade a fim de que possamos implementar o tão sonhado projeto de moradia para nosso povo”, protestam as lideranças Pankararu  em Documento Final do Encontro. Na carta, a comunidade da zona leste solicita uma audiência com a COHAB para que se manifeste quanto ao seu compromisso com o projeto citado. Ainda não obteve resposta, mas, espera que até o final de 2010 os órgãos, COHAB e CDHU, possam resolver suas reivindicações, na zona leste de São Paulo.    
 
Fonte: Vanessa Ramos e Beatriz Maestri do Conselho Indigenista Missionário,CIMI na Grande São Paulo.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Quênia: Os familiares dos sacerdotes e dos missionários também são chamados a viver como membros ativos da Igreja

Os familiares dos sacerdotes diocesanos e dos missionários da diocese de Embu, no Quênia, são chamados a responder ao chamado do Bispo da diocese, Dom Paul Kariuki, para empenhar-se como membros ativos da Igreja, em especial vivendo a fé e os sacramentos. Trata-se de um chamado significativo neste período em que se está encerrando o Ano Sacerdotal - lê-se na nota de Dom Kariuki, publicada por ocasião do Dia diocesano anual de oração que reúne os sacerdotes com suas famílias. O Bispo convidou os sacerdotes e ouvir os conselhos de seus parentes biológicos, dizendo que a "alegria de todo ai está em saber que seu filho responde exatamente à vocação que o Senhor lhe quis doar".

Segundo informa padre James Gatiti, da diocese de Embu, o Bispo acrescentou também que nenhum sacerdote poderia cumprir completamente sua própria vocação sabendo que a própria família e pessoas mais queridas não vivem a fé e os sacramentos. Dom Kariuki agradeceu os familiares dos sacerdotes pelo grande apoio dado às vocações de cada filho, hoje padres. A diocese de Embu conta 29 missionários engajados em outras dioceses, 58 sacerdotes diocesanos e 3 diáconos. Dois são missionários Fidei Donum no Vicariato de Isiolo e os outros seis estudam em colégios locais e universidades estrangeiras.

Fonte: www.fides.org

terça-feira, 18 de maio de 2010

Regional Norte 2 realiza encontro com coordenadores da Pastoral da Criança

Com o tema “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita", começou na tarde desta segunda-feira, 17, o encontro Regional da Pastoral da Criança. Participam do encontro coordenadores diocesanos dos estados do Pará, Amapá, Amazonas, Roraima e Maranhão, além de coordenadores da Pastoral da Criança Internacional na Colômbia.

Uma missa presidida pelo presidente do Regional Norte 2 da CNBB, dom Jesus Maria Cizaurre Berdones, encerrou os trabalhos do primeiro dia. Dom Jesus destacou a espiritualidade do apóstolo Paulo e a necessidade dos líderes e coordenadores da Pastoral da Criança terem abertura à inspiração do Espírito Santo para atuar na pastoral. "Em nossa vida as dificuldades não são poucas. Mas, a Palavra de Deus nos enche de coragem. Se aceitarmos a ação do Espírito Santo em nosso trabalho, assim como Paulo, vamos levar muito mais que ações, mas vamos a vida em plenitude", disse dom Jesus.

O bispo também fez uma breve reflexão sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que se realiza nesta terça-feira, 18, em todo o Brasil. Segundo dom Jesus, 80% dos crimes, de acordo com recentes estatísticas da CPI da Pedofilia, acontecem dentro de casa e são praticados por pessoas bem próximas da vítima, como pais, padrastos, vizinhos e pessoas conhecidas.

"A Igreja também está sofrendo com a descoberta de crimes dessa natureza. Daí a necessidade de fortalecermos nosso trabalho para que todas as crianças tenham vida em abundância e a vida dessas crianças está ligada às famílias, por isso é preciso direcionar o olhar para essas famílias", disse dom Jesus, que acompanha a Pastoral da Criança no Regional.
 

Fonte: CNBB
Local:Pará    

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Juventude contra o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes

SÃO PAULO - Indígenas Guarani Kaiowá recebem apoio dos indígenas da cidade

Em 07 de maio, representantes dos povos Guarani Nhandeva, Guarani Mbyá, Pankararu, Pankararé, Kariri e Fulni-ô, estiveram presentes na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), para dar apoio aos indígenas Guarani Kaiowá, do Mato Grosso do Sul (MS). Adilson Verá Mirim, Guarani Mbyá, da aldeia Tekoá Pyaú, em São Paulo, falou sobre a situação que vivem os indígenas na cidade. Disse que necessitam de um espaço maior para as crianças viverem e os indígenas de modo geral, terem uma melhor situação.

Para Mirim, não só o Brasil como toda a América do Sul era habitada pelos indígenas e assim, é preciso que os não indígenas reconheçam esta realidade histórica. “Não só o nosso grupo, em São Paulo, como também os Kaiowá que sofrem com a situação de violência, necessitam de terra, de um espaço maior. Apoiamos os Kaiowá. Somos nós, indígenas, irmãos e necessitamos lutar pelos nossos direitos”. 

Nessa mesma direção houve várias manifestações, em especial de Valdelice Verón, filha de Marcos Verón, assassinado em 2003, no MS. “Estamos escrevendo a nossa história, uma história de lutas, de resistência, de valores, de vida. Não queremos que continuem contando as mentiras como fizeram até agora, a respeito de nossos povos”. Em suas falas, ela desafiou as autoridades e representantes de organismos responsáveis por essa situação a irem viver alguns dias embaixo das lonas pretas à beira da estrada. “Duvido que agüentem dois dias”.

 “Assassinatos, invasão de terras, preconceito são apenas exemplos da Barbárie brasileira. Política Liberal que realiza a matança no Mato Grosso do Sul, mas que se estende de Norte a Sul do país. A Repressão policial e a Bandidagem, são apenas parte da cultura liberal que mata, destrói e realiza as mais diversas atrocidades contra os povos indígenas do Brasil”, disse Emerson S. Oliveira, Guarani Nhandeva, estudante de Ciências Sociais, na PUC-SP.

Eliseu Lopes, Kaiowá, da aldeia Kurusu Ambá, disse aos indígenas da cidade que é preciso se unir. “Para nós não importa a etnia diferente, porque somos indígenas e temos sido tratados iguais. As autoridades e fazendeiros que são contra nós, ao falarem sobre indígenas, querem se referir a todos e por isso, nós temos que nos unir e dizer isto à sociedade brasileira. Queremos que a justiça faça alguma coisa tanto para nós que estamos resistindo na base, como para vocês nossos parentes, que moram na cidade e que também precisam de ajuda”.

Para Egon Heck, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), do Mato Grosso do Sul, “o Povo Guarani na América do Sul é um grande exemplo daquilo que nós não fomos capazes de fazer enquanto nações, enquanto país e enquanto política, que é construir uma solidariedade mais ampla, além fronteiras, rompendo aquilo que são as grandes barreiras da convivência humana hoje”.

Fonte: Vanessa Ramos - Conselho Indigenista Missionário (CIMI), da Grande São Paulo.

A Luta dos indígenas Kaiowá e Guarani

MOVIMENTO INDÍGENA - Lideranças Guarani Kaiowá, representando 5 aldeias do Mato Grosso do Sul, pedem o apoio em São Paulo.

Nos últimos 06 a 08 de maio, uma delegação de lideranças Guarani Kaiowá, representando as comunidades Kurusu Ambá, Ypo´í, Laranjeira Nhanderu, Takuara e Nhanderu Marangatu, do Mato Grosso do Sul (MS), esteve em São Paulo para falar sobre o julgamento dos assassinos do cacique Marcos Verón e pedir apoio na luta da demarcação de suas terras, contra os despejos e as situações de violência vividas. 

No MS, existem 40 mil indígenas Guarani vivendo situações precárias e nas beiras das estradas, em apenas 40 mil hectares de terra. Para estas lideranças, a Nação e o estado têm que entender a situação em que vive o povo Guarani Kaiowá. “Chega de morrermos por um pedaço que é nosso”, apontam.

Egon Heck, missionário e militante há mais de 30 anos na causa indígena e atual coordenador do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) do Mato Grosso do Sul, acompanhou todas as agendas destas lideranças, na cidade São Paulo. Para Heck, “a negação da terra é o que gera a violência, as mortes e a impunidade”.

O Guarani Kaiowá, Amilton Lopes (Awá Apikaverá), 55 anos, da aldeia Nhanderu Marangatu, atua com mais intensidade no movimento indígena desde 1985. Como liderança mais velha da delegação, fala que se alegra ao observar as novas lideranças assumindo a fala e lutando para o bem de seu povo.

Lopes, inspirado no líder Marçal de Souza, Guarani assassinado em 1983, aponta que “a vinda destas lideranças para São Paulo foi para trazer a decisão do povo Kaiowá e Guarani do MS onde “têm ocorrido várias vezes a violência de matança que nunca foram solucionadas e explicar para as autoridades competentes, que não tomam as providências pelos crimes acontecidos no Mato Grosso do Sul, sobre a discriminação e a precariedade que é a vida dos indígenas no estado”.

ALIADOS

A vinda dos Guarani Kaiowá e sua intenção de sensibilizar a sociedade paulista e os órgãos públicos, ocorreu através da organização dos indígenas, juntamente com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) do MS e da Grande São Paulo, a Pastoral Indigenista de São Paulo, o Programa Pindorama da PUC/ SP, o Museu da Cultura da PUC-SP e o Núcleo de Estudos de Etnologia Indígena, Meio Ambiente e Populações Tradicionais (NEMA).

Participaram de reuniões com a Procuradoria Regional da República - 3ª Região, no Ministério Público Federal (MPF), e com a Defensoria Pública da União. Procuradores e defensores ouviram os relatos sobre a realidade das cinco comunidades do MS e as reclamações sobre o cancelamento do julgamento de Marcos Verón, os enfrentamentos em suas terras, os despejos, mortes e perseguições. Todos, expressaram que há limites no papel jurídico que desempenham, que admiram a capacidade de mobilização dos Guarani Kaiowá e que são contra a situação de violência que se intensifica contra esse Povo. 

Junto com indígenas que vivem na cidade de São Paulo, os Kaiowá estiveram no pátio do Museu da Cultura da PUC-SP, na projeção do vídeo Terra Negada, feito pelo CIMI MS e, com estudantes e professores universitários, fizeram o debate sobre as suas realidades. No curso A questão indígena: caminhos e desafios, organizado pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, pediram apoio para servidores públicos, indígenas, organizações sociais e estudantes de diferentes universidades.

Falaram, ainda, no evento Sábado Resistente, no Memorial da Resistência de São Paulo, para representantes de órgãos do poder público, do Núcleo de Preservação da Memória Política, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CONDEPE/SP), da Agência Afroétnica de  Notícias (AFROPRESS) e militantes do Movimento Negro que expressarem seu apoio e solidariedade.

FAZENDEIROS, PISTOLEIROS E POLÍCIA

“Por detrás de todo o conflito com os povos indígenas, desde a chegada dos europeus ao nosso Continente e mais ainda depois da criação do Estado Nacional brasileiro, sempre esteve essencialmente a disputa de terras, da concentração e monopolização da propriedade da terra e da exploração de suas riquezas. Hoje, mais que nunca, uma vez que o grande capital internacional volta-se para uma dinâmica fortemente concentradora de bens e riquezas, numa escala jamais conhecida ou experimentada”, explica Alípio Freire, Jornalista, Escritor e membro da Diretoria do Núcleo de Preservação da Memória Política.
Os Guarani Kaiowá expressaram que diversas usinas de etanol estão em construção, sendo previstas 60 novas usinas, a serem construídas em cima de seus territórios. “Tudo isso põem em perigo a nossa sobrevivência como povo Guarani, caso não sejam tomadas as providências imediatas de reconhecimento de nossos territórios”.

Catalino Verá, da tekoha Ypo’í, pai de Rolindo Verá, professor assassinado por conta dos conflitos de terra na região, fala sobre o corpo de seu filho que está desaparecido há meses. “Meu filho foi morto, jogado no rio como um cachorro. Nós somos uma família, um povo grande. Queremos saber se a justiça vai engavetar esse acontecimento”, questionou. “Como vocês estão pensando nosso caso? Enquanto vocês estão aqui, muitos de nós estão morrendo”, ressaltou.

Valdelice Verón, filha de Marcos Verón que foi assassinado, emocionou a todos no debate feito na PUC-SP quando pediu aos presentes que fechassem os olhos e seguissem a história que iria contar. Ela, com sua filha Arami, de um ano e meio, em seu colo, pediu que todos imaginassem sua aldeia, num dia de sol, as mulheres se banhando com as crianças no rio e um homem Guarani muito feliz, dizendo que aquele era dia de festa. De repente, com a chegada de um carro preto, este homem vai acolher aos que chegam e em troca lhe entregam tiros. Emocionada com este exemplo, lembra que umas das últimas falas de seu pai foi “Essa terra é nossa, eu vou morrer aqui, dessa terra eu não saio”.

Por conta da disputa de terras, ela diz que seu pai não foi o único assassinado em sua família. Relata que há muitos anos, a empresa Matte Larangeiras foi responsável por outros assassinatos de seus parentes. Com tristeza fala que sua irmã lhe disse, ainda há pouco, que sua vontade frente às questões em que vivem, é o suicídio.

Verón questionou nos espaços que participara se as pessoas sabem o que ocorre, de fato, em um despejo. “Primeiramente chegam os pistoleiros, algemam os homens, estupram as mulheres, machucam as crianças e cospem em nossa cara”, relata. “Depois vem a polícia, a FUNAI (...) mas, já chegam tarde”, completa. Ela, que não agüenta mais a violência nos territórios sagrados para o seu povo, pede: “Olhem para nós”.

No sentido das discussões sobre a disputa de terras e pensando em soluções, o Guarani Kaiowá, José B. de Almeida, afirma que seria importante se pudessem explicar à sociedade qual é a compreensão de Terra Sagrada que possuem. “Creio que a partir de um melhor diálogo com os quilombolas e sem-terra, que também sofrem opressão, poderia existir uma melhor união contra a violência de fazendeiros e o agronegócio na região”, ressalta.

JULGAMENTO

A importância da língua Guarani Kaiowá foi ressaltada pela delegação, por conta do julgamento, em São Paulo, encerrado no segundo dia, do caso Marcos Verón. Na ocasião, a juíza Paula Mantovani Avelino, declarou o impedimento de indígenas, vítimas e testemunhas, de se expressassem em sua própria língua. Assim, o julgamento foi protelado para fevereiro de 2011.

Michel Nolan, assessora jurídica do CIMI, disse que em todos os seus anos de trabalho nunca viu um procurador ou promotor fazer isso. Falou que o embate será duro, a luta muito difícil e que precisarão do apoio de toda a sociedade.

Questionada sobre o andamento dos processos que envolvem os povos indígenas, ela foi  sucinta “Nos casos em que os índios são réus, os processos são ágeis, as decisões rápidas e as penas duras. Quando se trata de processos em que os índios são as vítimas muitas vezes sequer são concluídos, são lentos e os culpados sequer são punidos”.

Para Freire, “além de todo o terror desencadeado contra o povo Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul, privá-los da sua língua, é privá-los de sua condição de sujeitos e de cidadãos. O direito à fala é a primeira conquista que nos torna sujeitos do nosso destino”, pontua.

REIVINDICAÇÕES

Em carta entregue ao poder público, os Kaiowá exigiram a conclusão da identificação e demarcação de todas as terras Guarani Kaiowá do MS, a providência urgente da FUNAI no caso da comunidade Kurusu Ambá, a punição dos assassinos de lideranças indígenas como os que mataram o professor Genivaldo Verá, o julgamento imediato dos acusados da morte de Marcos Verón, o empenho da Polícia federal para a localização do corpo de Rolindo Verá, o julgamento da Terra Indígena Nhanderu Marangatu, pelo Supremo Tribunal Federal e a rápida solução para a comunidade Laranjeira Nhanderu, despejada na beira da BR-163, desde setembro de 2009.

O coordenador do Programa Pindorama da PUC-SP, Benedito Prezia, afirma que a vinda dos indígenas Kaiowá do MS a São Paulo nos mostra uma realidade que estava escondida para a população paulistana, que diariamente convive também com situações de violência. “O que nos chamou a atenção, a partir dos relatos, foi a forma como esta violência é praticada, atingindo a população indígena de forma seletiva, eliminando lideranças tradicionais e jovens professores indígenas”, pontua.  Para Prezia, “chegamos à conclusão de que estes fatos revelam que ali esta se praticando um crime de genocídio e que o Estado brasileiro precisaria ser responsabilizado por isso”.

Para Heck, do CIMI MS, “o mínimo que podemos fazer hoje é estar ao lado deles e possibilitar com que eles possam articular a sua voz, a sua vez e lutar pelos seus direitos. É o que temos buscado através da presença solidária do CIMI. O que gostaria de destacar e admiro profundamente, é a capacidade, sabedoria e a profundidade vivencial e religiosa do Povo Guarani, que lhe permite atravessar esses 500 anos e chegar aqui em São Paulo, num processo de clamor, e ao mesmo tempo, num processo de afirmação da sua resistência, identidade, vontade e decisão de viver a sua maneira de ser Guarani e dentro de sua terra”. 

“Esperamos que a vinda destes indígenas nos leve a ações concretas, para pressionar o poder público a barrar a destruição deste povo, criando redes de solidariedade, como já ocorreu com outros povos indígenas no Brasil”, conclui Prezia.

Fonte: Vanessa Ramos - do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), da Grande São Paulo.

CEN 2010: Presidente da CNBB exorta jovens ao seguimento de Jesus

 "Meu irmão jovem, não tenha medo de seguir Jesus. Vale a pena deixar tudo e arriscar a própria vida para seguir Jesus". Com estas palavras, o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, exortou a juventude a seguir Jesus Cristo "como discípulos e missionários", na missa que presidiu na noite de ontem, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, por ocasião do 16º Congresso Eucarístico Nacional.

A missa da juventude foi precedida por uma longa caminhada dos jovens, saindo do Centro de Convenções Ulysses Guimarães até o local da missa. Após a missa, teve início uma vigília, na Esplanada dos Ministérios, com o Santíssimo Sacramento ficando exposto para adoração até às 6h deste domingo. Ao longo da noite, os grupos se revezaram na adoração.

Dom Geraldo conclamou os jovens a fazerem um encontro pessoal com Jesus Cristo. "Onde podemos encontrar Jesus?", indagou. "Jesus está na Palavra contida nas Sagradas Escrituras, transmitida pela Igreja e ensinada autenticamente pelo magistério", disse.

O arcebispo lembrou que Jesus está também "na Sagrada Liturgia; nos ministros que agem em seu nome [de Jesus]; nos sacramentos, especialmente, na Santíssima Eucaristia; na pessoa dos irmãos e irmãs, especialmente no menor, no pobre, no excluído, no sofredor".

O XVI Congresso Eucarístico, organizado pela arquidiocese de Brasília, terminou neste domingo, 16, com missa às 9:30h, na Esplanada dos Ministérios.


Fonte: CNBB
Local: Brasília - DF

sexta-feira, 14 de maio de 2010

48ª AG: Aprovada a Declaração sobre o PNDH-3 .

A Assembleia da CNBB, que terminou ontem em Brasília, aprovou uma Declaração sobre o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Ontem houve a sessão de destaques e de votação global da Declaração. O resultado da votação foi anunciado na manhã de hoje pelo presidente da CNBB. A Declaração recebeu 236 ‘sim’, num total de 248 votos. Isso equivale a 95% dos votantes.

Com apenas duas páginas, a Declaração começa reafirmando que a promoção e a defesa dos Direitos Humanos “fazem parte da mensagem bíblica e constituem parte da missão da Igreja Católica, em sua ação evangelizadora, especialmente, diante de violações que atentam contra a dignidade humana”.

A Declaração recorda, também, que a CNBB sempre atuou na defesa dos Direitos Humanos. “É oportuno lembrar aqui a luta empreendida pelos Bispos do Brasil em favor da redemocratização do País e sua ação efetiva contra o arbítrio e a tortura”, diz o documento.

Em relação ao PNDH-3, os bispos reafirmam o que já foi dito na nota da Presidência da CNBB. “Nas ações programáticas do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos  (PNDH-3), conforme é afirmado na Nota da Presidência da CNBB, de 15 de janeiro de 2010, encontramos “elementos de consenso que podem e devem ser implementados imediatamente”. Entretanto, identificamos também determinadas ações programáticas que não podem ser aceitas. Reafirmamos nossa posição, já muitas vezes manifestada, em defesa da vida e da família, da dignidade da mulher, do direito dos pais à educação religiosa e ética de seus filhos, do respeito aos símbolos religiosos, e contrária à prática e à descriminalização do aborto, ao “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, à adoção de crianças por casais homoafetivos e à profissionalização da prostituição”.
 

Fonte: CNBB
Local:Brasília (DF)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

África do Sul: esporte e espiritualidade

Em coincidência com a realização da Copa do Mundo de futebol na África do Sul, as relíquias de Santa Teresa de Lisieux do Menino Jesus serão expostas pela primeira vez no país, de 27 de junho até fins de setembro. O anúncio foi publicado no site www.churchontheball.com, criado pela Igreja sul-africana para ressaltar a importância da prática do esporte na vida espiritual das pessoas.

A peregrinação das relíquias é promovida por um grupo de jovens da paróquia de São Francisco de Assis em Yeonville, Johanesburgo, em colaboração com o Arcebispo da cidade, Dom Joseph Tlhagale.

Depois de permanecer de 27 de junho a 12 de julho na capital, as relíquias da Santa e Doutora da Igreja devem percorrer o “Trajeto Santa Teresa”, passando pelas províncias de Limpopo, Gauteng, Free State, Eastern Cape e Western Cape.

O site explica que “toda a Igreja na África do Sul espera que a presença das relíquias de Santa Teresa de Lisieux ajude os sul- africanos a reforçarem seu sim, a superarem seus desafios levando uma vida de fé, e seguirem a própria vocação como fez a Santa".

A chegada das relíquias será acompanhada por projetos e iniciativas especiais de paróquias, dioceses, escolas e conventos.

O Arcebispo de Durban, Cardeal Wilfrid Fox Napier, assinala, no site, que “a Igreja na África do Sul quer colher a ocasião da Copa do Mundo para evidenciar o importante papel que o esporte ocupa em nossa cultura africana”.
 

Fonte: Rádio Vaticano
Local: Johanesburgo

Nossa Senhora de Fátima

No dia  em que celebramos a memória da primeira aparição de Nossa Senhora para as três crianças - Jacinta, Franciso e Lúcia, no alto da carrasqueira. No alto da carrasqueira, envio esta singela foto de quando lá estive em 2008, como homenagem à Mãe de Fátima.

O maior momento é a procissão do ADEUS...Neste momento há uma mística e espiritualidade sem igual... eis a foto!

Na erudita homilia do Papa na missa deste dia 13 de maio de 2010, ele buscou apontar na experiência das aparições que passaram os pastorinhos todas as aproximações com as experiências de conversão que estão nas sagradas escrituras, cujos protagonistas passaram a demonstrar a fé inflamada pela chama de Jesus vivo.

A atualidade da Mensagem de Fátima impressiona diante da quantidade de fiéis que se aglomeram no recinto do Santuário.

Que sempre possamos ter na imagem de Nossa Senhora de Fátima a inesgotável fonte que nos inflame esta chama de Jesus vivo em nossos corações.

Ave-maria cheia de graça...

Oração a Nossa Senhora de Fátima

Santíssima Virgem,
que nos montes de Fátima
vos dignastes revelar aos três pastorinhos
os tesouros de graças que podemos alcançar,
rezando o santo rosário,
ajudai-nos a apreciar sempre mais
esta santa oração, a fim de que,
meditando os mistérios da nossa redenção,
alcancemos as graças que insistentemente
vos pedimos (pedir a graça).

Ó meu bom Jesus, perdoai-nos,
livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu
e socorrei principalmente
as que mais precisarem.

Nossa Senhora do Rosário de Fátima,
rogai por nós.

Fonte: Eduardo Gabriel

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ficha Limpa vence na Câmara e segue nesta quarta-feira (12) para o Senado

O projeto da Ficha Limpa segue nesta quarta-feira (12/05) para o Senado Federal, depois que os destaques votados foram rejeitados no plenário da Câmara dos Deputados na noite de terça-feira. 

Em reunião com as lideranças partidárias, ficou acordado que os deputados rejeitariam os destaques, permitindo que o texto seguisse para o Senado sem alterações. Hoje, às 11h30, o projeto será entregue simbolicamente ao presidente do Senado Federal.

Na avaliação da diretora da secretaria executiva do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Jovita José Rosa, a votação desta terça-feira é uma clara expressão da vitória da sociedade. "Simboliza que os 4 milhões de apoiadores venceram e que os deputados não tinham mais como resistir", disse. Rosa também afirmou que o projeto segue fortalecido para o Senado, onde o MCCE espera haver uma tramitação mais rápida.

O movimento comemorou o fim da votação na Câmara dos Deputados, acreditando que o Senado esteve atento à votação. A rede continuará articulada com os parlamentares e reafirmando a importância do projeto no cenário político nacional. "Nossa preocupação é com o que a lei irá proporcionar daqui para frente, tanto em relação à conduta de quem pretende concorrer a um mandato político quanto aqueles que votam. Toda a sociedade está ganhando com a Ficha Limpa", explicou a secretaria executiva, Cristiane Vasconcelos.


Fonte: Assessoria de Comunicação SE-MCCE
Local: Brasil

O grito no asfalto

O asfalto repica o eco do andar apressado de Valdelice com Aramy no colo. O formigueiro humano já não mais assusta. O centro de São Paulo é o espaço de pedido de socorro. "Temos a certeza de que aqui em São Paulo tem pessoas com alma grande para ouvir nosso clamor e pedido de socorro. No Mato Grosso do Sul não temos mais para quem recorrer..." desabafou uma das lideranças Kaiowá Guarani, na manifestação no Ministério Público Federal.

Mãe guerreira

"Como mulher fico orgulhosa e agradecida, diante da manifestação dessa mãe, indígena, mulher e guerreira. É dignificante para São Paulo ouvir o grito forte de vida, resistência e crença num futuro melhor trazido por vocês Kaiowá Guarani", disse a antropóloga Lucia Rangel , diante do depoimento contundente dos representantes desse povo no pátio do Museu na PUC.

Uma das estranhezas de Valdecile era o de não ver crianças naquela multidão de gente. Não via companhia para a pequena Aramy que carregava no colo o dia inteiro. Imaginava estar num cenário de guerra, em que as crianças deveriam estar guardadas em algum refúgio.

Como filha do cacique Marcos Verón, não cansou de chamar atenção para as barbaridades cometidas contra seu pai e repetidas em dezenas de vidas matadas na luta pela terra Kaiowá Guarani, nos últimos anos.  Lembrou em todos os momentos o covarde assassinato dos professores Guarani, Genivaldo e Rolindo, cujos familiares, pai e irmão, estavam presentes nesta delegação indígena em São Paulo. Lamentou que o julgamento dos assassinos de seu pai tivesse sido remarcado apenas para o dia 21 de fevereiro de 2011, sob a alegação de que a justiça federal de São Paulo não tem mais dinheiro para fazer o julgamento esse ano. "Isso é uma vergonha. Se fosse um fazendeiro morto pelos índios, o julgamento e condenação teria sido em seguida e os índios estariam mofando na cadeia..."

Quando Valdelice com Aramy no colo, chegaram à rodoviária de Dourados, juntamente com os restantes da delegação, recebeu um vaso de flores brancas, como homenagem singela a todas as resistentes e guerreiras mães Kaiowá Guarani no Mato Grosso do Sul. Com a certeza da missão cumprida dentro da luta que continua. Foi abraçar suas filhas e família na Terra Indígena de Dourados, nesse dia das mães.

Filhos da luta

"Enquanto tiver um Kaiowá Guarani de pé, a luta continuará", afirmou Apikaverá, diante de uma platéia atenta. Os estudantes e professores da PUC de São Paulo que por mais de duas horas viram cenas em video e ouviram  o depoimento lideranças, não apenas ficaram emocionadas e indignadas, mas certamente estarão buscando alguma forma de apoio e solidariedade com essa luta tão desigual mas dignificante desse povo.

"Chega de matarem nosso povo!Resistimos por mais de 500 anos e muito mais do que isso ainda vamos resistir!", disseram as lideranças no memorial da Resistência. "Estamos vivos", clamaram, diante dos representantes de movimentos  e lutadores sociais, especialmente do movimento negro. Ouviram o compromisso dos presentes em colaborar com a luta indígena "pois a luta de vocês é também a nossa luta, contra o latifúndio, contra a exploração e opressão, no campo e na cidade. Aceitara o convite de visitarem as aldeias Kaiowá Guarani. Ficaram de viabilizar uma delegação, juntamente com outras instituições de Direitos Humanos e combate à desigualdade racial.

Ao retornarem a seus espaços de vida, luta e resistência estão convencidos de que semearam gritos de socorro e esperança para a reconquista de suas terras e seu futuro com dignidade. Só lamentam não terem sido recebidos pelos desembargadores, pois é daí que partem muitas decisões com relação às suas terras. "Fomos muito bem recebidos em São Paulo. Agradecemos a todos e a todas as manifestações de solidariedade e apoio à nossa causa. Acreditamos que nosso grito no asfalto se transforme em sementes que farão brotar mais vida em nossas terras reconstruídas.


Fonte: Egon Heck - Movimento Povo Guarani Grande Povo
Local: Dourados - MS

 

terça-feira, 11 de maio de 2010

Romaria Jovem!

Romaria Jovem de Recife adere a Campanha contra extermínio dos jovens

No dia 16/05, domingo,  acontece a 20ª edição da Romaria Jovem do Recife. O evento é organizado pela Articulação da Juventude Salesiana do Nordeste e a cada ano reúne um grande número de jovens.  Baseando-se nas ultimas romarias, estima-se a participação média de 3.000 pessoas. A caminhada sairá do Parque 13 de maio, após celebração Eucaristica (8h30), rumo ao Colégio Salesiano.

O tema deste ano é “Maria caminha conosco”, com o lema “Juventude sonhando e suando, em marcha contra violência”. A escolha foi inspirada na Campanha Nacional contra a violência e o extermínio dos jovens*, promovida este ano pelas pastorais de Juventude do Brasil e com apoio do Setor Juventude da CNBB.

Além de Recife, outras  Romaria Jovens acontecem durante o mês de maio em algumas cidades do nordeste, como Juazeiro do Norte (CE), Natal (RN), Areia Branca (RN) e Maceió (AL).

 Em anexo, mais informações, incluindo o percurso e características do evento, juntamente com o cartaz de divulgação e contatos.

Fonte: Assessoria de Imprensa
Local:Recife   
 

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Congresso Eucarístico

Jesus Cristo nasce numa total doação de vida. É sacramento que nos une a Deus e nos permite entrar em comunhão dentro da comunidade. Então, a mais bela e verdadeira experiência de Deus acontece quando recebemos a comunhão eucarística na celebração do Senhor.

Acontecerá, em Brasília, DF, do dia 13 aos 16 de maio de 2010, o XVI Congresso Eucarístico Nacional, tendo como tema proposto "Eucaristia, Pão da Unidade dos discípulos missionários", e como lema "Fica conosco, Senhor!", citando Lucas 24,29. O momento é relevante para despertar em todo o Brasil o significado e o valor real da Eucaristia.

Agora é tempo de mobilização, de estudo do texto-base e de conhecimento de tudo que envolve a realização desse importante evento religioso eucarístico. Um deles é a celebração dos 50 anos da criação da Arquidiocese e da cidade de Brasília. É dar à sede administrativa do nosso país um espírito eucarístico e de comunhão.
A Eucaristia é o sol da vida, que revela o amor de Deus.


   
O amor para com a Eucaristia faz a pessoa amar o Sacerdócio e a Igreja. Não haveria Eucaristia sem a existência do Sacerdócio instituído por Cristo. "A Eucaristia faz a Igreja e a Igreja faz a Eucaristia". É impossível entender uma comunidade cristã sem a presença da Eucaristia, da Igreja e do Sacerdócio.

Existe uma profunda sintonia da Eucaristia com o gesto do Lava-Pés realizado por Jesus Cristo. Isto significa que a presença de Deus em nós nos faz missionários, prontos para o serviço ao irmão. É a força motora para as nossas ações concretas na construção do Reino de Deus, na comunidade e na sociedade.

Esse Congresso Eucarístico de Brasília quer mostrar que a vinda de Cristo é a fonte da unidade para vida de todo o ser humano. Ele reconcilia para a comunhão, reintegra as pessoas no seu relacionamento com a vida, com a política, com a economia, e com o meio ambiente etc. Que a Eucaristia seja integradora de todo o nosso país.



Fonte: CNBB - Dom Paulo Mendes Peixoto
Local: Brasil

Bento XVI saúda participantes do Congresso Eucarístico

O Congresso Eucarístico começa na quinta-feira, 13, após a Assembleia da CNBB que acontece na capital federal desde terça-feira, 4. O cardeal Cláudio Hummes é o enviado especial do papa para o Congresso.

Leia, abaixo, a saudação do papa ao povo brasileiro.
   
"Dirijo uma saudação especial ao povo brasileiro que vai se reunir na sua capital, Brasília, para celebrar o XVI Congresso Eucarístico Nacional, de quinta-feira a domingo próximos, com a presença do meu enviado especial, o Cardeal Dom Cláudio Hummes.

No lema do Congresso, aparecem as palavras dos discípulos de Emaús "Fica conosco, Senhor", expressão do desejo que palpita no coração de todo ser humano. Possais todos vós, pastores e povo fiel, redescobrir que o coração do Brasil é a Eucaristia. É justamente no Santíssimo Sacramento do Altar que Jesus mostra a sua vontade de estar conosco, de viver em nós, de doar-se a nós. A sua adoração leva-nos a reconhecer o primado de Deus, pois só Ele pode transformar o coração dos homens, levando-os à união com Cristo num só Corpo.

De fato, ao receber o Corpo do Senhor ressuscitado, experimentamos a comunhão com um Amor que não podemos guardar para nós mesmos: este exige ser comunicado aos demais para assim poder construir uma sociedade mais justa.

Por fim, estando próximo o encerramento do Ano sacerdotal, convido todos os sacerdotes a cultivarem uma espiritualidade profundamente eucarística a exemplo do Santo Cura D´Ars que, buscando unir o seu sacrifício pessoal àquele de Cristo atualizado no Altar, exclamava: «Como faz bem um padre oferecer-se em sacrifício a Deus todas as manhãs!».

E enquanto invoco, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, as maiores graças do céu para que alimentados pela Eucaristia, pão da Unidade, se tornem verdadeiros Discípulos Missionários, a todos concedo benevolente Bênção Apostólica"



Fonte:  CNBB
Local: Rádio Vaticano