quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Exercícios espirituais para jovens


A fé é um ato pessoal e comunitário ao mesmo tempo - Papa na catequese semanal desta quarta-feira na Praça de São Pedro

Não obstante o frio que já se faz sentir na capital italiana e as ameaças de chuva, numeroso peregrinos encheram a Praça de São Pedro, onde teve lugar, nesta quarta-feira, 31 de Outubro, a audiência semanal do Santo Padre com fieis e peregrinos provenientes de várias partes do mundo. *Partindo da tendência, hoje muito difundida, a relegar a fé para a esfera pesso-se longamente a explicar a razão disto.
Recordou, antes de mais, que a fé é um dom de Deus que nos é transmitido através da comunidade crente, isto é a Igreja. Esta insere-nos na multidão dos crentes, uma comunhão que não é apenas sociológica, mas radicada no amor de Deus.
 
A nossa fé, disse, é realmente pessoal só se for comunitária, porque se, por um lado, dizemos creio (na primeira pessoa), por outro é na comunidade eclesial que a dizemos. A Igreja é, portanto, o lugar de transmissão da fé, o lugar em que, através do baptismo somos imergidos no Mistério Pascal da Morte e Ressurreição de Cristo, que nos liberta da prisão do pecado, nos doa a liberdade de filhos, e nos introduz na comunhão com Deus vir a Igreja como Mãe. A fé nasce na Igreja, conduz à Igreja e vive nela. É importante recordar isto – disse Bento XVI, que resumiu, como habitualmente, a sua catequese em várias línguas, entre as quais o português. Ouçamos…

Queridos irmãos e irmãs,

A fé, dom de Deus que transforma a nossa existência, não é uma realidade de caráter exclusivamente individual. O meu crer, a minha fé, não é o resultado de uma reflexão pessoal, mas o fruto de um diálogo com Jesus que se dá na comunidade de fé que é a Igreja. De fato, desde o dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos, a Igreja não cessa de cumprir a sua missão de levar o Evangelho a todos os cantos da terra. A Igreja é o espaço da fé: o espaço no qual, pelo batismo, nos inserimos no Mistério Pascal de Cristo, entrando em comunhão com a Santíssima Trindade. Por isso, precisamos da Igreja para ter a garantia que a nossa fé corresponde à mensagem originária de Cristo, pregada pelos Apóstolos; precisamos da Igreja para poder fazer uma experiência dos dons de Deus: da sua Palavra, dos Sacramentos, da ação da Graça e do seu Amor. Quando o nosso “eu” entra no “nós” da Igreja, então fazemos a experiência do comunhão com Deus, que funda a comunhão entre os homens.

Fonte: Rádio Vaticano

Assembleia Geral Ordinária do CNLB-Sul1 e Levante do Laicato Jovem do Estado de São Paulo


De 9 a 11 de novembro, o Conselho Nacional do Laicato do Brasil - Regional Sul 1, promove a sua Assembleia Geral Ordinária (AGO) para celebrar o encerramento do Ano Jubilar de fundação do Conselho de Leigos no Estado de São Paulo.

Simultaneamente à realização da AGO, acontece também o Levante do Laicato Jovem do Estado de São Paulo, que estará refletindo o tema "Juventude e Ecologia" e com o lema "Sustentabilidade: Essa é a nossa conduta, vamos unir para mudar".

Importante lembrar que a AGO é um momento de comunhão e partilha para o laicato do Estado de São Paulo. Participe! O local do evento será no Centro de Convivência das Irmãs Agostinianas, em Jundiaí/SP e as inscrições podem ser feitas pelo site www.cnlbsul1.com.br

"Pelo Reino de Deus, no coração do mundo". (Dom Pedro Casaldaliga)

Fonte: www.cnlbsul1.com.br

Ação missionária no exterior está na pauta do Conselho Permanente

Na manhã desta quarta-feira, 31 de outubro, os membros do Conselho Permanente (CP) continuaram com sua reunião ordinária. Após as palavras do Núncio Apostólico no Brasil, dom Giovanni d’Aniello, os bispos acompanham a apresentação dos trabalhos com da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Missionária.

O presidente da Comissão, dom Sérgio Braschi, relatou o resultado da viagem que realizou ao Haiti, no mês de setembro, bem como os trabalhos de colaboração da Igreja no Brasil com Guiné-Bissau e o Haiti.

Ainda durante esta manhã, são apresentados os trabalhos da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé sobre os trabalhos do Ano da Fé, além da temática do último Sínodo dos Bispos. O ponto principal da pauta deste CP, a preparação da pauta da 51ª Assembleia Geral, também está na pauta desta manhã.

Fonte: CNBB

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Acampamento da Pastoral Universitária em Itumbiara

Nos dias 27 e 28 de outubro, aconteceu na diocese de Itumbiara (GO), o 1º Acampamento de Jovens Universitários, com a assessoria da irmã Maria Eugenia Lloris Aguado, assessora do Setor Universidades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O evento teve o objetivo de divulgar a Pastoral Universitária aos jovens interessados e parar refletir, em conjunto, as ações concretas a serem realizadas para iniciar a Pastoral.

O evento contou com a participação de 40 jovens com representação das universidades públicas e privadas presentes na diocese.
O acampamento foi organizado por um grupo de universitários, dois deles participaram do 1º Encontro Brasileiro de Universitários Cristãos (Ebruc), no ano de 2011, em Betim (MG), e o padre Joaquim Cavalcante, pároco da paróquia São Pedro e São Paulo, em Itumbiara, que atualmente reúne, articula e ajuda na formação destes jovens.

“A diocese de Itumbiara contou nos anos anteriores com uma Pastoral ativa, mas que aos poucos foi se desarticulando, como a Pastoral em nível nacional. Agora, diante deste novo impulso nacional, encontraram incentivo e a juventude, uma vez mais, mostrou o interesse de se fazer presente no âmbito universitário assumindo seu protagonismo e responsabilidade”, destacou a irmã Maria Eugênia Lloris.

Dias antes, 23 e 24 de outubro, a Comissão Episcopal Pastoral para a Educação e Cultura, trabalhou, em Brasília (DF), o texto da Pastoral Universitária, que tem como linhas gerais os seguintes questionamentos: que é a Pastoral Universitária?; O que pretende?; seus objetivos?. Este texto foi apresentado aos jovens em Itumbiara para também ouvir suas propostas.

Fonte: CNBB

O apelo do Papa em favor das vítimas do furacão: 51 mortos no Haiti e devastações no Caribe

O Haiti está voltando lentamente à normalidade depois da devastação causada pelo furacão "Sandy" que segundo o relatório oficial deixou 51 mortos, 15 desaparecidos, além de grandes danos para a agricultura, estradas, pontes e aquedutos. O último relatório da Defesa Civil do Haiti informa que 16 pessoas ficaram feridas enquanto 17.187 estão nos centros de acolhimento, sobretudo no sul e oeste do Haiti. No domingo, 28 de outubro, após a oração do Angelus, o Papa fez um apelo em favor das vítimas do furacão Sandy que atingiu nesses dias o Caribe: "Nos dias passados, um furacão devastador se abateu violentamente contra Cuba, Haiti, Jamaica e Bahamas, causando vários mortos e grandes prejuízos, obrigando muitas pessoas a deixarem suas casas. Asseguro minha proximidade e recordação das pessoas atingidas por esse desastre natural, e convido à oração, à solidariedade a fim de aliviar a dor dos familiares das vítimas e ao apoio aos milhares de danificados."
Na sexta-feira, 26, os bispos da área oriental de Cuba visitaram as pessoas nas províncias de Santiago de Cuba, Holguín e Guantánamo para averiguar os danos e ajudar pastoralmente a população. Santiago de Cuba ficou isolada até mesmo nas comunicações, porque o furacão danificou a rede elétrica e as linhas telefônicas. Numa nota enviada à Agência Fides, o Diretor da Caritas de Holguín, Manolo Martinez, ressalta que nas áreas afetadas da província as equipes de emergência estão em ação e cada paróquia está fazendo uma análise da situação e com seus próprios meios está ajudando a pessoas mais carentes.
Fontes locais de informação referem que o primeiro-ministro haitiano, Laurent Lamothe, foi às áreas afetadas para avaliar pessoalmente a extensão das inundações e outros danos. As equipes de especialistas nacionais e internacionais estão trabalhando para elaborar avaliações segundo informações da Defesa Civil do Haiti.

Fonte: Agência Fides
Loal: Porto Príncipe - Haiti

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Rumo a JMJ-Rio-2013


Dia Nacional da Juventude no Brasil marca início da Campanha da Fraternidade 2013

O último domingo de outubro é sempre voltado para os jovens brasileiros, pois, em todos os anos, se celebra o Dia Nacional da Juventude (DNJ). Neste ano, em especial, o DNJ dá a largada para a divulgação de um dos importantes eventos do ano que vem: a Campanha da Fraternidade 2013, cujo tema será a Juventude.

Nesta quarta-feira, 24, foi lançado o twitter @cf2013Oficial e, no próximo domingo, serão lançados a página no Facebook e o site www.cf2013.org.br

A CF acontece sempre, na Igreja no Brasil, no período da Quaresma e, para já incentivar a participação do público-alvo, uma equipe de comunicação específica para a Campanha foi criada com o objetivo de disseminar o conteúdo do texto base da CF por meio das redes sociais, produção de vídeos e interação com os jovens de todo país.

DNJ e CF 2013

Todos os anos, a CNBB elabora um subsídio próprio para que os jovens e as dioceses celebrem o Dia Nacional da Juventude, a partir de orientações para realização de encontros, dinâmicas e meditações. O subsídio do DNJ 2012, em especial, foi construído à luz da CF 2013, como aponta o assessor nacional da Comissão para a Juventude da CNBB, padre Antônio Ramos do Prado, na apresentação do material.

De acordo com o assessor, a construção deste documento teve a participação da Coordenação Nacional de Jovens que se debruçou sobre a realidade do jovem da atualidade para a redação dos textos. "Essas reflexões vem fortalecer cada vez mais a importância do DNJ, que todos os anos, com um tema novo, ajuda o povo brasileiro a olhar para a juventude, refletir e acompanhar suas propostas", destacou.

O DNJ sempre acontece no último domingo de outubro. Contudo, como o próximo dia 28 é segundo turno das eleições municipais, as (arqui)dioceses, pastorais, movimentos e comunidade têm escolhido para celebrar outros domingos de outubro ou o primeiro de novembro.

Produtos Campanha da Fraternidade

A CF 2013 tem como tema "Fraternidade e Juventude" e como lema "Eis-me aqui, Senhor. Envia-me" (Is 6,8). E para melhor aprofundar este conteúdo e as reflexões, as Edições CNBB disponibilizam para venda, além do texto base, diversos materiais como o CD com o hino, Via Sacra, cartão postal, livretos quaresmais etc.

Vendas e informações por telefone (61-2193 3019) ou no site das Edições CNBB.

Fonte: Zenit

O Vigário Apostólico de Phnom Penh: "Um novo ímpeto missionário anima os jovens"

"Os jovens cambojanos sabem que são apóstolos e estão conscientes de que a evangelização não é uma prerrogativa reservada a sacerdotes e religiosos. É a esperança de Cristo em nós e que nós queremos dar ao mundo": é o que afirma uma nota enviada à Agência Fides por Mons. Olivier Schmitthaeusler, 42 anos, Vigário apostólico de Phnom Penh, entre os participantes do Sínodo sobre a Nova Evangelização.

Falando da "nova evangelização" no contexto cambojano, o Vigário nota que "o Evangelho não se difunde através do proselitismo, mas por contágio". Camboja - recorda o Vigário – viveu na sua história recente, depois do período dos Khmer vermelhos, uma "situação de primeira evangelização", mas hoje o povo de Deus está redescobrindo s consciência da missionariedade de todo cristão. A coisa mais importante, recorda, é "tocar o coração". De fato, "para os cambojanos, como para muitos povos asiáticos, a palavra coração está sempre presente na linguagem usada para expressar os sentimentos. Isso é que o Jesus fez: tocou o coração". Mons. Schmitthaeusler está convencido de que é necessário "voltar à experiência das primeiras comunidades cristãs, que vivam a simplicidade do Evangelho". E recorda que, quando chegou à sua primeira paróquia, havia somente um cristão. Iniciando a ler e compartilhar regularmente o Evangelho com um pequeno grupo, depois de 10 anos, os fiéis batizados se tornaram 140 e continuam aumentando.

Mesmo que os cristãos no Camboja sejam “um pequeno rebanho” (cerca de 2% da população), são no entanto “muito dinâmicos e felizes de estarem na Igreja”. No país, existem mais de 50 congregações e movimentos eclesiais, e isso, para o Vigário, é um bom sinal: "A Igreja permite a todos expressarem o próprio carisma, na unidade". E é uma riqueza também para a evangelização.

Fonte: Agência Fides
Local: Camboja

Missa de encerramento do Sínodo esta manhã na Basílica vaticana: Bento XVI indicou três linhas pastorais para a Nova Evangelização

A Basílica de São Pedro estava esta manhã repleta de fieis que participaram na celebração litúrgica de encerramento do Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização.
Com o Santo Padre concelebrou a mais de centena e meia de cardeais e bispos que, ao longo de três semanas, estiveram reunidos no Vaticano para reflectir sobre a forma de reavivar a vivência evangélica dos católicos no mundo de hoje.

A leitura do Evangelho deste domingo em que São Marcos nos apresenta a figura de cego, Bartimeu, curado, graças à sua profunda fé, por Jesus - serviu de inspiração ao Papa para a sua homilia. Bartimeu é a pessoa que tem necessidade de luz e tem consciência disso. Poderia, por isso, representar – disso o Papa – um modelo para aquelas pessoas que vivem em regiões de antiga evangelização, onde a luz da fé se ofuscou, e se afastaram de Deus, deixando de O considerar relevante para a própria vida”.

“São as inúmeras pessoas que precisam de uma nova evangelização, isto é, de um novo encontro com Jesus, o Cristo, o Filho de Deus que pode voltar a abrir os seus olhos, a ensinar-lhes o caminho”

Mas a nova evangelização não é só para essas pessoas. Diz respeito a toda vida da Igreja, antes de mais à pastoral ordinária, que deve ser animada pelo fogo do Espírito – frisou Bento XVI, ponde em realce três linhas pastorais que emergiram do Sínodo:

“A primeira diz respeito aos Sacramentos da iniciação cristã. Foi reafirmada a necessidade de acompanhar com uma catequese adequada, a preparação para o Baptismo, a Confirmação e a Eucaristia”.

O Papa recordou a este respeito que foi também reiterada a importância da Penitência, Sacramento da misericórdia de Deus, e que a figura dos Santos foi indicada como protagonistas da nova evangelização, pois que, com o exemplo da vida e as obras de caridade, falam uma linguagem acessível a todos.

Como segunda linha de evangelização, Bento XVI indicou a missão ad gentes, para a qual são chamados consagrados e leigos.

“Foi sublinhado que há muitos ambientes em África, Ásia e Oceânia, onde os habitantes aguardam com viva expectativa – às vezes sem estar plenamente conscientes disso – o primeiro anuncio do Evangelho. Por isso é preciso pedir ao Espírito Santo que suscite na Igreja um renovado dinamismo missionário, cujos protagonistas sejam, de modo especial, os agentes pastorais e féis leigos”.

Frisando que com a globalização e a deslocação de populações a missão ad gentes torna-se necessária também nos países de antiga evangelização, o Papa passou à terceira linha pastoral desta nova evangelização.

“Um terceiro aspecto diz respeito ás pessoas baptizadas que, porém não vivem as exigências do Baptismo”.

Estas pessoas – constatou-se no Sínodo - encontram-se em todos os continentes, especialmente no mais secularizados. A Igreja dá-lhes particular atenção a fim de as levar a redescobrir a alegria da fé em Cristo – referiu o Papa acrescentando ainda que para pôr em práticas estas três linhas pastorais com vista na nova evangelização, a Igreja, não se serve apenas dos métodos tradicionais de pastoral, mas procura também “lançar mão de novos métodos”, de novas linguagens mais apropriadas para as diversas culturas do mundo, a fim de implementar um diálogo na simpatia e amizade fundamenta em Deus.

Este esforço de criatividade pastoral já está a ser levada a cabo com algumas iniciativas como “o átrio dos gentios”, e a “missão continental", entre outras, indicou o Papa, confiante de que o Senhor abençoará abundantemente esses esforços. E rematou dizendo que os novos evangelizadores são pessoas que, como Bartimeu, voltaram a aproximar-se, com fé, a Jesus Cristo, tornaram-se discípulos e exultam de alegria, porque o Senhor fez nelas grandes coisas.

Fonte: CNBB

Mensagem dos participantes do Encontro de Responsáveis pela Pastoral Juvenil da América Latina e do Caribe

Confira abaixo a carta de conclusão do 17º Encontro Latino-americano de Responsáveis Nacionais de Pastoral Juvenil, que aconteceu de 20 a 27 de outubro, em Ypacaraí (Paraguai).

Carta Mensagem aos jovns da América Latina e do Caribe dos participantes do 17º Encontro Latino-americano de responsáveis nacionais de Pastoral Juvenil

Com alegria um novo sol se levanta no espírito dos jovens de nossa América Latina e do Caribe.

Na cidade de Ypacaraí – Paraguai, nos reunimos de 20 a 27 de Outubro de 2012 os Responsáveis Nacionais de Pastoral Juvenil de 23 países: Antilhas, Argentina, Aruba, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Curaçao, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, como convidados especiais: membros do Secretariado de Bispos dos EUA para América Latina, delegados da Pastoral Hispânica nos EUA, membros da Rede de Institutos da Pastoral Juvenil Latino-americana e organizadores da JMJ Rio 2013, para retomar e reassumir com novas forças as Orientações da Pastoral Juvenil Latino-americana e do Caribe, na construção da Civilização do Amor.

Durante esses dias de encontro e comunhão, partilhamos a vida e o caminhar pastoral, iluminados pela vontade de Deus através do discernimento. Também conhecemos e refletimos a sistematização do Processo de Revitalização através da socialização do documento “Civilização do Amor. Projeto e Missão”.

Durante anos, a Pastoral Juvenil Latino-americana foi fazendo história. Reconhecemos e valorizamos todos aqueles que, ao longo do caminho, entregaram sua vida por essa grande paixão no seguimento de Jesus Cristo.

Vivemos em uma hora de graça, este é nosso momento. Com a força de nossa vocação cristã, hoje nos cabe ser os protagonista desta história, pois somos conscientes de que em nossas mãos estar o compromisso de construir uma nova sociedade impregnada com os valores do Reino.

Por isso, manifestamos nossa alegria de ser cristãos, testemunhas da fé e portadores de esperança em entre a vida cotidiana dos jovens.

Temos vivido uma experiência de conversão pessoal e pastoral, agradecidos com nosso Pai Deus e fascinados com sua proposta, regressamos a nossos países com muita alegria e entusiasmo para anunciar o que vimos e ouvimos.

Nosso profundo agradecimento à Equipe Latino-americana de Pastoral Juvenil do Departamento de Família, Vida e Juventude e ao Conselho Episcopal Latino-americana (Celam) a esse lindo país, Paraguai, e a todas as pessoas maravilhosas que tornaram possível este encontro.

Pedimos à Virgem de Caacupé, padroeira destas terras guaranis, que nos cubra com seu Santo Manto e acompanhe sempre o caminhar de nossos povos, especialmente neste tempo de preparação para a Jornada Mundial da Juventude Rio 2013.

“Isso que vimos e ouvimos, nós os anunciamos” (1Jo 1,3)

Ypacaraí – Paraguai, 26 de Outubro de 2012

Fonte: CNBB

Apelo dos bispos do Espírito Santo pelo fim da violência contra a juventude

Após coletiva de imprensa realizada na tarde de sexta-feira, 26 de outubro, em Vitória (ES), em um apelo contra a violência, clamando por justiça junto aos homens de boa vontade, os bispos do estado do Espírito Santo; dom Luiz Mancilha Vilela,  arcebispo  de Vitória; dom Dário Campos, bispo de Cachoeiro de Itapemirim; dom Décio Zandonade, dispo de Colatina; dom Zanoni Demetino de Castro, bispo de São Mateus; dom Rubens Sevilha, bispo auxiliar de Vitória e dom Joaquim Wladimir Lopes Dias, bispo auxiliar de Vitória, publicaram a carta.

Trata-se de um apelo contra os altos índices de homicídios praticados no Estado do Espírito Santo, principalmente contra os jovens.


Fonte: CNBB

"Assembleia sinodal, expressão da universalidade da Igreja", disse o papa Bento XVI

O Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização foi encerrado no sábado, 27 de outubro, no Vaticano. No final da sessão de trabalhos, o papa Bento XVI proferiu um discurso aos Padres Sinodais, anunciando que decidiu, depois de muito refletir e orar, transferir a competência sobre os Seminários da Congregação para a Educação Católica para a Congregação para o Clero, e a competência sobre a Catequese da Congregação para o Clero ao Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

"Seguirão os documentos relativos em forma de Carta Apostólica Motu Proprio para definir os âmbitos e suas respectivas faculdades. Peçamos ao Senhor para que acompanhe os três dicastérios da Cúria Romana nesta importante missão, com a colaboração de toda a Igreja", frisou o Pontífice.

O Papa saudou, ainda, os futuros novos cardeais. "Quis com este pequeno Consistório completar o Consistório de fevereiro, no contexto da Nova Evangelização, com um gesto da universalidade da Igreja, mostrando que a Igreja é Igreja de todos os povos, fala em todas as línguas, é sempre Igreja em Pentecostes; e não Igreja num continente, mas Igreja universal. Quis expressar este contexto, esta universalidade da Igreja que é também a expressão bonita desse Sínodo", destacou.

"Para mim foi realmente edificante, reconfortante e animador ver aqui uma expressão da Igreja universal, com seus sofrimentos, ameaças, perigos e alegrias, experiências da presença do Senhor, também nas situações difíceis", completou o Papa.

"A Igreja sente os ventos contrários, mas sente, sobretudo, o vento do Espírito Santo que nos ajuda, nos mostra o caminho certo, e assim, com renovado entusiasmo, caminhamos e agradecemos a Deus por nos dar este encontro realmente católico", frisou Bento XVI, em seu discurso.

O Santo Padre agradeceu aos Padres Sinodais e a todos aqueles que trabalharam na realização do Sínodo. "Agora, essas proposições são um testamento, um dom ofertado a mim em benefício de todos, que será elaborado num documento vindo da vida e que deve gerar vida", concluiu o Papa.

Fonte: CNBB

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

"Jovens, artífices da paz" é o tema da 4ª Romaria Nacional da Juventude em Aparecida (SP)

No dia 15 de novembro, o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP) deve receber milhares de jovens na quarta edição da Romaria Nacional da Juventude. Este ano, o tema do evento será: “Jovens, artífices da paz”.

Segundo o Prefeito de Igreja do Santuário Nacional, padre Valdivino Guimarães, o tema escolhido deve despertar na juventude a consciência de que devem promover paz. “Somos todos responsáveis por esta paz tão sonhada, cantada, rimada e poetizada. Esta incumbência foi dada pelo Santo Padre Bento XVI em encontro com os jovens, não só por ele, mas, sobretudo pelo autor da vida, nosso Deus”, explicou.

A programação conta com celebração, reza do terço, palestra com Dr. Augusto Cury, shows com Eletro Cristo e a banda Anjos de Resgate. Para os organizadores, será uma preparação para a equipe do Santuário Nacional, que vai sediar o Halell Aparecida-Internacional em 2013. 

“Será uma grande festa, ocasião para mostrar que a juventude tem o que dizer; tem um recado a passar adiante de cunho testemunhal do evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo que nos convida à missão”, acrescentou Padre Valdivino ao fazer um convite aos jovens.

Programação da 4ª Romaria Nacional da Juventude

- 7h30: Acolhida dos Jovens (Centro de Eventos)

- 8h15: Reza do Ofício Divino (Centro de Eventos)

- 9h: Caminhada – Saída do Centro de Eventos pela avenida “Dom Geraldo Maria de Moraes Penido” até a rampa próxima ao Portão da Rádio Aparecida, seguindo para a Porta Santa, adentrando ao Santuário.

- 10h: Chegada ao Santuário

- 10h30 às 11h30: Palestra com Dr. Augusto Cury (Altar Central – Santuário Nacional) – com transmissão pela TV Aparecida e emissoras coligadas

- 11h30 às 13h00: Eucaristia da Juventude – (Altar Central – Santuário Nacional) – TV Aparecida e emissoras coligadas

- 13h às 14h: Intervalo

- 14h às 15h: Eletro Cristo (Centro de Eventos)

- 14h às 14h30: Hora Mariana

- 15h às 15h15: Consagração a Nossa Senhora Aparecida (Centro de Eventos) – TV Aparecida e emissoras coligadas

- 15h30: Show com Eugênio Jorge (Centro de Eventos) – TV Aparecida e emissoras coligadas

- 16h às 17h: Eucaristia

- 16h45: Show com Anjos de Resgate (Centro de Eventos) –  TV Aparecida e emissoras coligadas

- 17h30: Encerramento

Fonte: CNBB

Abertas inscrições para Encontro Nacional de Responsáveis de Juventude

Os responsáveis adultos de (arqui)dioceses, movimentos, congregações, comunidades, pastorais e organismos que trabalham com juventude terão um momento único de comunhão e diálogo sobre a evangelização dos jovens no Brasil. De 29 de novembro a 2 de dezembro de 2012, em Brasília (DF), acontecerá o Encontro Nacional de Assessores da Pastoral Juvenil, promovido pela Comissão para a Juventude da CNBB.

Tendo em vista o objetivo de contribuir com os assessores na missão de acompanhar os jovens na educação da fé, são convidados apenas os responsáveis adultos de cada uma dessas expressões que trabalham com juventude.

O tema do evento - “A Juventude no Ano da Fé” – foi escolhido dentro da proposta do "Ano da Fé”, convocado pelo Papa Bento XVI e que terá início em todo mundo nesta quinta, dia 11.

“A Jornada Mundial da Juventude faz parte do calendário para o Ano da Fé. Portanto, vemos a atenção do Papa com os jovens. Com isso, precisamos ajudar os assessores adultos que acompanham os jovens para que estes respondam ao convite do Santo Padre a respeito do Ano da Fé”, afirmou o assessor nacional da Comissão para Juventude, padre Carlos Sávio Costa, ao mencionar a proposta para o período que se inicia no dia 11 de outubro de que seja um momento de “autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”, conforme destacou o Pontífice na Carta Apostólica Porto Fidei, pela qual proclamou o Ano da Fé.

Fonte: CNBB

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Seis novos cardeais anunciados pelo Papa na audiência geral

Seis novos cardeais foram anunciados pelo Papa, de surpresa, nesta quarta-feira, ao concluir a audiência geral, com largos milhares de fiéis, na praça de São Pedro. O Consistório para a sua criação terá lugar exatamente daqui a um mês, a 24 de Novembro. Como recordou o próprio Bento XVI, “os cardeais têm a tarefa de ajudar o Sucessor de Pedro no desempenho do seu ministério de confirmar os irmãos na fé e de ser princípio e fundamento da unidade e comunhão da Igreja. Estes os futuros purpurados:
- um americano, D. James Michael Harvey, até agora Prefeito da Casa Pontifícia, que será nomeado arcipreste da Basílica de São Paulo fora de muros;- um libanês, o Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Sua Beatitude Béchara Boutros Raï; -um indiano, arcebispo maior de Trivandrum dos Siro-Malancareses, Sua Beatitude Baselios Thottunkal; - um nigeriano, D. John Onaiyekan, arcebispo de Abuja; - um latino-americano, da Colômbia, o arcebispo de Bogotá, D. Ruben Salazar Gómez; - e, finalmente, um filipino, o arcebispo de Manila, D. Luís Antonio Tagle.

Prosseguindo o novo ciclo de catequeses sobre a Fé, neste Ano jubilar, Bento XVI sublinhou que “a fé é acreditar que o amor de Deus nunca desiste perante a maldade do homem, perante o mal e a morte, mas é capaz de transformar todas as formas de escravidão, dando a possibilidade da salvação”. Ouçamos as palavras pronunciadas em português:

Queridos irmãos e irmãs,

O nosso tempo exige cristãos fascinados por Cristo, que não se cansem de crescer na fé, por meio da familiaridade com a Sagrada Escritura e os Sacramentos. A fé não é apenas conhecimento e adesão a algumas verdades divinas; mas também um acto da vontade, pelo qual me entrego livremente a Deus, que é Pai e me ama. Crer é confiar-se, com toda a liberdade e com alegria, ao desígnio providencial de Deus sobre a história, como fez Maria de Nazaré. Nós podemos crer em Deus, porque Ele vem ao nosso encontro e nos toca. Na base do nosso caminho de fé, está o Baptismo, pelo qual nos tornamos filhos de Deus em Cristo e marca a entrada na comunidade de fé, na Igreja. Não se crê sozinho, mas juntamente com os nossos irmãos. Depois do Baptismo, cada cristão é chamado a viver e assumir a profissão da fé, juntamente com seus irmãos. Concluindo, a fé é um assentimento, pelo qual a nossa mente e o nosso coração dizem «sim» a Deus, confessando que Jesus é o Senhor. E este «sim» transforma a vida, tornando-a rica de significado e esperança segura.
* * *
Uma cordial saudação para todos os peregrinos de língua portuguesa, com menção particular dos grupos de diversas paróquias e cidades do Brasil, que aqui vieram movidos pelo desejo de afirmar e consolidar a sua fé e adesão a Cristo: o Senhor vos encha de alegria e o seu Espírito ilumine as decisões da vossa vida para realizardes fielmente o projecto de Deus a vosso respeito. Acompanha-vos a minha oração e a minha Bênção.

Fonte: Rádio Vaticano

Divulgado relatório sobre a liberdade religiosa no mundo

 Foi apresentado nesta semana, em Roma, o “Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo 2012”, realizado pela Fundação “Ajuda à Igreja que Sofre”. Nota-se, através dos dados, que a situação está piorando em relação ao recente passado e que são sobretudo as comunidades cristãs, mas não somente, as que sofrem graves discriminações, que muitas vezes desembocam em agressões e violências.

O relatório examina 196 países, dos quais 131 de maioria cristã. E são precisamente os cristãos os que mais sofrem discriminações e perseguições. Assinala-se também que a mortificação ao professar a própria fé atinge também outras minorias religiosas, com vários níveis de gravidade. Todos são vítimas de simples atos de ultraje e desprezo a atos de opressão e verdadeira agressão.

Uma situação que muitas vezes causa vítimas inocentes e determina atos de represália entre comunidades e etnias diferentes. Por exemplo, na China e em outros países orientais estão em aumento – segundo o relatório – as tentativas de governos de submeterem as comunidades religiosas aos controles do Estado.

Particularmente preocupante a situação nos países da Primavera Árabe, onde as instâncias democráticas dos primeiros momentos deixaram espaço a um islamismo não moderado. Refletindo sobre isso, a Rádio Vaticano entrevistou o jesuíta egípcio, Padre Samir Khalil Samir, especialista no Islamismo da Universidade São José de Beirute.

"Para eles o ideal é impor a xariá islâmica. Pretendem que seja a lei dada por Deus no século VII a Maomé. Sendo uma lei divina é perfeita. Todas as demais constituições – dizem eles – são humanas, portanto, imperfeitas. Os cristãos, sendo uma minoria, apesar de forte, são os primeiros que sentem esta exclusão. A situação, portanto, cada vez mais difícil. A solução? Queremos mudar, mas é necessário uma mudança de mentalidade, da visão política. Estamos, porém, longe de chegar a isso", afirmou.

O extremismo islâmico dá vida a atos de verdadeira agressão também em países africanos, como Quênia, Mali, Nigéria e Chade. Caso extremo é a Arábia Saudita, onde aos 2 milhões de cristãos residentes não é permitido alguma manifestação do próprio credo.

Um capítulo à parte é representado pela Índia e pelo Paquistão, onde, após as violências anticristãs dos anos passados no Estado de Orissa, as leis contra as conversões hoje representam muitas vezes uma desculpa para cometer abusos de poder. E isso apesar da Constituição indiana reconhecer o pleno direito à liberdade religiosa.

Além do mais, muda a situação dos cristãos por causa da mudança da legislação: no Kirguistão, em sentido positivo, e no Tajiquistão, em sentido negativo, pois a nova lei sobre comunidades religiosas está obrigando muitos cristãos a emigrarem.

Mas diante de tantos abusos e tanta dor, não faltam os exemplos luminosos de colaboração e de convivência pacífica entre cristãos e outras religiões. Frequentemente se consegue trabalhar juntos para o progresso da sociedade. Sobre essa questão falou em entrevista à Rádio Vaticano Nino Sergi, Presidente da Organização humanitária Intersos.

"Diante de casos dramáticos, que nos devem fazer ler as realidades e nos fazer reagir, há centenas, talvez milhares, de casos de pequenas comunidades, pequenos vilarejos, pessoas, associações e assim por diante, que, ao invés, vivem ainda, bastante profundamente, o seu relacionamento entre si, considerando-se iguais e ajudando-se mutuamente. Esses aspectos são hoje pouco valorizados e, creio, ao invés, que deveríamos olhá-los melhor e tutelá-los, desenvolvê-los, ajudá-los a crescer, para que não desapareçam. Há ainda muitas realidades onde se dialoga, onde há respeito, onde os muçulmanos nas grandes festas vão à missa e muitas vezes também os cristãos vão às festas muçulmanas, não tanto por causa de uma mistura de religiões, mas por um respeito mútuo", ressaltou.

Fonte: CNBB

Comitiva do Vaticano e COL analisam novos locais da JMJ

Comitiva do Vaticano chega ao Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, para visitar os locais da JMJ Rio2013. O responsável pelas viagens do Santo Padre, Alberto Gasbarri, analisará distâncias e uma nova proposta para local de encerramento da jornada, mudando o local anterior que era a Base Aérea de Santa Cruz.

Acreditamos que esta mudança será melhor para a Jornada e seus peregrinos. A nova localização continuará sendo na Zona Oeste na cidade. O secretário executivo da JMJ Rio2013, monsenhor Joel Portella, garante que estão sendo verificadas as alternativas. "Com alegria e esperança, continuamos a construção da JMJ", diz.

Inscrições

Sob a responsabilidade do Setor de Atos Culturais do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013, o Festival da Juventude está com inscrições abertas até o dia 15 de dezembro para apresentações culturais do Brasil e do mundo. O evento é uma oportunidade de encontrar Deus por meio da arte, dentro da programação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013).

No site da JMJ estão disponíveis três formulários para música, artes cênicas e exposição. Os grupos interessados em se apresentar podem preencher o formulário correspondente. Essas apresentações poderão acontecer em um dos palcos da JMJ, espalhados por toda a cidade do Rio de Janeiro, em auditórios, teatros e museus.

Na seleção, serão contemplados, como critérios principais, a coerência com o Magistério da Igreja, a qualidade técnica e a adequação ao espírito jovem da JMJ. Para apresentações musicais serão aceitas as cristãs, em qualquer ritmo. As bandas, grupos e exposições irão se apresentar em diversos teatros da cidade e em palcos distribuídos pelos bairros. Os participantes dos grupos que forem aprovados para participar do Festival da Juventude não precisam ser peregrinos.

O Festival promove um intercâmbio cultural por meio da evangelização dos jovens nesta grande festa de fé, que será realizada no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho do próximo ano. Segundo a Secretária Executiva do Setor de Atos Culturais do Comitê Organizador Local da JMJ Rio2013, Paloma Lladó, o Festival da Juventude é uma forma de encontrar Deus nas apresentações artísticas.

"Uma alma contente é uma alma que canta. Queremos mostrar a alegria de ser povo de Deus por meio da música, teatro, dança e exposições", disse.

Inscrições no site www.rio2013.com/pt/festival-da-juventude. Mais informações através do e-mail: festival@rio2013.com .

Fonte: CNBB

Comissão para a Educação e Cultura discute articulação e atuação na sociedade

Teve início na tarde desta terça-feira, 23 de outubro, na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília (DF), a reunião ampliada da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação e Cultura da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O encontro reúne 23 pessoas, entre os bispos integrantes da Comissão, os assessores dos setores ligados a ela (Universidades, Educação e Ensino Religioso) e os bispos e assessores referenciais nos 17 Regionais da CNBB.

O presidente da Comissão, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, abriu o evento destacando os pontos-chaves a serem discutidos. “O objetivo do encontro é estabelecer com clareza as exigências do processo de evangelização hoje: o que são essas pastorais, como elas se articulam, se organizam e funcionam e, sobretudo, discutir como a importância e urgência evangelizadora justificam a sua organização na Igreja no Brasil”, disse.

Segundo o bispo presidente, a articulação da Comissão é necessária e urgente porque o desafio é estar presente além do ambiente interno da Igreja. Por isso foram convocados os regionais para refletir sobre o seu campo de atuação nas bases. “O desafio é deixar de falar para o público interno da Igreja e passar a falar para a comunidade nacional, através dos processos culturais e da educação. É a Igreja que sai de si com a sua mensagem e seu testemunho e vai ao encontro das pessoas através da cultura e da educação para aprender, se encantar e levar às pessoas os seus valores”, destacou dom Mol.
 
O integrante do Setor Universidades e bispo de Petrópolis (RJ), dom Gregório Paixão, também acredita que a articulação da Comissão seja necessária e aponta a missão dos setores cultura e educação na sociedade. “No setor educação trabalhamos para que o Evangelho seja semente nos locais onde a educação está sendo implantada ou tem espaço. E a cultura é uma pastoral de fronteira. O grande desejo é que dialoguemos com todas as culturas. Não falamos apenas com artistas, com os meios culturais da Igreja, mas nós queremos mostrar que a fé produz cultura e que a Igreja tem uma palavra a dizer para as diversas culturas nesse tempo de transformação em que vivemos”.

Para a assessora do Setor Universidades, Maria Eugênia Llori Aguado, a reunião demonstra a motivação e o esforço da Comissão em se unir para levar seu trabalho adiante. “Esse encontro demonstra que queremos ter um projeto comum para que possamos entrelaçar nossas pastorais e ver quais são as pontes que estão sendo feitas através de nossas reflexões, mas também através de encontros dos setores”.

Irmã Eugênia afirma, no entanto, que o evento, além de possibilitar o encontro dos Regionais da CNBB se debruça também na reflexão e estudo das linhas gerais da Comissão. “Estamos elaborando há cerca de três anos as linhas gerais dos setores ligados à Comissão. Esse texto é muito importante e queremos que seja publicado porque já faz três anos que as pessoas nos pedem diretrizes que os ajudem continuar a caminhada. Trata-se de um texto simples de 20 páginas que aglutina os diversos setores. Ele está sendo apresentado nesta reunião e discutido. Se aprovado, poderá ser publicado em breve”, disse.

Nesta quarta-feira, 24, o Setor Educação abriu as discussões no primeiro momento da manhã. Logo após é a vez do Setor Universidades. A tarde fica por conta do Setor Ensino Religioso. Cada setor apresenta o seu texto para ser discutido e avaliado com o objetivo de colaborar com os regionais nos trabalhos locais. “Devemos considerar os vários contextos do nosso país, por isso é importante pensarmos em textos curtos, claros e objetivos que ajudem os regionais”, orientou dom Joaquim Mol.

Fonte: POM

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Dom Geraldo Lyrio fala da perspectiva para a última semana do Sínodo dos Bispos

Em mais uma entrevista à Rádio Vaticano, em Roma, os bispos brasileiros que participam do Sínodo dos Bispos falaram sobre os andamentos dos trabalhos. Desta vez o convidado foi o arcebispo de Mariana (MG), dom Geraldo Lyrio Rocha.

Leia abaixo a declaração do arcebispo:

“O balanço do Sínodo dos Bispos, que trata da nova evangelização para a transmissão da fé, é altamente positivo. Primeiro, a perspectiva que se tem de implementar, de verdade, uma nova Evangelização, o que é desafio para toda a Igreja, em todos os Continentes. Cada Continente traz seus traços próprios, suas características distintas, mas todos sentimos igual necessidade de um empenho renovado, com novo ardor, com novos métodos, como dizia o papa João Paulo II. Os conteúdos são os mesmos, porque a Palavra de Deus não muda, mas o modo de transmitir essa Palavra, o ardor que deve estar no coração de todos os evangelizadores e o despertar do espírito missionário para todos nós, bispos, padres, diáconos, religiosos e religiosas, leigos e leigas, e aí vem, sem dúvida alguma, um papel muito importante dos leigos. O protagonismo dos leigos e das leigas nesta ação evangelizadora é da máxima importância.

Estamos chegando, então, a reta final do Sínodo. As expectativas são positivas pela demonstração que já tivemos ao ouvir os relatórios dos grupos linguísticos. Esperamos que o Sínodo aponte caminhos novos, traga entusiasmo novo e proponha, de forma nova, a verdade de sempre, o Evangelho de Jesus.”

Fonte: CNBB

Duas mil crianças participam da coleta de fundos para o Dia Mundial das Missões

Mais de duas mil crianças da diocese de Tui-Vigo, Província de Pontevedra, Espanha, percorreram as ruas da cidade com as clássicas latas utilizadas para a coleta em favor do Dia Mundial das Missões, celebrado ontem. No ano passado, Vigo arrecadou 140 mil euros, do total de 13 milhões coletados em nível nacional. As ofertas são destinadas aos diversos projetos das missões católicas.

Fonte: Agência Fides
Local: Tui - Espanha

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

JMJ Rio2013: Dom Geraldo Lyrio e o grande evento da juventude

O site oficial da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 lança o canal Pré-Jornada nesta terça-feira, 23 de outubro. Além do novo conteúdo entrar no ar para todos os internautas, será realizada também uma apresentação no auditório do edifício João Paulo II (Rua Benjamim Constant, 23, Glória), no Rio de Janeiro, no mesmo dia, às 19h30min.

Na ocasião, será lançada uma parceria de ação catequética entre a JMJ Rio2013, o Programa Nacional Caixa de Ferramenta (PNCF) e as mídias sociais da arquidiocese do Rio. A proposta do canal Pré-Jornada é oferecer voz às dioceses do Brasil no site www.rio2013.com, envolvendo-as no plano da Semana Missionária e em tudo o que for de preparação para a JMJ Rio2013. As peregrinações dos Símbolos da Jornada também ganharão destaque.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o arcebispo de Mariana (MG), dom Geraldo Lyrio Rocha, falou sobre o percurso da JMJ até o momento e suas expectativas para o grande evento, em 2013.

“Estamos vendo como a arquidiocese do Rio de Janeiro e toda a Igreja no Brasil estão se preparando para este momento tão bonito e tão importante, que será a JMJ, e que certamente vai trazer um novo vigor para a Pastoral da Juventude, nas suas várias expressões, em todo o nosso país. A peregrinação dos Símbolos da Jornada já estão anunciando o que há de ser a Jornada, porque a capacidade de mobilização têm sido muito grande, além das expectativas em muitas partes. Claro que a JMJ é fruto de esforço de muita gente, nossas, no Brasil, do Pontifício Conselho para os Leigos, e, pelo que tenho ouvido do bispos participantes do Sínodo dos Bispos, e de muitos países, pois já há a movimentação de caravanas de jovens que irão ao Brasil. Tenho certeza que a Jornada Mundial da Juventude vai ser um momento forte para a vida do nosso país, para a vida da Igreja Católica no Brasil e, de um modo muito especial, há de trazer muitos frutos para a atuação da Igreja junto à juventude nos dia que correm. Tenho a certeza que as expectativas vão ser plenamente respondidas e será marcante a presença do papa Bento XVI no Rio, em 2013”, destacou o ex-presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio, um dos escolhidos, na última Assembleia Geral dos Bispos da CNBB, a representar o episcopado brasileiro no Sínodo dos Bispos, em Roma.

Fonte: CNBB

Os desafios missionários de duas novas dioceses africanas: falam os Bispos de Impfondo e Bafang

Quais são os desafios enfrentados por um bispo de uma nova diocese para promover a evangelização no território que lhe foi confiado? A Agência Fides entrevistou sobre este tema Dom Jean Gardin, Bispo de Impfondo, na República do Congo, e Dom Abraham Kome, Bispo de Bafang, na República de Camarões.

"A minha diocese foi criada em março de 2011. Impfondo está localizada no extremo norte da República do Congo (Congo Brazzaville), entre o Rio Ubangui e a fronteira com a República Centro-Africana", disse Dom Gardin. "O seu território é um enorme deserto verde, com uma superfície coberta em grande parte pela floresta de 60.000 quilômetros quadrados e com uma densidade de 3 habitantes por quilômetro quadrado". O bispo afirma que "os habitantes são pessoas muitas abertas para a evangelização. Sentem a necessidade de um relacionamento com o Senhor. O problema é que existem muitas seitas que, em num contexto de pobreza elevada, agarram facilmente as pessoas pois prometem milagres e outros sucessos materiais. Algumas dessas seitas são locais, outras provenientes do exterior, outras nascem por divisões locais de associações estrangeiras".

É a promoção humana uma das principais opções escolhidas por Dom Gardin para continuar o trabalho de evangelização. "Impfondo é isolada do resto do país, tanto é verdade que o nosso primeiro problema diz respeito ao movimento tanto para orientar as atividades pastorais quanto para ir à capital, Brazzaville. Não há estradas e os únicos meios são aéreos ou embarcações fluviais", disse Dom Gardin. "Por esse motivo estamos engajados num programa que tem como objetivo alcançar a autossuficiência. Estamos comprando barcos para transportar a Brazzaville as produções locais. A nossa região tem uma agricultura florescente, mas infelizmente até agora não tivemos meios para fazer a mercadoria chegar aos mercados nacionais. Além da produção agrícola existe a madeira a ser exportada. Com este barco esperamos obter os recursos para financiar os projetos da diocese, sobretudo as escolas e centros de saúde. Encontramos o dinheiro para comprar o barco grande agora temos que encontrar fundos outros barcos", conclui Dom Gardin.

Até mesmo Dom Abraham Kome, Bispo de Bafang, acredita que "a salvação da alma integra a salvação da totalidade do ser humano: não se pode falar do Céu como se a terra não existisse. A nossa preocupação é criar e administrar estruturas (escolas e centros de saúde) que integrem a nossa ação pastoral. Além das instalações materiais é necessário formar as pessoas que trabalham lá, religiosos e leigos. "O Bispo de Bafang descreve sua diocese: "de 400 mil habitantes, quase a metade (cerca de 200.000) são católicos. Há membros das igrejas protestantes, da religião tradicional africana, e aqueles chamados de "novas expressões religiosas", porque o termo seita parece um pouco ofensivo. Estes novos movimentos religiosos são de origem estrangeira, em especial estadunidense, que passam antes de chegar aos Camarões pela Nigéria. É um ambiente essencialmente anglófono".
Dom Kome enfatiza que a visita do Papa Bento XVI aos Camarões "deixou uma emoção forte no país." "No entanto, o nosso trabalho começou quando o Santo Padre deixou os Camarões porque cabe a nós agora acolher a sua mensagem para difundi-la mais e transformá-la em ações concretas", concluiu o bispo.

Fonte: Agência Fides
Local: Roma

Em todas as dioceses, uma “Jornada da Juventude” em homenagem ao novo Santo Pedro Calungsod

Enquanto amanhã, 21 de outubro, se celebra em Roma a canonização do Beato filipino Pedro Calungsod, junto a outros seis beatos, os jovens filipinos viverão uma “Jornada da Juventude” em homenagem ao novo Santo. Em todas as dioceses filipinas, refere a Fides a Conferência Episcopal, estão previstas programações especiais dirigidas especialmente aos jovens, já que Pedro é um santo jovem (foi martirizado aos 17 anos), em que a juventude filipina se identifica e se reconhece. A “Jornada especial da Juventude filipina”, explicam fontes locais a Fides, será também a ocasião para apresentar oficialmente o Ano da Fé aos jovens.

Uma iniciativa da "Comissão para a Juventude", na diocese de Novaliches, em sintonia com a celebração nacional, realizará uma jornada especial, com o título "Amigo: Jornada Calungsod", que reunirá milhares de jovens filipinos para festejar o novo Santo. Na jornada, os jovens realizarão uma marcha pelas ruas, colocarão em mostra seus talentos criativos com representações musicais e teatrais e levarão a outros jovens um testemunho de sua fé. Em Manila, na igreja de Santo Niño, no bairro de Tondo, se realizará um evento em concomitância com a celebração na Praça S. Pedro: mais de mil jovens de toda a Arquidiocese de Manila acompanharão ao vivo pela televisão o rito de canonização e, depois, continuarão seu encontro com momentos de oração, cantos, festas e compartilha.

Pedro Calungsod (1654-1672) nasce una região de Visayas. Não há documentos que comprovem com exatidão sua data de nascimento. Sabe-se, porém, que prestou serviço como catequista entre 1668 e 1672. O seu nome é citado na causa de martírio do missionário jesuíta pe. Diego Luis de San Vitores: o jovem Pedro foi martirizado quando tinha entre 14 e 20 anos com o jesuíta, e os corpos de ambos foram lançados no oceano. Os dois estavam realizando seu apostolado entre os autóctones do vilarejo de Tumhom, na ilha de San Juan, hoje conhecida como Guam. Dois ateus se aproximaram e os atingiram com uma lança. Pedro tentou defender o padre, mas os dois mataram primeiro o rapaz e, depois, o jesuíta. A Igreja documenta o ocorrido em 2 de abril de 1672. Pe. de San Vitores foi beatificado em 6 de outubro de 1985. Já Pedro em 5 de março de 2000 por João Paulo II, que propôs o jovem filipino como exemplo de coragem, de fé e de compromisso missionário.

Fonte: Agência Fides
Local: Manila - Filipinas

A Igreja festeja sete novos santos

Ornada com a imagem de cada um deles, a Praça São Pedro, em Roma, esteve repleta de peregrinos, membros das delegações oficiais das terras de proveniência e de trabalho dos beatos canonizados. A festa foi realizada neste domingo, 21 de outubro.

Da América do Norte às Filipinas, passando por Espanha, França, Itália e Alemanha até Madagascar, são três homens e quatro mulheres que, como definiu o Papa Bento XVI, consumiram sua existência na consagração total a Deus e no serviço generoso aos irmãos.

No Dia Mundial das Missões, em meio ao Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização e no início do Ano da Fé, em sua homilia Bento XVI definiu "providenciais" essas canonizações. Elas nos reavivam a consciência de viver totalmente em um perene estado de serviço ao homem e ao Evangelho.

"O Filho do homem veio para servir e dar a sua vida como resgate para muitos". Para o Papa, essas palavras de Jesus (extraídas do Evangelho do dia) constituíram o programa de vida dos sete novos santos. A santidade na Igreja teve sempre a sua fonte no mistério da Redenção e a celebração de hoje constitui uma confirmação eloquente dessa misteriosa realidade salvífica.

Brevemente, Bento XVI discorreu a biografia de cada um deles, começando por Jacques Berthie. Este jesuíta francês nasceu em 1838, mas desempenhou seu serviço em Madagascar, onde lutou contra a injustiça, levando alívio para os pobres. "Que a sua intercessão, durante este ano da fé, produza frutos em Madagascar e no Continente africano!"

Da África às Filipinas, país natal de Pedro Calungsod. Evangelizou o povo Chamorro nas Ilhas Marianas, onde em abril de 1672 conheceu o martírio. "Que o exemplo e o testemunho corajoso de Pedro Calungsod inspire o dileto povo das Filipinas a anunciar corajosamente o Reino e ganhar almas para Deus!"

Já do italiano João Batista Piamarta, o Papa destacou seu apostolado junto aos jovens, aos quais se dedicou por seu progresso cristão, moral e profissional.

A juventude, principalmente a educação, também esteve no centro da vida de Santa Maria del Carmelo Salles y Barangueras, religiosa nascida em Vic, Espanha, em 1848, fundadora da Congregação das Religiosas Concepcionistas Missionárias do Ensino, presente também no Brasil. "A sua obra educativa, confiada à Virgem Imaculada, continua a dar frutos abundantes entre os jovens e através da entrega generosa das suas filhas que, como ela, se confiam ao Deus que pode tudo."

A seguir, Bento XVI falou de Marianne Cope, nascida em 1838 na Alemanha, e que com um ano de vida foi levada para os Estados Unidos. Madre Marianne, da Ordem Terceira Regular de São Francisco, abraçou o chamado para cuidar dos leprosos no Havaí. "Em uma época em que pouco se podia fazer por aqueles que sofriam dessa terrível doença, Marianne Cope demonstrou um imenso amor, coragem e entusiasmo."

Permanecemos na América do Norte, para a primeira santa ameríndia: Kateri Tekakwitha nasceu no que hoje é o Estado de Nova Iorque, em 1656. Para escapar da perseguição, se refugiou na Missão São Francisco Xavier, perto de Montreal. Ali ela trabalhou até a sua morte com 24 anos. "Kateri impressiona-nos pela firmeza na sua vocação tão particular na sua cultura. Nela, fé e cultura se enriqueceram mutuamente! Possa o seu exemplo nos ajudar a viver lá onde nos encontremos, sem renunciar àquilo que somos, amando a Jesus! Santa Kateri, protetora do Canadá e primeira santa ameríndia, nós te confiamos a renovação da fé entre os povos nativos e em toda a América do Norte! Que Deus abençoe os povos nativos!"

Por fim, a jovem alemã Anna Schäffer. Para acumular o dote necessário para poder entrar no convento, trabalhou como doméstica e neste emprego sofreu um grave acidente com queimaduras incuráveis nos seus pés, que a prenderam em um leito pelo resto da vida. "Que a sua intercessão fortaleça a atuação abençoada dos centros cristãos de curas paliativas para doentes terminais."

O Papa concluiu sua homilia afirmando que estes novos Santos, diferentes pela sua origem, língua, nação e condição social, estão unidos com todo o Povo de Deus no mistério de Salvação de Cristo, o Redentor.

"Que o testemunho dos novos Santos, a sua vida oferecida generosamente por amor a Cristo, possa falar hoje a toda a Igreja, e a sua intercessão possa reforçá-la e sustentá-la na sua missão de anunciar o Evangelho no mundo inteiro."

Fonte: CNBB

Assembleia das Igrejas do Regional Sul 1 debate o "Ano da Fé e a Juventude"

Com uma celebração de abertura presidida pelo vice-presidente do Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo), dom Moacir Silva, foi aberta na tarde do último dia 19, a 34ª Assembleia das Igrejas Particulares do Regional Sul 1, que traz como tema "O ano da fé e a juventude".

Em seguida os participantes se dirigiram para o auditório Rainha dos Apóstolos, em Itaici (SP), com a coordenação do secretário geral do Regional, dom Tarcísio Scaramussa, e teve início aos trabalhos da assembleia.

O arcebispo de Campinas, dom Airton José dos Santos, acolheu a todos com uma palavra de boas vindas. A seguir, em nome do presidente do Regional, cardeal Odilo Pedro Scherer, ausente por estar participando do Sínodo dos Bispos, em Roma, dom Moacir Silva abriu oficialmente a assembleia e leu a mensagem do Presidente.

Segundo dom Odilo, o tema tratado é da maior importância para os jovens e, por isso, também para a Igreja. "Faço votos que as reflexões e encaminhamentos da Assembleia possam ajudar a Igreja presente no estado de São Paulo a colher abundantes frutos desse ‘tempo favorável' que Deus nos concede para a evangelização da Juventude", escreve.

Também como parte da mensagem do presidente, dom Odilo Scherer recordou a 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, "muitas reflexões interessantes são feitas sobre a ‘nova evangelização para a transmissão da fé cristã'. Os bispos da américa latina fazem frequente referência ao Documento de Aparecida, que já indicou caminhos seguros para a nova evangelização. Bispos de todas as partes do mundo manifestam, embora com acenos diferentes, que uma nova evangelização está sendo necessária e urgente".

Palestra

A conferência de abertura do evento foi conduzida pelo padre Mário de França Miranda, professor do departamento de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e foi membro da Comissão Teológica Pontifícia por 11 anos. Padre França compartilhou um pouco as crises de fé pelas quais a sociedade moderna passa. Ele destacou que "no contexto atual mais do que nunca, a fé precisa ser uma opção livre e pessoal". Interpelou os participantes afirmando que "a transmissão da fé não é passar um pacote de verdades que aprendemos, mas, é passar Deus".

Durante a tarde outros temas ligados à fé foram apresentados por bispos do Regional Sul 1, como "Fundamentos da fé católica - dom Júlio Endi Akamine, bispo auxiliar de São Paulo e vigário episcopal da região Lapa; "Ato de Fé" - dom Nelson Westrupp, bispo de Santo André e "Creio" - dom Pedro Carlos Cipolini, bispo de Amparo.

No segundo dia, a programação começou com uma missa e, em seguida, o padre Antônio Ramos do Prado, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB expôs o tema "Juventude e fé". À luz do Documento de Aparecida, das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e do Documento da CNBB nº 85 sobre a evangelização dos jovens, o assessor destacou as expressões de fé dos jovens dentro e fora da Igreja.

Logo após, aconteceu o Painel com a presença do bispo de Limeira, dom Vilson Dias de Oliveira, que abordou o tema Juventude e iniciação à fé; dom Edmar Peron apresentou o tema Juventude e Mistagogia e o padre Paulo Gil refletiu sobre Juventude - Experiência religiosa e eclesial.

Na opinião do representante nacional da Pastoral da Juventude, do Regional Sul 1, Júlio César F. Costa foi "muito bom ver padres e bispos falando sobre Juventude, evangelização da Juventude, colocando-a como protagonista deste espaço. E notável a esperança depositada na juventude e isso nos anima mais para o trabalho pastoral".

O jovem da diocese de São José dos Campos (SP), Everton de Melo Félix afirmou que: "Oportunidade como está que estamos vivenciando deveriam acontecer em todos os espaços de nossa Igreja".

O padre André Cunha de Figueiredo, do Setor Juventude do Regional, falou sobre a Jornada Mundial da Juventude e Campanha da Fraternidade - 2013.

Fonte: CNBB

Questões de fundo na nova evangelização

A 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos está revelando um consenso geral sobre a necessidade de promover uma nova evangelização. Mas as implicações dessa ação da Igreja nem sempre são compreendidas da mesma maneira, dependendo do contexto histórico, sócio-cultural e religioso de cada Continente e país onde a Igreja atua. Nesta entrevista concedida ao jornal O São Paulo, o cardeal Odilo Scherer trata de algumas questões são fundamentais para a nova evangelização e a transmissão da fé.

O SÃO PAULO – Por que é necessária uma nova evangelização?
Antes de tudo, porque a Igreja é missionária por sua própria natureza e ela não poderia nunca deixar de evangelizar; hoje, isso precisa ser feito de formas novas, tendo em vista as grandes mudanças pelas quais o mundo passa, as formas diversas como as pessoas olham a vida, os valores que as orientam, como se relacionam entre si e como expressam a própria busca religiosa.

OSP - Que fatores adversos a missão evangelizadora da Igreja encontra hoje?
São vários, mas vou destacar alguns, que decorrem da evolução do pensamento filosófico dos últimos séculos e também do desenvolvimento tecnológico atual. A secularização trouxe consigo o secularismo, que exclui Deus do mundo e da vida humana; Deus é visto por muitos como supérfluo, desinteressante para as pretensões humanas e até um atrapalho para a felicidade humana. Além disso, pretende-se que o mundo se explica por si mesmo. Mas também há o individualismo, que coloca o indivíduo no centro de tudo, como se o homem fosse o seu próprio “deus”... Daí decorre o subjetivismo, que não reconhece verdades “externas” ao sujeito; com isso, nega-se a possibilidade de ter noções comuns sobre o ser humano, por exemplo, e de princípios éticos comuns. Cada um “é” a própria verdade. Evidentemente, o Cristianismo, que tem sua base na revelação divina, não encontra espaço nesse estado de espírito.

OSP – A religião deixou de interessar ao homem de hoje?
Certamente não, tendo em vista a abundância de propostas religiosas e o constante surgimento de novas. Isso demonstra que o ser humano, no fundo, está à procura de Deus. Mas é preciso examinar as muitas buscas religiosas; por vezes, também elas trazem uma forte marca de individualismo e subjetivismo, estando mais centradas no próprio sujeito, na satisfação de suas necessidades e anseios imediatos, ou de seus sonhos para a vida neste mundo, do que numa relação com o Deus sobrenatural, transcendente e pessoal. Com dificuldade, aceita-se falar na verdade sobre Deus e o homem, ou sobre a adoração e a obediência devidas a Deus. Mas aceita-se bem uma religião “útil”, que ajude a resolver os problemas do dia a dia; os critérios da eficácia e da utilidade, muito comuns na cultura tecnicista e mercadológica, também estão presentes nessa nova religiosidade. Mas consistiria nisso a verdadeira religião?

OSP – E em que consiste a verdadeira religião?
Antes de tudo, na aceitação de Deus, como Deus, e da nossa condição de “não-Deus”, ou seja, de criaturas. Esse é o primeiro ato de fé, do qual decorrem a adoração e o louvor a Deus; hoje tem-se dificuldades para aceitar a “criaturalidade”, por causa de certa pretensão de onipotência humana. Segue a busca da verdade sobre Deus, que passa pelo “ouvir” a Deus, de muitas formas, ajudados pelas capacidades humanas. Vem, então, o desejo de comunhão e sintonia com Deus, para expressar na vida a dignidade e a beleza dessa relação pessoal com Deus, que no Cristianismo se traduz numa relação familiar, de pai para filho e de filho para pai; ao mesmo tempo, numa relação de fraternidade e respeito para com os demais homens, também filhos de Deus, e no apreço e respeito por toda obra de Deus.

OSP – É comum ouvir dizer que “toda religião é boa” e que todas elas levam para Deus do mesmo modo. Isso é verdadeiro, ou a nova evangelização precisa também fazer uma crítica da religião?
Sim, no sentido de um “exame crítico” das formas de religiosidade e de religião. Mesmo se devemos respeitar profundamente a consciência e as escolhas religiosas de cada pessoa, objetivamente, não se pode dizer que todas as religiões são iguais. É só examinar o que cada uma afirma sobre Deus, o ser humano, as relações do homem com Deus, com o próximo e com o mundo, a moral, as realidades sobrenaturais e eternas e o fim último do homem. As diferenças são muito grandes. Cada pessoa precisa ser estimulada a buscar a verdade, para responder sinceramente ao anseio profundo de verdade e de sentido que há no coração humano, sem se contentar apenas com o que mais agrada, o que é mais fácil e o que tem efeito mais imediato e verificável.

OSP – Portanto, a nova evangelização passa por uma renovada reflexão sobre o homem?
Sim, esta é uma das questões cruciais; falar de Deus é também falar do homem e o Cristianismo não o faz apenas como mera ilustração do pensamento. A fé cristã diz diretamente respeito ao ser humano e, sem levar isso em conta, não se consegue propor ao homem de hoje a novidade do Evangelho. O Papa João Paulo II repetiu em várias ocasiões o que já estava na Gaudium et Spes: “no seu Filho Jesus Cristo, Deus revelou plenamente ao homem a verdade sobre o homem”. A fé cristã é “boa notícia” para o homem!

OSP – Em poucas palavras, em que consiste a nova evangelização?
É difícil definir a nova evangelização, pois ela é um processo, e não um “objeto” já pré-estabelecido. Da parte da Igreja, ela consiste, antes de tudo, em acolher de forma renovada a graça do Evangelho e de se fazer discípula e missionária fiel de Cristo; consiste em expressar isso, de forma alegre e corajosa, nas muitas formas de sua própria vida, ação e representação simbólica; e consiste em compartilhar essa Boa Nova com o mundo, também de muitas maneiras, quer pelo diálogo cultural, inter-religioso e ecumênico, quer pelo testemunho de presença e proximidade para com todo ser humano, especialmente os que sofrem mais; consiste no empenho para edificação do mundo “como Deus quer”, na justiça, solidariedade e respeito. Mas também é anúncio renovado do Evangelho, de forma explícita, convidando à fé em Cristo e à participação na vida eclesial. A Igreja tem muita riqueza espiritual para partilhar com a comunidade humana; mesmo respeitando e apreciando as contribuições vindas de outras fontes, ela mesma precisa dar sua contribuição, a partir de sua experiência, sem medo da contradição, sabendo que tem muito de bom para partilhar.

OSP – Qual está sendo a contribuição da Igreja no Brasil e na América Latina para o Sínodo?
Penso que seja uma contribuição apreciável. O Documento de Aparecida foi citado muitas vezes no Plenário do Sínodo e até mesmo distribuído, numa tradução italiana. A reflexão e a experiência já feitas na América Latina sobre a nova evangelização serão importantes para a Igreja inteira.

Fonte: CNBB

Termina 3ª Semana de Formação Missionária para Párocos e Vigários

A 3ª Semana Missionária para Párocos e Vigários, realizada pelo Centro Cultural Missionário (CCM) em parceria com as Pontifícias Obras Missionárias (POM) terminou na sexta-feira, 19. A formação contou com a participação de 23 sacerdotes.

O objetivo central da semana foi aprofundar os elementos e conceitos básicos para que aconteça uma renovação missionária eficaz nas paróquias do país. Na sexta-feira, o secretário executivo do CCM, padre Estevão Raschietti, responsável pelo tema “Elementos para uma espiritualidade missionária presbiteral” apontou que, para uma paróquia colocar-se em estado permanente de missão, “é necessário antes uma conversão dos corações de todos os cristãos e cristãs, a começar pelos padres, como denuncia o Documento de Aparecida: ‘falta espírito missionários em membros do clero, inclusive em sua formação”’.

O secretário também questionou o número de missionários brasileiros no mundo, tendo em vista a dimensão católica do Brasil. “Por que o Brasil, o maior país católico do mundo, envia tão poucos presbíteros além-fronteiras, visto que dos missionários brasileiros pelo mundo afora 90% são mulheres consagradas? Por que dos poucos padres que são enviados, tanto religiosos como seculares, muitos desistem e voltam logo?”.  Para o sacerdote, “esse tipo de perguntas deverão ser discutidas por diversas instâncias da Igreja no Brasil, enquanto revelam carências profundas que se traduzem muitas vezes em práticas contratestemunhais”.

Ainda na Semana Missionária, foram estudados temas como “A ação missionária da paróquia: âmbitos e tarefas para uma Igreja em estado permanente de missão”, com assessoria do padre Sidnei Dornelas, da Comissão Episcopal para a Missão Continental da CNBB; “A animação missionária na paróquia: chamados e enviados a todos os povos”, por padre Sávio Corinaldesi, secretário da Pontifícia Obra de São Pedro Apóstolo, e “Organização missionária da paróquia: desafios e perspectivas rumo a um novo padrão pastoral”, orientado por padre José Carlos Pereira, CP, mestre em Ciências da Religião e doutor em Sociologia.

O religioso do Instituto Missionário São José, pároco em Cáceres (MT), padre Edilson Paes, que participou do curso, afirmou que é preciso tornar concreto o trabalho missionário nas paróquias. “As paróquias precisam assumir o compromisso do estado permanente de missão. Temos que colocar em prática a dimensão missionária nas bases e o curso nos deu indicativos de como proceder e trabalhar para que isso se realize”.

Para o frei Wilson Alves, da diocese de Camaçari (BA), há alguns passos necessários para desenvolver a dimensão missionária a partir das paróquias. “Primeiro precisamos de conversão, depois partir para a aplicação dentro da realidade e das possibilidades da paróquia”. Ele, no entanto, comenta que pensar a missão ad gentes a partir da paróquia “é um sonho ainda distante”, mas ressalta que “temos que começar a trabalhar esse aspecto porque a Igreja é por essência missionária e este é o caminho para podermos nos descobrir como paróquia missionária”.

O diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias, padre Camilo Pauletti, fez uma avaliação positiva da formação. “O curso manifestou como é importante a formação permanente dos nossos discípulos-pastores. As reflexões foram boas, envolveram , foram participativas. Sentimos que depende ainda muito deles (sacerdotes) a animação da pastoral missionária em nossas comunidades. Vimos e reafirmamos a universalidade da missão”. De acordo com padre Camilo, “se o padre numa paróquia for um bom discípulo-missionário, ele dinamiza, envolve o povo e transforma a paróquia. Percebemos que a missão faz parte da formação. Os padres saíram motivados, pois abriu novos horizontes e agradeceram por esta oportunidade”.

Leia também Semana Missionária para párocos e vigários: “a paróquia numa Igreja em estado permanente de Missão”

Fonte: Fúlvio Costa - Assessoria de Imprensa Pontifícias Obras Missionárias
www.pom.org.br

Fortaleza: Rádio salesiana promove festa para jovens

A Rádio Educativa FM Dom Bosco promove, neste sábado, na Praia de Iracema, em Fortaleza (CE), uma festa para os jovens que será uma ponte entre Ano da Fé e Jornada Mundial da Juventude.

Trata-se da quinta edição do Festival "Evangelizar Dom Bosco" organizado pela emissora. Para incentivar a participação dos jovens ouvintes, refere à Agência SIR, a Rádio Educativa FM Dom Bosco propôs uma programação especial falando de um encontro de fé, música e alegria juvenil.

O evento que se realiza poucos dias após a abertura do ano da Fé é projetado para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em 2013, e tem como tema a passagem do Evangelho "Eu estou convosco" e como lema "Jovens, a alegria é viver na fé".

O evento conta com palestras de vários convidados e a exibição de um coro de cerca de 100 jovens estudantes das escolas salesianas. No ano passado, o público atingiu a cifra de um milhão e quinhentos mil participantes. Este ano, os organizadores prevêem um público ainda maior, com duzentas mil pessoas a mais.

Fonte: Rádio Vaticano
Local:Fortaleza (CE)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O mundo missionário do Concílio: em um ano 40 novos bispos em missões

No panorama sobre "O Ano Missionário 1961-1962", publicado na edição de 4 de agosto de 1962, a Agência Fides destaca o significativo número de novos bispos nomeados nos territórios de missão no último ano. "Desde setembro de 1961 até o fim de julho de 1962, o Santo Padre elevou ao episcopado 40 sacerdotes para os territórios da S.C de 'Propaganda Fide'. Destes, 11 são africanos, 18 europeus, 6 asiáticos, 3 americanos e 2 da Oceania. Segundo os cargos que ocupam, são divididos da seguinte forma: 5 arcebispos, 24 bispos, 2 coadjutores, 7 auxiliares e 2 vigários apostólicos. Os territórios - dioceses ou vicariatos - aos quais foram colocados os prelados, se encontram 23 na África, 11 na Ásia, 4 na Oceania, 1 na Europa e 1 na América do Sul. Os titulares nomeados este ano para as 10 sedes vacantes situadas nos territórios da S.C de 'Propaganda Fide' são 6 africanos, 2 asiáticos, 1 americano (EUA) e 1 francês.

Fonte: Agência Fides

"É maravilhoso servir aos outros": o testemunho de um missionário camiliano, médico burquinense

O sacerdote camiliano, Padre Paul Ouedraogo, médico, terminou sua especialização em pediatria na Itália e se prepara para voltar a Burkina Fasso, seu país de origem, onde ele será responsável pelo centro médico camiliano em Uagadugu. Numa entrevista dada a Pe. Danio Mozzi, Camiliano da Província de Lombardia-Vêneto, e enviada à Agência Fides, o Padre Paul dá seu testemunho de médico e sacerdote. "Eu comecei meus estudos em Burkina Fasso, mas, infelizmente, em 1999, por causa de problemas políticos, eu pude os conclui o primeiro ano de estudo – disse Pe. Paul. Então os superiores me pediram para vir para a Europa, onde havia maior estabilidade social e política, então eu fiz o concurso em Roma para entrar no Hospital Gemelli. Ao completar seis anos de estudo, eu voltei ao meu país, onde fui convidado para trabalhar na cirurgia e pediatria, as prioridades da comunidade. Tinha experiência em ambas as áreas, mas senti que teria sido útil 100% no âmbito pediátrico. Naquele período conheci um médico de Brescia, na Itália, que me propôs fazer a especialização no Hospital de Brescia, que já colaborava com o camilianos em Burkina. Fui acolhido na Itália na Província de Lombardia-Vêneto dos camilianos e fiz 5 anos de especialização. Agora terminei, e estou feliz de voltar para casa e me colocar a serviço de nossas obras em meu país ou em outros lugares, se acham que seja o caso".

Desde que estão em Burkina Fasso os camilianos são muito atentos à saúde das criança e das mães, que são os setores mais fracos da sociedade burquinense. "Quando eu voltar para Uagadugu trabalharei na minha comunidade, no centro médico São Camilo – disse o sacerdote – que se tornará gradualmente um hospital. Depois de 40 anos precisaria de novos serviços e uma maior organização interna. Neste estabelecimento, no centro médico estão em andamento projetos alimentares. Trata-se de um programa de recuperação nutricional para crianças desnutridas, todos os dias passam cerca de 100 a 120".

Lançando um apelo especial aos jovens, Pe. Paul os exorta: "Aos jovens que já estão trabalhando a serviço dos doentes, como enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, e talvez dentro sentem o desejo de servir ao Senhor de maneira especial, eu diria de não terem medo de se dar ao Senhor, porque não é uma coisa jogada fora, mas oferta a Deus. Não devem ter medo, porque é maravilhosos servir aos outros".

Em sua tese, Pe. Paul aprofundou a Sickle Cell desease no âmbito pediátrico. Trata-se de uma patologia hematológica hereditária que afeta 3% da população de Burkina Fasso, em suas formas mais graves. "A cada ano, nascem 12 mil crianças com essa doença e cerca de metade delas não superam os 5 anos de vida. No São Camilo de Uagadugu são acompanhadas nessa doença 1.400 crianças, por isso pensei em fazer um Day Hospital para pacientes que não sabem para onde ir quando têm as crises. O nosso centro é de fato o maior em toda Burkina. É também o que oferece mais assistência", acrescenta o camiliano.

Fonte: Agência Fides
Local: Verona

Mensagem dos delegados das Comissões Nacionais da Pastoral Familiar Cone Sul

Convocados pelo Departamento da Família, Vida e Juventude do Conselho Episcopal Latinoamericano, os bispos, sacerdotes e leigos, Delegados Nacionais do Cone Sul:

Argentina, Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai e como convidados os Delegado da  República Dominicana, nos reunimos no  Centro de Estudos Sumaré, na Arquidiocese de São Sebastião, no Rio de Janeiro, entre os dias 8 e 12 de outubro de 2012, para aprofundar e colocar em prática em nossas terras as reflexões  conclusivas do VII Encontro Mundial das Famílias em Milão, neste ano.

Como comunidade de discípulos missionários compartilhamos nossas vidas e o nosso caminhar eclesial, reavivando, pela graça de Jesus, Maria e José, nossa vocação para a Vida Plena das famílias  e comunidades, as quais consagramos nossa entrega e serviço.

Desde uma leitura teológica e antropológica, á la luz de Aparecida, vislumbramos horizontes, discernimos desafíos e propomos linhas de ação para a Pastoral Familiar em suas dimensões de Familia – Trabalho – Festa: realidades essenciais de nossos povos, que vivem, cada vez mais, nas sombras de una cultura utilitarista e consumista que causa lesões graves a familia e aos ambientes de trabalho e festa.

Queremos ser, como bispos, sacerdotes e leigos, para a Igreja e sociedade contemporânea, discípulos missionários da Verdade de Cristo e anunciar as famílias do Cone Sul que o trabalho e a festa, no projeto de Deus, a partir dos ambientes cristãos, são instrumentos de mudanças radicais para o nosso mundo.

A fé e a esperança que cresceram neste dias de convivência fraterna no Rio de Janeiro, nos impulsionaram com coragem e otimismo, a renovação da Pastoral Familiar, promovendo a santificacão do trabalho e da festa a partir do Encontro com Cristo na Eucaristia, o coração do Domingo.

Confiamos nossos trabalhos a Virgen Maria de Guadalupe, Estrela da Nova Evangelização, e inspirados pela imagem do Cristo Redentor, abrimos nossos braços a todos os que servem as famílias e com quem desejamos construir a Civilização do Amor e a Cultura da Vida.

Rio de Janeiro, 12 de outubro de 2012
Festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida


Fonte: CNBB
Local:Brasília (DF)

Hidrelétricas na Patagônia: o novo colonialismo. Entrevista especial com Dom Luis Díaz Infante de la Mora

"As empresas interessadas em construir hidrelétricas na Patagônia são transnacionais da Itália, especialmente a Enel, e isso nos ajuda a entender que vivemos em uma época de novo colonialismo, porque antes estávamos submetidos ao poder econômico e político da Espanha, hoje da Itália, e amanhã não se sabe de quem", lamenta o bispo de Aysén.

O projeto para a construção de cinco hidrelétricas na Patagônia chilena, aprovado em maio do ano passado pelo governo, sinaliza "um novo colonialismo", diz Dom Luis Díaz Infante de la Mora à IHU On-Line, em entrevista concedida pessoalmente quando esteve na Unisinos participando do Congresso Continental de Teologia. Infante de la Mora vive na região de Aysén, onde está prevista a construção de hidrelétricas. Ele diz que a Patagônia nunca foi valorizada pelos governos chilenos, e hoje desperta interesse internacional porque é vista como um potencial de geração de energia às empesas mineiras que estão localizadas no norte do país. "Há alguns anos se fala na possibilidade de construir hidrelétricas na Patagônia para disponibilizar energia para empresas mineiras, especialmente as de cobre, que estão instaladas no norte do Chile, ou seja, a 2.300 quilômetros de distância da Patagônia. Isso é um equívoco, considerando que há possibilidade de investir em fontes energéticas locais", assinala.

Para o bispo de Aysén, a Patagônia tem despertado interesse internacional porque a "água é um elemento mais essencial do que o petróleo. Portanto, ser dono da água significa ter muito poder". Somente no Chile, informa, "empresas transnacionais, com visão de presente e futuro, têm se ‘adonado' das águas (...) Para se ter uma ideia, cerca de 82% das águas chilenas são propriedade de uma única empresa, e 96% das águas da Patagônia pertencem a uma mesma companhia". E dispara: "Adonando-se dos territórios, as empresas se adonam dos povos, das culturas, por isso falo em colonização. O mais grave é que isso está acontecendo com a cumplicidade dos governos locais e federal".

Luis Díaz Infante de la Mora nasceu na Itália, mas desde 1978 vive no Chile, onde cursou Teologia e Filosofia na Universidad Católica de Santiago. Foi ordenado padre na Bolívia, em 1990, e hoje é bispo de Aysén.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - Em que consiste sua luta, no Chile, pela universalização da água?

Dom Luis Díaz Infante de la Mora - Eu vivo na Patagônia, onde há muita abundância de água. Essa é uma região que sempre foi abandonada pelos governos. Entretanto, nos últimos anos, empresas de todo o mundo estão comprando terras na região, e isso tem chamado a atenção de muitas pessoas, porque a Patagônia sempre foi um lugar esquecido.

Há alguns anos se fala na possibilidade de construir hidrelétricas na Patagônia para disponibilizar energia a empresas mineiras, especialmente as de cobre, que estão instaladas no norte do Chile, ou seja, a 2.300 quilômetros de distância da Patagônia. Isso é um equívoco, considerando que há possibilidade de investir em fontes energéticas locais. Entretanto, o governo chileno aprovou a construção de cinco grandes hidrelétricas em maio de 2011. Esse projeto fez com que a população se manifestasse ou a favor ou contra as hidrelétricas.

Como Igreja, temos a possibilidade de ajudar as pessoas a entenderem essa situação e, para isso, estamos desenvolvendo algumas jornadas pastorais para discutir temas como a água, o meio ambiente, energia. Essas discussões ajudam a população a discernir sobre a finalidade desses projetos. O movimento ecologista, que se opõe a esse projeto, também nos ajuda a compreender que temos de discutir essas questões e associá-las às estruturas de poder, seja econômico, político ou judicial, que estão unidos entre si. Pouco a pouco também fomos descobrindo que a população tem o poder de fazer valer seus sentimentos, suas opiniões, sua cultura, sua fé, e se opor à construção dessas hidrelétricas em prol da Patagônia.

A discussão da Igreja tem nos ajudado a entender a crise ecológica, o aquecimento global, dando um sustento teológico a posturas ecológicas. Tudo isso tem contribuído para que o tema da Patagônia chegue a diversas regiões do Chile.

IHU On-Line - Quais são as empresas interessadas nas terras da região e nos projetos hidrelétricos?

Dom Luis Díaz Infante de la Mora - As empresas interessadas em construir hidrelétricas na Patagônia são transnacionais da Itália, especialmente a Enel, e isso nos ajuda a entender que vivemos em uma época de novo colonialismo, porque antes estávamos submetidos ao poder econômico e político da Espanha, hoje da Itália, e amanhã não se sabe de quem. A italiana Enel é 30% estatal e 70% privada, e os cidadãos italianos estão reclamando e protestando pela intervenção estatal na Patagônia.

IHU On-Line - Como os movimentos ecológicos têm atuado diante dos projetos hidrelétricos? Eles têm representatividade política?

Dom Luis Díaz Infante de la Mora - Cada movimento trabalhava por sua conta e, pouco a pouco, ao compreenderem a sintonia entre os temas envolvidos nesta discussão, fomos nos unindo e, por isso, surgiu o movimento "Patagônia Unida". Na região onde vivo, chamada Aysén [1], não existem universidades, porque a população é pequena. Então, os estudantes que têm de ir para universidade estudam em outras cidades, e eles têm sido o melhor canal de informação desta problemática para o resto do Chile. Por isso, em todo o país há uma grande sintonia e mobilização para que não se destrua a Patagônia. A sociedade civil tem organizado manifestações questionando esses projetos, como a campanha "Patagônia sem Represas", que posteriormente deu origem ao movimento estudantil chileno, organizado no ano passado.

IHU On-Line - Como o governo chileno se posiciona diante desta crítica à construção das hidrelétricas na Patagônia?

Dom Luis Díaz Infante de la Mora - No Chile, o governo atual, da mesma forma como os anteriores, é abertamente neoliberal, porque responde a uma Constituição elaborada em 1980, na ditadura de Augusto Pinochet. Trata-se de uma legislação que possibilita a privatização. Então, o Chile está sendo privatizado: as terras, a água, os recursos naturais estão sendo vendidos às transnacionais. Para se ter uma ideia, cerca de 82% das águas chilenas são propriedade de uma única empresa, e 96% das águas da Patagônia pertencem a uma mesma companhia. Então, o governo atual e os anteriores, que diziam ter um discurso socialista, têm aprofundado a privatização, favorecendo as grandes empresas. Além disso, a Constituição prevê a separação do uso e da posse da terra e da água. Então, se uma pessoa tem um campo e nessa área passa um rio, esse rio não pertence à propriedade. Isso rompe com toda a tradição e a vida das pessoas. Esse modelo só poderá ser rompido com a atuação de movimentos sociais que impeçam ou questionem esse sistema.

IHU On-Line - Na Espanha também tem havido muitas manifestações contra a privatização da água. Essa é uma tendência mundial? Quais as implicações?

Dom Luis Díaz Infante de la Mora - A água é um elemento vital, e sem ela não há vida. Hoje, em uma época de crises globais, tempos de crise ecológica, a água é um elemento mais essencial do que o petróleo. Portanto, ser dono da água significa ter muito poder. É isso o que acontece no Chile: empresas transnacionais, com visão de presente e futuro, têm se "adonado" das águas. Adonando-se dos territórios, as empresas se adonam dos povos, das culturas, por isso falo em colonização. O mais grave é que isso está acontecendo com a cumplicidade dos governos locais e federal. Por isso as organizações, sobretudo as estudantis, estão indignadas não somente com esse governo, mas também com os anteriores.

IHU On-Line - No Brasil também havia uma expectativa em relação aos governos que se apresentavam com um discurso social. No entanto, crescem os projetos desenvolvimentistas que não consideram as questões ambientais e dos povos tradicionais. Como vê a atuação desses governos em toda a América Latina?

Dom Luis Díaz Infante de la Mora - São governos que estão submissos ao poder mundial: ao Banco Mundial, ao Fundo Monetário Internacional - FMI, que ou se submetem a essas políticas marginais ou são marginalizados. Todavia, não existe uma organização que agrupe e proponha outro modelo. Por isso estou convencido de que as mudanças climáticas são um dos elementos críticos que nos ajudam a entender que vivemos uma nova época da humanidade, e não podemos conviver mais com modelos anteriores. Então, os modelos capitalista e socialista que experimentamos até o momento não serão significativos para esta nova época. Os governos atuais - você fala de Lula no Brasil, eu falo de Chile e Argentina - são repetições de governos anteriores, de colonização; governos que estão submissos a poderes internacionais.

IHU On-Line - Qual a expressão da Teologia da Libertação no Chile?

Dom Luis Díaz Infante de la Mora - A expressão que sinto mais evidente é a de que tem proporcionado um desenvolvimento espiritual e ético sobre temas importantes como a água, meio ambiente, estruturas de poder, o qual ajuda as pessoas a tomarem consciência desses poderes. E as respostas a essa tomada de consciência, em alguma medida, já estamos vendo através da reação do povo nas ruas, com manifestações pacificas e, às vezes, violentas. Tenho participado das assembleias que envolvem discussões sobre os impactos das hidrelétricas, com sócios da empresa italiana Enel e da chilena Colbún, responsáveis pelos projetos hidrelétricos. Tenho percebido que não gostam da nossa postura de ajudar as pessoas a tomarem consciência desses temas, porque a reação da população é de rechaço a esse novo neocolonialismo. Em fevereiro e março deste ano houve muitos protestos no Chile, justamente por causa desses temas, que tem levado o governo a replanejar seus projetos, como o do empresário brasileiro Eike Batista. Ele propunha construir a termelétrica Central Castilla, que foi questionada juridicamente por um povoado de 300 habitantes, e posteriormente, rejeitada.

Então, na medida em que as pessoas tomam consciência e não se deixam comprar pelas multinacionais, há esperança, futuro. Precisamos perceber que uma das estratégias dessas multinacionais é comprar nossos bens e nossa consciência. Por isso buscam comprar instituições que podem questionar esses projetos, como, por exemplo, as igrejas. Então, muitas multinacionais compram as igrejas construindo templos, seminários.

IHU On-Line - Isso acontece com frequência?

Dom Luis Díaz Infante de la Mora - No Chile, sim, com frequência. Inclusive há um exemplo real em Megüín, um pequeno povo vilarejo de índios mapuches, onde uma empresa papeleira compra as pessoas para que estejam favoráveis aos seus projetos. Eles dão um valor em dinheiro durante dez anos em troca do apoio das pessoas. Também compraram a Igreja Católica, porque construíram um seminário para ela, e várias capelas. Também compram os fiéis evangélicos, e os pastores recebem um saldo adicional, de acordo com a quantidade de fregueses que incorporam a sua igreja. É uma maneira descarada de comprar as pessoas.

Fonte: IHU On-Line - www.ihu.unisinos.br