“Onde Deus está não há ódio, inveja e ciúmes e não se dizem palavras que matam os irmãos”: foi o que disse o Papa Francisco na manhã desta segunda-feira, 2 de setembro, na Eucaristia na Capela da Casa Santa Marta, onde recomeçou a celebrar a missa com a presença de grupos, depois da pausa de Verão.
O encontro de Jesus com os seus conterrâneos, os moradores de Nazaré, na narração do Evangelho de São Lucas proposta pela liturgia do dia foi o tema da homilia do Papa. Os nazarenos admiravam Jesus – observou o Papa – mas esperavam dele algo grandioso para acreditarem nele: “queriam um milagre, queriam um espetáculo”. Quando Jesus disse que eles não tinham fé, ficaram furiosos. Levantaram-se e levaram Jesus até ao monte para empurrá-lo e matá-lo”:
“Prestem atenção como as coisas mudaram: começaram com a beleza, com a admiração, e terminaram com um crime; queriam matar Jesus por ciúmes, inveja, estas coisas... Esta coisa não aconteceu dois mil anos atrás... isto acontece todos os dias em nossos corações, em nossas comunidades. É assim: no primeiro dia, as pessoas dizem: “Que boa esta pessoa que chegou aqui à nossa comunidade”. No primeiro dia falam bem, no segundo não tanto, no terceiro já começam as intrigas e acabam por acabar com ele”.
“Uma comunidade, uma família – prosseguiu o Papa – é destruída por esta inveja, que semeia o diabo nos corações e faz com que se fale mal uns dos outros”. “Nestes dias – sublinhou – estamos falando tanto sobre a paz, vemos as vítimas das armas... mas é preciso pensar também nas nossas armas quotidianas: a língua, os mexericos, as intrigas”. “As comunidades – concluiu – devem viver com o Senhor e ser como o Céu”.
“Para que haja paz numa comunidade, numa família, num país e no mundo, temos que estar com o Senhor. Onde o Senhor estiver, não existe inveja nem criminalidade, ódio e nem ciúmes. Existe fraternidade”. “Peçamos ao Senhor para não matarmos jamais o próximo com a nossa língua e estar com Ele como todos nós estaremos no Céu”.
Fonte: Rádio Vaticano