quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Coletiva de imprensa aborda Grito dos Excluídos 2011

Para repercutir o tema do Grito dos Excluídos deste ano, “Pela vida, grita a Terra... Por direitos, todos nós!”, a coordenação do evento promoverá nesta quinta-feira, dia 1º, na sede do Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo), entrevista coletiva com o bispo de Jales (SP), dom Demétrio Valentini e representantes de movimentos sociais, entre eles Ari Alberti, da Coordenação Nacional do Grito.

O chamado novo Código Florestal que tramita no Congresso será um dos temas da coletiva. Segundo os organizadores do Grito, é necessário que às vésperas da Rio +20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em 2012) as organizações populares dos diversos setores se posicionem sobre estes temas tão importantes.

O Grito dos Excluídos é um evento nacional, e em 2011 celebra sua 17ª edição. De 1° a 7 de setembro serão realizadas ações, seminários e manifestações em todo o país, a fim de afirmar que a vida deve estar em primeiro lugar.

Mais informações: Assessoria de Imprensa. Falar com Alexania (11) 7023-8396 ou Aldesco (11) 8291-7013.


Fonte: CNBB

14º Festival Cristoarte


14º Grito dos /as excluídos - Vida em primeiro lugar


terça-feira, 30 de agosto de 2011

FAO alerta para o retorno da gripe aviária

A agência da ONU para a Alimentação e a Agricultura, FAO, recomendou ontem que a atenção sobre o vírus da gripe aviária seja redobrada. Uma variante mortal do vírus está em propagação na Ásia, declarou a agência, que tem sede em Roma.

Neste ano, no Camboja, até agora oito casos de infecção, todos mortais, foram registrados. A última vítima morreu no início deste mês. A FAO descreve que o ressurgimento do vírus acarreta riscos imprevisíveis para a saúde humana. A nova variante do vírus é capaz de superar a imunidade das vacinas existentes.

O H5N1 foi catalogado em 2003. Nesses oito anos, 565 pessoas foram infectadas no mundo inteiro, das quais 331 morreram. O vírus também levou ao abate preventivo de 400 milhões de aves e provocou prejuízos de 20 bilhões de dólares.

Depois do auge da epidemia em 2006, o vírus foi eliminado na grande maioria dos 63 países atingidos. Em 2008, ressurgiu em galinhas e aves selvagens. As pesquisas apontam que a causa da tranmissão provavelmente se deve a migração dos pássaros. As regiões afetadas nos últimos 2 anos são Israel, os territórios palestinos, Bulgária, Romênia, Nepal e Mongólia.

No Vietnã, onde o vírus é endêmico, a nova variante fatal se multiplica e coloca em estado de alerta o Camboja, a Tailândia e a Malásia. As Coreias e o Japão também correm riscos, relatou por fim a FAO.
 

Fonte: Rádio Vaticano
Local:Roma

Juventude Missionária em Formação

Cerca de 40 pessoas participaram do encontro de formação da Obra da Propagação da Fé e Juventude Missionária, nos dias 22 a 24 de agosto, em Cristalina (GO), diocese de Luziânia. A formação contou com representantes de duas dioceses da Província Eclesiástica de Brasília, Luziânia e Brasília com o objetivo de formar coordenadores e assessores para a JM. Durante o encontro, os palestrantes, frei Francieudes, da diocese de Luziânia e Michael Douglas, da coordenação da JM na arquidiocese de Brasília, abordaram as quatro obras missionárias (Infância Missionária, Propagação da Fé e Juventude Missionária, São Pedro Apóstolo e União Missionária).

Também foram tratados temas como Paulina Jericot, fundadora da obra da Propagação da Fé, os padroeiros das obras e o que é missão. O encontro contou ainda com a participação e apoio do diretor espiritual da JM na diocese de Luziânia, padre Bernardo; de Déa Claudia do Conselho Missionário Diocesano (COMIDI) Brasília; da coordenadora da JM na Província de Brasília, Thais Duarte e da coordenadora da JM na diocese de Luziânia, Deuzirene.

Fonte: POM - Fúlvio Costa

Conferência Episcopal do Paraguai lança projeto de ajuda ao povo da Somália

Concluiu-se neste fim de semana, em Assunção, a 191ª Assembleia Plenária dos Bispos do Paraguai. Os bispos refletiram sobre a presença da Igreja Católica no Paraguai, avaliaram o andamento da Missão Continental e a crise da família no país. Além disso, os religiosos examinaram e aprovaram uma proposta para a criação de novas jurisdições eclesiásticas a fim de promover a nova evangelização, segundo as diretrizes de ação pastoral elaboradas pelo episcopado paraguaio para a Missão Continental.

A Conferência Episcopal do Paraguai refletiu sobre a situação de emergência humanitária na Somália. A esse propósito será lançada, em setembro próximo, uma campanha de conscientização intitulada "Quem é o meu próximo? Tive fome e me destes de comer".

Também em setembro, no domingo, 25, se realizará uma coleta nas paróquias paraguaias e a soma arrecadada será enviada à Igreja e ao povo somali através da Caritas Internacional.

No próximo ano, a Igreja paraguaia lançará um plano pastoral trienal dedicado à família, tema considerado pelos bispos como prioridade da nova evangelização. Para cada ano, está previsto um tema específico: 2012, Família e matrimônio, 2013, Família e pessoas, e 2014, Vida e família aberta à sociedade.

Fonte: Agência Fides

Encontro de Preparação para o Dia Nacional da Juventude em Tocantins

A Pastoral da Juventude da diocese de Miracema do Tocantins (TO) realizou na cidade de Pequizeiro (TO), nos dia 26 a 28, o encontro de preparação para o Dia Nacional da Juventude (DNJ). Participaram do encontro 80 jovens das cidades de Bom Jesus, Brasilândia, Goianorte, Guaraí, Itacajá, Miracema, Pedro Afonso, Pequizeiro e Tupirama.

Os trabalhos começaram com a chegada da irmã Maria Andréia, coordenadora da PJ na diocese, que desenvolveu o tema do DNJ 2011, “Juventude e Protagonismo Feminino”.

Os jovens participaram de missa com a comunidade de Pequizeiro em seguida decidiram o roteiro do DNJ que em 2011 acontecerá na cidade de Brasilândia (TO), nos dias 29 e 30 de outubro, os jovens também optaram por realizar no DNJ a tradicional “Caminhada da Paz” com paradas e apresentações dos grupos de jovens da cidade de Pequizeiro e Goianorte (TO) os demais grupos da diocese iram preparar apresentações para a noite cultural.


Fonte: CNBB

Jovens de Colatina em Marcha contra a Violência

Neste sábado, 3 de setembro, os jovens da sede diocesana de Colatina (ES) promovem, um aquecimento para o Dia Nacional da Juventude (DNJ), que acontece em outubro.

A Pré-Marcha contra a Violência e o Extermínio de Jovens reúne cristãos de toda a cidade numa grande manifestação de fé e em favor da vida.

A concentração foi em frente ao Plenotel, às 7h30. A caminhada tem início às 9h e percorre a Avenida Getúlio Vargas até a Praça Sol Poente. Na chegada, haverá café da manhã e show com a banda Redentores.

O evento encerra com celebração da santa missa, às 11h.

DNJ

Os jovens de todo o Espírito Santo tem um encontro marcado no dia 30 de outubro, em Vitória. É a comemoração do Dia Nacional da Juventude (DNJ) que, este ano, será realizado pelas quatro dioceses do estado em um só evento. O grande apelo desta edição é contra a violência e extermínio de jovens. Uma marcha irá percorrer as ruas da capital pedindo paz.

Fonte: CNBB

Pastoral da Juventude do Regional Sul 4 promove o 6º Fórum de Assessores

Com o objetivo de refletir sobre os jovens no século 21, aconteceu, nos dias 27 e 28, em Salete (SC), o 6º Fórum Regional de Assessores promovido pela Pastoral da Juventude do Regional Sul 4 da CNBB (Santa Catarina).

O fórum foi assessorado pela socióloga Carmem Lúcia Teixeira, da Casa da Juventude de Goiânia (GO), onde o grupo pôde refletir o processo de educação da fé a partir do processo de convocação, formação de lideranças e acompanhamento, tendo em vista as mudanças e transformações na sociedade contemporânea.

Analisou-se ainda, o caminho que se tem a percorrer no trabalho de assessoria e acompanhamento aos jovens, bem como pistas de ação para que estes grupos possam ser cada vez mais espaços de vivência comunitária e formação integral para os jovens.

Estiveram presentes mais de 50 pessoas, compreendendo leigos, padres, religiosos e religiosas de oito dioceses do estado de Santa Catarina.

Fonte: CNBB

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

12ª Festa Missionária de Ibiporã-PR

Os missionários do Pontifício Instituto das Missões estão presentes na cidade paranaense de Ibiporã, desde 1948. Naquele município, eles erigiram as paróquias de Nossa Senhora da Paz e, mais recentemente, de São Rafael, além de inúmeras comunidades menores. A paróquia Nossa Senhora da Paz tornou-se um reconhecido modelo de comunidade viva, na qual atuam, com raro dinamismo e grande entrosamento, as mais variadas pastorais paroquiais.

Neste último domingo, dia 28 de agosto, a comunidade organizou a sua 12ª Festa Missionária, um evento destinado a despertar a consciência missionária além-fronteiras e ad gentes (aos povos) nos paroquianos.  Constaram dos festejos uma Missa solene, às 10h, seguida de um churrasco “fogo de chão”, a partir do meio dia.

Neste mais recente evento, a Missa foi presidida por dom Pedro Zilli, o primeiro bispo brasileiro a trabalhar além-fronteiras, e concelebrada por vários missionários brasileiros que, com ele, trabalham ou trabalharam na diocese de Bafatá, na Guiné Bissau, África Ocidental.  Lotada, a igreja ouviu dom Zilli relatar o seu trabalho missionário e o agradecimento pelo apoio humano e financeiro que recebe da comunidade. Entre tantas lições, o bispo citou que a frase de Cristo: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16, 15) não é um convite, mas um mandamento: o décimo primeiro. Disse também que “a missão é feita dos pés de quem parte, dos joelhos de quem reza e das mãos de quem doa com generosidade”. No final da celebração, dom Zilli fez o envio missionário da irmã Eliane Maria Assis Armoa, das Missionárias da Imaculada, e colocou no pescoço dela o crucifixo missionário, “o grande companheiro de jornada”. A irmã Elaine, matogrossense de Jardim, parte para a Guiné-Bissau no próximo dia 13 de setembro.

No animado churrasco comunitário, cuja organização foi primorosa, participaram mais de duas mil pessoas de várias comunidades locais e vizinhas. Como nas festas anteriores, a música sertaneja, ao vivo, colaborou para que o “clima” familiar se tornasse magnífico.

Nestes eventos anuais, a renda obtida é integralmente destinada às obras sociais da diocese de Bafatá. Oxalá, outras paróquias brasileiras sigam o exemplo de paróquia Nossa Senhora da Paz! 

Fonte: Pedro Miskalo -  Editora Mundo e Missão

Bote fé! Acolhida da Cruz da Jornada Mundial da Juventude


“Catequese com adolescentes”, livro de dom Vilson Dias, é lançado na quinta-feira

No próximo dia 1º de setembro, o bispo diocesano de Limeira (SP), dom Vilson Dias de Oliveira, lança o seu livro “Catequese com adolescentes”. O evento aconteceu na catedral Nossa Senhora das Dores, em Limeira, com celebração eucarística de ação de graças pelo 4º ano de ordenação episcopal de dom Vilson.

Sobre o Livro

O livro “Catequese com adolescentes” deverá contribuir com as comunidades de catequistas do Brasil e na formação dos agentes da catequese.

Resultado da tese de mestrado de dom Vilson, o livro “quer chamar a atenção de nossa Igreja para os adolescentes, buscando esclarecer a importância do acompanhamento específico que eles requerem, dada à necessidade de inseri-los em grupos nos quais possam partilhar suas vidas, suas buscas e experiências, adquirir confiança, conhecer e conquistar valores, crescer em “estatura e graça”” (Introdução, pg. 14) e ainda “despertar a atenção para a evangelização dos adolescentes das nossas comunidades católicas”.

Para dom Vilson, “é indispensável envolver os jovens na caminhada catequética das comunidades; engajá-los no diversos trabalhos e serviços para o bem da igreja e da sociedade e despertá-los através desse processo”.

O livro “Catequese com Adolescentes” foi publicado há 15 dias. Mesmo antes de acontecer o lançamento oficial, já foram vendidos mais de mil exemplares.

Fonte: CNBB

A vida que a JMJ salvou

Peregrinos irlandeses convencem casal a não abortar

 A 26ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) conseguiu, entre seus numerosos frutos, salvar uma vida humana, já que uns peregrinos que foram a Madri, para o evento, convenceram um casal a não abortar.

No último dia 19 de agosto, um grupo de jovens pró-vida irlandeses começou a rezar na frente da igreja de San Martín de Tours, onde há uma importante clínica de abortos, segundo informou a ZENIT o Centro Internacional para a Defesa da Vida Humana (CIDEVIDA).

Um casal chegou até o lugar com a intenção de abortar e os jovens foram ao seu encontro, explicando-lhes as razões pelas quais não deveriam fazer isso.

Uma voluntária de CIDEVIDA, organização que tinha uma exposição instalada no claustro dessa igreja madrilena cêntrica, uniu-se ao grupo e colocou o casal em contato com a fundação de apoio, assessoria e ajuda à mulher grávida, Red Madre.

Esta rede se comprometeu a prestar apoio para o nascimento do filho do casal, que consolidou assim sua decisão de não abortar.

Para o secretário de CIDEVIDA, Juan José Panizo, “o presente desta vida é uma alegria para todos”. “Obrigado, Bento, por ter vindo”, expressou, elogiando também a ação dos voluntários da entidade pró-vida e dos peregrinos irlandeses, que, depois desse encontro, voltaram a rezar de joelhos no mesmo lugar.

Um grupo de pessoas preocupadas pelas consequências da nova lei do aborto na Espanha colocou em marcha o CIDEVIDA em 2009, para informar sobre a realidade do aborto e promover alternativas para ajudar as mulheres com problemas diante da gravidez.

Entre outras atividades, a entidade mantém, na Villa de Tordesillas, na província de Valladolid, uma exposição permanente sobre o aborto, um centro de ajuda às mulheres grávidas e de atenção à síndrome pós-aborto, bem como um centro documental.

Fonte: Zenit

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Juiz de Fora terá a primeira paróquia dedicada ao Beato João Paulo II do Brasil

A arquidiocese de Juiz de Fora (MG) terá a primeira paróquia do Brasil, autorizada pela Santa Sé, com o nome de Beato João Paulo II. O anúncio foi feito na quarta-feira, 24, pelo arcebispo metropolitano, dom Gil Antônio Moreira, durante o curso de atualização do clero da Província Eclesiástica de Juiz de Fora. A festa oficial de criação da Paróquia (com matriz na Rua Jeci Firmino Pinheiro, 30, bairro Nova Era) acontece no dia 22 de outubro.

Nesta semana, dom Gil, recebeu a confirmação de Roma de que esta é a primeira paróquia autorizada do Brasil a ter o nome do Beato João Paulo II. De acordo com o arcebispo, outras dioceses do Brasil fizeram o pedido de criação de paróquia com o nome do papa. No dia 1º de julho deste ano, o Vaticano enviou um decreto autorizando a arquidiocese a criar uma paróquia dedicada a João Paulo II.

O sacerdote nomeado para a comunidade é o padre João Francisco Batista da Silva. que já iniciou o serviço pastoral na nova comunidade no dia 18 de maio. “Antes de fazer o pedido ao Vaticano, dom Gil conversou com povo para saber a opinião deles. É uma alegria muito grande e uma honra termos a primeira paróquia do Brasil que vai prestar essa homenagem”, disse o padre João Francisco.

Fonte: CNBB

Nova Geração - Cantores Católicos

Música de acolhida da cruz da Jornada Mundial da Juventude. A Cruz, de madeira e com pouco mais de 3,5 metros de altura, foi dada aos jovens pelo Papa João Paulo II em 1984 e, desde 1994, peregrina nos países que recebem a JMJ um ano antes do evento. Ela irá percorrer todas as dioceses do Brasil. Saiba mais em: http://entrejovensmundomissao.blogspot.com/2011/08/show-em-sao-paulo-marca-chegada-da-cruz.html

31º Encontro Missionário Estadual - Comire - Sul 1 - CNBB


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

“Sentem fome, mas não pedem comida o tempo todo”

Campo de refugiados de Dadaab. "Os somalis não possuem a mesma noção de fome que temos no Brasil", conta a pediatra carioca Luana Lima, em uma conversa com o site de CartaCapital, por telefone, do campo de refugiados de Dadaab, no Quênia. O local recebe um intenso fluxo de refugiados da Somália em busca de alimentos e ajuda médica, somando 440 mil pessoas e com previsão para alcançar 550 mil até o fim do ano.

"No hospital, oferecemos alimento oito vezes para uma criança. Então a mãe dela me disse que seu filho não precisava comer tudo aquilo e que deveria dividir com os outros", lembra a pediatra, que trabalha na unidade de tratamento de desnutrição do hospital da organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF).

"Eles nunca foram acostumados a ter comida e sua dieta é diferente, então não chegam a ter essa noção de que não possuem tanta comida. Logicamente, sentem fome, mas não pedem comida o tempo todo", explica.

Nos campos de Dadaab, após serem registrados em postos de controle, os refugiados recebem alimentos - providenciados pelo Programa Mundial de Alimentação da ONU - de acordo com os casos clínicos: crianças mal nutridas ganham mantimentos específicos com maior valor calórico e acompanhamento de "agentes comunitários", que visitam as tendas também colhendo dados.

Essas informações serão compiladas em uma pesquisa do MSF, que ainda não tem níveis de mortalidade no campo disponíveis. "Precisamos saber o que está acontecendo, porque acreditamos que mais pessoas do que podemos alcançar estão morrendo. Precisamos nos focar em salvar vidas e nas formas de alcançá-las", afirma a coordenadora médica da missão da MSF em Dadaab, a espanhola Natalia Cobo.

No local, a organização está fornecendo tratamento médico em dois dos quatro campos de refugiados, mas a condição está piorando. Cobo chega a comparar a situação no Quênia com a dos deslocados internos em Darfur, no Sudão, onde esteve em 2005 e 2008. "Em Darfur, tínhamos apoio psicológico para a população, laboratórios, enfim, era um hospital completo. Aqui, a dimensão das necessidades é muito alta. Estamos falando de quase 400 mil pessoas, é quase uma cidade".

Uma configuração populacional que traz problemas comuns aos grandes centros urbanos, como a violência, a um local já atingido pela miséria. "Sabemos que há alguns bandidos em volta dos campos e há violência. Sabemos que no caminho homens estupram mulheres, além disso, nos extremos do campo é difícil controlar esses casos".

Fonte: Carta Capital - Gabriel Bonis


Curso básico de fotografia digital

 "Não fazemos uma foto apenas com uma câmera; 
ao fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, a música que ouvimos, as pessoas que amamos." ( Ansel Adams)

 Objetivo:

§ Capacitar o aluno ao manuseio correto e completo da câmera fotográfica que possui e despertar o olhar fotográfico!

 Conteúdo:

·       História da fotografia

 A câmara fotográfica: elementos e funcionamento. Acessórios: objetivas, filtros, flash Ajustes dos principais recursos: Exposição (Velocidade do obturador/Abertura do diafragma); ISO (sensibilidade x ruído); Profundidade de campo, Balanço do branco; Temperatura da cor; Fotometria; Foco; Luz (qualidade e características)
 
Conceitos básicos: pixel,  resolução; compactação; interpolação; formatos digitais; captação da imagem, conversão, redimensionamento. Cartões de memória, armazenamento, transferência e organização das fotos digitais (armazenamento e catalogação); 
- Elementos de composição: enquadramento, pontos de vista, planos, regra dos terços, etc.
 - Saídas fotográficas e analise das fotos;

Inclui: Apostila, Certificado, Desconto na revelação de fotos no Colorsystem (Shopping Trindade)

Requisito: Câmara digital com controle manual (velocidade e abertura)

Carga horária: 18 horas

 Horários: SETEMBRO

Turma Noturna: Quarta-feira das 18:30 as 22:00h (31/08, 07/09, 14/09, 21/09 e 10/09 saída fotográfica)

Turma Fim de semana: 02 e 03/09 (sábado e domingo) das 09:00 as 18:00h
 
 Local: Olho Mágico – Espaço Multiarte

Rua José Francisco Dias Areias, 259 – Trindade – FLORIANÓPOLIS - SC/ Fone: (48)3028-8185

Informações: Prof. Virginia Yunes

vyunes@gmail.com/ www.virginiayunes.com.br ou 99248852

 Valor do curso: R$ 380,00

 * Turmas pequenas, garanta sua vaga – inscrições até dia 29/08

Fonte: Virginia Yunes

Por que se desespera a maioria dos jovens haitianos?

Por ocasião do Dia Mundial da Assistência Humanitária, no passado 19 de agosto de 2011, o Serviço Jesuíta a Refugiados (SJR) convidou a todos os atores envolvidos na intervenção humanitária no Haiti para unir-se e enfrentar um dos principais desafios do país, a saber: devolver a esperança à maioria das/os jovens haitianos.

Agora é o momento de perguntar-nos por que essa maioria de jovens haitianos se desespera.

O desespero dos pais de família

Ao escutar a vários jovens haitianos que fogem do Haiti em busca de oportunidades na América do Sul, nos surpreendemos com as principais razões colocadas por eles para explicar sua decisão de emigrar, fortemente determinada pela impossibilidade de viver com dignidade em seu próprio país.

Em primeiro lugar, se impõe uma observação preliminar. Nos fluxos migratórios haitianos para a América do Sul, a maioria são jovens e de distintas categorias: desde os mais pobres e os que sabem apenas ler e escrever, até os que provém de famílias de classe média e que terminaram o ensino médio; alguns até já são profissionais... Por exemplo, em um diagnóstico que o SJR acaba de realizar no Equador sobre os haitianos que vivem nesse país, 46% de um total de 283 migrantes entrevistados (majoritariamente jovens, entre 20 e 34 anos) esperava estudar enquanto que 16% disse que queria estudar e trabalhar.

Vários jovens que emigram para a América do Sul são apoiados economicamente por algum de seus parentes que vivem nos Estados Unidos e que estão dispostos a fazer grandes sacrifícios para retirá-los do Haiti e ajudá-los a encontrar um futuro melhor no exterior.

De fato, a grande maioria de jovens, enganados por traficantes que lhes prometeram bolsas de estudos, pagaram aos delinquentes entre 3 a 5 mil dólares americanos, para que os levassem para a América do Sul. As famílias se sacrificaram, vendendo tudo o que lhes restou após o terremoto e, inclusive, hipotecando suas propriedades, para investir no futuro de suas/seus filhas/os. Isto é, para retirar seus filhos de um país que não oferece nada, especialmente para os jovens, inclusive para os que já têm uma carreira profissional ou técnica. Em vez de deixar seus filhos nesse mar de incertezas, as famílias preferem correr o risco de entregá-los a desconhecidos com a esperança de que esses os levem para um destino melhor, aceitando pagar uma grande soma de dinheiro pela "ajuda”.

Durante esse ano, as autoridades equatorianas prenderam a um dos traficantes que enganava aos jovens haitianos, prometendo-lhes bolsas de estudo e, inclusive, oportunidades de emprego; porém, após alguns meses, o delinquente os expulsava da casa onde os tinha mal alojado, sem cumprir com nenhuma das promessas, após ter cobrado de 3 a 5 mil dólares americanos e mais outros gastos de alimentação, alojamento e transporte. Vários jovens, vítimas dos enganadores, quiseram regressar ao Haiti; mas, quando chegaram à sua comunidade de origem, seus pais diziam, desesperados: "e agora, o que vamos fazer?” Esses parentes sofreram não só por ter perdido o dinheiro que investiram, mas por ter perdido a esperança de poder oferecer um futuro melhor aos seus filhos.

O desespero dos próprios jovens


Muitas/os das/os jovens haitianos que encontramos no Brasil, no Equador ou no Chile nos expressaram o cansaço e o desespero que experimentam em seu país de origem ante a falta de perspectivas para o futuro.

Após o terremoto, os jovens e todo o país esperavam uma mudança profunda apesar de, ou melhor, em meio à dor e ao sofrimento que se vivia ante tantas mortes e perdas materiais e humanas.

À medida que o tempo passa, essa esperança vai se desvanecendo como um castelo de areia, já que, nas palavras dos próprios jovens, "a ajuda humanitária não tem servido para nada”; apenas para os interesses das próprias organizações internacionais e das organizações não governamentais (ONGs).

Os jovens criticam também a falta de seriedade e de vontade da comunidade internacional para iniciar o processo de reconstrução do Haiti, apesar de tantos fóruns internacionais e shows midiáticos. Além disso, sentem-se excluídos do planejamento da reconstrução, já que não levam em consideração nem sua participação e nem suas ideias e contribuições ao processo.

São também muito críticos com os políticos haitianos, a quem qualificam de "egoístas”, no sentido de que os últimos defendem somente seus interesses pessoais e os de seus grupos. Além disso, consideram que ditos políticos têm se mostrado incapazes para dar orientações destinadas a oferecer um futuro melhor ao país. Os jovens dão como exemplo a impossibilidade do presidente Martelly e do parlamento de chegarem a um acordo sobre a nomeação de um Primeiro Ministro para dirigir o novo governo. Dois candidatos, Gérard Daniel Rouzier e Bernard Honorat Gousse, que haviam sido designados anteriormente pelo chefe de Estado foram rechaçados pelo Poder Legislativo, no dia 21 de junho e no dia 2 de agosto passados, respectivamente. Atualmente, o chefe de Estado está dialogando e negociando –sem ter assegurada nenhuma possibilidade de êxito- com os parlamentares para poder dotar o país de um governo constitucional depois de cem dias desde que tomou posse como presidente (no passado 14 de maio).

A necessidade de dotar o Haiti de um governo é cada vez mais urgente diante da gravidade dos problemas socioeconômicos enfrentados no país, tais como a falta de acesso aos direitos fundamentais da população; a precariedade de suas condições de vida; sua vulnerabilidade aos desastres naturais, tais como os furacões. Por exemplo, nesse momento, o país está ameaçado pelo furacão Irene, pelo que as autoridades declararam alerta vermelho.

Outro exemplo: a presidência haitiana acaba de informar que a reabertura das aulas, programada para o dia 12 de setembro, acontecerá somente no dia 3 de outubro. A razão dessa decisão é "para permitir que a Presidência, os financiadores e a todas as outras partes envolvidas possam preparar-se melhor para esse momento, dada a situação política atual”, confessa a própria presid~encia em um comunicado de imprensa.

O desespero, talvez a mais profunda crise do Haiti

Talvez a crise mais profunda vivida no Haiti nesse momento seja esse desespero expressado pelos jovens haitianos, principalmente as e os que fugiram de seu país de origem para a América do Sul. E isso, mais do que o agravante da crise humanitária após o terremoto de 12 de janeiro de 2010, da epidemia de cólera e dos desastres naturais, principalmente das intempéries e dos furacões da temporada ciclônica anual. Mais do que a crise sociopolítica atual provocada pela pugna entre o Poder Executivo e o Parlamento, bem como pelo deterioro cada vez mais profundo dos tecidos sociais e comunitários definidos como "capital social”.

Definitivamente, nem as autoridades haitianas durante a administração do ex-presidente René Préval, nem do atual chefe de Estado, Michel Martelly, nem da Comunidade Internacional conseguiram devolver aos jovens haitianos a esperança de que o país seja reconstruído o quanto antes. Essa é uma das principais razões de desespero da maioria dos jovens.


Fonte: Adital - Wooldy Edson Louidor - Colaborador de AlterPresse

O Curso de Formação Missionária do CCM é um marco para quem participa

Com a celebração eucarística presidida por Dom Sérgio Castriani, CSSp, bispo de Tefé e membro da Comissão Episcopal para Amazônia, concluiu-se nesta quarta feira, 24 de agosto, no Centro Cultural Missionário de Brasília (CCM), o Curso de Formação Missionária para missionárias e missionários que atuam no Brasil, com enfoque na Amazônia. O evento promovido pelo CCM juntamente à Comissão Episcopal para Amazônia e a Conferencia dos Religiosos do Brasil (CRB), contou esse ano com a parceria do Instituto Superior de Filosofia Berthier (IFIBE) de Passo Fundo (RS), sendo reconhecido como curso de extensão, de qualificação e capacitação para missionários enviados a regiões e situações tipicamente missionárias no Brasil.
 
O Curso teve duração de 25 dias, e foi desenvolvido seguindo um percurso constituído por sete dimensões da missão: humano-afetiva, bíblica, histórica, antropológica, teológica, prática e espiritual. Cada abordagem contou com 20 horas-aula de exposição, estudo e debate. Também foram realizadas diversas conferências sobre a realidade da Amazônia, além de documentários, filmes e testemunhos missionários do Brasil e do mundo.



Participaram do curso 21 missionários entre eles leigos e leigas, religiosos e religiosas e presbíteros de algumas dioceses do sul do país. As avaliações dos participantes foram simplesmente entusiastas. O curso abriu a cabeça, o coração e a disposição para a missão, ajudou a focar questões fundamentais como a maturidade humana, a centralidade da Palavra de Deus, a perspectiva discipular, a necessidade de referenciais teóricos, a exigência de buscar e cultivar uma profunda espiritualidade.



O grupo dos participantes respondeu às propostas dos assessores e da coordenação de maneira muito criativa, demonstrando a toda hora envolvimento e interesse, como também bastante entusiasmo. A Missão revelou-se para a maioria como uma extraordinária perspectiva de crescimento interior, de discernimento vocacional e de projeto de vida. O Curso foi definido como um marco na caminhada de cada pessoa do grupo, um processo de auto-avaliação e de re-encontro consigo mesmo, com os outros, com a criação e com Deus.



Os últimos três dias foram dedicados à dimensão espiritual da missão, com um retiro orientado por Dom Sérgio Castriani. Apaixonado pela missão e pela Amazônia, Dom Sérgio procurou mostrar várias facetas da experiência missionária que geram uma oportunidade inigualável de tornar-se um dom para os outros. Mas é preciso paciência, sabedoria, tempo e espera. É preciso saber mergulhar no encontro com o outro, tornar-se hóspede na casa dele como peregrinos amigos e despojados. A Missão abre caminhos não apenas para aventuras excepcionais e exóticas, mas particularmente para os cotidianos corriqueiros da vida de cada cristão.



Por ocasião do encerramento deste Curso, estava presente o Pe. Júlio Werlang, Superior Provincial dos Missionários da Sagrada Família, instituição mantenedora do Instituto Superior de Filosofia Berthier (IFIBE) de Passo Fundo (RS). Pe. Júlio manifestou o seu agradecimento aos participantes e sua satisfação na parceria com o CCM. Segundo ele é só avançando na Missão que a Igreja, respondendo à sua mais íntima vocação, consegue também superar suas crises e seus embates com os tempos. Os Missionários da Sagrada Família é uma congregação presente em vários países e procura continuamente enviar missionários às regiões onde mais necessita e nas situações mais urgentes. O IFIBE é uma instituição acadêmica que se propõe dar suporto aos desafios missionários com cursos e pesquisas, visando uma contínua qualificação e capacitação dos agentes.
 
Os participantes receberam pelo IFIBE o Certificado de participação ao Curso de Formação Missionária com enfoque na Amazônia, enquanto Dom Sérgio e a Ir. Maria Irene Lopes dos Santos, assessora da Comissão Episcopal para Amazônia, entregaram a cruz de envio a cada missionária e missionário.

Fonte: CNBB

Concurso de fotografia incentiva protagonismo de surfistas na proteção da Mata Atlântica

Especulação imobiliária, avanço do mar, provocado pelo aquecimento global, e supressão de vegetação. Esses são alguns dos problemas encontrados nos cerca de oito mil quilômetros de zona costeira do Brasil. Com objetivo de retratar esses desafios e promover uma ação protagonista por parte dos surfistas brasileiros, a organização não-governamental Entidade Ecológica dos Surfistas (Ecosurfi) realiza a primeira edição do Concurso Fotográfico "Mata Atlântica, Minha Praia”. As inscrições seguem até esta sexta-feira (26).

"Grande parte do litoral é coberto por Mata Atlântica, mas, hoje, esse bioma tem apenas 7% da mata original”, explica João Malavolta, dirigente da Ecosurfi. Diante desse quadro, ele reforça o papel do surfista na proteção do meio ambiente. O concurso busca revelar os desafios encontrados na defesa desse território, assim como ações positivas de proteção, a partir do olhar dos próprios surfistas. "As ondas que existem no Brasil tem a sua frente a Mata Atlântica”, afirma.

O concurso, que tem como tema os "Desafios da Proteção da Zona Costeira”, é uma ação da campanha "Eu Surfo na Mata Atlântica”. Nesse sentido, outras atividades também são realizadas. Dentre elas, está a Clínica de Surfe, na qual se promove o ensino do esporte aliado a conscientização ambiental, assim como a realização de seminários para discussões sobre o tema. Ainda como parte da campanha, após o concurso de fotografia, será realizada uma Exposição Itinerante.

Serão selecionadas as 30 melhores fotografias, eleitas por um Conselho Curador. Para escolha das três fotos a serem premiadas, haverá uma eleição por júri popular na página da Ecosurfi no Facebook, a partir do dia 1º de setembro. Uma prancha de surfe, uma obra do artista plástico Erick Wilson e um kit da organização serão os prêmios, do primeiro ao terceiro lugar respectivamente. A premiação será realizada no dia 23 de setembro.

Podem participar fotógrafos amadores ou profissionais, "preferencialmente surfistas ou simpatizantes do esporte e da cultura surfe”, a partir de 16 anos, de acordo com o regulamento do concurso. Cada participante poderá inscrever até duas fotografias de sua autoria. As imagens devem ser enviadas para o e-mail da organização (surfsustentavel@ecosurfi.org) com o assunto "Inscrição - Concurso Mata Atlântica, Minha Praia”, juntamente com a Ficha de Inscrição.

Para João Malavolta, o surfista deve "conhecer e perceber mais as áreas que utiliza, assim como as comunidades que fazem parte delas”. A aposta da Ecosurfi é que o concurso possa ampliar o olhar do surfista para as questões ambientais e promover uma nova visão sobre os desafios da zona costeira. "O surfista já tem uma sensibilidade apurada com a natureza. Ele precisa de uma série de conhecimento, como informações sobre os ventos, as marés”, reforça o dirigente.

Para mais informações: http://surfsustentavel.ning.com

Fonte: Adital - Camila Maciel

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

JMJ no Rio de Janeiro: um grande desafio

Bispos agradecem Papa pela escolha do Brasil como sede do grande evento juvenil

O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, agradeceu o Papa pela escolha dessa cidade brasileira como sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013. Ele considera que organizar o evento será “um grande desafio”.

Dom Orani participou de coletiva de imprensa no início da noite desse domingo, em Madri, para falar sobre a próxima JMJ. Estavam ao seu lado o presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, e o presidente da Comissão da CNBB para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro.

A coletiva foi no Centro de imprensa da JMJ de Madri, na região central da capital espanhola, que acolheu a JMJ encerrada ontem pelo Papa.

Segundo informa o departamento de imprensa da CNBB, Dom Orani, após expressar sua gratidão ao Papa por confiar ao Rio de Janeiro e ao Brasil o “grande desafio” de sediar a JMJ, explicou que em breve entrará em contato com o Pontifício Conselho para os Leigos, para iniciar a preparação do evento de 2013.

O arcebispo afirmou que JMJ será realizada no fim do mês de julho (tempo de férias escolares no Brasil). Ele disse aguardar, a partir de agora, o anúncio pelo Papa do tema da próxima JMJ.

Dom Orani recordou que em 2013, no tempo de Quaresma, a Igreja no Brasil realizará a Campanha da Fraternidade sobre o tema da Juventude. Será um tempo de fortalecimento da consciência da importância dos jovens na nova evangelização lançada pela Igreja e também um momento de preparo para a JMJ.

Continente

Já o presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno, afirmou que a boa organização da Igreja na América Latina, por meio do CELAM (Conselho Episcopal Latino-americano), facilitará trabalhar em conjunto para ter o maior número possível de jovens do continente na JMJ do Rio.

“Vamos trabalhar como Conferência em união com CELAM,para que colabore na organização da Jornada, assim se reúne muito mais gente e muito mais países”, disse.

Dom Damasceno considera que o trabalho preparatório será intenso, uma vez que a JMJ foi antecipada em um ano por causa da Copa do Mundo de Futebol, que o Brasil sediará em 2014.

“Teremos um ano a menos para preparar a Jornada, isso significa um trabalho mais intenso porque não temos tempo a perder”, afirmou.

Dom Damasceno recordou que a América Latina é o continente com maior número de católicos, 47%, e avaliou que a JMJ “trará muitos frutos, não só para os jovens no Brasil, mas para toda a América Latina".

Já o presidente da Comissão para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro, qualificou como "um momento muito especial para a Igreja no Brasil’ a escolha do Rio de Janeiro para receber a JMJ.

“A Jornada no Rio mostrará uma Igreja viva, criativa, em parte por causa dos jovens. A juventude brasileira, com sua criatividade, fará com que tenhamos uma bonita Jornada para todo o mundo”, disse.


Expectativa

Os bispos adiantaram que, da parte do Governo brasileiro, em suas três esferas (Federal, Estadual e Prefeitura), há muita disposição para acolher o evento, o maior do mundo para juventude católica. Eles ainda não arriscaram dizer quantos jovens a JMJ do Rio deverá reunir.

Dom Eduardo explicou que a CNBB fará um projeto amplo, considerando o antes, o durante e o depois da Jornada.

“O projeto terá uma direção missionária com a pré-jornada, que deverá consistir numa semana missionária, e a peregrinação da cruz, que deverá ser acolhida pelas dioceses com espírito missionário”, disse.

Os bispos afirmaram que a Jornada no Rio encontrará uma América Latina mudada. Para Dom Damasceno, apesar das melhoras, a realidade ainda é de concentração de riquezas e aumento de miséria.

“A globalização trouxe como consequência a uniformização da cultura e se perde a identidade cultural”, disse o cardeal.

Dom Eduardo, por sua vez, destacou a presença e a influência dos meios de comunicação na vida dos jovens.

“Vivemos o desafio grande de ajudar os jovens nesta cultura midiática”. Para ele, 2013 “será o ano da juventude no Brasil”.

A JMJ do Rio de Janeiro será a segunda Jornada sediada na América do Sul. A primeira foi em 1987, em Buenos Aires.


Fonte: CNBB

Grito dos Excluídos protesta contra deslocamentos para Copa

Para organizadores, sobram motivos para a 17ª edição da mobilização, incluindo impactos da usina de Belo Monte e do novo Código Florestal

A usina hidrelétrica de Belo Monte, as mudanças no Código Florestal, o assassinato de camponeses, o deslocamento de populações pobres para obras da Copa e da Olimpíada: os movimentos sociais que realizam a 17ª edição do Grito dos Excluídos veem motivos de sobra para sair às ruas. Para os organizadores, o Dia da Independência é, novamente, o momento de refletir sobre os rumos do país.

Ari Alberti, integrante da coordenação nacional do evento, acredita que o Grito dos Excluídos tem ajudado a mudar a maneira como se pensa a semana pátria no Brasil. "Se a gente ficar calado, com certeza as mudanças não virão. Temos de avançar em nossa democracia", afirma. "Não podemos ficar apenas na democracia representativa, até porque ela pouco nos representa. Precisamos chegar à democracia participativa."

Neste ano, protestos marcam o 7 de Setembro em 25 estados e no Distrito Federal - apenas o Acre não terá marchas em nenhuma cidade. Como se trata de uma atividade descentralizada, que ocorre em muitos municípios e sempre com organização autônoma, é difícil contabilizar quantas pessoas participaram no último ano, e ainda mais difícil fazer projeções de quantos locais irão realizar algum tipo de movimentação. A programação completa só deve ser divulgada às vésperas da data.

Neste ano, o tema do Grito dos Excluídos é "Pela vida grita a terra. Por direitos, todos nós!", uma alusão à Campanha da Fraternidade, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na edição de 2011, a Igreja Católica brasileira teve como foco as mudanças climáticas e a maneira como impactam nas sociedades empobrecidas economicamente.

"Os direitos estão na Constituição. Queremos cumpri-los", avalia Alberti. Ele lamenta em especial a postura do Congresso Nacional, que tem mostrado disposição para negociar aumento de salário de parlamentares, para discutir o Código Florestal, de interesse de alguns deputados e senadores, e para debater a nomeação para cargos públicos, mas não abre o mesmo espaço para aprovar outros temas importantes para a sociedade. "Precisa de uma ventilada, de uma limpeza. Queremos construir um projeto popular, um projeto de sociedade. O Congresso parece um balcão de negócios. É triste chegar a esse ponto."

Para o organizador do Grito dos Excluídos, a velha mídia tampouco ajuda a fomentar na sociedade o desejo por uma participação maior na vida democrática do país. Diferentemente do que ocorre fora do país, com atos massivos no Oriente Médio, na Europa e em nações da América Latina, Alberti acredita que por aqui o clima é pacato.

"Dá impressão, se você olhar à primeira vista, que está tudo bem no Brasil", pondera. A leitura dos organizadores é de que o momento atual não está servindo à superação dos velhos problemas, e segue a alimentar um país rachado entre o moderno e o arcaico.

Em uma referência direta à bandeira do governo Dilma Rousseff, a superação da miséria, os movimentos sociais indicam, na carta a respeito do ato, que a ascensão de classe não é suficiente se seguir havendo disparidades insuperáveis. "Com tamanha desigualdade, sem ter feito nenhuma reforma estrutural de base, como a situação muda tão rapidamente? Alguma coisa está sendo enganosa", destaca Alberti.

 

Fonte: www.correiodobrasil.com.br - João Peres, Rede Brasil Atual

Caminho para a JMJ 2013 começa em São Paulo do Brasil

 A Igreja Católica no Brasil recebe no dia 18 de setembro a chamada ‘Cruz dos jovens’, começando a preparação da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
A cruz vai começar em São Paulo uma “peregrinação” pelas 274 dioceses do país, ao longo dos dois anos de preparação para o “maior evento católico para jovens do mundo”
Este símbolo, uma grande cruz de madeira, com 3,8 metros de altura e 31 kg, foi oferecida por João Paulo II aos jovens católicos em 1984 e desde então, tem passado por dezenas de países, em peregrinação.
É conhecida como a “Cruz do Ano Santo”, a “Cruz do Jubileu”, a “Cruz da Jornada Mundial da Juventude”, a “Cruz dos Jovens”, a “Cruz Peregrina” e é entregue no final de cada JMJ pelos jovens do país anfitrião aos organizadores da Jornada seguinte.

Também por decisão de João Paulo II, essa cruz é acompanhada por um ícone de Maria, que mede 118 cm de altura e pesa 15 Kg.
Em conferência de imprensa, o arcebispo do Rio de Janeiro, D. Orani João Tempesta, adiantou que a próxima JMJ deve decorrer por volta do fim do mês de julho.
Em 2013, a Igreja no Brasil vai dedicar a tradicional ‘Campanha da Fraternidade’, uma iniciativa ecuménica, à juventude.

É a segunda vez que uma cidade sul-americana acolhe a edição internacional da JMJ, depois de Buenos Aires (Argentina), em 1987, na primeira vez que a iniciativa saiu de Roma.
“Compraz-me agora anunciar que a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013, será o Rio de
Janeiro. Peçamos ao Senhor, desde já, que assista com a sua força quantos hão-de pô-la em marcha e aplane o caminho aos jovens do mundo inteiro para que possam voltar a reunir-se com o Papa naquela bonita cidade brasileira”, disse o Papa este domingo, depois da missa de encerramento da JMJ 2011, em Madrid.

A edição do Rio de Janeiro acontecerá com um ano de antecipação, em 2013, para evitar que coincida com o Campeonato do Mundo de Futebol, disputado na mesma cidade, em 2014.

Fonte: CNBB

«Ide e fazei discípulos de todos os povos» é o lema da Jornada Mundial da Juventude de 2013. «Encontro de Madrid foi uma magnífica manifestação de fé para a Espanha e para o mundo», disse o Papa na Audiência geral

 Bento XVI anunciou esta quarta feira que o lema da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2013, na cidade brasileira do Rio de Janeiro, será “Ide e fazei discípulos de todos os povos”, expressão baseada no evangelho segundo São Mateus.

Na audiência geral que decorreu durante a manhã em Castel Gandolfo, próximo de Roma, o Papa revelou também que a Jornada de 2012, que se assinalará nas dioceses católicas, vai ser dedicada ao lema “Alegrai-vos sempre no Senhor”, apelo extraído da carta de São Paulo aos Filipenses.

Na alocução que dirigiu aos fiéis reunidos no pátio interior da residência pontifícia de Castelgandolfo, Bento XVI recordou a sua participação na JMJ que decorreu em Madrid de 16 a 21 de agosto, tendo qualificado de “emocionante” o maior evento católico juvenil a nível mundial.

“O encontro de Madrid foi uma magnífica manifestação de fé para a Espanha e para o mundo”, assinalou o Papa, acrescentando que a JMJ foi uma “ocasião especial para refletir, dialogar, trocar experiências positivas e, sobretudo, rezar em conjunto e renovar o empenho de radicar a vida em Cristo”.

A 26.ª JMJ constituiu para o Papa um “dom precioso, que dá esperança” para o futuro do catolicismo, com os fiéis a expressarem “o desejo firme e sincero de radicar a sua vida em Cristo, permanecerem unidos na fé, caminharem juntos na Igreja”.

“Cerca de dois milhões de jovens de todos os continentes viveram, com alegria, uma formidável experiência de fraternidade, de encontro com o Senhor, de partilha e crescimento na fé: uma verdadeira cascata de luz”, acrescentou.

O Papa pediu aos jovens que participaram na Jornada que, “‘Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé’ [lema da JMJ], levem ao mundo inteiro a alegria do evangelho, com a palavra e uma vida preenchida de obras de caridade”.

“Estou certo que regressaram às suas casas com o firme propósito de serem fermento na massa, levando a esperança que nasce da fé”, referiu Bento XVI, aludindo ao testemunho cristão que os jovens são convidados a exteriorizar na sociedade.
Ao recordar os momentos mais significativos da viagem, o Papa evocou o “entusiasmo irreprimível” com que foi recebido no centro de Madrid na quinta-feira, dia da sua chegada a Espanha, bem como as condições atmosféricas adversas durante a vigília de oração realizada na noite de sábado para domingo no aeródromo de Cuatro Vientos.

“Uma multidão de jovens em festa, nada intimidada pela chuva e pelo vento, permaneceu em adoração silenciosa”, disse o Papa, que salientou a “exuberância” e “alegria” dos fiéis na missa de encerramento da Jornada, celebrada no domingo no mesmo local.

A alocução não mencionou as manifestações de protesto pela visita e agradeceu o “caloroso acolhimento” dos reis de Espanha, “como também de todo o país”, tendo também incluído palavras de reconhecimento à hierarquia católica, voluntários da JMJ e a quantos “ofereceram o sustento da oração”.

Na saudação em língua portuguesa, Bento XVI saudou os grupos do Brasil e Portugal presentes em Castel Gandolfo:

Saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, particularmente os grupos vindos do Brasil e de Portugal! A Jornada Mundial da Juventude em Madrid renovou nos jovens a chamada a serem o fermento que faz a massa crescer, levando ao mundo a esperança que nasce da fé. Sede generosos ao dar um testemunho de vida cristã, especialmente em vista da próxima Jornada no Rio de Janeiro. Que Deus vos abençoe!



Fonte: Rádio Vaticano

“Vi a qualidade dos participantes da JMJ”

Fala Yago de la Cierva, responsável pela organização do evento

Na organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Madri, houve falhas e imprevistos, mas os incidentes (menos de 1%, segundo os organizadores) foram muito pequenos para um evento de semelhante magnitude.

Quem conversa com ZENIT sobre isso é o responsável pela organização, Yago de la Cierva, que esteve muito perto do Papa durante esses quatro dias memoráveis. Ele explica quais foram os maiores desafios que a JMJ teve de enfrentar, especialmente no aeródromo de Cuatro Vientos, devido às elevadas temperaturas e à intensa afluência de peregrinos na última hora.

Outro dos momentos difíceis de que fala foi a violenta tempestade imprevista que atingiu o aeródromo durante a vigília, que provocou que, por motivos de segurança, não se pudesse distribuir a comunhão na Missa do domingo, na esplanada.

Apesar dos incidentes, pelos quais a organização pede desculpas aos afetados, o balanço de Yago de la Cierva é muito positivo: “O segredo de uma festa está na qualidade dos seus convidados, e na JMJ isso foi evidente”, afirma.

ZENIT: Qual é sua avaliação geral desta 26ª JMJ?

Yago de la Cierva: Uma maravilha da graça. Madri mudou, a Espanha mudou e sobretudo milhares de jovens se aproximaram de Jesus Cristo graças ao magistério do Papa. Se eu tivesse que destacar algo, seria o elevadíssimo número de jovens que souberam estar centrados no essencial e dedicaram tempo à adoração eucarística, se confessaram e participaram dos atos com uma devoção palpável.

ZENIT: Quais foram os principais problemas que enfrentaram?

Yago de la Cierva: A JMJ é um evento de jovens para jovens, organizado por instituições eclesiais do mundo inteiro, que trabalham com metodologias muito diferentes e culturas quase opostas. Não é a mesma coisa um grupo italiano, com muita experiência e flexibilidade, e outro mais rígido; um grupo pequeno, que compra cartões telefônicos espanhóis e outro grupo enorme, com pouca comunicação entre seus membros; pessoas de culturas nas quais a pontualidade é um valor e basta dizer as coisas duas vezes, e outras nas quais o tempo é flexível e uma barreira é um convite a pular... Neste sentido, a JMJ é essencialmente um caos organizado. Mas os resultados foram fabulosos, precisamente porque as pessoas sabiam o que buscavam: uma peregrinação.

Em segundo lugar, existem as dificuldades relativas a organizar um evento dessa dimensão com equipes de voluntários e orçamento limitado. É muito satisfatório que quase tudo tenha saído bem, mas nos dói – e pedimos desculpas por isso – o que saiu mal: grupos mal designados aos alojamentos, alguns erros na distribuição das refeições em Cuatro Vientos, escassez de água durante duas horas em algumas áreas (devido a que as reservas de água foram utilizadas para tomar banho, não para beber – algo compreensível, dado o calor, mas que atrapalhou nossos planos). Mas estes incidentes não chegam a 1% em nenhum dos casos. Isso nos dói porque afeta as pessoas, mas os especialistas em grandes eventos (e a experiência em outras JMJ certifica isso) nos dizem que esses erros infelizmente são inevitáveis. Mas nem por isso lhes damos pouca importância, e pedimos desculpas aos que foram afetados.

ZENIT: Com relação às manifestações contrárias à JMJ na Puerta del Sol e às imagens que rodaram pelo mundo, de peregrinos insultados e agitados, qual é a sua avaliação? A organização, em algum momento, temeu um boicote das atividades?

Yago de la Cierva: A situação política e social espanhola não é simples e por isso não é estranho que muitos jornalistas que foram a Madri para cobrir o evento não tenham entendido totalmente o que estava acontecendo. Só houve uma manifestação contra a visita do Papa, que o governo teve de aprovar porque, na solicitação oficial, não constava sua verdadeira natureza. Os protestos do 15-M não eram contra a JMJ. Por outro lado, alguns dos agitadores não estavam em Madri por acaso, mas poderiam ser qualificados como “profissionais da provocação”. De fato, os detidos pela polícia tinham, todos, antecedentes criminais; e muitos deles não eram espanhóis. Aproveito para agradecer e elogiar o trabalho da polícia espanhola, que soube manter a ordem, salvo escassíssimas exceções, devidas precisamente aos violentos.

Minha avaliação destes fatos é que foram as sombras de todo quadro, que não fazem outra coisa a não ser destacar as luzes e as figuras. Ficou muito mais clara a diferença entre os que difundem o amor e os que vivem o ódio; entre os que querem ajudar os jovens a que olhem para o futuro com responsabilidade e esperança, e os que se fecham em si mesmos; entre os que deram exemplo de convivência e os que são intolerantes com os que não pensam como eles e empregam a violência verbal, gráfica ou física... Mas agora é mais fácil apreciar o trabalho da Igreja com os jovens no mundo inteiro.

ZENIT: Talvez um dos momentos mais delicados tenha sido a vigília de oração do sábado, quando a tempestade repentina fez que o Papa tivesse de parar e várias barracas foram danificadas ou caíram. Tiveram medo de que, em algum momento, a atividade tivesse de ser suspensa?

Yago de la Cierva: Vivi esses momentos muito perto do Papa e, na verdade, a única coisa que nos preocupou foi que não sabíamos como proteger o Papa da chuva, porque chegava na horizontal... De fato, perguntaram ao Papa se ele queria ir embora e ele disse duas vezes que não, que queria continuar. Por isso, o ato foi reduzido, já que nunca se sabe quanto pode durar uma tempestade, e se deixou a parte central: a adoração eucarística. O próprio Papa comentou depois que tinha se alegrado, porque assim ficava mais claro o essencial: a presença de Jesus Sacramentado entre nós e a adoração pessoal em silêncio. E eu me atreveria a acrescentar que também ficou mais clara a personalidade do Papa e dos jovens: ninguém foi embora, mas todos enfrentaram essa chuva com alegria e capacidade de sacrifício. Não tinham vindo para passar um bom momento e esse incômodo era claramente previsto por Deus, razão pela qual o assumiram com alegria.

O forte vento inutilizou uma das 17 tendas eucarísticas e causou danos em outras duas. Para evitar males maiores, a polícia decidiu rasgar todas as que estavam bem, para evitar o efeito vela, e clausurá-las, para que não houvesse mais feridos; e por esse motivo não foi possível dar a comunhão na manhã seguinte, já que ela seria distribuída a partir das tendas eucarísticas. Este talvez tenha sido o elemento mais doloroso da Missa: que tantos jovens não tenham podido receber sacramentalmente o Senhor em Cuatro Vientos, mas que tenham tido de fazer uma comunhão espiritual e depois ir a uma igreja, à tarde, para receber o Senhor sacramentado. Mas entendo bem as razões da polícia: em um momento de dúvida, é preciso optar pela segurança física dos presentes, levando em consideração a incerteza do tempo e a escuridão reinante.

ZENIT: Outro dos problemas foi que muitos peregrinos não puderam estar no recinto de Cuatro Vientos devido à falta de espaço. Você poderia nos explicar o que aconteceu e por quê?

Yago de la Cierva: Cuatro Vientos tinha duas áreas: uma para os inscritos e outra para os não-inscritos. Na primeira, cabiam 100 mil pessoas a mais que os inscritos e, no entanto, muitos jovens (e eu entendo isso: quando tinha essa idade, fiz exatamente a mesma coisa) não respeitaram os acessos nem as regiões designadas, e ocuparam lugares que não lhes correspondiam. Quando chegaram as pessoas que legitimamente deveriam estar lá, ao ver que os lugares estavam ocupados, não quiseram voltar, mas ocuparam parte das vias de comunicação. Nestas circunstâncias, não era seguro para os jovens que continuasse entrando mais gente, porque não poderiam passar ambulâncias, veículos com água etc. E nós, em parceria com a polícia, decidimos fechar os acessos: é melhor estar fora do que colocar os jovens em perigo.

Ficaram fora, portanto, 18 mil peregrinos, porque muitos deles preferiram esperar nos acessos mais próximos do cenário do que ir para a parte sul, como lhes foi indicado. É um número notável e realmente lamentamos por eles; mas equivale a 1% dos que assistiram à vigília. Tenho que acrescentar que, na primeira hora, pedimos aos jovens que abandonassem as vias e recolhessem seus sacos e barracas de dormir, algo que fizeram imediatamente e, por isso, puderam abrir as portas e deixar passar todos os que estavam fora, e muitos outros que só participaram da Missa.

ZENIT: Calor, chuva, problemas de segurança... Será que esta foi a JMJ mais “acidentada”?

Yago de la Cierva: Não sei... Todas as JMJ tiveram seus problemas. O nosso talvez tenha diso o fato de que esse dia foi o mais quente do verão e Cuatro Vientos era o lugar mais quente da Comunidade de Madri. Mas é preciso confiar na providência: no final, tudo tem sentido. O segredo de uma festa está na qualidade dos seus convidados e na JMJ isso foi evidente.

ZENIT: Pessoalmente, o que você pensou no momento em que o vento sacudia o Papa, o cenário e os jovens?

Yago de la Cierva: Na coragem do Papa e no magnífico exemplo que os jovens deram.

ZENIT: Que dados de participação final a organização pode oferecer?

Yago de la Cierva: Os dados de participação não são fornecidos por nós, pois não temos os instrumentos técnicos para uma medição séria, e sim as autoridades e os especialistas. Sabemos somente que houve muitas inscrições de última hora e alcançamos quase 475 mil; as companhias telefônicas nos falam de quase 1,5 milhão de telefones operativos em Cuatro Vientos; a Câmara de Comércio de Madri indicou que o retorno econômico imediato da JMJ para a economia madrilena foi de 160 milhões de euros; a associação de restaurantes triplicou suas cifras de negócio; o seguimento da JMJ através de redes sociais foi altíssimo; o sistema de saúde de Madri mostra que foi o evento mais numeroso e longo que já atendeu e está surpreso pelos baixíssimos índices de atendimentos... E, como curiosidade, não deixa de assombrar os espanhóis que, no país do “botellón”, mais de um milhão de jovens não tenham provocado nenhuma intoxicação etílica. Dá para perceber que não tinham participado de uma JMJ.

Fonte: Inma Álvarez - Zenit

Chuva como sinal para “permanecer firmes na fé”

JMJ não defraudou o movimento juvenil jesuíta

Os peregrinos agrupados ao redor da sigla MAGIS, convocados pelos jesuítas para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Madri, voltaram aos seus lugares de origem cansados, mas muito felizes. Apresentamos aqui alguns testemunhos.

A maior parte dos 3 mil peregrinos MAGIS alojados no colégio jesuíta Nuestra Senhora del Recuerdo – informa a Companhia de Jesus na Espanha – já voltou para os seus países. Muitos deles voltaram de ônibus e os vindos de mais longe o fizeram de avião.

Para a maioria, ainda restam muitas horas antes de chegar a casa. Foi uma experiência muito intensa que começou em 5 de agosto, em Loyola, e que finalizou há poucos dias com a Missa de envio do Papa Bento XVI em Cuatro Vientos.

Desde que, na segunda-feira passada, os 3 mil peregrinos se reencontraram no centro educativo, participaram de várias das atividades culturais e pastorais que a JMJ oferecia.

Muitos deles destacaram as catequeses dos bispos, a visita à exposição das Missões do Paraguai, a oração de Taizé e outras visitas, como a feita ao Museu do Prado.

Na sexta-feira, tiveram um grande encontro: o filme MAGIS que um grupo de profissionais foi gravando desde o início desta experiência inaciana. Depois da projeção, os jovens foram à via sacra do Paseo de Recoletos, que surpreendeu gratamente os participantes de outras culturas mais distantes, que desconheciam esta tradição religioso-cultural da Espanha.

Os dois últimos dias estiveram marcados pela assistência ao aeródromo de Cuatro Vientos, acompanhados pelo calor, pelo vento e pela chuva. Todos os peregrinos MAGIS saíram do colégio no sábado de manhã para viver a experiência. Para todos os jovens, as horas finais foram muito intensas.

Mariel Rodríguez, sevilhana, explica que inclusive viu na chuva um sinal para “permanecer firmes na fé” e gostou do fato de que, quando chegaram a Cuatro Vientos, os vizinhos, devido ao grande calor, jogavam água neles pelas janelas. “No pó, no calor, Deus estava no meio de tudo e de tantas pessoas.”

Além disso, essa sevilhana comentou que o mais importante que ela leva de MAGIS é “muitíssima confiança e proximidade de Deus”. Ela esteve em uma experiência social em Portugal com idosos, portadores de deficiência mental e disse que “ver Deus neles foi maravilhoso”.

Para o coordenador dos 52 peregrinos indianos, o jesuítaErwin Lazrado, enquanto se despedia do ônibus no qual alguns iam embora, contou que “foi uma experiência para o coração e para o aprofundamento na fé dos peregrinos do seu grupo”.

Da JMJ, afirma que a principal vivência que levarão para a Índia é o “sentir-se unidos em uma só Igreja. Nesses dias, nós nos sentimos como uma única Igreja Católica, com o Santo Padre”. O Pe. Erwim comentou também quão importante foi esta experiência global para os peregrinos com quem vinha: “São jovens de áreas rurais, escolhidos para participar; é a primeira vez que viajam de avião, que veem pessoas de outras culturas...”.

O coordenador da Romênia, o jesuíta Florin Silaghi, chegou à MAGIS 2011 com 38 pessoas que já lhe pediram para organizar uma experiência similar por ocasião do “Encontro Nacional Católico” que será realizado no seu país no ano que vem.

Da JMJ, ele destaca que “pudemos escolher os atos culturais, espirituais, os eventos que preferíamos ver”, bem como “desfrutar muito da cidade”.

Suas experiências MAGIS foram em Málaga (animação de ruas), Valência (diálogo inter-religioso), Manresa (diálogo espiritual, fé e cultura) e também uma peregrinação.

Assim culmina a experiência inaciana proposta em concomitância com a JMJ 2011, com milhares de reflexões, vivências, lembranças, escritos, novos interrogantes e algumas respostas. Mas todos com a experiência comum de que foi uma nova, profunda e especial oportunidade para viver “com Cristo no coração do mundo”.


Fonte: Zenit

CNBB e Cáritas lançam campanha SOS África

 
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira deram início à Campanha SOS África de ajuda às vítimas da seca na região nordeste do continente, conhecida como Chifre da África (Somália, Uganda, Etiópia, Quênia, Djibuti e Eritréia).


A região, principalmente a Somália, passa pela seca mais intensa dos últimos 60 anos. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), cerca de 12 milhões de pessoas estão sentindo os efeitos da fome na região.

Ainda segundo os dados, o Chifre da África vem sofrendo nos últimos meses, além da seca, com a fome, conflitos e a alta dos preços dos alimentos. A crise na Somália já matou 30 mil crianças de fome.

Cerca de 400 mil refugiados somalis, quase 5% de toda a população do país, encontram-se acampados em Mogadíscio e áreas ao redor. Aproximadamente 100 mil pessoas chegaram somente em junho e julho, segundo a ONU.

Um novo relatório da Organização Católica para a Solidariedade e ajuda humanitária sublinha que "a cada 11 semanas", dez por cento das crianças somalis com menos de cinco anos "perde a vida".

O ‘Situation report' da Cáritas Somália, enviado à agência Fides, do Vaticano confirmou que "as estruturas de saúde da Somália estão a tentar enfrentar a chegada maciça de deslocados internos que estão a lotar os centros urbanos em busca de assistência".
Para reverter essa situação, você pode contribuir com campanha da CNBB e Cáritas, em favor das vítimas no Chifre da África, através de doações de qualquer valor.

Banco do Brasil: AG. 3475-4, C/C 26.116-5
Caixa Econômica Federal: AG. 1041, OP. 003, C/C 1751-6
Banco Bradesco: AG. 0606-8, C/C 187587-6
*para DOC e TED o CNPJ é: 33.654.419/0001-16

Mais informações: http://www.caritas.org.br
 

Fonte: CNBB
Local: África

Show em São Paulo marca chegada da Cruz da JMJ

Cruz e Ícone peregrinarão pelo país para preparar visita do Papa em 2013

Nesse domingo, em Madri (Espanha), no encerramento da Jornada Mundial da Juventude, os brasileiros receberam a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora das mãos dos jovens espanhóis. O Brasil sediará a próxima JMJ, no Rio de Janeiro, em 2013.

A Cruz, de madeira e com pouco mais de 3,5 metros de altura, foi dada aos jovens pelo Papa João Paulo II em 1984 e, desde 1994, peregrina nos países que recebem a JMJ um ano antes do evento.

Como o Brasil é um país continental, e para que seja possível que os símbolos da Jornada passem por todas as cidades do país, tanto a Cruz quanto o Ícone de Nossa Senhora chegam ao Brasil já no próximo dia 18 de setembro de 2011, em um grande evento promovido pela Arquidiocese de São Paulo.

Segundo informa o departamento de imprensa da arquidiocese, a acolhida da Cruz no país acontecerá na região do Campo de Marte, com shows, testemunhos e reflexões das 9h às 21h.

Às 16h, chegam ao local, em carro do Corpo de Bombeiros, a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora. Logo em seguida, o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, preside à Missa.

Entre os nomes já confirmados para o evento estão os de padres consagrados como Juarez de Castro, Fábio de Melo e Reginaldo Manzotti.

O evento contará, ainda, com a presença de bandas católicas que mobilizam grande número de jovens, como Rosa de Saron, Dominus e Vida Reluz. A expectativa inicial de público é de 80 mil pessoas.

Este será o primeiro evento para preparar a visita que o Papa Bento XVI fará ao Brasil em 2013.

Após o show no Campo de Marte, Cruz e Ícone seguem em carreata, ainda na noite do dia 18/9, para a Catedral da Sé. De lá, percorreram igrejas da cidade.

Especial

O 18 de setembro será um dia especial para os jovens de São Paulo. Intitulado “Bote Fé”, este evento de acolhida da Cruz Peregrina quer reforçar entre os católicos a importância da evangelização da juventude.

Todas as paróquias da arquidiocese de São Paulo e das dioceses vizinhas são convidadas a manifestar que “botam fé” na juventude brasileira, durante o evento que realizado na região do Campo de Marte, zona norte da capital.

Trata-se de um momento privilegiado da evangelização da juventude no Brasil, confirmado pelo recorde de participação brasileira na JMJ de Madri (mais de 13 mil inscritos).

A campanha “Bote Fé” também tem o objetivo da dar continuidade à graça que a juventude brasileira viveu na JMJ, quando os jovens foram enviados pelo Papa Bento XVI para anunciara boa nova em seus países.

De acordo com Dom Tarcísio Scaramussa, bispo auxiliar de São Paulo e referencial do Setor Juventude da Arquidiocese, o “Bote Fé” “é uma convocação para os jovens, de modo especial, 'botarem fé em Cristo', acreditarem nele, se firmarem em Cristo, como base de sua fé”.

“Mas também é uma convocação para toda Igreja a uma atividade missionária para animar as comunidades, melhorar a autoestima, acreditar realmente que Cristo ressuscitou, que Cristo é a vida”, disse.

Fonte: Zenit