quarta-feira, 17 de abril de 2013

Papa chama de cabeçudos os que buscam uma vida eclesial pré-conciliar

Papa Francisco celebrou a missa nesta manhã, dia 16 de abril, pela intenção de Bento XVI que celebra os seus 86 anos. "O Concílio foi uma obra do Espírito Santo. Mas, nestes 50 anos do Concílio realizamos tudo o que foi decidido sob o impulso do Espírito Santo?

Quanto é que o Concílio ajudou a igreja a ser mais forte? Forma estas as perguntas que o papa expressou na sua homilia. O Concílio foi "obra do Espírito Santo, mas passados 50 anos podemos ver que nem todos deram "continuidade como membros da igreja" e encontramos alguns "cabeçudos" que procuram voltar atrás e "tornar o Espírito Santo prata da casa".

O papa partiu do texto da primeira leitura da missa tirada dos Atos dos Apóstolos onde Estevão denomina aqueles que o apedrejam de "cabeçudos" porque se opõem ao Espírito Santo e não reconhecem sua presença.

Na missa, o papa Francisco fez referência ao emérito Bento XVI, seu antecessor, "que o Senhor esteja com ele e o conforte com consolação em abundância. Depois, o papa lhe telefonou para dar-lhe as felicitações pelo seu aniversário, informa a Radio Vaticano.
Para explicar melhor o que significa ter cabeça dura, o papa citou outro texto dos atos quando se fala dos discípulos de Emaús: "cabeças duras e de coração duro para acreditar tudo aquilo que os profetas falaram!" E acrescenta dizendo que ainda hoje "entre nós se constata a resistência ao Espírito Santo".

"Para falar com toda clareza: o Espírito Santo nos incomoda, porque nos impulsiona, nos faz caminhar, empurra a igreja para ir mais adiante. E nós tomamos a atitude de Pedro na Transfiguração: "Ah! Como é bom ficarmos aqui, juntos!... aqui, nada nos incomoda.

Queremos que o Espírito Santo fique parado ... queremos ser donos do E. Santo. Por esse caminho não dá. Porque Ele é Deus, Ele é aquele vento que vai e vem e tu não sabes de onde nem para onde vai. Ele é a força de Deus, aquele que nos dá a consolação e a força para continuar. Mas, ir pra frente! Isto nos incomoda. A acomodação é coisa gostosa".

Hoje parece que estamos "todos muito contentes", mas isso "não é verdade". Para termos um exemplo peguemos novamente o Concílio: "O Concílio é uma obra maravilhosa do E. Santo. Pensai no papa João XXIII que mais se parece com um pároco bonzinho e no entanto ele foi obediente ao Espírito Santo e convocou o Concílio".

Do que o Concílio esperava, o que fizemos nestes 50 anos? Demos continuidade ao que se esperava? Não. Agora festejamos um aniversário, construímos um memorial, mas que Ele não nos incomode mais. Não queremos mudar as coisas. E mais ainda: há por aí vozes que se engrossam pregando o regresso (ao passado). A isto chamamos de "cabeças duras", isto significa querer encurralar o Espírito Santo, isto significa ser doidos e gente de coração duro". "Na nossa vida pessoal essas mesmas situações se repetem - diz o papa - quando o E. Santo nos empurra para seguir por uma estrada mais próxima do Evangelho e nós não queremos".


Para concluir ele disse: "é necessário não criar obstáculos ao E. Santo. É Ele que nos faz livres, mais próximos daquela liberdade de Jesus e própria dos filhos de Deus! Não coloquemos obstáculos ao E. Santo: esta é a graça que eu gostaria que todos pedissem ao E. Santo, aquele Espírito que vem até nós e nos faz caminhar na estrada da santidade, aquela santidade que caracteriza a igreja. Que Ele nos dê a graça da docilidade".

Fonte: www.asianews.org

“A Igreja precisa ir ao encontro dos pobres e ser pobre”, afirma cardeal Hummes

O arcebispo emérito de São Paulo, cardeal dom Cláudio Hummes, na coletiva de imprensa desta terça-feira, 16 de abril, explicou que os trabalhos da 51ª Assembleia Geral dos Bispos da CNBB em Aparecida (SP) vêm sendo realizados em clima de oração e na serenidade.

Além disso, o cardeal apontou que neste encontro dos bispos brasileiros, a Conferência "está enfrentando grandes desafios da vida da Igreja no Brasil".

Sobre o tema central da Assembleia que, este ano trata de "Comunidade de comunidades: uma nova paróquia", dom Cláudio Hummes acredita que as reflexões estão em unidade com o momento da Igreja no país. Para o cardeal o objetivo é "renovar as paróquias para que elas se tornem, verdadeiramente, missionárias e se abram para a missão e a evangelização". Por outro lado, o arcebispo chamou a atenção para o fato de que não basta, apenas, constituir novas comunidades, é necessária a presença de animadores e pessoas comprometidas para coordenarem esses grupos que estão nascendo.

"À medida que as pessoas acolhem a mensagem da Igreja, vão formando, assim, as novas comunidades. O Papa Francisco vem destacando a importância da proximidade com os fieis, num sentido de voltar para a casa com o cheiro das ovelhas", ressaltou dom Cláudio. Em se tratando da missão da Igreja no Brasil, o cardeal tomou, como exemplo, as atividades de evangelização na Amazônia que apresentam desafios, como a distância, o isolamento das comunidades e falta de padres e missionários. Porém, "a Igreja da Amazônia nos dá muitas alegrias. Lá os padres precisam suar a camisa. São missionários que voltam felizes para a casa depois de um dia de muito trabalho", disse dom Cláudio.

"A proposta que está sendo estudada é, justamente, sair das periferias e ali tornar presente a Igreja. Não apenas com a celebração de missas, mas uma presença permanente através de pequenas comunidades", explicou. As reflexões da Assembleia Geral estão convergindo, de acordo com o cardeal, na perspectiva de que a prioridade de evangelização "é as regiões mais pobres e de paróquias que têm suas periferias". Neste contexto, "a Igreja precisa ir ao encontro dos pobres e ser pobre em qualquer lugar e dar o exemplo", apontou o cardeal. Dom Cláudio lembrou que os bispos reunidos na Assembleia Geral enviaram mensagem ao Papa Francisco onde relataram os andamentos dos trabalhos e também emitiram uma saudação ao Sumo Pontífice no aguardo de sua viagem ao Brasil, no mês de julho, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro.

Fonte: CNBB

Dom Francesco Biasin: “O ecumenismo tem como centro a pessoa, a mensagem, o testemunho e, sobretudo, o testemunho da paixão, morte e ressurreição do Senhor”

O bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda (RJ) e Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso, dom Francesco Biasin participou da coletiva de imprensa da 51ª Assembleia Geral dos Bispos, da terça-feira, 16 de abril.

Dom Francesco explicou aos jornalistas que o ecumenismo é o movimento de diálogo e intercâmbio entre as igrejas cristãs. Ele lembrou que o ecumenismo nasceu no mundo protestante, em 1910, com o propósito de proclamar Jesus Cristo e promover a união no testemunho de Jesus como o Senhor.

“O ecumenismo tem como centro a pessoa, a mensagem, o testemunho e, sobretudo, o testemunho da paixão, morte e ressurreição do Senhor”, disse dom Francesco.

O bispo ressaltou que o diálogo inter-religioso é o diálogo entre religiões diferentes. E explicou que a origem do diálogo inter-religioso é bíblica. “São apresentados fatos no Antigo Testamento que Israel se encontra com expoentes de outra religião. Desde Abraão que se encontrou com o sacerdote Melquisedeque, era o sacerdote do Deus vivo, mas não pertencia a raça de Israel e ele acolheu Abraão, o abençoou e, Abraão ofereceu a sua oferenda e lá houve um encontro entre expressões religiosas diferentes”, lembrou.

Questionado sobre como promover o ecumenismo, dom Francesco respondeu que “o caminho será bonito na medida em que cada Igreja e cada tradição religiosa cristã apresentar o melhor de si para que haja uma unidade pluriforme e reconciliada. Onde várias expressões da vida de fé colocadas em comum e, doadas a todas às Igrejas, possam expressar a riqueza e a variedade dos dons que Deus fez surgir através das divisões do passado”.

No final do 7º dia da Assembleia foi realizado o tradicional Culto Ecumênico da CNBB que contou com as presenças da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, Igreja Presbiteriana Unida, Igreja Episcopal Luterana do Brasil e da Comunidade Pentecostal Carisma. O culto foi presidido pelo Primaz do Brasil da Igreja Anglicana, dom Maurício Andrade que fez uma reflexão a partir das leituras bíblicas. “Isso é o sinal de que as Igrejas que possuem sensibilidade ecumênica querem manter o espírito ecumênico, o diálogo, o intercâmbio, a oferta de dons, além da troca de riquezas”, apontou dom Fracesco.

Fonte: CNBB

No mundo existem entre 5 e 8 milhões de crianças trabalhadoras: Dia Mundial contra a Escravidão Infantil

Como todo ano, em 16 de abril celebra-se o Dia Mundial contra a Escravidão Infantil. A data foi instituída em 1995, após o assassinato de um menino paquistanês de 12 anos que havia denunciado os abusos sofridos desde 4 anos, quando seu pai o vendeu para pagar uma dívida. O fenômeno das crianças trabalhadoras, escravizadas, exploradas e vendidas é comum em muitos países do sul do mundo, assim como na Europa, onde milhares de menores são obrigados a se prostituir ou a mendigar. São de 5 a 8 milhões as pequenas vítimas. Em 27 países europeus, segundo dados recentes da Eurostat, difundidos pela responsável dos Direitos da Infância da Save The Children, entre 2008 e 2010, foram identificadas 23.632 vítimas do tráfico, embora sejam muitas mais e frequentemente usadas para cometer crimes. Na Grã-Bretanha, muitas crianças exploradas na mendicância são vistas em um bairro e sucessivamente em outro. Na Espanha, são obrigadas a prostituir-se. Além da exploração sexual, as condições em que estes menores trabalham, igualmente graves, comportam riscos para sua saúde física e emotiva. Exemplo destas situações são os pequenos explorados nas minas de carvão no Brasil, os que rompem pedras no Benim, os menores usados na extração de diamantes na Serra Leoa ou do metal coltã na República Democrática do Congo, além dos meninos-soldados nos países em conflito, dos explorados sexualmente, ou dos que são comprados para trabalhos domésticos. No Haiti, mais de 300 mil destes, pobres e de zonas rurais, são vendidos por suas famílias com a esperança de uma vida melhor, mas na realidade, têm um fim diferente. Em Camboja, muitos agricultores os vendem para pagar dívidas, mas as vítimas são revendidas como mão de obra ou para serem abusadas sexualmente.

Fonte: Agência Fides
Local: Roma

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Em Missa Solene, episcopado brasileiro reza pelos bispos eméritos

Os bispos do Brasil participaram na manhã desta sexta-feira, 12 de abril, da Celebração Eucarística, às7h30, no Altar Central, do Santuário Nacional.

A celebração deste terceiro dia da 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi em Ação de Graças pelos bispos eméritos da Igreja no Brasil.

A missa foi presidida pelo cardeal dom Geraldo Magela Agnelo, arcebispo emérito da arquidiocese de São Salvador da Bahia.

Em sua homilia, dom Geraldo Magela destacou o questionamento de Jesus para Filipe: ‘Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?’

Jesus disso para colocá-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. O Cardeal ressaltou que esta passagem lembra a pergunta de Moisés a Javé. “De fato, Jesus põe a disposição a sua intervenção”, afirmou.

Aos fiéis presentes no Santuário Nacional, dom Geraldo explicou que Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os e fez o mesmo com os peixes. Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: ‘Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca’.

“A nossa pequena obra vem multiplicada. O pão que Jesus oferece é sinal de eternidade. Deve-se a fé, a olhar o Pai através de Jesus. Na economia da salvação tudo tem valor. Reconhecemos em Jesus, o Messias. Como este pão partido e recolhido tornou-se uma coisa só, assim se recolha a tua Igreja nos confins da Terra”, acrescentou.

Finalizando sua reflexão, dom Geraldo Magela Agnelo pediu a intercessão de Nossa Senhora Aparecida pelos bispos eméritos. “Te agradecemos Pai por habitar em nossos corações e pela nossa fé. Pedimos de modo particular pela nossa Igreja que vem da fraternidade. Que Maria, mãe de Jesus e nossa mãe esteja sempre conosco”, concluiu.

Fonte: CNBB

Bispos estudam texto do Diretório de Comunicação para a Igreja no Brasil

Durante a tarde desta quinta-feira, 11 de abril, os bispos que participam da 51ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP) realizaram, em grupos, um estudo sobre o texto do Diretório de Comunicação para a Igreja no Brasil. Antes, acompanharam uma exposição do conteúdo do documento, coordenada pela Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação.

O presidente da Comissão, dom Dimas Lara Barbosa, acompanhado dos assessores e especialistas que colaboraram na elaboração do Diretório, recordou o processo de construção do mesmo. “Este texto vem sendo trabalhado há muito tempo, inicialmente como texto de estudos. A partir da experiência com o texto do Diretório italiano, recebemos contribuições que vieram de todo o Brasil, e podemos dizer que o texto que temos agora é praticamente novo”, explicou.

Dom Dimas enfatizou que, se aprovado, a Igreja no Brasil será a segunda no mundo a ter um diretório como este, que será importante para a articulação das diferentes iniciativas existentes neste campo. Com dez capítulos, o diretório trata das mudanças e práticas culturais com o avanço da tecnologia e também dos desafios da ação pastoral da Igreja no campo da comunicação.

Os bispos realizam estudos em grupos durante a segunda sessão da tarde desta quinta-feira, e deverão voltar ao tema nos próximos dias desta Assembleia Geral.

Outros trabalhos

Também durante esta tarde, foi apresentado ao episcopado o relatório da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada. O bispo auxiliar da Arquidiocese de Aparecida, dom Darci José Nicioli, apresentou uma comunicação sobre o projeto da celebração dos 300 anos da devoção a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

Fonte: Brasil

Cimi repudia Criação de Comissão Especial Sobre PEC 215/00

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos (CNBB), publicou na quinta-feira, dia 11 de abril, uma declaração contra o Ato do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que criou a “Comissão Especial destinada a apreciar e proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 215-A, de 2000, do Sr. Almir Sá, que ‘acrescenta o inciso XVIII ao art. 49; modifica o § 4º e acrescenta o § 8º ambos no art. 231, da Constituição Federal’”.

Leia o texto do Cimi:

O Cimi manifesta profunda indignação e repudia com veemência o Ato do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), publicado neste dia 11 de abril de 2013, que criou a “Comissão Especial destinada a apreciar e proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 215-A, de 2000, do Sr. Almir Sá, que ‘acrescenta o inciso XVIII ao art. 49; modifica o § 4º e acrescenta o § 8º ambos no art. 231, da Constituição Federal’”.

A PEC 215/00  inclui dentre as competências exclusivas do Congresso Nacional a aprovação de demarcação das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, a titulação de terras quilombolas, a criação de unidades de conservação ambiental e a ratificação das demarcações de terras indígenas já homologadas; estabelecendo que os critérios e procedimentos de demarcação serão regulamentados por lei.

O Ato do presidente da Câmara constitui-se num atentado à memória dos deputados Constituintes, ataca de forma vil e covarde os direitos que os povos indígenas conquistaram a custo de muito sangue e atende os interesses privados de uma minoria latifundiária historicamente privilegiada em nosso país.

O Cimi se solidariza com os povos indígenas do Brasil em mais este momento difícil em suas vidas e externa confiança na inquebrantável capacidade de resistência e superação que os povos tem demonstrado nestes cinco séculos de colonização do país.

Brasília, DF, 11 de abril de 2013

Conselho Indigenista Missionário

"A interpretação da Sagrada Escritura deve ser sempre autenticada pela tradição da Igreja" - Papa Francisco à Pontifícia Comissão Bíblica

Durante esta manhã o Santo Padre recebeu em audiência a Pontificia Comissão Bíblica. No seu discurso o Papa Francisco realçou a escolha do tema da reunião desta Comissão: "A inspiração e a verdade da Bíblia", um tema que o Santo Padre considerou não ser apenas relativo a cada um individualmente mas a toda a Igreja, visto que a vida e a missão da igreja se fundem sobre Palavra de Deus. E a Palavra de Deus precede e excede a Bíblia, pois a nossa fé - diz o Papa - não se baseia apenas e só num livro mas numa pessoa, Jesus Cristo. Precisamente porque o horizonte da Palavra divina abraça e estende-se para além da Escritura, para a compreender adequadamente é necessária a constante presença do Espírito Santo que nos leva a toda a verdade. Assim, o Santo Padre afirma que:

"O Concílio Vaticano II reiterou com grande clareza na sua Constituição Dogmática Dei Verbum que tudo quanto concerne ao modo de interpretar a Escritura está submetido em última instância ao juízo da Igreja, a qual assume o divino mandato e ministério de conservar e interpretar a palavra de Deus."

E o Papa Francisco concretizando na realidade do serviço dos presentes afirma dizendo que:

"...o esegéta deve estar atento a perceber a Palavra de Deus presente nos textos bíblicos colocando-os no interior da própria fé da Igreja. A interpretação da Sagrada Escritura não pode ser apenas um esforço científico individual, mas deve ser sempre confrontada, inserida e autenticada pela tradição da Igreja."

Fonte: Rádio Vaticano

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Dom Giovanni D’ Aniello preside missa da 51ª Assembleia Geral

A Santa Missa desta quinta-feira (11), da 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi em Ação de Graças pelos bispos nomeados desde a última Assembleia Geral realizada em 2012.

A Celebração Eucarística, que reuniu todos os Bispos do Brasil diante do Altar de Nossa Senhora Aparecida, foi presidida pelo Núncio Apostólico, dom Giovanni D’ Aniello.

Por ocasião de sua Assembleia Geral, a CNBB alimenta em seus momentos orantes a vida e o ministério dos seus membros e faz a oração de Ação de Graças pela nomeação de novos bispos, a oração de gratidão pelo ministério dos bispos eméritos e a oração em sufrágio dos bispos falecidos.

Em sua homilia, dom Giovanni D’ Aniello saudou os bispos presentes na assembleia, em especial, aos bispos nomeados no último ano.

Dom Giovanni pediu aos bispos que estejam sempre na busca pela mudança, tornando o Cristo o centro da própria vida. “Assumir a Cristo como critério de salvação. A fé é dada aos que obedecem e Jesus é aquele que vem, do alto e do céu. Está acima de todas as criaturas e todas as coisas. O mistério pascal nos leva a plenitude”, afirmou.

Núncio Apostólico ressaltou que algo novo, profundamente novo, aconteceu durante a ressureição. “Obedecer não é mais submeter-se. É um processo de crescimento. A liturgia de hoje nos diz que é preciso caminhar com Cristo. Confessar e santificarmos com Ele”.

Aos novos bispos, dom Giovanni D’ Aniello pediu a doação pessoal que deve acompanhar o ministério apostólico e empenho em suas iniciativas.

Dom Giovanni Felicitou os bispos lembrando do ministério apostólico que traz alegrias,  esperanças e também dificuldades. “Saibam que não estão sozinhos, Estão unidos ao Papa e todos os membros do colégio episcopal do Brasil e do mundo inteiro”, afirmou.

Citando o Papa Francisco, dom Giovanni afirmou que cada ministério deve ter a vontade de servir o Evangelho ajudando a Igreja a contemplar Cristo, para que os fiéis possam encontrar o caminho, a verdade e a vida, tornando – os homens novos. “Confio à proteção de Nossa Senhora Aparecida os nossos trabalhos nesses dias de assembleia, para que possamos também testemunhar a fé autêntica. Asseguro-lhes as minhas orações”, finalizou o Núncio Apostólico.

Fonte: CNBB

terça-feira, 9 de abril de 2013

Pastoral universitária na Europa: bispos querem "reabrir questão de Deus"

Relação entre ciência e fé no meio académico dominou encontro em Paris, promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa.
Responsáveis do setor da pastoral universitária católica de toda a Europa concluíram este domingo um encontro de três dias em Paris, onde debateram soluções para uma maior aproximação entre a ciência e a fé.
De acordo com o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), entidade organizadora do evento, atualmente aquelas duas áreas "ainda são encaradas como se fizessem parte de dois blocos irreconciliáveis", mas esta "separação não corresponde à verdade".

"O verdadeiro problema reside na distinção entre fé e razão, entre a fé e a visão que cada pessoa tem da verdade", pois "frequentemente atribui-se valor científico a algo que não é ciência", salienta o organismo católico, que reuniu na capital francesa cerca de 40 pessoas de 22 países, entre bispos, delegados pastorais e representantes de associações e de movimentos nacionais.

Sob a coordenação do presidente da secção do CCEE para a "Catequese, Escola e Universidade", o bispo polaco Marek Jedraszewski, e com o apoio de diversos peritos, o grupo de reflexão chegou à conclusão de que "é necessário promover a aproximação entre as diversas disciplinas do pensamento humano e a própria religião".
A universidade deve ser "um local de confrontação, de troca de opiniões e de reflexão, um lugar que permita alargar os horizontes e reabrir a questão de Deus", sustenta o comunicado da CCEE, que considera essencial mostrar as estudantes "o quanto a crença em Deus e uma vida de fé pode ser intelectualmente respeitável e entusiasmante".

"A ciência é um caminho possível para o encontro pessoal com Deus, e a fé não depende de uma equação, de um algoritmo ou de uma fórmula científica", afirma o texto final do encontro, que critica a tentação de transformar a "pessoa apenas numa soma de elementos físicos".
Os responsáveis pela pastoral universitária do Velho Continente lamentam que "o diálogo na esfera académica" fique muitas vezes a meio caminho devido a um "ateísmo agressivo", que "bloqueia qualquer forma" de abordagem.

Aqueles agentes alertam para a importância de recusar "extremismos", tanto por parte dos que reclamam a primazia da ciência sobre a crença como também pelos que apoiam a "visão criacionista do mundo".
"É necessário falar corretamente sobre a história do relacionamento entre a ciência e a Igreja", e cortar com uma "visão simplista e por vezes distorcida" também responsável pela "ideia de uma Igreja obscura", sublinha o CCEE.

Segundo os responsáveis pela pastoral universitária na Europa, enquanto "ao longo da história alguns governos tentaram alimentar uma percepção do mundo baseada numa visão científica limitada e específica da realidade, o catolicismo teve sempre como objetivo conciliar todos os elementos da verdade de modo a revelar a verdade absoluta, que é Jesus Cristo".

Neste âmbito, o diretor do Centro de Ciência e Religião Ian Ramsey, da Universidade de Oxford, de Inglaterra, frei Pinsent, recordou "o número elevado de cientistas cristãos que ao longo dos séculos contribuíram para a análise científica da verdade".
Agência Ecclesia

Fonte: JCP - Ecclesia

Pastorais da Juventude lançam cartaz e subsídio para a Semana da Cidadania 2013

A Semana da Cidadania (SdC) ocorre todos os anos, desde 1996 durante os dias 14 a 21 de abril e enfatiza a dimensão sociopolítica como parte do processo de formação integral promovido pelas Pastorais da Juventude do Brasil (PJ, PJE, PJMP e PJR), juntamente com os Centros e Institutos de Juventude, sendo uma de suas três Atividades Permanentes e atividade oficial da Igreja no Brasil.

É uma ação do discipulado missionário de milhares de grupos de jovens e militantes organizados como Igreja nas comunidades, nas escolas, nos meios populares e nas comunidades rurais. É o exercício do anúncio evangélico de vida plena; anúncio engajado na realidade concreta dos sujeitos jovens, comprometido com a reparação das injustiças e com a construção da igualdade social, como sinais do Reino de Deus.

A Semana da Cidadania constitui parte de nosso compromisso apostólico de anunciar e construir vida plena. É um espaço para a convocação de novos grupos de jovens e para despertar para a vida comunitária e é nossa oportunidade, como jovens, de compor a história da construção dos nossos direitos.

Com a proposta de lutar pela vida da juventude e enfatizar a necessidade deste diálogo, é que neste ano de 2013 a Semana da Cidadania abordará a temática "Juventude: vidas pela vida"inspirada pelo lema "Pastorais da Juventude contra a redução da maioridade penal".

A defesa da vida da juventude sempre foi pauta dos trabalhos e ações desenvolvidas pelas Pastorais da Juventude, por isso, neste ano em que a Campanha da Fraternidade trabalhou como tema: Fraternidade e Juventude queremos evidenciar ainda mais a defesa da vida, dizendo não à redução da maioridade penal, por entendermos que esta mudança na lei permitirá que mais vidas sejam comprometidas em sua formação integral.

A sociedade, por conta do aumento da participação de adolescentes e jovens em delitos e crimes noticiados diariamente acaba por acreditar que esta proposta responderá a este problema social. Porém, entendemos que somente com a efetivação das políticas públicas, melhorias no acesso à educação, à saúde, ao emprego, ao lazer, etc, permitirão a mudança tão sonhada nos índices de criminalidade que envolve a juventude. Seguindo ao Cristo Jovem, que não temeu os doutores da Lei, também nós, jovens das Pastorais da Juventude, não tememos em dizer que somos contra a redução da maioridade penal.

Materiais

Para fazer download dos materiais da Semana da Cidadania, basta acesso aos links abaixo:

- Subsídio: http://migre.me/dZBGW

- Cartaz: http://migre.me/dZBJy

- Banner: http://migre.me/dZBKw

Atividades Permanentes 2013

Todos os anos as Pastorais da Juventude realizam três Atividades Permanentes, que são parte de sua ação no cuidado com a vida da juventude, ao modo de Jesus de Nazaré, e do processo de formação integral que desenvolvem com os/as sujeitos jovens. A Semana da Cidadania (SdC), a Semana do Estudante (SdE) e o Dia Nacional da Juventude (DNJ)são realizadas como um processo, por isso são organizadas a partir do planejamento das ações das Pastorais no ano e têm os/as jovens como protagonistas. Sendo que a partir de 2011, o DNJ é realizado em parceria com as diversas expressões de juventude da Igreja do Brasil.

São realizadas em sintonia com a Campanha da Fraternidade, com o Documento 85 da CNBB - Evangelização da Juventude e com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil.

Para o triênio 2012-2014 as Atividades Permanentes terão como eixo norteador a expressão: A defesa da vida na construção da Civilização do Amor. Dialogando também com a Campanha Nacional contra a violência e o extermínio de jovens e com o Projeto de Revitalização da Pastoral Juvenil na América Latina.

Em 2013, ano que a Igreja celebra os 50 anos de abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II e o Ano da Fé e ainda no Brasil teremos um ano voltado para a temática juvenil, com a realização da Campanha da Fraternidade sobre juventude e a JMJ no Brasil, sendo assim não nos faltam razões para caminhar juntos.

Dentro da ação pastoral com jovens no Brasil e na América Latina o caminho nos direciona para o lugar bíblico de Betânia, lugar de acolhimento e compromisso com o Reino e é com esta certeza que procuramos nas Atividades Permanentes deste ano várias formas de estar com Jesus, de caminhar com Ele na construção do Reino. Neste caso, encontrar e caminhar com Ele é também encontrar com a comunidade, com o grupo, com a família, com a cultura, com a religião, com as dores do povo, do planeta, com as lutas, as conquistas e os sonhos dos/as jovens.

Fonte:Pastoral da Juventude - www.pj.org.br

Arquidiocese de Brasília envia duas leigas para Missão em Roraima

Mais duas leigas missionárias de Brasília (DF) viajaram para Roraima pelo projeto Igrejas-Irmãs. São elas, Maria das Graças Dias, da Paróquia N. S. do Carmo, de Taguatinga e Maria José de Castro, da Vila Planalto. A cerimônia do envio foi realizada neste domingo, dia 07, na cidade de Taguatinga, entorno de Brasília, com a presença de amigos, familiares e paroquianos.

A partida destas missionárias para a paróquia São José de Caracaraí (RR) faz parte do projeto Igrejas-Irmãs entre a Arquidiocese de Brasília e a diocese de Roraima. A paróquia corresponde a dois municípios: o de Cacracaraí com 47.000 Km² e o de Iracema com 14.000Km². Lá já atuam os padres Fabrício Araújo dos Santos e Tiago Pereira Paz, além de três leigas, Edileuza da Conceição Souza, Maria Goreti Alves Pessoa e Meromelina Gonzaga de Souza. As novas missionárias vão atuar na área administrativa e na evangelização popular, com visitas a famílias e encontros de bíblia.

O Coordenador do Conselho Missionário Regional (COMIRE) de Brasília, padre Jomelito Ferreira de Melo, ao presidir a cerimônia do envio, destacou o grau de doação e desprendimento das missionárias, “pois aqui deixam o trabalho e a família para se dedicarem inteiramente na evangelização no interior de Roraima. Elas atenderam ao chamado de Cristo que pediu a pregação do Evangelho até os confins do mundo”.

Já a coordenadora do Conselho Missionário Diocesano (COMIDI) de Brasília, Dea Duarte Queiroz, revelou que esta é a segunda vez que as duas missionárias vão trabalhar em Roraima. A primeira, foi em 2007 - 2010, dentro do Projeto inicial de ajuda missionária. Agora, vão ficar à disposição da Igreja, por mais dois anos, deixando a vida profissional, o trabalho, os amigos e família. Maria José de Castro é funcionária do Ministério da Agricultura. Solicitou e ganhou uma licença para dedicar-se por dois anos, gratuitamente. E Maria das Graças Dias é aposentada. Ambas são líderes da ação missionária em Brasília e constituem um exemplo de ardor missionário.

Para o bispo de Roraima, dom Roque Paloschi, o projeto Igrejas-Irmãs é uma grande bênção para a Igreja no Brasil, particularmente para a Amazônia, uma região que foi sempre muito confiada aos Institutos e congregações. “Agora chegou o momento de a Igreja no Brasil olhar para a Amazônia com uma responsabilidade maior no envio de missionários”. Na avaliação do bispo, a experiência de colaboração da arquidiocese de Brasília com a diocese de Roraima “tem sido um caminho de fecundidade, com os problemas inerentes a todo o tipo de ação. Por outro lado, isso tem ajudado a criar um vínculo de proximidade entre as nossas igrejas”.

Dom Roque destaca ainda a presença dos leigos e leigas no projeto, que segundo ele, “dão um colorido diferenciado para a Missão. Isso ajuda a superar a ideia de que a Missão é somente para padres e religiosas esquecendo de que, toda a Igreja ou é missionária ou ela deixa de ser Igreja. Avaliamos positivamente essa experiência rica e somos gratos à Arquidiocese de Brasília e a todos os missionários e missionárias que tem atuado nessa missão”, ressalta dom Roque.

Fonte: Camilo Simon - POM

Pastoral da Juventude da diocese de Criciúma inicia nova turma da EDEJU

A Pastoral da Juventude (PJ) da diocese de Criciúma (SC) dá início nesta sexta-feira, 05 de abril, à sétima turma da Escola Diocesana de Evangelização da Juventude “Padre Ludgero Buss”, (EDEJU).

A primeira etapa de formação acontecerá na Casa de Encontros da Congregação de São José (Josefinos de Murialdo), em Balneário Arroio do Silva, e será assessorada pelas psicólogas Heverlin Cirimbeli Giassi e Diomara Fernandes Réus. Ainda na sexta-feira, às 20h30, acontecerá a missa de abertura, presidida pelo bispo dom Jacinto Inacio Flach.

diocese de criciumaCom o objetivo de capacitar jovens que assumam a missão de evangelizar, em especial a juventude em suas comunidades, a EDEJU é realizada em cinco etapas, em finais de semana alternados durante o ano. “Espera-se que os jovens, ao final da escola, sintam-se animados e preparados para articular grupos de jovens e participar da vida da comunidade, contribuindo para a construção da ‘Civilização do Amor’, com seu jeito de ser, crer e viver”, ressalta o coordenador da PJ, Marcos Tramontin Serafim.

Segundo Serafim, a EDEJU tem proporcionado fundamental espaço de formação, espiritualidade e cultivo para os jovens que atuam nas diferentes realidades da diocese de Criciúma, fortalecendo lideranças nos grupos de base e preparando os jovens para assumirem serviços de coordenação em seus espaços de atuação, sejam comunitários ou paroquiais.

A sétima turma da EDEJU contará com a participação de cerca de 30 jovens das paróquias da diocese de Criciúma e terá em sua programação:

1ª Etapa
Juventude e Dimensão Pessoal
Data: 05 a 07 de abril de 2013
Local: Casa dos Josefinos de Murialdo, Balneário Arroio do Silva

2ª Etapa
Igreja, Comunidade e Grupo
Data: 17 a 19 de maio de 2013
Local: Paróquia São Paulo Apóstolo, Michel, Criciúma

3ª Etapa
Identidade, Missão e História da PJ
Data: 21 a 23 de junho de 2013
Local: Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Forquilhinha

4ª Etapa
Juventude e Espiritualidade Cristã
Data: 27 a 29 de setembro de 2013
Local: Paróquia São Marcos, Nova Veneza

5ª Etapa
Juventude e Sociedade
Data: 08 a 10 de novembro de 2013
Local: Casa dos Josefinos de Murialdo, Balneário Arroio do Silva

Fonte: Pastoral da Juventude

Papa Francisco encontrou-se com Ban Ki-Moon, Secretário-Geral da ONU

O Santo Padre recebeu em audiência nesta terça-feira de manhã o Secretário Geral da Organização das Nações Unidos, Ban Ki-moon, que sucessivamente se encontrou também com o Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado, que se encontrava acompanhado do subsecretário do Vaticano para as relações com os Estados, Mons. Antoine Camilleri.

Como se informa em comunicado oficial, “o encontro, que se coloca na tradição das audiências concedidas pelos pontífices aos vários Secretários Gerais das Nações Unidas, ao longo dos tempos, quer exprimir o apreço que a Santa Sé nutre pelo papel central da Organização, na preservação da paz no mundo, na promoção do bem comum da humanidade e na defesa dos direitos fundamentais do homem”.

“Nos colóquios, cordiais (prossegue o texto), foram abordados temas de interesse recíproco, em especial sobre situações de conflito e de grave emergência humanitária, sobretudo na Síria, e outras – como a da península coreana e no continente africano – onde se encontram ameaçadas a paz e a estabilidade.

Fez-se também referência ao problema do tráfico de pessoas, em especial das mulheres, e às questões dos refugiados e dos migrantes. O Secretário Geral da ONU, que iniciou recentemente o seu segundo mandato no carto, expôs o seu programa para os próximos cinco anos, centrado nomeadamente na prevenção dos conflitos, na solidariedade internacional e no desenvolvimento económico équo e sustentável

Papa Francisco, por sua vez, recordou também o contributo da Igreja Católica, a partir da sua identidade e com os meios que lhe são próprios, a favor da dignidade humana integral e para a promoção de uma Cultura do Encontro que concorra para os mais altos fins institucionais da Organização”.

Fonte: Rádio Vaticano

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Missionárias Scalabrinias realizam Capítulo Provincial em São Paulo

Teve início na manha de ontem, quinta-feira, dia 04, o 19º Capítulo Provincial das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo-Scalabrinianas da Província Nossa Senhora Aparecida, São Paulo.

De acordo com a Superiora Provincial, Irmã Neusa de Fátima Mariano, o evento tem como objetivo principal indicar as capitulares para o 13º Capítulo Geral Eletivo que acontecerá em novembro de 2013 no Brasil.

"Além de nos atermos à preparação do Capítulo Geral da Congregação que se realizará no Brasil em novembro e apurar suas delegadas, apresentaremos também a realidade atual da Província por meio do relatório destes últimos seis anos", disse.

As missionárias escolheram como tema iluminador para este evento, ‘Vocação Scalabriniana, testemunha de esperança e profecia' e o lema ‘Erguei os vossos olhos e olhai os campos'(Jo 4,35), escolhido em base às principais necessidades da Congregação e busca de maior fidelidade à missão scalabriniana de servir e acompanhar os migrantes e refugiados.

"Nesse momento atual da sociedade, ser sinal profético é ser sinal de esperança no contexto das migrações. Cada vez mais cresce os desafios e as demandas que decorrem das migrações, dentro de uma sociedade globalizada, onde o fenômeno migratório cresce cada vez mais somos chamadas a ser um sinal de profecia e esperança e promover vida em abundância aos migrantes e aos refugiados", relatou.

A Irmã ressaltou ainda que a diminuição das vocações tem constituído uma das grandes preocupações para a Congregação.

"Estamos convictas de que nada vale investirmos na Animação Vocacional, como missionárias religiosas scalabrinianas para os migrantes, se não renovarmos com coragem e ousadia profética a nós mesmas naquilo que é essencial para a nossa razão de ser, conviver e atuar na Igreja e no mundo das migrações", concluiu.

Uma Celebração Eucarística, presidida pelo diocesano e assessor da Vida Religiosa na Diocese de Jundiái, padre Alberto Simionato, marcou o início do Capítulo.

Em sua homilia o padre ressaltou a força de Jesus manifestada na ressurreição e que impele os discípulos/as saírem em missão como testemunhas. "Jesus se mostra à comunidade cristã desvelando o coração de seus discípulos para acreditarem. Jesus fala para eles sobre o que realizava na força da profecia. E tudo que o discípulo faz deve ser em nome e por causa do ressuscitado. Seu nome é poderoso e ele é capaz de dar a visão e o poder de andar, assegurou.

Participam deste Capítulo, as Irmãs vindas dos mais variados campos de missão em Colômbia, Honduras, Equador e Bruxelas e dos seis estados do Brasil onde a Província atua: Espírito Santo, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Bahia.

Na tarde desta quinta, as capitulares fizeram a apuração dos votos das delegadas da Província Nossa Senhora Aparecida ao Capítulo Geral, vindos das 29 comunidades que compõem a Província Nossa Senhora Aparecida.

Fonte: Rosinha Martins - Assessoria de Imprensa Scalabrinias

Missão no Haiti



Frei capuchinho brasileiro relata a experiência de missão entre os haitianos.

Jornada no Haiti

Alguns dias atrás estive pensando: seria o cúmulo do egoísmo comprar ou ganhar uma garrafa de vinho, do bom, e tomar sozinho! Nada melhor e mais fraterno do que convidar um, ou alguns irmãos, para uma boa conversa, para uma simples partilha. O que pensam? Parece bom, não é? Imagino-me agora, então, junto a vocês que lêem este artigo, tomando este bom vinho e partilhando minha rica experiência de ter estado no Haiti. Vamos tomar este bom vinho? Espero que gostem também da partilha!

No ano de 2011 fui agraciado com um dos mais belos presentes que um religioso poderia receber: realizar uma experiência missionária na comunidade de Abacou, no Haiti. A princípio seria em Corail, mas como os planos de Deus não são os planos dos homens, o meu destino acabou sendo este vilarejo encantador chamado Abacou.

Os frades capuchinhos estão no Haiti para desenvolver a missão nas suas mais variadas características. Francisco de Assis sempre nos ensinou a viver assim, não escolhendo o que fazer, mas abraçando o que a providência oferece, vivendo a "perfeita alegria" da missão. Para isso, os freis priorizam o encontro e a relação com as pessoas. E foi essencialmente para isto que fui: ser um irmão entre os irmãos haitianos.

De todos os momentos vividos e de todos os trabalhos realizados, algo ficou em mim, mas o mais forte que me vem à consciência cotidianamente é a lição do amor e da simplicidade daquele povo. É claro, ficaram ainda as amizades feitas, os abraços apertados, as longas caminhadas, os risos bobos, as brincadeiras com as crianças, os sorrisos que reciprocamente cada dia se faziam presentes em nossos rostos sem motivos especiais, as conversas à luz da lua que a todo momento borrifam em minha memória o perfume da missão que comunguei.

Esta "jornada no Haiti", como carinhosamente tenho chamado, pode ser dividida em dois grandes momentos: primeiro, enquanto uma presença humilde na fraternidade e nos locais por onde passei; presença que não foi para tirar simplesmente proveito pessoal, mas para se dedicar aos que mais necessitam, por causa de um tal de Reino. E, junto a isto, o aprendizado do Creol (idioma popular haitiano), pois assim mais facilmente consegui chegar aos corações das pessoas.

Segundo, a colaboração com a missão que se deu através de trabalhos manuais na casa dos freis e na paróquia onde ajudei em suas organizações, visitando os doentes e famílias, conduzindo celebrações no pequeno vilarejo, colaborando na escola de informática, acompanhando o grupo Juventude Franciscana (JUFRA), entre outros. Foram dias de desafios e conquistas, choros e alegrias, vivências e convivências. Dias de intensa experiência franciscana-capuchinha.

Mas o que ainda gostaria de ressaltar é como via minha presença no Haiti. Desde minha opção em estar lá, tive em mente que não iria como uma presença solitária ou isolada, mas o pós-noviciado da nossa província do Rio Grande do Sul é que estaria contribuindo com a missão.

Desafios? Sim, existiram, mas sempre foram regados pelo amor. Onde há amor tudo pode ser encarado de forma diferente. O amor ensina-nos dar passos sempre com um sorriso no rosto, a manter o olhar sempre no horizonte, na causa. O amor sustenta, encoraja e até ensina a rir das dificuldades.

Os desafios foram muitos e grandes, porém, incomparáveis com a graça de Deus nesta experiência missionária. Depois dela, sinto-me um humano diferente, um frade diferente. Vejo-me mais cuidadoso, mais sensível, mais atento, mais terno, mais brincalhão com as pessoas, principalmente com aquelas que estão diariamente ao meu lado. Esta missão foi minha grande escola. Ao escrever agora, estou retomando cada lição. É, aprendi a aprender com quem muito pouco tinha. No final desta experiência, talvez pudesse me perguntar: o que aprendi? Ah, tanto! Mas, principalmente, aquilo que o poeta já escreveu e o cantor já entoou: o segredo é simples, o segredo é o amor! E aquilo que o Pequeno Príncipe já disse: "o essencial é invisível aos olhos". Isto aprendi.

Ao contar tudo isto, surge no meu coração, um grande sentimento de gratidão. Assim, pois, quero agradecer aos dois últimos conselhos provinciais pelo apoio, pela confiança depositada em mim e pela oportunidade de realizar uma experiência tão bonita. Isso foi possível graças a vocês! Agradeço também à vice-província Madre del Divino Pastor, pela acolhida e força durante o ano, em especial aos freis brasileiros, haitianos e franceses que compartilharam a vida no Haiti, e, mais especial ainda, aos freis Sérgio Defendi, Frantz Gilles e Cadelin Prosper, pela maravilhosa experiência de fraternidade. Não posso me esquecer dos freis amigos de nossa província, principalmente os pós-noviços, que sempre me fortaleceram com os vários e-mails portadores de uma força motivacional de suma importância. A todos quero dizer: muito obrigado!

Por fim, arrisco-me dizer que o estágio foi um tempo de graça, onde experimentei que "Deus, por meio do seu poder que age em nós, pode realizar muito mais do que pedimos ou imaginamos" (Cf. Efésios 3, 20). Como dizia meu amigo frei André Barros: "O que permanece? O que parte? A esperança de um retorno, um povo repleto de frei Adani e um frei Adani mais haitiano".

Que Deus nos conduza... Com gratidão.

Fonte: POM - Adani Carlos Guerra,OFMCap, Província Sagrado Coração de Jesus do Rio Grande do Sul

A CNBB e a ação evangelizadora da Pastoral Afro-Brasileira

A renovação da Igreja, com o Concílio Vaticano II e ampliado pelos documentos das Conferências de Medellín (1968), Puebla (1979), Santo Domingo (1992) e por outros importantes documentos da Igreja, abriu caminhos possíveis à Pastoral Afro-brasileira, numa visão crítica da realidade social em que vive o povo brasileiro, o latino-americano e caribenho.A Conferência de Puebla foi a grande precursora, na Igreja Católica, no seu compromisso social de anunciar o Reino de Deus, denunciando todas as formas de injustiça e de exclusão.  Sua opção pelos pobres foi interpelada pela situação do povo negro, marginalizado.

1. FAZENDO MEMÓRIA


No dia primeiro de setembro de 1978, realizou-se na sede da CNBB, em Brasília, o Encontro de um grupo de estudiosos preocupado com a evangelização do povo negro brasileiro. Dentro destas preocupações, levantaram-se algumas propostas de trabalho que nortearam a reflexão: fornecer subsídios para que, na elaboração do Plano Bienal da CNBB, fosse considerada prioridade a evangelização do povo negro brasileiro.Elaborar síntese dos estudos sobre os cultos afro-brasileiros, para serem levadas, pelos Bispos, à Conferência de Puebla.  Formar um grupo de estudos sobre os Evangelhos e os Cultos afros.

Esse grupo seria ligado à Dimensão Missionário, a Linha 2 da CNBB. Assim se constituiu o “Grupo-Tarefa”. Compareceram 14 participantes entre bispos, padres e religiosas. Desse grupo, participaram duas pessoas Negras, conscientes do processo de marginalização e exclusão do povo negro: Irmã Corina Rodrigues dos Santos-fmm e Padre Mauro Batista, cvd.
No decorrer desse trabalho de levantamento e reconhecimento da religiosidade popular, encontraram pessoas negras que se diziam católicas, mas não frequentavam a Igreja e apresentaram seus motivos. Refletiram sobre esses dados concretos, buscando descobrir o que poderiam fazer. Surgiu a ideia de se promover um Encontro dos bispos, padres, seminaristas, religiosas e religiosos negros para discutir sobre que “espaço” ocupam na Igreja. Esse Encontro foi assumido pela linha 2 da  CNBB, sendo o responsável Dom Ângelo Frosi. O Tema: “A realidade do Negro na Igreja.”
Aconteceu o segundo Encontro do “Grupo-Tarefa”, a fim de preparar o Encontro dos Agentes de Pastoral Negros, a realizar-se nos dias treze a quinze de fevereiro de 1980, na Casa de Encontros e Retiro das Irmãs de Jesus Crucificado, em Capão Redondo, SP. Houve articulação, comunicações e discussão sobre os assuntos e objetivos desse Encontro, que refletiu sobre os temas: A realidade de Ser Negro na Igreja Católica no Brasil; que espaço deve o Negro brasileiro, enquanto Negro e Cristão ocupar na Igreja?

A CNBB convocou para uma reunião, no dia 19 de junho deste mesmo ano, para, junto com o “Grupo Tarefa”, avaliar o Encontro de fevereiro e prestar contas do trabalho realizado, a partir daquela data.     Surgem, então, os conflitos. O econômico tornou-se um peso. Como iniciar a caminhada? O grupo deveria fazer a irradiação desta proposta assumida pelos cinco que assumiram a coordenação. Dom Ângelo Frosi, com sua marcante presença, foi o equilíbrio e força. O grupo sentiu segurança nas palavras e atitudes de Dom Ângelo, na certeza de que havia alguém, na CNBB, a quem recorrer se necessário fosse.    

2. AÇÃO E ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA: DIÁLOGO “EVANGELHO E CULTURA AFRO-BRASILEIRA”
           
Em fevereiro de 1980, reuniu-se um grupo de agentes de pastoral negros, para refletir sobre sua situação enquanto negros, na vida eclesial. Esta reunião foi o primeiro passo para o surgimento do “Grupo de União e Consciência negra”, criado no primeiro encontro nacional, em Brasília, realizado de 5 a 7 de julho de 1981.

Na XIX Assembleia da CNBB (1981), o problema foi de novo apresentado ao Episcopado, que reiterou seu empenho de dar atenção particular à situação dos afro-brasileiros em sua atividade evangelizadora. A CNBB incluiu também, em seus planos bienais de pastoral, encontros de reflexão sobre diálogo entre evangelho e cultura, especialmente a indígena e a afro-brasileira. Dar continuidade ao grupo de reflexão que assessora a CNBB no estudo de problemas, no planejamento e na execução de atividades que visem incrementar o diálogo afro-brasileiro.          Organizar um núcleo de documentação sobre grupos negros existentes, (irmandades, quilombos, movimentos, grupos religiosos), seu patrimônio cultural, suas manifestações, celebrações, festas, vida, etc. Elaborar uma reflexão a ser publicada na coleção de estudos da CNBB, que apresente e divulgue toda problemática a respeito. Programar cursos para agentes de pastoral, sobre religiões afro-brasileiras e realizar um encontro sobre diálogo entre evangelho e religiões afro-brasileiras.

Nos dias 30 e 31 de outubro de 1982, em São Paulo, a Dimensão Missionária (Linha 2) com o Conselho Episcopal Permanente (CEP), realizaram um encontro de reflexão e estudo sobre a situação afro-brasileira.

Procurando acompanhar a “avaliação global da caminhada da CNBB e a definição de diretrizes pastorais para o próximo quadriênio”, a reunião teve por objetivo “refletir sobre perspectivas pastorais que brotam da realidade afro-brasileira, para sugerir pistas e propostas oportunas a serem inseridas nas Diretrizes Pastorais da CNBB para o período 1983-1987”.

O roteiro da reunião inspirou-se no “instrumental de avaliação” proposto pela Secretaria Geral da CNBB a todos os organismos e comunidades eclesiais, como contribuição para a próxima Assembleia dos Bispos, em abril de 1983. Pontos importantes: a igreja no Brasil vem tomando consciência do dever de anunciar o Reino de Deus: reino de justiça, verdade, fraternidade, dignidade humana e a paz. Por isso, vem assumindo a opção pelos pobres, oprimidos, marginalizados. Nesta opção, ela é questionada e interpelada pela situação dos negros, em geral duplamente marginalizados.
Em 1983, na Catedral da Sé, em São Paulo, durante a Ordenação de Pe. Laurindo Batista de Jesus, conhecido por Pe. Batista, foi proclamada pelo Pe. Antônio Aparecido da Silva (Toninho), a criação da Pastoral do Negro, com sede à Rua Itabatinguera, São Paulo, SP.

Em 1988, realizou-se a Campanha da Fraternidade, conquista dos agentes de pastoral negros e outros grupos, com o Tema: “FRATERNIDADE E O NEGRO” e o Lema: ”OUVI O CLAMOR DESTE POVO”.

Os bispos que assumiram totalmente a CF, chegando a convidar padres e religiosas negras para refletir nas Assembleias Diocesanas, o conteúdo da Campanha e a situação dos afros-descendentes no Brasil e iniciar grupos na Diocese.

O Grupo de Reflexão Negro e Indígenas (GRENI) foi assumido pela CRB nacional, em setembro 1993, no Encontro, Mutirão da Vida Religiosa na cidade de Antônio Carlos-MG. Teve a participação de 360 participantes religiosas e religiosos das várias congregações e que assumiam serviços nos diversos setores da Igreja e nas congregações. Ficou constituída uma coordenação.
                   
3. O SECRETARIADO DE PASTORAL AFRO-BRASILEIRA

Depois de várias reflexões junto à hierarquia da Igreja Católica, podemos sentir o apoio da CNBB, convocando algumas pessoas que formaram o Grupo de Trabalho Permanente da Pastoral Afro-brasileira (GTA), para refletir sobre a possibilidade de ser criado um Secretariado da Pastoral Afro-brasileira, no prédio da CNBB, ligado à Presidência da mesma. Este Grupo se reuniu no dia 13 de novembro de 1996, em São Paulo. Após dois anos, deu-se início o processo de instalação do referido Secretariado, no dia 03 de abril de 1998. Irmã Maria Raimunda Ribeiro da Costa- MJC, aceita o convite, assumindo a organização inicial, consciente de que era mais um espaço conquistado em benefício da comunidade negra, a ser ocupado.  Em agosto de 1996, a CNBB convidou algumas pessoas comprometidas para formar o Grupo de Trabalho da Pastoral Afro-brasileira - GTA.

Para assumir a Secretaria da Pastoral Afro-brasileira foi convidado o Pe. José Enes de Jesus, do Clero da Arquidiocese de São Paulo. Como estava comprometido com a sua Paróquia, convidaram o Pe. Jurandyr Azevedo Araujo, sdb, da Inspetoria Salesiana de Minas Gerais. Depois de oito anos, assume o Secretariado, Pe. Ari Antônio dos Reis, do clero da Arquidiocese de Passo Fundo, RS.
Desde a sua criação, contou com a presença de um Bispo Referencial, que coordena em nome da CNBB, inicialmente Dom Gilio Felicio, da Diocese de Bagé, RS. Atualmente, é o bispo Dom João Alves dos Santos, OFMCap, Bispo de Paranaguá, PR, que a preside.

Os grupos existentes elaboraram em mutirão, o Documento de Estudo da CNBB “Pastoral Afro-brasileira”, nº 85; a Pastoral Afro-brasileira passou a pertencer à Dimensão Sócio Transformadora e, até hoje, a Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, Comissão 8 da CNBB, ao Secretariado de Pastoral Afroamericano, do CELAM e ao Pontifício Conselho Para o Diálogo Inter-religioso (Roma).

Completando vinte e cinco anos de existência, o Secretariado de Pastoral Afro-brasileira, em sua finalidade, quer ser um Centro onde, redescobrindo o movimento de vida, seja um lugar de estudos, pesquisas, documentação e intercâmbio com outros grupos e países, como Centro de irradiação da Pastoral Afro-brasileira e sua Ação Evangelizadora em nosso Continente. 
A Pastoral Afro-brasileira tem muitas ações que se concretizam com os Agentes de Pastoral Afro-brasileira (APNs), nos Congressos das Entidades Negras (CONENC), no Instituto Mariama (IMA) e nos Encontros de Pastoral Afroamericana (EPA) para uma prática evangelizadora.
Celebramos com alegria estes 60 anos da CNBB, pelo apoio, pelo incentivo, pelo cumprimento de sua missão que é a mesma da Pastoral Afro-brasileira, “a evangélica opção preferencial pelos pobres, integrante do Objetivo Geral da nossa Igreja que, desde seus primeiros planos pastorais, exigiu, nesses anos cruciais, uma mística ainda mais evangélica, uma maturidade maior na sua ação apostólica.” (Cardeal Raymundo Damasceno Assis, na 50ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em abril de 2012, Aparecida (SP).

Dom João Alves dos Santos, OFMCap
Bispo responsável pela Pastoral Afro-Brasileira

Pe. Jurandyr Azevedo Araujo, sdb
Coordenador nacional da Pastoral Afro-Brasileira

Fonte: CNBB

Presidente da CNBB faz visita e reafirma amizade com a comunidade judaica em São Paulo

O cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, presidente da CNBB, visitou, nesta quinta-feira, 4 de abril, a Congregação Israelita Paulista e conversou com o rabino Michel Schlesinger. No encontro foram renovados os laços cordiais de amizade que sempre uniram a Conferência e a comunidade judaica.

Dom Damasceno lamentou a referência negativa aos judeus que foi publicada recentemente no comentário de liturgia diária do site da CNBB e afirmou que esse tipo de comentário não traduz o pensamento da Conferência que tem se empenhado no diálogo inter-religioso.

Segundo o site da Confederação Israelita do Brasil, Conib, o rabino Schlesinger, que é representante da Conib para o diálogo inter-religioso, comunicou ao cardeal Damasceno que as expectativas dos judeus brasileiros em relação ao papa Francisco são as melhores possíveis, em função da relação de proximidade do então cardeal Bergoglio com a comunidade judaica argentina.

Fonte: CNBB

"É só Jesus que nos salva" - Papa Francisco na Missa da Capela da Casa de Santa Marta

Como já vem sendo habitual o Santo Padre celebrou pela manhã bem cedo a Santa Missa na Capela da Casa de Santa Marta. Estiveram presentes na celebração alguns colaboradores da Curia Romana e um grupo de trabalhadores da Farmácia Vaticana. O Papa Francisco comentando as leituras de Sexta-Feira da Oitava da Páscoa, recordou com S.Pedro que só no nome de Jesus somos salvos. “Em nenhum outro há a salvação.” Pedro que tinha renegado Jesus, agora com coragem da o seu testemunho perante os chefes judeus explicando que é graças à invocação do nome de Jesus que são feitas curas milagrosas. “É aquele nome que nos salva”.
“É o Espirito Santo que nos empurra a confessar Jesus e a ter confiança em Jesus.” Nesta altura o Papa contou uma pequena anedota sobre um humilde trabalhador da Curia de Buenos Aires, com mais de 30 anos de serviço, pai de 8 filhos, que sempre que iniciava um trabalho ou saía para fazer um qualquer serviço dizia: Jesus! E o Papa perguntou-lhe o porquê daquela atitude e ele confessou que com aquela afirmação se sentia mais forte e com mais capacidade para trabalhar! O Papa Francisco recordou que muitos, hoje em dia recorrem, a bruxos, magos e videntes e que aquele homem sem formação em teologia todos os dias fazia um acto de fé e que neste mundo que nos oferece tantos salvadores é só o nome de Jesus que salva.
E concluiu dizendo “Façamos esta oração confiante no nome de Jesus… vai-nos fazer bem!”

Fonte: Rádio Vaticano

Feira Vocacional tem novo local e vantagens

O novo local da Feira Vocacional será a Quinta da Boa Vista, no bairro de São Cristóvão. Atendendo a demandas da Prefeitura, a equipe do setor de Preparação Pastoral fez esta opção pelas vantagens que o novo lugar vai oferecer. Com esta mudança, os jovens que vão participar da feira vão contar com uma série de novidades, como o “Point da Juventude”, atividades ao ar livre, que exigem preparo físico e misturam fé, contato com a natureza e muita aventura.

Segundo o coordenador da Feira Vocacional, padre Leonardo Lopes, várias são as vantagens para os participantes com a escolha da Quinta da Boa Vista, entre elas o espaço maior, a acessibilidade, a segurança e a “carga” histórica que o local carrega.“O local é quase 10 vezes maior que o espaço que teríamos na Urca. Então, poderemos colocar outros estandes e atividades dentro do ambiente da feira. Os participantes poderão ir à Quinta da Boa Vista de metrô, trem ou ônibus, sem nenhum problema. O acesso e localização favorecem porque é um bairro histórico e fica no centro da cidade do Rio de Janeiro. A segurança também é uma questão mais positiva porque estaremos dentro de um parque fechado durante a noite. A segurança dos estandes e do material que deixarmos lá vai estar garantida. Além de tudo, o local é um ponto turístico e está próximo de outros pontos turísticos. Ali há o Museu Histórico Nacional, o Jardim Zoológico e o Maracanã”, explicou.

Padre Leonardo também destacou que com a mudança de local, a Feira Vocacional ganhará novas atividades para os jovens, que farão parte do “Point da Juventude”. “Tivemos várias outras ideias que vão favorecer o ambiente juvenil, como a criação do “Point da Juventude”: um espaço para tirolesa, arborismo, escalada e apresentação de hip-hop católico”, comemorou. A Feira Vocacional, que é aberta a todos, acontecerá de 23 a 26 de julho, das 8h às 20h, iniciando sempre com a celebração da Santa Missa.

No ambiente da feira, haverá estandes de congregações e movimentos, que vão mostrar seus carismas; uma tenda de Adoração ao Santíssimo Sacramento; palco para shows; tendas de oficinas para palestras, dinâmicas e testemunhos; praça de alimentação; uma tenda de Catequeses; e metade dos confessionários da JMJ, favorecendo um espaço de encontro com Deus. “Todos estão convidados a participar. Nas exposições, as pessoas vão encontrar testemunhos práticos das congregações. Mais do que transmitir sua história ou seu estatuto, vão mostrar como eles servem a Deus no mundo, por meio de fotos, vídeos ou informações. A maioria dos consagrados que pertencem às comunidades ou dos representantes dos movimentos vão mostrar, mais na prática, como eles respondem ao carisma que Deus deu a cada um deles”, afirmou.

Fonte: http://www.rio2013.com/

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Assessor da Comissão para a Juventude entrega kit da JMJ ao Papa Francisco

O assessor da Comissão para a Juventude, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, padre Carlos Sávio Ribeiro, teve um encontro com o Papa Francisco, no último dia 26 de março, no Vaticano. Na ocasião, padre Sávio entregou ao Papa um kit da Jornada Mundial da Juventude, contendo uma camisa e uma revista, produzida pelo grupo ‘Jovens Conectados’, ligado à CNBB, mostrando o trabalho que a Igreja Católica, no Brasil, realiza junto à juventude.

O padre disse ao Papa que será uma alegria recebê-lo, no mês de julho, no Brasil, para a Jornada Mundial da Juventude. Ele conta que o Santo Padre manifestou alegria e disse: “Que bonito! Quero participar de tudo, com muita intensidade”. O Papa também adiantou que a revista o ajudará a entender o trabalho da Igreja junto à juventude, no Brasil. No final da conversa, o Papa abençoou o padre e disse: “Continue firme e nos veremos no Brasil”.

Para o padre Sávio, o encontro com o Papa significou renovação do compromisso sacerdotal e reforçou a opção de se dedicar ao trabalho com os jovens, no Brasil. “Participar da primeira Semana Santa do pontificado do Papa Francisco foi uma grande graça. As atitudes dele e o modo simples e atencioso para com as pessoas me comoveram bastante”, destaca.

Fonte: CNBB

"As mulheres primeiras testemunhas da Ressurreição" - o Papa Francisco na audiência geral onde pediu aos jovens para serem portadores de esperança

O Papa Francisco recebeu hoje em Audiência Geral dezenas de milhares de peregrinos que enchiam a Praça de São Pedro. Uma multidão que ouviu com atenção a Catequese do Santo Padre.

O Santo Padre retomou hoje as Catequeses do Ano da Fé. Tratou da Ressurreição de Jesus, centro da mensagem cristã dizendo que esta verdade de fé insere a nossa existência num horizonte de esperança aberto ao futuro de Deus, à felicidade plena, à certeza que o pecado e a morte podem ser vencidos.

"Mas é precisamente a Ressurreição que nos abre à esperança maior, porque abre a nossa vida e a vida do mundo ao futuro eterno de Deus, à felicidade plena, à certeza que o mal, o pecado, a morte podem ser vencidos. E isto leva a viver com mais confiança as realidades quotidianas, enfrentá-las com coragem e com empenho. A ressurreição de Cristo ilumina com uma luz nova estas realidades quotidianas. A resssureição de Cristo é a nossa força!"

E esta certeza que a fé nos dá permite que vivamos com mais confiança as realidades quotidianas, enfrentando-as com mais coragem e dedicação, na certeza de que Cristo é a nossa força. No Novo Testamento, Jesus Ressuscitado encontra-se com diversas testemunhas, primeiramente com um grupo de mulheres, em seguida com Pedro, depois com mais de quinhentas pessoas, até ao encontro com Paulo, na estrada de Damasco.

Neste momento da audiência o Santo Padre aproveitou para saudar as mulheres presentes elogiando a sensiblidade feminina em assuntos de fé, desejando-lhes força sobretudo para a sua missão de mães:

"Antes de mais notemos que as primeiras testemunhas deste evento foram as mulheres. De manhã muito cedo, elas vão ao sepulcro para ungir o corpo de Jesus e encontram o primeiro sinal: o túmulo vazio. Segue-se depois o encontro com um Mensageiro de Deus que anuncia: Jesus de Nazaré, o Crucificado, não está aqui ressuscitou. As mulheres são levadas pelo amor e sabem acolher este anúncio com fé: acreditam e subitamente transmitem, não ficam com a mensagem para si. A alegria de saber que Jesus está vivo, a esperança que enche os corações, não a podem fechar dentro de si mesmas. Nos Evangelhos as mulheres têm um papel primeiro, fundamental. Aqui podemos colher um elemento a favor da historicidade da Ressurreição: se fosse um facto inventado, no contexto daquele tempo não teria estado ligado ao testemunho das mulheres. Os evangelistas narram simplesmente aquilo que aconteceu: são as mulheres as primeiras testemunhas. E isto é belo, é a missão das mulheres e das mães, darem testemunho aos seus filhos e netos que Jesus está vivo e ressuscitou".

Continuou dizendo que também nós podemos reconhecer e encontrar o Ressuscitado: na Sagrada Escritura; na Eucaristia, onde Jesus faz-se presente e nos faz entrar em comunhão com Ele; na caridade, quando os gestos de amor, bondade, misericórdia e perdão fazem resplandecer um raio da Ressurreição no mundo." No final da sua catequese aproveitou para saudar calorosamente os jovens presentes dizendo-lhes que devem ser eles os portadores da boa-nova da ressurreição:

"Vi que estão tantos jovens na Praça. Digo-vos que leveis esta certeza. O Senhor está vivo e presente na nossa via. Esta é a vossa missão. Levai esta esperança a todo o mundo. Força jovens."

Finalmente o Papa Francisco saudou as várias delegações presentes. Eis a tradução da saudação aos peregrinos de língua portuguesa:

"Amados peregrinos de língua portuguesa, particularmente o grupo de brasileiros vindos do Paraná: alegrai-vos e exultai, porque o Senhor Jesus ressuscitou! Deixai-vos iluminar e transformar pela força da Ressurreição de Cristo, para que as vossas existências se convertam num testemunho da vida que é mais forte do que o pecado e a morte. Feliz Páscoa para todos!"

Fonte: Rádio Vaticano

"A maravilha do encontro com Cristo gera a verdadeira paz" - o Papa Francisco na Missa matinal na Capela da Casa Santa Marta

A maravilha do encontro com Cristo foi o centro da breve homilia de Papa Francisco durante a missa presidida esta manhã na Capela da Casa Santa Marta. Participaram na celebração osmfuncionários da Tipografia Vaticana.

As leituras de Quinta-Feira da Oitava da Páscoa falam-nos da maravilha; a maravilha da multidão perante os milagre de Pedro em nome de Jesus e a maravilha dos discípulos perante a aparição de Senhor Ressuscitado.

O Papa afirmou que a maravilha é uma graça muito grande, é a graça que Deus nos dá no encontro com Jesus Cristo. É qualquer coisa que nos coloca fora de nós, não é um mero entusiamo, é algo mais profundo. É fazer a experiência interior de encontrar Jesus Vivo e pensar que não seja possível, mas o Senhor faz-nos perceber que é real. É belíssimo - disse o Papa.

Certo que - continuou o Santo Padre - não podemos viver constantemente na maravilha. Mas, é um bom início pois deixa marcas... as marcas da consolação espiritual... É a consolação de quem encontrou Jesus Cristo. Ou seja, a paz. Assim, em conclusão o Papa Francisco considerou ser a maravilha do encontro com Cristo a geradora da verdadeira paz. A paz que é um dom de Deus.

Fonte: Rádio Vaticano