segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Improviso e criatividade em noite de jazz no Ano da França no Brasil

A criatividade e o improviso marcaram a abertura do “Recife Jazz Festival”, no dia 5 de novembro, projeto que reuniu artistas franco-brasileiros, como parte da programação oficial do Ano da França no Brasil. A noite pontuou ainda o início da exposição “Pintores naïfs na Torre”, uma iniciativa de 10 artistas pernambucanos que desenvolvem pinturas sobre o tema de forte influência francesa.

Um dos destaques desta sexta edição do Recife Jazz, que segue até dia 8 de novembro, a reunião de pintores e artistas plásticos pernambucanos em torno da arte naïf levou um bom público à Torre Malakoff, no bairro do Recife Antigo. O cônsul-geral do Consulado da França do Nordeste, Yves Lo-Pinto, elogiou a iniciativa de reunir em um só lugar a espontaneidade da produção artística local e a criatividade do jazz. “É uma noite de celebração, ainda mais quando destacamos a contribuição de Henri Rousseau, um dos grandes expoentes da arte naïf não apenas na França, mas em âmbito mundial”, lembrando ainda que o próximo ano será marcado pelo centenário de morte do pintor.

Curadora da exposição, a pintora Ana Cristina Haize é integrante de um coletivo de artistas franceses e reuniu em Pernambuco as composições de artistas locais. “Os pintores naïfs, em geral, são autodidatas e suas pinturas não são ligadas a nenhuma escola ou tendência. Essa é a força desses artistas que podem pintar sem regras nem constrangimentos, não querendo provar nada, apenas exprimir seus sentimentos por meio do pincel”, explicou.

Os primeiros acordes da noite foram dos músicos pernambucanos que integram o Coletivo Aspesax, que entre as músicas executadas no show de abertura, não faltou homenagem ao frevo, ritmo essencialmente pernambucano. A atração francesa deste primeiro dia ficou por conta do show da dupla Pierre-Alain Goauch e Remy Viginolo, que à frente do piano e da bateria, respectivamente, fizeram uma apresentação vibrante, com um set list composto por canções de Michael Jackson (Black or White) e ainda homenagearam John Coltrane.

Em sua primeira visita ao Brasil, Pierre-Alain destacou a cultura musical como um dos traços marcantes da conexão entre a França e o Brasil. “Chico Buarque, por exemplo, exerce influência em nosso trabalho e projetos como este só fortalecem estes vínculos musicais entre as duas nações”, comentou o músico, que fez questão de acompanhar a última atração da noite, a Orquestra de Frevo Raízes da Terra.

Nesta edição, além da Torre Malakoff, as apresentações acontecem ainda no Pátio de São Pedro e no Conservatório Pernambucano de Música. Além da participação de artistas franceses, a sexta edição do Recife Jazz Festival recebe músicos do Uruguai, Chile e Finlândia em apresentações gratuitas na cidade.

Os shows do dia 6 de novembro têm início às 20h no Pátio de São Pedro, com Jean-Charles Richard, músico francês, seguido da conterrânea Emile Parisien. Quem encerra a noite é o grupo El toque de Candomblé, do Uruguai.



Fonte:  Assessoria de imprensa do Ano da França no Brasil

Local: Recife (PE)