sexta-feira, 29 de junho de 2012

Meios de comunicação: portas da fé

Encontro Ibérico das Comissões Episcopais de Comunicação Portugal-Espanha

Os bispos das Comissões de Comunicação das Conferências Episcopais de Portugal e da Espanha, atendendo ao convite do papa Bento XVI à Nova Evangelização, se reuniram para uma sessão de trabalho em Fátima, de 25 a 27 de junho de 2012, sobre o tema Meios de Comunicação: Portas da Fé.

Os bispos das Comissões de Comunicação das conferências episcopais portuguesa e espanhola afirmam que as conclusões do encontro 2012 pretendem “contribuir para uma renovada conversão ao Senhor Jesus e para o redescobrimento da fé, de maneira que todos os membros da Igreja sejam para o mundo atual testemunhas gozosas e convincentes do Cristo ressuscitado, capazes de indicar a porta da fé para tantos que estão em busca da verdade”.

Em primeiro lugar, as comissões afirmam: "Os meios de comunicação são o cenário cultural em que atuam os homens e as mulheres do nosso tempo". Os bispos constatam que "a comunicação está caracterizada, entre outras, pelas seguintes circunstâncias: a atividade comunicativa continua notavelmente condicionada pela situação econômica, ideológica e política; a crise econômica está ocasionando, ainda, a precariedade e, com frequência, a perda de trabalho dos profissionais, com prejuízo para todo o processo comunicativo e a conseguinte limitação do direito do público de conhecer a verdade. Na atividade informativa, com frequência, é verificada uma supremacia da imagem, que pode desviar a atenção da realidade objetiva. Há ocasiões em que o uso inadequado das tecnologias dificulta a reflexão, a formação de opinião e as relações pessoais e familiares; em muitos casos, as demandas induzidas das audiências constituem um fator determinante na configuração dos conteúdos que os meios de comunicação oferecem. Consideramos, porém, que, a partir de uma adequada visão ética, este não pode ser o critério decisivo, já que é preciso atender as necessidades das pessoas sem sacrificar em nenhum caso a verdade e o bem comum".

Em segundo lugar, sublinham que "os meios de comunicação, também para a Igreja, são o cenário cultural em que é necessário estar presente e desenvolver a missão. Não são meros instrumentos para a transmissão de uma mensagem. A Igreja deve estar presente neles com singeleza e clareza, em atitude dialogante".

Em terceiro lugar: "A comunicação é um elemento transversal das diversas estruturas eclesiais. Por isso, toda a ação pastoral da Igreja tem que ser mais comunicativa. A serviço desta missão estão os departamentos ou gabinetes de comunicação de uma diocese ou de uma conferência episcopal".

Além disso, os bispos afirmam que "a consideração eclesial da comunicação social tem uma dupla missão. Por um lado, a missão já tradicionalmente assentada, que se volta primordialmente à evangelização. Por outro, e ao mesmo tempo, a Igreja também deve projetar e trabalhar a própria imagem institucional e pública, que inclui as ações de governo dos seus pastores, para ser percebida de maneira adequada. Isto impõe uma consideração nova dos processos comunicativos da Igreja, que devem estar associados não só à missão evangelizadora, mas também à tarefa do governo pastoral".

"Dada a importância da comunicação social na configuração da pessoa e dos seus comportamentos, encorajamos os pais e educadores a continuarem formando os mais jovens no uso adequado e responsável dos meios de comunicação".

Por último, os bispos ibéricos incentivam "todos aqueles que trabalham na mídia a prosseguirem, empenhados em servir à dignidade da pessoa e à construção de uma sociedade mais livre, justa e solidária".

Respondendo ao chamamento de Bento XVI a renovar e atualizar os ensinamentos do Concílio Vaticano II como instrumento valioso no Ano da Fé, os bispos "propõem uma leitura atualizada e uma conveniente prática do Decreto Conciliar Inter Mirifica, sobre as comunicações sociais, e dos documentos que o detalham".

Fonte: Zenit
Local: Fátima - Portugal

Semana dos Povos Indígenas agora é lei em Osasco

Após três anos de muita luta permeada por reuniões, cartas, audiências e outras ações, o Povo Pankararé de Osasco, na Grande São Paulo, celebra uma grande conquista. No dia 22 de junho de 2012, foi sancionada pelo prefeito Emidio de Souza, a Lei Nº 4.538, que insere no Calendário Oficial do Município de Osasco a "Semana dos Povos Indígenas".

O Projeto de Lei Nº 7/2012 foi encaminhado pelo vereador Mário Luis Guide, a pedido e com assessoria do Fórum Permanente Intersetorial Indígena de Osasco, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi SP) e da comunidade Pankararé.

Pela Lei, serão realizadas atividades na Semana dos Povos Indígenas anualmente, no mês de abril, e terão como principais objetivos: o desenvolvimento de temas de interesse da cultura indígena, priorizando atividades nas áreas de cultura, lazer, saúde, educação, legislação, promoção e assistência social, enfatizando, além desses, outros assuntos relacionados à população indígena.

Assim, a programação do evento deverá incluir atividades que envolvam a população indígena e a sociedade de modo geral, com seminários, workshops, encontros, danças culturais, mostra de filmes, palestras sobre história e cultura indígena, ações que envolvam profissionais nas áreas de saúde, educação, jurídica e outras que proporcionem formação e informação.

Um dado importante é que as despesas decorrentes da execução dessa Lei contarão com dotações orçamentárias específicas do município.

É mais uma conquista na trajetória que potencializa a história e caminhada dos Povos Indígenas que vivem no meio urbano, na busca por políticas públicas que reconheçam seus direitos e atendam suas demandas específicas.

Fonte: Beatriz Catarina Maestri e Fernanda Azevedo / Cimi SP

Assessores da CNBB se reúnem em todo país com responsáveis pela evangelização jovem

Com o objetivo de integrar os responsáveis pela evangelização juvenil das dioceses, entre bispos e padres referenciais, além de leigos, os assessores nacionais da Comissão para a Juventude da CNBB, padre Carlos Sávio e Antônio Ramos do prado (Pe. Toninho), visitam, desde maio, os 17 regionais da Conferência dos Bispos por todo país.

Nesta quinta-feira, 28, os assessorem estão em Manaus (AM), onde também abordam temas como Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e preparativos; Semana Missionária que antecederá a JMJ em todas as dioceses; Campanha da Fraternidade 2013, cujo tema será Juventude; projeto "Bote Fé", com a peregrinação dos símbolos da Jornada, inclusive o Bote Fé na Vida; Dia Nacional da Juventude; Seminários Nacionais de Formação para jovens; e Jovens Conectados, como principal canal de comunicação para a juventude católica da Igreja no Brasil.

Com uma agenda certamente cheia, padre Sávio e padre Toninho se alegram pelo resultado das reuniões e afirmar que mais de 90% das dioceses brasileiras tem participado destes encontros. ”Isso ajuda a ter uma linguagem mais uniforme para os diversos assuntos e atividades que envolvem a evangelização dos jovens, além de ser uma ocasião de dirimir dúvidas das dioceses sobre eventos importantes que o Brasil tem presenciado, com todo esse caminho de preparação da JMJ”.

Até o momento, os assessores percorreram estados da região Norte, Centro Oeste, Sudeste, Nordeste e parte do Sul do Brasil. Até final de julho, visitam os estados restantes da região sul.

Semana Missionária

Este é um dos principais assuntos abordados na visita dos assessores aos regionais. De 17 a 20 de julho de 2013, as 276 dioceses do Brasil realizarão a Semana que tem como objetivo acolher peregrinos estrangeiros que chegarem ao Brasil antes da Jornada e de promover atividades culturais, missionárias e de espiritualidade.

Em outras JMJ, a Semana era chamada de “Dias nas Dioceses” ou “Pré-Jornada”, mas sempre tendo como meta oferecer aos jovens de outras nações uma experiência nas comunidades locais do país sede da JMJ.

Confira aqui uma apresentação explicativa da Semana Missionária e como ela pode ser organizada.

Fonte: http://www.jovensconectados.org.br

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Papa reconhece milagre de Nhá Chica e abre caminho para a beatificação

A cidade de Baependi (MG) acordou com um telefonema muito especial na manhã desta quinta-feira: era o postulador da causa de beatificação da Venerável Nhá Chica, Paolo Villotta. Da Itália, ele avisava que o Papa havia autorizado a promulgação do decreto que reconhece o milagre recebido por Ana Lúcia Meirelles por intercessão de Nhá Chica e a certeza de que a mineira de São João del Rei em breve será proclamada Beata.

Irmã Gertudres das Candeias, vice-diretora da Associação Beneficente Nhá Chica conversou com a Rádio Vaticano logo após receber a notícia:

“Eu estava fora de casa, hoje pela manhã, e as pessoas na rua começaram a me abraçar. Eu escutava foguetes, sinos. Quando eu cheguei em casa me disseram que foi um telefonema do postulador e a Igreja já estava cheia de gente. Então, nós começamos a agradecer, a rezar, a chorar, todos juntos na mesma alegria e emoção”.

Ana Lúcia Meirelles estava duplamente feliz já que a notícia do reconhecimento do seu milagre aconteceu justamente no dia de seu aniversário, comemorado nesta quinta-feira, 28 de junho.

“É uma emoção muito grande já que tudo isso acontece no dia do meu aniversário, mas principalmente pela nossa santa. Para mim, no meu coração, ela sempre foi santa”.

O Milagre

“Eu estava péssima, com hipertensão pulmonar. Tive uma isquemia na vista que me impossibilitou enxergar por alguns momentos. Uma isquemia transitória. Era um defeito congênito no coração que eu teria que operar por causa da hipertensão pulmonar e por causa do sangue que passava errado pelo coração. Então, a cirurgia foi marcada mas três dias antes eu tive febre e acabei não fazendo. Isso tudo, sob a proteção de Nhá Chica. Passados sete dias eu notei que eu só melhorava. Seis meses depois, por pressão dos médicos, eu voltei a fazer os exames pré-operatórios. E qual não foi minha alegria ao constatarem por um exame transesofágico que eu estava curada, sem hipertensão pulmonar e que já não havia mais aquela passagem de sangue que causava a hipertensão. Estou aqui há 17 anos, completamente curada, sem problema nenhum. Tudo isso sob a bênção da minha santa Nhá Chica”.

A data da beatificação de Nhá Chica ainda não foi divulgada. Para conhecer a obra da Associação Beneficente Nhá Chica, acesse http://www.nhachica.org.br/
 
Fonte: Rádio Vaticano
Local: Cidade do Vaticano

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Secretário-Geral da CNBB celebra a missa de encerramento da Semana do Migrante

Várias atividades marcaram a celebração da Semana do Migrante e o Dia Mundial do Refugiado, em Brasília (DF). Uma parte foi composta de atividades de lazer e integração social, como, por exemplo, o passeio ciclístico na cidade de Brasília, do qual participou o bloco dos refugiados, ganhando inclusive as bicicletas. Outra parte da celebração foi o Seminário "Migrações: a Pastoral do Migrante frente aos apelos da Igreja", realizado dia 16 de junho, promovido pela Pastoral do Migrante da arquidiocese de Brasília, em parceria com o Instituto Migrações e Direitos Humanos e o Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios, contando com o apoio da Cáritas Arquidiocesana de Brasília. Esta atividade marcou a abertura da celebração do Dia Mundial do Refugiado e da Semana Nacional do Migrante, cujo tema é "Migração e Saúde" e o lema "Conquistar direitos é defender a vida".

Estiveram reunidos agentes da pastoral, pastorais sociais e parceiros na causa das migrações, para refletirem o fenômeno das migrações no Distrito Federal, bem como a questão dos refugiados e a atenção aos haitianos que buscam em nosso País oportunidades de reconstruir sua vida.

O Seminário contou com a presença do arcebispo de Brasília, dom Sérgio da Rocha, que fez a abertura, sublinhando a importância de acolher o migrante em nossas comunidades, sermos solidários e testemunhas do amor de Cristo para com eles.

"A reflexão sobre o fenômeno das migrações enfocou o rosto da migração do DF e, sobretudo, qual é a missão da Pastoral do Migrante frente a todos os apelos das diversas faces da migração e dos refugiados. A missão da Pastoral é ser presença solidária e compassiva na vida de cada migrante, de cada refugiado e refugiada. Outro aspecto em destaque foi a particularidade do migrante haitiano, como um novo rosto que está marcando presença em Brasília. O desafio para a Pastoral do Migrante em Brasília é descobrir novas formas e modos concretos de atuação junto a estes que o Senhor nos confiou", disse a coordenadora da Pastoral do Migrante de Brasília, irmã Rosita Milesi.

Encerrando a semana, no dia 24 de junho, dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB e bispo auxiliar de Brasília, presidiu a missa na paróquia Nossa Senhora Mãe dos Migrantes, no Lago Oeste, Brasília (DF).

Em sua homilia, dom Leonardo aprofundou a reflexão em torno do constante movimento migratório de pessoas, tanto interno quanto internacional, e a importância de se defender sempre os direitos destas pessoas que muitas vezes migram por uma necessidade premente de tratamento de saúde, em busca de trabalho ou mesmo forçadas devido a questões ambientais, desastres naturais ou violência.

Padre Virgilio Leite Uchoa, pároco da paróquia Nossa Senhora Mãe dos Migrantes, agradeceu a visita de dom Leonardo e a presença de representantes de várias outras paróquias, além de diversas capelas e comunidades. Padre Virgílio disse que a Pastoral do Migrante tem um importante e valioso papel a cumprir em sua missão, na defesa dos pequenos, dos humildes, dos pobres, aqueles e aquelas que, com especial carinho, a Mãe dos Migrantes protege e abençoa como o demonstra a imagem, esculpida pelos Monges Beneditinos.

Fonte: CNBB

terça-feira, 26 de junho de 2012

5ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida luta pelos direitos do nascituro e lança campanha A Vida Depende do seu Voto

Defender a vida humana desde a sua concepção, colocando esses direitos no  Estatuto do Nascituro é o que busca o Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto.

Em busca de direitos e projetos que defendam a vida daqueles que ainda nem nasceram é que foi criado o Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto. Organização de natureza suprapartidária e supra-religiosa que defende a preservação da vida desde sua concepção, vem atuando com apoio de diversos atores sociais, entre eles a Igreja Católica, que, por meio da CNBB e da Pastoral da Família, contribui para seu fortalecimento no Brasil. “Contamos com o amplo apoio da CNBB em nossas ações, pois lutamos pela mesma causa: a vida”, comenta a Drª Lenise Garcia, presidente nacional da ação, doutora em microbiologia e imunologia e professora da Universidade de Brasília.

Para trazer mais força a luta a favor dos fetos, acontece hoje, em Brasília, a 5ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida que pretende levar ao presidente da Câmara Federal assinaturas da população que exigem a aprovação do Estatuto do Nascituro. “É importante que consigamos a efetivação desse estatuto o mais rápido possível, afinal nossa constituição hoje abre brechas tanto para o aborto quanto para a eutanásia”, comenta Lenise.

Durante a tarde de hoje, ainda será lançada a campanha A Vida Depende do seu Voto, que “divulga em nosso site os candidatos que aderem a vida e se comprometem com o cuidado com os nascituros”, afirma. Para conhecê-los basta acessar a lista no site Brasil sem Aborto (brasilsemaborto.com.br).
Sempre conselheiro dos ensinamentos de Jesus Cristo, Pe. Werenfried já afirmava que “pessoas que apoiam o assassinato de vidas antes do nascimento não são dignas de confiança quando levantam contra o aumento dos arsenais atômicos. Eles ameaçam a paz muito mais do que os enormes arsenais nucleares. Eles destroem a paz com Deus”. Os mais necessitados estão à espera.

Fonte: Catolicanet - Luiza Costa
Local:São Paulo (SP)

"Rios para a vida", clama Cúpula dos Povos

Cerca de 1.500 pessoas formaram, nesta terça-feira (19), um desenho de grandes proporções na Praia do Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro, simbolizando um indígena alçando um braço rumo ao sol e com a frase "rios para a vida", para manifestar sua rejeição às agressões contra a Amazônia e o meio ambiente.

A iniciativa foi impulsionada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), que luta pela conservação dos rios e reivindica o uso de energias limpas.
Ativistas de diversas partes do mundo acompanhados de centenas de índios brasileiros realizaram a ação ao lado da Cúpula dos Povos, evento alternativo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Participaram da ação os missionários da Consolata, Jaime C. Patias, diretor da revista Missões, Corrado Dalmonego que trabalha na Missão Catrimani com os Yanomami e Laurindo Lazzaretti da coordenação do Conselho Indigenista Missionário - Cimi Norte 1.

Os organizadores explicaram que, com este desenho - só compreensível se visto de cima - queriam simbolizar a importância do conhecimento indígena para o desenvolvimento sustentável dos países. O artista John Quigley e um comitê de índios brasileiros desenharam a imagem, que foi fotografada por uma câmera guiada por controle remoto que sobrevou a praia.

O mesmo grupo realizou na sexta-feira passada (15) uma ocupação simbólica da região amazônica onde se constrói a hidrelétrica de Belo Monte para chamar a atenção da Rio+20 sobre o dano que a obra causará ao meio ambiente.

Fonte: Revista Missões - Jaime C. Patias, Cúpula dos Povos na Rio+20

O Papa aos Bispos da Colômbia: “É indispensável despertar em todos os fiéis a consciência de serem discípulos e missionários de Cristo”

 "A Colômbia não é estranha às consequências do ‘esquecimento’ de Deus. É indispensável, portanto, despertar em todos os fiéis a consciência de que são discípulos e missionários de Cristo, nutrindo as raízes de sua fé, reforçando sua esperança e reforçando seu testemunho de caridade”. Esta foi a recomendação feita pelo Santo Padre Bento XVI aos Bispos da Colômbia, recebidos em audiência em 22 de junho, no âmbito de sua visita Ad Limina Apostolorum. O Papa recordou os esforços realizados nos últimos anos pela Conferência Episcopal e pelos Bispos locais para “promover uma corrente de nova e fecunda evangelização” e exortou a seguir as linhas elaboradas pelo Plano Global da Conferência Episcopal (2012-2020). Dentre as situações a levar em séria consideração, o Papa citou “o crescente pluralismo religioso” e “a presença sempre mais ativa de comunidades pentecostais evangélicas”. “Neste sentido, é evidente que o povo de Deus é chamado a purificar-se e a revitalizar a sua fé” – exortou o Pontífice, que especificou: “Trata-se, portanto, de ser fiéis melhores, com mais compaixão, afáveis e acolhedores em nossas paróquias e comunidades, a fim de que ninguém se sinta distante ou excluído. É preciso potenciar a catequese, dirigindo uma atenção especial aos jovens e adultos; preparar as homilias com zelo, assim como promover o ensinamento da doutrina católica nas escolas e nas universidades... É igualmente importante fazer apelo à tradição eclesial, incrementar a espiritualidade mariana e zelar pela rica diversidade devocional. Facilitar a relação serena e aberta com os outros cristãos sem perder a própria identidade pode contribuir também para melhorar as relações com eles e a superar a desconfiança e atritos não necessários”.

Em seguida, Bento XVI convidou os Bispos a continuarem próximos “daqueles que estão privados de liberdade por causa da violência injusta”, “a assistir aqueles que estão na provação, de modo especial as vítimas de desastres naturais, os mais pobres, camponeses, doentes e aflitos”. “Não se esqueçam também daqueles que devem emigrar de seus países porque perderam seus empregos ou não conseguem encontrar um; daqueles que têm seus direitos fundamentais pisoteados e são obrigados a deixar suas casas e abandonar suas famílias sob a ameaça da mão obscura do terror e da criminalidade; ou daqueles que caíram na rede infausta do comércio de drogas e de armas”. Concluindo seu discurso, o Pontífice recomendou “favorecer nos fiéis o encontro pessoal com Jesus Cristo, de modo que rezem e meditem com assiduidade a Palavra de Deus e participem de modo mais digno e fervoroso dos sacramentos, celebrados segundo as normas canônicas e os livros litúrgicos”.

Fonte: Rádio Vaticano

Bispos da Amazônia celebram 40 anos do documento de Santarém

Está tudo pronto para o encontro que vai reunir os bispos da Amazônia em Santarém (PA), entre os dias 2 e 6 de julho. O 10ª Encontro da Igreja na Amazônia será realizado no Seminário São Pio Décimo e destacará o tema: Cristo Aponta para a Amazônia. Estão confirmadas as presenças do Secretário Geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, além do presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, cardeal Cláudio Hummes.

Participam do encontro os bispos das dioceses dos três regionais da CNBB na região da Amazônia: Norte I (norte do Amazonas e Roraima); Norte 2 (Pará e Amapá) e Noroeste (Rondônia, Acre e sul do Amazonas).

O ponto central é a reflexão da ação evangelizadora da Igreja na Amazônia nos últimos 40 anos, que tem como base o “Documento de Santarém”, elaborado em 1972. Também serão apresentadas sugestões para uma Evangelização Encarnada, Missionária e Profética na Amazônia para os próximos cinco anos.

Está prevista a elaboração de uma carta ao Povo e aos Governadores dos Estados da região amazônica, e outra ao Papa Bento XVI, com os resultados do evento.

A cobertura das atividades do evento vai estar disponível através do endereço www.encontrodosbisposdaamazonia.blogspot.com.br.

Com informações de Ercio Santos (Pascom / Diocese de Santarém)

Fonte: CNBB

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Encontros Regionais reúnem alunos do Curso de Formação Política

A reflexão sobre as próximas eleições, com base na cartilha “Eleições Municipais 2012: cidadania para a democracia”; e os Cinquenta anos do Concílio Vaticano II, está na pauta dos encontros das turmas do Curso de Formação Política para Cristãos Leigos (CEFEP). O mais recente, nos dias 15 e 16 de junho, foi em Juazeiro do Norte (CE).

O evento, de caráter regional, reuniu 21 participantes de sete estados do nordeste brasileiro, que atuam como agentes de pastoral ou em movimentos sociais. Entre eles, três serão candidatos a vereador nas próximas eleições.

As dificuldades enfrentadas na realidade de cada região são parte importante do curso. De acordo com o membro da equipe de coordenação do CEFEP, Antônio Geraldo Aguiar, “a partilha possibilitou o conhecimento de como a política vem acontecendo em muitos estados, inclusive com muitos casos de corrupção”.

A iniciativa conta com a parceria da Coordenação Central de Educação a Distância (CCEAD), da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Nesta última edição, os alunos também discutiram os temas das monografias que serão entregues, com temáticas como ecumenismo e migração da juventude.

Estão previstos, ainda, mais três encontros regionais com os participantes do curso do CEFEP: 30/06 e 01 de julho, em Maringá, com os alunos de São Paulo, Paraná e Santa Catarina; 7 e 8 de julho, em Belo Horizonte, para os alunos de Minas Gerais e Espírito Santo; 21 e 22 de julho, em Goiânia, para os alunos de Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Distrito Federal.

Fonte: CNBB

Egito: Bispo católico diz que vitória de candidato da Irmandade Muçulmana nas presidenciais é "positiva"

O bispo copta católico de Luxor encara com serenidade a vitória nas eleições presidenciais de Mohammed Mursi, o candidato da Irmandade Muçulmana.

"Considero positiva a vitória de Mohammed Mursi, com a esperança de que todos trabalhem agora num espírito de cooperação para renovar o país", afirmou D. Youhannes Zakaria à agência católica Fides.

O primeiro discurso de Mursi como presidente eleito foi também avaliado favoravelmente pelo bispo de Luxor, uma das mais importantes regiões turísticas do Egito devido à sua herança arqueológica.

"As suas palavras dão tranquilidade, em particular a declaração de querer ser o presidente de todos os egípcios, de melhorar a economia através do impulso ao turismo", disse o prelado.

D. Youhannes Zakaria prevê que a economia vai tornar-se um dos principais desafios de Mohammed Mursi, que obteve 51,7% dos votos, contra 48,3% do seu opositor, Ahmed Shafiq.

O prelado adiantou que na província de Luxor, 650 km a sul do Cairo, "a maioria votou em Ahmed Shafiq, já que era considerado o candidato mais adequado para tranquilizar os turistas".

"A Irmandade Muçulmana fez algumas declarações preocupantes a respeito do turismo durante a campanha mas há que distinguir entre a propaganda eleitoral e as ações concretas que devem ser tomadas quando se está no governo", acrescentou.

O desemprego é para D. Youhannes Zakaria um dos principais problemas do país: "Aqui, em Luxor, com a queda do turismo quase toda a população está sem trabalho. A sociedade egípcia está tranquila mas agora, depois das palavras, quer ver os atos".

Fonte: Agência Ecclesia

CNBB adverte em Nota: “a sociedade espera e exige a investigação de toda suspeita de corrupção”

Os membros da Presidência da CNBB apresentaram na manhã desta sexta-feira, 22 de junho, Nota Oficial da Conferência a respeito da ética pública manifestando indignação e perplexidade da sociedade brasileira diante de fatos políticos e administrativos que contrariam a ética pública e o bem comum.

Essa situação “chega mesmo a colocar em xeque a credibilidade das instituições, que têm o dever constitucional de combater a corrupção e estancar a impunidade”, destaca a Nota. Os bispos também lembraram um trecho de um documento da Conferência, Ética, Pessoa e Sociedade, publicado há 19 anos no qual se perguntava: “como não denunciar a grande criminalidade dos que desviam, em proveito pessoal, enormes somas dos órgãos públicos, provocando escândalo e revolta, muitas vezes impotente, da parte dos humildes, a quem estavam destinados esses bens?”.

Outro aspecto lembrado foi a pergunta sobre a impunidade: “como não solicitar que os crimes mais graves sejam punidos e que a lei não seja severa apenas com os pequenos infratores, sem jamais atingir os poderosos e espertos?”. Os bispos reafirmam ainda, nesse questionamento de 1993, uma pergunta sobre a capacidade da população de continuar acompanhando tudo sem ter uma resposta firme e rápida da Justiça: “como tolerar que a um grande número de denúncias comprovadas de corrupção e prejuízo dos cofres públicos não corresponda a igual número de punições e ressarcimentos? A impunidade é um incentivo constante para novos crimes e novas violências”.

Quase duas décadas de passaram da publicação desse documento, e a situação continua sugerindo as mesmas preocupações. A Nota afirma: “O senso de justiça, sempre presente na consciência da nação brasileira, é incompatível com as afrontas ao bem comum que logram escapar às penas previstas, contribuindo para generalizada sensação de que a justiça não é a mesma para todos”.

Na Coletiva, bispos ainda reapresentaram a Nota sobre a Rio + 20 que havia sido divulgada no dia 20 de junho.

Leia a Nota na íntegra sobre a ética pública:

Nota da CNBB sobre a ética pública

“Ai dos que fazem do direito uma amargura e a justiça jogam ao chão” (Am 5,7)


Fatos políticos e administrativos, que contrariam a ética pública e o bem comum, têm sido fartamente divulgados pela Imprensa, provocando uma reação de indignação e perplexidade na sociedade brasileira. Chega-se mesmo a colocar em xeque a credibilidade das instituições, que têm o dever constitucional de combater a corrupção e estancar a impunidade, que alimenta tal prática.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, solidária a este sentimento que inquieta a população, vem, através do Conselho Permanente reunido em Brasília de 20 a 22 de junho, manifestar, mais uma vez, sua grave preocupação com estas suspeitas de violação aos princípios da moralidade e da legalidade consubstanciados na Constituição Federal.

Já em 1993 a CNBB questionava: “Como não denunciar a grande criminalidade dos que desviam, em proveito pessoal, enormes somas dos órgãos públicos, provocando escândalo e revolta, muitas vezes impotentes, da parte dos humildes, a quem estavam destinados esses bens? Como não solicitar que os crimes mais graves sejam punidos e que a lei não seja severa apenas com os pequenos infratores, sem jamais atingir os poderosos e espertos? Como tolerar que a um grande número de denúncias comprovadas de corrupção e prejuízo dos cofres públicos não corresponda igual número de punições e ressarcimentos? A impunidade é um incentivo constante para novos crimes e novas violências” (CNBB, Ética, Pessoa e Sociedade, n. 143, 1993).

O senso de justiça, sempre presente na consciência da nação brasileira, é incompatível com as afrontas ao bem comum que logram escapar às penas previstas, contribuindo para a generalizada sensação de que a justiça não é a mesma para todos. Todo cidadão tem o direito à correta gestão de assuntos e serviços públicos, afastando-se a deletéria, porque corrupta, conduta dos governantes de tratar a coisa pública, o patrimônio e negócios públicos, como objetos pessoais postos a usufruto particular e partidário, e à satisfação de caprichos egoístas.

A sociedade brasileira espera e exige a investigação de toda suspeita de corrupção bem como a consequente punição dos culpados e o ressarcimento dos danos. O que temos assistido, no entanto, parece apontar em direção oposta quando muitos fatos, no passado e no presente, ficam sem solução e caem no esquecimento. Isso explica o crescente desencanto da sociedade com as instituições públicas. Os mecanismos que têm a responsabilidade de passar a limpo as corrompidas estruturas do país caem no descrédito e ficam desmoralizados se não cumprem o papel a que se destinam. Nenhum outro interesse pode subjugá-los senão o do resgate da ética no trato com a coisa pública.

Reafirme-se que a força dos três poderes da Repúbica está na sua harmonia, no pleno respeito à sua correspondente independência e autonomia. Os que respondem diretamente por seu funcionamento, no entanto, nunca se esqueçam de que o poder que exercem provém da sociedade.  Da mesma forma, o agente político se recorde de que é seu dever ultrapassar as fronteiras político-partidárias, as condicionantes de oposição-situação, para colocar-se a serviço do Estado e da sociedade, sem confundir jamais o público com o privado, o que constituiria grave ofensa à legislação e desrespeito à sociedade.

No compromisso de construir uma sociedade justa e solidária, inspire a todos a palavra de Jesus Cristo: “Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não. O que passa disso vem do Maligno” (Mt 5,37).

Que Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, abençoe nosso povo e anime sua esperança!

Brasília, 22 de junho de 2012

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Fonte: CNBB

Reunião em Belo Horizonte traça novos capítulos para o subsídio do Setor Universidades

Os integrantes do Setor Universidades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se reuniram em Belo Horizonte (MG), de 20 a 22 de junho, na casa das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora, para dar continuidade à elaboração do subsidio das Linhas Gerais da Ação Evangelizadora nas Instituições de Ensino Superior.

Em 2006, sendo bispo referencial do Setor, dom Eduardo Benes de Sales, arcebispo de Sorocaba (SP), preparou um pequeno texto intitulado: “Ação Evangelizadora no meio Universitário”, na qual se recolhiam as experiências existentes no meio universitário e se apontavam, como eixos desta ação, o serviço, o diálogo, o anúncio e testemunho de comunhão eclesial. O texto foi publicado pelas Edições CNBB, no subsídio “Pastoral Universitária”, por motivo do 1º Encontro Brasileiro de Universitários Cristãos (EBRUC), que aconteceu em Belo Horizonte, de 10 a 12 de outubro de 2010.

“Na caminhada de aproximação e diálogo com as diferentes expressões da ação evangelizadora no meio universitário, surgiu a necessidade de construir juntos umas linhas gerais, umas pistas de atuação que ajudassem a todos a identificar e fosse um subsídio para  aqueles que iniciam uma ação evangelizadora na Universidade”, explicou a assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação, da CNBB, irmã Maria Eugênia Lloris Aguado.

Na reunião desta Comissão, em 2009, um pequeno grupo traçou os elementos fundamentais, esquema prévio com os elementos fundamentais que deveriam ser tratados e que eram consenso de todos. Com um primeiro texto, publicado em fevereiro de 2011, na cidade de Curitiba (PR), 40 representantes das Pastorais Universitárias debateram e foi traçado um programa de trabalho chegando à segunda versão do texto: “Linhas Gerais da Ação Evangelizadora nas Instituições de Ensino Superior”.

Neste final de semana, 23 e 24 de junho, dando continuidade ao processo de construção a Comissão decidiu que os dois primeiros capítulos serão disponibilizados on-line.

O encontro contou com a presença do presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães; do bispo referencial do Setor Universidades, dom Tarcísio Scaramussa; do bispo referencial para a Educação no Regional Centro-Oeste da CNBB, dom Waldemar Passini; e da assessora do Setor Universidades, Irmão Maria Eugênia, além dos colaborados do Setor e da Comissão.

Dom Tarcísio Scaramussa abriu o debate apresentando o plano para o Setor para os anos de 2011 a 2015. Já dom Joaquim Giovanni Mol participou na tarde do sábado, 23, nos debates, com contribuição de aproximação das urgências das diretrizes às Instituições de Ensino Superior, propondo a vivência de comunidades de fé em pequenos grupos de interesse.

“O mais importante neste processo é a comunhão que nasce a cada dia mais forte, o Espírito que anima os esforços de afinar a linguagem, e chegando a conceitos que são consenso e que permite a comunhão nas nossas diferenças. O Setor nasceu como espaço de comunhão e de dialogo confirmando a sua missão em experiências como estas, em espaços de reflexão e dialogo que contribuem para uma pastoral de conjunto. O Setor e as Pastorais tecem a sua história, entrelaçando as linhas da sua ação evangelizadora”, expressa a assessora do Setor, irmã Maria Eugenia.

Fonte: CNBB

Caminhada - Silêncio - Palavra


domingo, 24 de junho de 2012

Ativistas da América Latina, África e Ásia realizam marcha para chamar atenção de chefes de Estado da Rio+20

Na manhã do dia, (20), as atividades da Cúpula dos Povos no Aterro no Flamengo (RJ) foram interrompidas para dar espaço ao Dia de Mobilização Global, quando todos os\as participantes foram cobrar nas ruas suas demandas aos chefes de Estado que já se encontram na cidade para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

Além de acontecer no Rio de Janeiro, o Dia de Mobilização também está sendo realizado em diversos países como Peru, Venezuela, Cuba, Guatemala, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Uruguai, Argentina, França, Alemanha e Áustria.

No Rio, o Dia de Mobilização teve início nesta manhã com uma marcha na Vila Autódromo, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A manifestação foi uma forma de prestar solidariedade à luta da população da Vila, que corre o sério risco de ser despejada para dar espaço a obras que vão beneficiar as Olimpíadas de 2016.

Pela tarde, por volta das 14h, a concentração começou a mudar sua direção. Os\as manifestantes seguiram para a Avenida Rio Branco com a Presidente Vargas, para a grande marcha em Defesa dos Bens Comuns e Contra a Mercantilização da Vida.

A mobilização reuniu movimentos, organizações, coletivos e frentes de mulheres, jovens, trabalhadores, além de ambientalistas, religiosos, indígenas, funcionários públicos, estudantes, ativistas pela liberdade de comunicação, quilombolas e mais uma gama de pessoas dispostas a dizer não ao capitalismo, ao racismo, à venda desenfreada de armas, ao machismo, aos agrotóxicos, à economia verde e repudiar todas as promessas não cumpridas na "Rio menos 20", como veio sendo chamada a Conferência das Nações Unidas.

Por outro lado, os manifestantes também usaram a caminhada de mais de dois quilômetros para dizer sim à preservação ambiental, ao respeito à Mãe Terra, à política nacional de meio ambiente, ao direito dos povos indígenas de serem consultados sobre as intervenções em suas terras tradicionais, sim ao direito das mulheres de decidirem sobre seu corpo, sim à agroecologia, ao Bem Viver e ao consumo consciente.

Com faixas, cartazes, placas, trio elétrico, pinturas no rosto ou fantasiados de Dilma Rousseff e da senadora Kátia Abreu, cada grupo buscou um jeito de chamar atenção. AONG World Future Council levou para a marcha o ‘tanque de pão' para lembrar que trilhões são gastos anualmente com armamentos enquanto milhares de pessoas morrem de fome. Já os indígenas Xavante, buscando chamar atenção para a urgência na desintrusão de suas terras, esboçaram uma cerimônia e carregaram nas costas um tronco de árvore.

Segundo estimativa da Polícia Militar do Rio de Janeiro, cerca de 10 mil pessoas se concentraram nas ruas do Centro da cidade, no dia em que começou oficialmente a Rio+20. A ação foi uma forma de dizer em coro o quanto a população mundial está decepcionada com o documento que chegou às mãos dos chefes de Estado e que deveria nortear as políticas ambientais internacionais para os próximos anos.

Os objetivos oficiais dessa marcha se concentram em quatro pilares, que são: expor e denunciar as causas estruturais da crise e as falsas soluções que seus criadores querem nos impor para refundar o capitalismo; promover as soluções reais dos povos para erradicar a injustiça social, econômica e ambiental; visibilizar as lutas dos povos contra o avanço do capital em todos os territórios, no campo, na cidade, nas zonas costeiras e em todos os lugares; e avançar na articulação dessas lutas para progredir na construção do poder popular.

Fonte:Natasha Pitts - Adital

sábado, 23 de junho de 2012

Crianças e adolescentes em situação de risco: novos cenários exigem novas respostas

Foi inaugurado em 20 de junho, em Quito, o fórum "Crianças e adolescentes em situação de risco na atual realidade sociopolítica do Equador". Patrocinado pela Universidade Politécnica Salesiana do Equador UPS, que hospeda os trabalhos, e pelo Projeto Salesiano Equador, o fórum, que se concluirá em 22 de junho, pretende ser um espaço de análise profunda das questões que levam meninos, meninas e adolescentes a se encontrarem em situações de risco no contexto sociopolítico atual do país, além de confrontar e planejar como responder, a partir do público e privado, para garantir o respeito pelos direitos dos menores.
Segundo informações enviadas à Agência Fides, em seu discurso de abertura do fórum, o Reitor da Universidade Politécnica, Pe. Javier Herran, sdb, recordou que a questão apresenta novos cenários do que antes: "Hoje, o Estado está presente, legisla a partir de uma visão de desenvolvimento e do país, intervém, autoriza atividades privadas, mas regula suas ações. Tudo isso é enquadrado no respeito dos acordos internacionais, na definição de direitos, nos planos de desenvolvimento ". No entanto, disse o reitor, "a realidade de crianças e adolescentes em situação de risco continua a estar presente, e a solução das causas que a determinam não parece fácil".

Pe. Francisco Sánchez, Coordenador do Projeto Salesiano Equador, realiza suas atividades com crianças e meninos de rua desde 1977. Atualmente, o projeto está presente em 7 cidades (Quito, Guayaquil, Cuenca, Esmeraldas, Santo Domingo, Ambato e San Lorenzo) e lida com cerca de 5.000 crianças e adolescentes, trabalhando para a prevenção, a restituição e o exercício dos direitos das crianças e adolescentes. Além da ação direta com crianças, adolescentes e famílias, é também engajado no desenvolvimento de estratégias institucionais e interinstitucionais de análise e debate sobre tais questões. Em sua palestra, Pe. Francisco Sánchez recordou que "o tempo presente vivido pela sociedade equatoriana e latino-americana, nos desafiam a compreender e enfrentar urgentemente as mudanças que ocorrem no pleno social e político, e que, evidentemente, envolvem o mundo da infância, e naturalmente têm suas repercussões sobre crianças e adolescentes que vivem em situações de alto risco ou elevada vulnerabilidade (vida de rua, maus-tratos, exploração do trabalho, violações, drogas...). Neste contexto, assumimos o desafio e responsabilidade de criar, no campo institucional e da sociedade civil, as oportunidades de reflexão que orientam as atividades e modelos institucionais. Para esse objetivo, é essencial contar com a participação de todos os protagonistas envolvidos neste problema, e que, obviamente sejam também parte ativa das mudanças necessárias e das inovações institucionais".

Fonte: Agência Fides
Local: Quito - Equador

Vaticano apresenta programa do «Ano da Fé»

Iniciativa procura responder a «pobreza espiritual» no mundo contemporâneo.

O presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização (CPPNE), organismo da Santa Sé, apresentou hoje o ‘Ano da Fé', convocado por Bento XVI, que vai decorrer entre outubro de 2012 e novembro de 2013.

Numa conferência de imprensa que decorreu no Vaticano, o arcebispo D. Rino Fisichella disse que "é necessário poder ir para além da pobreza espiritual em que se encontram muitos dos nossos contemporâneos, os quais não percebem a ausência de Deus da sua vida como algo que deveria ser colmatado".

"Este ano insere-se num contexto mais amplo, marcado por uma crise generalizada que também atinge a fé", sublinhou.

O presidente do CPPNE aludiu às consequências do secularismo nas sociedades contemporâneas, defendendo que "a crise de fé é expressão dramática de uma crise antropológica que deixou o homem entregue a si mesmo".

"O Ano da Fé quer ser um caminho que a comunidade cristã oferece aos que vivem com nostalgia de Deus e com o desejo de o encontrar de novo", asseverou.

D. Rino Fisichella apresentou o calendário dos eventos centrais que vão decorrer em Roma, ao longo da iniciativa, a começar pela celebração de abertura, a 11 de outubro, na Praça de São Pedro, Vaticano, com os bispos presentes no Sínodo que vai estar a decorrer, os presidentes das Conferências Episcopais e participantes no Concílio Vaticano II (1962-1965), que se iniciou nesse dia, há 50 anos.

Ao longo de mais de 13 meses, vão ser recordados de forma particular os religiosos e religiosas (2 de fevereiro de 2013), os jovens que se preparam para o Crisma (28 de abril), a piedade popular (5 de maio), a celebração da Eucaristia (2 de junho, festa do Corpo de Deus), os seminaristas (7 de julho), os catequistas (27 de setembro) e as "realidades marianas" (13 de outubro).

A 18 de maio do próximo ano, vigília de Pentecostes, haverá um encontro de movimentos eclesiais "antigos e novos", na Praça de São Pedro.

O dia 16 de junho vai ser dedicado ao testemunho do ‘Evangelho da Vida', apresentando a Igreja Católica como "promotora da vida humana" e defensora da "dignidade da pessoa desde o primeiro instante até ao seu último momento natural".

De 23 a 25 de julho vai decorrer a próxima Jornada Mundial da Juventude, na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

O Ano da Fé vai concluir-se a 24 de novembro de 2013 e assinala os 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e o 20.º aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica.

A iniciativa inclui ainda a realização de eventos culturais, entre os quais uma exposição sobre São Pedro, no Castelo Sant'Angelo (Roma) e um concerto na Praça de São Pedro, a 22 de junho do próximo ano.

O presidente do CPPNE apresentou ainda o logótipo deste ano, uma barca, "imagem da Igreja", cujo mastro é uma cruz com as velas enfunadas e o trigrama IHS, símbolo do nome de Jesus.

O Ano da Fé tem também uma página na internet, www.annusfidei.va, em várias línguas, e no início do próximo mês de setembro vai ser publicado um "subsídio pastoral".

 

Fonte: Agência Ecclesia

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Dez horas de oração dos jovens contra a crise

Chega a 6° edição da Assembléia Eucarística Nacional no Circo Massimo

Uma noite toda diante do Santíssimo Sacramento, com centenas de jovens que rezam para que a crise termine, em suas vidas e no mundo.

Este ano o encontro com a Assembléia Eucarística Nacional no ‘Circo Massimo’ em sua sexta edição acontecerá dia 23 de junho na Basílica de Santa Anastasia.  Às 21:00 está previsto a Santa Missa, celebrada por Dom Matteop Zuppi, novo bispo auxiliar de Roma para o setor Centro e animada pelo grupo Sentinelle dal Mattino. Às 22:15 será a abertura da Assembléia Eucarística.

À meia-noite acontecerá a procissão eucarística que atravessará o ‘Circo Massimo’ e continuará pelas ruas adjacentes. À 01.00 recomeça a adoração eucarística, que prossegue até o amanhecer do domingo 24 de junho, e termina às 06:00, com a benção.

A Assembléia Eucarística, intuição de algumas realidades jovens que começou em 2007, sob a coordenação de Fábio Anglani, celebrada onde vários mártires derramaram seu sangue pela fé, o ‘Circo Massimo’, responde ao desejo de levar à presença do Senhor todas as pessoas, mas especialmente os jovens.

Três são os elementos principais que o caracterizam: a Eucaristia, acompanhada pelos transeuntes e jovens (segundo elemento), no coração da noite (terceiro elemento). A iniciativa recebeu desde o seu nascimento o apoio dos jovens da Associação Nacional Papa Boys, e de muitas comunidades e grupos de oração, contando com adeptos em toda a Itália.

Cada realidade associativa se alterna na animação de uma hora de adoração, segundo o próprio carisma. O silêncio, os cantos, as orações e a atmosfera de fraternidade suscitam o desejo de parar e rezar, confirmando a Assembléia Eucarística como um momento que gera conversões e mudanças na vida de muitas pessoas, jovens e não apenas.

O encontro de Roma não é único, a iniciativa vai se difundindo: são várias as Assembléias Eucarísticas celebradas neste ano em diversas dioceses italianas. Aconteceram também dois momentos a nível internacional, na Terra Santa: em Jerusalém no ano de 2009 e  no Getsmani,  em Belém no ano de 2010, junto a Basílica da Natividade.

É possível obter todas as informações e arquivos no site: www.adorazione.org

Email: info@adorazione.org

O evento pode ser acompanhado pelo facebook: “Adunanza Eucarística”

Fonte: Zenit - Tradução MEM
Local: Roma

JMJ Rio2013: apresentada a Semana Missionária na CNBB

Os bispos que participam do Conselho Permanente da CNBB acompanharam durante a tarde desta quinta-feira, 21, a apresentação sobre os preparativos para a Semana Missionária, que se realizará durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro em 2013. De acordo com o assessor da Comissão para a Juventude, Padre Carlos Sávio Ribeiro, serão elaborados subsídios para a preparação dos jovens e adultos participantes, além de um manual de instruções para o projeto do evento em cada diocese. Este último material será destinado a bispos e líderes diocesanos de juventude.

O assessor revelou que, até o momento, foram disponibilizadas 358.170 vagas para os missionários estrangeiros nas dioceses brasileiras, especialmente na região sudeste. Comunicou também que tais missionários já terão as despesas de viagens pagas por seus países de origem.

Padre Carlos Sávio adiantou também que a programação da Semana Missionária, marcada para 16 a 20 de julho de 2013, prevê momentos de formação, oração, cultura e ação missionária. A proposta é de que o encerramento, com a missa de envio para a JMJ, seja realizada em um santuário diocesano.


Fonte: Rádio Vaticano
Local:Brasília (DF)

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Semana do Migrante discute o direito à saúde conforme CF 2012

O Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) está lançando entre os dias 17 e 24 de junho, a 27ª Semana do Migrante, com o tema "Migração e Saúde", e o lema "Conquistar Direitos é defender a Saúde". Inspirada na Campanha da Fraternidade deste ano, a Semana do Migrante quer motivar as comunidades cristãs e amplos setores da sociedade civil a refletirem, celebrarem e se mobilizarem sobre o direito à saúde de diferentes categorias de milhares de migrantes.

Frequentemente ignorados e vivendo com frequência nos espaços segregados das nossas cidades, trabalhando e morando em condições insalubres, os migrantes são vítimas potenciais de várias doenças. Nas periferias das cidades são atingidos pelos problemas de saneamento básico, e convivem com a precariedade do atendimento público à saúde. Os trabalhadores rurais temporários, no isolamento das fazendas, sob um trabalho estafante, sofrem com o descaso dos seus empregadores, que em vários casos os leva à morte ou à invalidez precoce.

Os imigrantes hispano-americanos, nas grandes metrópoles, clandestinos em sua maioria, são vítimas de doenças respiratórias como a tuberculose. Mais grave é a situação em que se encontram os membros mais frágeis das famílias migrantes, as mulheres, os idosos e as crianças.

O presidente do Serviço Pastoral dos Migrantes e bispo de Pesqueira (PE), dom José Luiz Ferreira Salles, destaca que para viver com intensidade a temática proposta pela Semana do Migrante, temos que ter "diante dos olhos e do coração a atitude do Bom Samaritano que nos mostra a importância de cuidar da vida mais frágil, em situação de vulnerabilidade, machucada, abandonada à beira do caminho, e sermos agraciados com a alegre descoberta de que Cristo está presente neles e nos diz: ‘Fui estrangeiro e me acolheste' (Mt 25, 35)".

"Frente a essa realidade é que surge o clamor pelo respeito dos direitos fundamentais de toda pessoa humana, também dos migrantes, deslocados e estrangeiros, que vivem e trabalham precariamente em nosso país. O atendimento da saúde do migrante é uma expressão de fraternidade para com aqueles que são diferentes de nós, mas gozam da mesma dignidade de filhos de Deus", destacou a secretária executiva do Setor de Mobilidade Humana da CNBB, irmã Claudina Scapini.

Fonte: CNBB

Rio+20: 50 Igrejas e Ongs católicas assinam declaração conjunta

Mais de 50 líderes de igrejas e da sociedade civil assinaram uma declaração conjunta intitulada "Hora de repensar e recuperar o controle sobre o futuro da família humana", apresentada à imprensa domingo, 17 junho, após a Santa Missa celebrada na Catedral do Rio de Janeiro. Abaixo, a íntegra do documento:

“Tempo de repensar e recuperar o controle sobre o futuro da humanidade”

Os líderes da Igreja e da sociedade civil exigem dos governos que se concentrem nos pobres e traçem um novo caminho para um mundo justo e sustentável na conferência Rio+20.
Nós, os representantes da Igreja Católica e da sociedade civil provenientes de todos os continentes, empenhados na erradicação da pobreza e em prol do desenvolvimento humano integral, apelamos aos líderes mundiais que mostrem liderança política na Conferência Rio+20 e incentivamos todas as pessoas de boa vontade a agirem a favor de um mundo mais justo e sustentável.

Não podemos esperar para repensar e realizar um mundo mais justo e mais verde onde as pessoas, mulheres e homens, reconheçam que são uma parte integral da criação, vivendo em harmonia e respeito consigo e com os outros. A tarefa é urgente, porque construímos um mundo onde ainda demasiadas pessoas não têm alimentação, água e energia suficientes para viverem com dignidade.

Trabalhamos diariamente com aqueles que vivem em grandes dificuldades e queremos dar-lhes uma voz de esperança. As comunidades pobres estão a lutar pela obtenção dos recursos necessários ao seu próprio desenvolvimento, ao mesmo tempo tornando-se cada vez mais vulneráveis às ameaças ambientais com os ecossistemas gradativamente mais esgotados ou destruídos.

A procura de terra, água, alimentação, recursos minerais e energia está aumentando drasticamente. Tem sido a origem de violentos conflitos no mundo inteiro e a luta pelos recursos naturais tornar-se-á ainda mais intensa nas gerações vindouras.

As mudanças climáticas são cada vez mais visíveis e rápidas e só poderemos mitigá-las se agirmos já. As pessoas mais pobres e mais vulneráveis no mundo inteiro são as mais afectadas, muito embora elas sejam as menos responsáveis pelas suas causas.

Estamos perante uma tarefa enorme, porque deixamos as regras do mercado descontroladas, a nossa vontade e imaginação distorcida e a diversidade da criação de Deus classificada como «capital natural» e «humano». Permitimos que os nossos desejos e aspirações humanos se tornassem fundamentalmente materialistas, em vez de generosos, impulsionados pelo interesse pessoal em vez de o serem pela solidariedade.

Juntos, seremos capazes de traçar um novo caminho que conduza a um mundo justo e sustentável. Esta mudança depende igualmente do indivíduo, sendo a nossa tarefa fundamental agir para uma conversão radical, promover um estilo de vida alternativo e uma nova cultura de respeito pela criação, de simplicidade e de solidariedade com vista a um desenvolvimento humano mais forte e autêntico e uma melhor qualidade de vida. Os pobres podem ser marginalizados, mas no seu esforço diário pela sobrevivência demonstram criatividade e têm forjado alternativas que constituem uma fonte inesgotável de aprendizagem e referência na elaboração das políticas publicas.

Esta afirmação é apoiada pela aliança internacional de agências Católicas de desenvolvimento CIDSE. Mais informações através www.cidse.org/rioplus20

É tempo de repensar e regressar ao controlo! É tempo de regular o mercado de maneira a servir o bem comum. Os líderes mundiais centram-se no crescimento econômico como principal medida de sucesso. Mas o que significa crescimento se os mais pobres não podem participar nos seus benefícios, se ele não melhora a qualidade de vida e piora as desigualdades persistentes? O que significa crescimento econômico em vista da destruição das nossas florestas, dos nossos oceanos e dos nossos recursos naturais? Precisamos valorizar as coisas que tenham sentido, a economia tem que ser julgada na sua capacidade de reduzir a pobreza, criar postos de emprego dignos emelhorar a sustentabilidade ecológica bem como a estabilidade social. Uma economia que nos conduza verdadeiramente ao desenvolvimento sustentável deve ser justa e equitativa, reconhecendo as valiosas contribuições e soluções locais com amplos benefícios sociais e, acima de tudo, que respeite a dignidade e os direitos humanos, tanto para as mulheres como os homens.

O desenvolvimento sustentável deve ser apoiado por um sistema financeiro, que coloque a dignidade humana, o bem comum e o cuidado pela criação no centro da vida econômica. Um sistema financeiro justo consiste na subsidiariedade, na função social da propriedade privada e na redistribuição através de impostos. O setor informal e das micro empresas deve ser reconhecido e apoiado, porque representa uma parte importante do setor privado e é a fonte de renda e de emprego de milhões de pessoas. As grandes corporações, incluindo as instituições financeiras, representam apenas uma pequena parte do setor privado, embora controlem a maioria do poder e dos recursos. Elas deveriam demonstrar maior transparência e contribuir para o desenvolvimento sustentável atraves da mudancas das práticas insustentáveis e exploradoras.
Os governos devem assegurar que as condições básicas dessem prioridade às necessidades básicas e ao direito das comunidades e dos países pobres, como por ex. água, alimentação e energia. Além disso é indispensável assegurar o acesso a recursos naturais e partilha de benefícios.

Deve ser dada prioridade às mulheres que são a maioria das pessoas que vivem na pobreza e são afetadas adversamente pelas injustiças sociais, ambientais e econômicas atuais. Medidas fortes de promoção da igualdade entre mulheres e homens são necessárias aos níveis social, econômico e ambiental nas ações dos governos para um desenvolvimento justo e sustentável.
O escândalo de um bilhão de pessoas sofrendo fome, em violação do direito humano à alimentação, não pode continuar. Maior apoio deve ser destinado aos milhões de famílias agrícolas que produzem respeitando o meio ambiente; são elas a principal fonte da segurança alimentar para os pobres a nível mundial.

É necessário dar maior ênfase à luta contra as mudanças climáticas induzidas pelo ser humano. Isto é a principal ameaça que enfrentamos, particularmente os mais pobres. Devem ser tomadas medidas mais ambiciosas baseadas nos princípios da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.

Por último, o quadro previsto para o desenvolvimento sustentável deve ser baseado nas conquistas realizadas; deve definir as responsabilidades e os desafios dos países desenvolvidos, os em via de desenvolvimento e os menos desenvolvidos; deve ser mensurável e compreensível por todos.

Esperamos que a Cúpula do Rio transmita uma mensagem de esperança bem fundada para todos aqueles que estão sofrendo e para as gerações futuras! Esperamos que os líderes mundiais assumam a sua responsabilidade e se responsabilizem pelos seus compromissos. Exigimos dos líderes mundiais e de todas as pessoas de boa vontade que não deixem passar esta oportunidade de caminharmos juntos em prol de um desenvolvimento baseado nos direitos e equitativo, rumo a uma vida verdadeiramente humana e a um mundo onde aceitemos que somos parte da criação que nos foi dada para dela cuidarmos.

Lista de signatários

Líderes da Igreja:
 
• Mgr Pedro Ricardo BARRETO JIMENO – Archbishop of Huancayo and President of the
Commission for Justice and Solidarity of CELAM (Consejo Episcopal Latinoamericano) (PERU)
• Mgr Jean-Claude HOLLERICH – Archbishop of Luxembourg (LUXEMBOURG)
• Mgr Gabriel MBILINGI – Vice President of SECAM (Symposium of Episcopal Conferences of Africa and Madagascar), Archbishop of Lubango (ANGOLA)
• Mgr Paul OUEDRAOGO – Archbishop of Bobo-Dioulasso (BURKINA FASO)
• Mgr Werner THISSEN – Archbishop of Hamburg (GERMANY)
• Mgr John ARNOLD – Auxiliary Bishop of Westminster (ENGLAND)
• Mgr Paul BEMILE – Bishop of Wa (GHANA)
• Mgr Markus BÜCHEL – Bischop of St. Gallen (SWITZERLAND)
• Mgr Claude CHAMPAGNE – Bishop of Edmundston, New Brunswick (CANADA)
• Mgr Raymond FIELD – Auxiliary Bishop of Dublin and Chairman of the Council for Justice and Peace of the Irish Bishops’ Conference (IRELAND)
• Mgr Theotonius GOMES – Auxiliary Bishop of Dhaka (BANGLADESH)
• Mgr Richard GRECCO – Bishop of Charlottetown, Prince Edward Island (CANADA)
• Mgr Bernard HOUSSET – Bishop of La Rochelle (-Saintes) and President of the Conseil pour la Solidarité (FRANCE)
• Mgr Aloysius JOUSTEN – Bishop of Liège (BELGIUM)
• Mgr John KIRBY – Bishop of Clonfert (IRELAND)
• Mgr Gerard de KORTE – Bishop of Groningen-Leeuwarden (THE NETHERLANDS)
• Mgr Peter MORAN – Bishop Emeritus of Aberdeen (SCOTLAND)
• Mgr Alvaro Leonel RAMAZZINI – Bishop of Huehuetenango (GUATEMALA)
• Mgr Josef SAYER (GERMANY)
• Mgr Dr. Ludwig SCHWARZ SDB – Bishop of Linz (AUSTRIA)
• Presidency of the Brazilian Catholic Bishops Conference CNBB (BRAZIL)
 
Líderes CIDSE
 
• Chris BAIN – President of CIDSE and Director of CAFOD (ENGLAND and WALES)
• Philippa BONELLA – SCIAF (SCOTLAND)
• Ronald BREAU – President of Development and Peace (CANADA)
• Michael CASEY – Executive Director of Development and Peace (CANADA)
• Myriam GARCÍA ABRISQUETA – President of Manos Unidas (SPAIN)
• René GROTENHUIS – Director of CORDAID (THE NETHERLANDS)
• Antonio HAUTLE – Director of Fastenopfer (SWITZERLAND)
• Lieve HERIJGERS – Director of BROEDERLIJK DELEN (BELGIUM)
• Heinz HÖDL - Director of Koordinierungsstelle der Österreichischen Bischofskonferenz für
internationale Entwicklung und Mission (AUSTRIA)
• Jim HUG S.J. – President of Center of Concern (UNITED STATES)
• Justin KILCULLEN – Director of Trócaire (IRELAND)
• Patrick KRÃNIPÎ GODAR – Director of Fondation Bridderlech Deelen (LUXEMBOURG)
• Jorge LÍBANO MONTEIRO – Director of FEC – Fundação Fé e Cooperação (PORTUGAL)
• Sergio MARELLI – Secretary General of FOCSIV – Volontari nel mondo (ITALY)
• Bernd NILLES – Secretary General of CIDSE
• Bernard PINAUD – Délégué Général CCFD–Terre Solidaire (FRANCE)
• Rafael SERRANO CASTRO – Secretary General of Manos Unidas (SPAIN)
• Angelo SIMONAZZI – Secretary General of Entraide et Fraternité (BELGIUM)
• Fr. Pirmin SPIEGEL – Director of MISEREOR (GERMANY)
Parceiros e aliados CIDSE
• Firmin ADJAHOSSOU – SECAM (Symposium of Episcopal Conferences of Africa and Madagascar) (BENIN)
• Brian ASHLEY – AIDC (Alternative Information and Development Centre) (SOUTH AFRICA)
• Sr. Denise BOYLE – Franciscans International
• Camille CHALMERS – PAPDA (Plate-forme Haïtienne de Plaidoyer pour un Développement Alternatif) (HAITI)
• Mamadou GOÏTA – ROPPA (Réseau des organisations paysannes et de producteurs de l’Afrique
de l’Ouest (WEST AFRICA)
• Pedro GONTIJO – CBJP (Comissão Brasileira Justiça e Paz) (BRAZIL)
• Jenny GRUENBERGER – LIDEMA (Liga de Defensa del Medio Ambiente) (BOLIVIA)
• Ivo LESBAUPIN – Iser Assessoria (BRAZIL)
• Fr. Martinho MAULANO – SECAM (Symposium of Episcopal Conferences of Africa and Madagascar) (MOZAMBIQUE)
• Moema de MIRANDA – IBASE (BRAZIL)
• Paul MUCHENA – SECAM (Symposium of Episcopal Conferences of Africa and Madagascar) (ZIMBABWE)
• Fr. Ferdinand MUHIGIRWA RUSEMBUKA – CEPAS (Centre d'études pour l'action sociale) (CONGO-DRC)
• Francis F. NGANG – Inades Formation International (IVORY COAST)
• Br. Rodrigo de Castro Amédée PERET, ofm – Franciscans (BRAZIL)
• Regina "Nanette" SALVADOR-ANTEQUISA – ECOWEB (Ecosystems Work for Essential Benefits, Inc.) (PHILIPPINES)
• L.A. SAMY –AREDS (Association of Rural Education and Development Service) (INDIA)
• Lorenzo SOLIS TITO – CIPCA (Centro de Investigación y Promoción del Campesinado)
(BOLIVIA)
• Can TRUONG QUOC – SRD (Sustainable Rural Development) (VIETNAM)
• COPAGEN (Coalition pour la protection du patrimoine génétique Africain) (AFRICA
 
Fonte: Rádio Vaticano
Local:Rio de Janeiro (RJ)