quinta-feira, 27 de junho de 2013

Coleta Nacional em prol da JMJ Rio 2013

Cimi lança Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas nesta quinta, 27

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) lança nesta quinta-feira, 27, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF), às 9hs, o Relatório: Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, Dados de 2012. O levantamento abrange diversas categorias de violência contra povos e comunidades de todo o país.

Dados como o aumento de assassinatos de indígenas, o colapso da saúde, os crescentes casos de suicídios, que a cada ano bate recordes, e a baixa execução orçamentária do governo Dilma Rousseff na demarcação de terras serão revelados ao conjunto da sociedade brasileira.

"Queremos demonstrar em números o que acontece na prática e tem motivado a mobilização dos povos indígenas em busca de seus direitos, de suas terras. Nossa intenção é revelar o ciclo da violência, mostrando que ela é resultado de um processo maior", afirma o secretário executivo do Cimi, Cleber Buzatto.

Há pelo menos 20 anos o Cimi sistematiza informações levantadas por suas equipes espalhadas pelo Brasil, que atuam próximas ou até mesmo nas próprias áreas indígenas. Dados pesquisados junto aos órgãos públicos e notícias veiculadas pela imprensa também servem de base ao relatório.

Conflito pela terra, violências praticadas contra o patrimônio e contra povos em situação de isolamento, violências por omissão do Poder Público e violências praticadas por particulares ou agentes públicos estão elencadas no levantamento do Cimi.

Em cada uma das categorias são especificados os tipos de violências, que vão desde a morosidade na regularização das terras até assassinatos, ameaças de morte, racismo, disseminação do alcoolismo e mortalidade infantil. Aliado a todos esses pontos, está a diminuição acentuada do rítmo das demarcações de terras no país.

O trabalho é coordenado pela antropóloga Lúcia Helena Rangel, professora da PUC/SP e assessora do Cimi, que apresentará o relatório e prestará esclarecimentos aos participantes e imprensa. Dom Erwin Kräutler, presidente do Cimi e bispo da Prelazia do Xingu, Pará, também estará presente.

"A carta dos Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay comoveu todo o país, com repercussão no mundo, ao decidirem que só saem de suas terras mortos. Isso espanta a nossa sociedade", aponta Dom Erwin, em referência à carta que rodou o mundo em 2012 comunicando a decisão que, para os indígenas, era uma espécie de suicídio dada a violência física a que estão submetidos.

No relatório também está outro caso que marcou o movimento indígena em 2012: a Operação Eldorado, que levou dezenas de agentes da Polícia Federal e soldados da Força Nacional para a aldeia Teles Pires, do povo Munduruku, no Pará, e terminou com o assassinato do indígena Adenilson Kirixi Munduruku, que morreu depois de levar um tiro em cada perna, na altura dos joelhos, e outro na testa. O crime ainda está impune e revela que a violência contra os povos indígenas parte de quem deveria defendê-los: o próprio Estado e governo federal.

Fonte: Assessoria de Imprensa - www.cimi.org.br

Papa cria Comissão Pontifícia para estudar caso do IOR

O Papa criou uma Comissão pontifícia consultiva sobre o IOR, “Instituto das Obras Religiosas” (mais conhecido como "Banco do Vaticano"). Papa Francisco pretende conhecer melhor a posição jurídica e as actividades do IOR, para “melhor o harmonizar com a missão da Igreja universal e da Sede Apostólica”. Esta Comissão, presidida pelo cardeal Raffaele Farina, Arquivista e Bibliotecário emérito da Santa Sé, fica encarregada de estudar a situação em que se encontra esta instituição, disso informando o Santo Padre. Da Comissão fazem parte: - o cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o diálogo inter-religioso; - D. Juan Arrieta Ochoa de Chinchetru, Secretário do Conselho Pontifício para os Textos Legislativos; - mons. Peter Bryan Wells, assessor para as questões gerais da Secretaria de Estado; e – Mary Ann Glendon, presidente da Academia Pontifícia das Ciências Sociais.

Fonte: Rádio Vaticano

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Como pedras vivas, todos somos necessários na Igreja! Papa Francisco na audiência geral, com uma imensa multidão

Na Igreja, todos são necessários, ninguém é inútil. Nós somos pedras vivas no Templo do Senhor: o Papa Francisco, na audiência geral desta quarta-feira, numa praça de São Pedro mais uma vez repleta com dezenas de milhares de peregrinos provenientes de muitos diferentes países. Prosseguindo a catequese que tem vindo a desenvolver, neste encontro semanal com os fiéis, sobre a Igreja, comentando a Constituição “Lumen gentium”, do Concílio Vaticano II, Papa Francisco deteve-se desta vez sobre a imagem da Igreja como “templo do Espírito Santo”.
Eis o resumo da sua catequese, tal como foi apresentado, na audiência, em português:
Uma das imagens que ilustra o mistério da Igreja é a de Templo de Deus. No Antigo Testamento, o Templo construído por Salomão era o lugar por excelência do encontro com Deus, pois ali se guardava a Arca da Aliança, sinal da presença do Senhor no meio do seu povo. Porém este Templo era somente uma prefiguração da Igreja, que é a verdadeira casa de Deus, o Templo onde mora o Espírito Santo, que a guia e sustenta. A Igreja tem Cristo como pedra angular e cada batizado é como que uma pedra viva neste edifício espiritual. Isso significa que na Igreja, ninguém é inútil, ninguém é secundário ou anônimo: todos formamos e construímos a Igreja. Por isso se falta o tijolo da nossa vida cristã, falta qualquer coisa à beleza da Igreja.
Como a todos os outros grupos de peregrinos, também aos lusófonos o Santo Padre dirigiu uma saudação em italiano:
“Saúdo-vos como pedras vivas do edifício espiritual que é a Igreja, encorajando-vos a permanecer profundamente unidos a Cristo para que, animados pelo seu Espírito, possais contribuir na edificação de uma Igreja sempre mais bela. Abençôo-vos a vós e as vossas comunidades.”

Fonte: Rádio Vaticano

"Carta dos Direitos da Família” completa 30 anos

Inspirada na Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 10 de dezembro de 1948, a “Carta dos Direitos da Família”, publicada pela Santa Sé em 22 de outubro de 1983, completará 30 anos. O documento reconhece a família como "núcleo natural e fundamental da sociedade" e oferece uma base adequada para uma elaboração conceitual em nível "psicológico, moral, cultural e religioso".

De acordo com Assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Wladimir Porreca a Carta “é dirigida às famílias e a todos os homens e mulheres de boa vontade a comprometerem-se a fazer todo o possível para garantir que os direitos da família sejam protegidos e que a instituição familiar seja fortalecida para o bem de toda a humanidade”.

O Conselho Pontifício para a Família, em fidelidade ao Magistério dos Papas nos últimos 30 anos, se propõe comemorar o aniversário do documento com dois eventos significativos: Seminário Internacional de Estudos de juristas católicos de todo o mundo (19-21 setembro 2013) e a vigésima primeira reunião plenária do PCF (23 a 25 de outubro de 2013).

O assessor menciona as propostas feitas por ocasião das próximas celebrações. “Decidimos propor a todos os que trabalham em favor da família, em especial os Regionais, dioceses e paróquias dois eventos comemorativos, um religioso, nas celebrações eucarísticas e, outro em uma sessão civil, na Câmara Municipal, nas Escolas, Associações e outros”.

Um dos anseios é que, por meio da celebração da data, sejam promovidas ações e políticas em prol da família. “Na comemoração dos 30 anos da "Carta dos direitos da família" no dia 22 de outubro de 2013, possamos animados pela esperança na promoção da família, favorecer instrumentos e políticas públicas de acordo com o designo de Deus”, afirmou o padre. “Peçamos a Sagrada Família que acompanhe nossos projetos em comemoração dos 30 anos da "Carta dos direitos da família”, finalizou.

Fonte: CNBB

terça-feira, 25 de junho de 2013

Seminário pretende relembrar a atuação dos cristãos no período da ditadura

Nos dias 26 e 27 de junho, a Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNNB), promove o Seminário Internacional Memória e Compromisso. O evento será realizado no Centro Cultural de Brasília (CCB) e tem por objetivo relembrar a atuação dos cristãos no processo de anistia política e de redemocratização do Brasil durante o período de 1964 a 1988.

Para a CBJP, o resgate dessa memória é fundamental para fazer justiça aos que vivenciaram diversas violações de direitos e para alimentar as esperanças em tempo de opressão, bem como para lançar luzes aos desafios da atualidade. Por isso, o evento pretende provocar reflexões a cerca da conjuntura político-social brasileira com discussões que envolvem o modelo atual de Estado e de desenvolvimento adotado pelo país e suas consequências para a sociedade.

A reflexão contará com a presença de nomes como padre Oscar Beozzo, Hamilton Pereira, padre Leonel Narvaez, Maria Clara Bingemer, Maria Vitória Benevides, frei Carlos Mesters, pastor Walter Altmann, dom Celso Queiroz, entre outros.

O encontro será pautado em análises da conjuntura nacional, internacional e eclesial, do período ditatorial. A reflexão será no sentido de entender quais eram os desafios teológicos e institucionais da Igreja nesse período. Os participantes ainda acompanharão falas sobre os cristãos em luta por transição em diversos países; resgate de experiências e memória da atuação dos cristãos e instituições cristãs; e uma reflexão sobre justiça de transição e desafio cristão de reconciliação, entre outros temas.

Memória e Compromisso


O Seminário consiste na primeira fase do projeto Memória e Compromisso. Esse projeto é realizado em parceria com a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, e conta com apoio da Comissão Nacional da Verdade e da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal.

O projeto também conta com a participação do padre Zezinho e Frei Betto, que não participarão do Seminário, mas vão colaborar em outras etapas (como a publicação do livro, do DVD e do CD com as conclusões do projeto).

Participação
Podem participar estudantes, pessoas de todas as denominações religiosas, agentes pastorais, membros de organismos, profissionais e militantes da área de direitos humanos, e demais interessados. Será emitido certificado de participação, com as horas correspondentes. Os interessados devem acessar o site da Comissão Brasileira Justiça e Paz e preencher a ficha de inscrição. As inscrições podem ser feitas também no local do evento.

Mais informações: (61) 33238713 ou cbjpagenda@gmail.com

Por causa do conflito na Síria, cancelado o Congresso da Signis, previsto para Beirut, em outubro

Foi cancelado o Congresso Mundial de Signis, ou seja, a Associação Católica Mundial para a Comunicação, que estava marcado para os dias 20 a 23 de Outubro em Beirute, no Líbano, sob o tema "Os media para uma cultura de paz: criar imagens com as novas gerações" .
A decisão, informa uma carta assinada por Agostinho Loorthusamy, presidente da Signis, é devida "à guerra civil na Síria e a pedido dos organizadores locais".
Expressando o seu descontentamento pela decisão, o presidente Loorthusamy diz, contudo, estar "profundamente solidário com o Médio Oriente" e reafirma "a vontade de organizar um Congresso sempre em Beirute, no futuro". “Continuamos a dar o nosso apoio e orações a todos os cristãos do Médio Oriente – afirma o responsável de Signis - e ao seu direito de ficar, mesmo enquanto cristãos, nesta região do mundo".Loorthusamy acrescenta ainda: "Estamos conscientes do facto que, apesar de algumas regiões do Médio Oriente estarem destruídas pela guerras e pelos conflitos, o Médio Oriente está cheio de iniciativas criativas e corajosas em favor do diálogo, da reconciliação e da paz; e mesmo que por vezes as forças da violência e da guerra possam parecer irresistíveis, sabemos que a maior parte da população deseja e espera a paz" e que "Beirute está no coração de muitas destas novas esperanças". Por fim, o presidente da Signis explica que, apesar do cancelamento do Congresso Mundial, permanece a obrigação de organizar a reunião da Assembleia dos Delegados, num local ainda por determinar, caindo a escolha entre Roma ou Madrid.

Recorde-se que o último Congresso Mundial da Associação foi realizado em Chiang Mai, na Tailândia, em 2009, tendo reunido mais de 600 participantes, entre profissionais dos media e desenvolvimento, comunicadores católicos e jovens do mundo inteiro.

Fonte: Rádio Vaticano

Manual de Bioética será distribuído durante a JMJ

Durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro (RJ), todos os participantes inscritos no evento receberão um exemplar do Manual de bioética. Keys to Bioethics, Manual de Bioética para jovens da JMJ, foi produzido pela Fundação Jérôme Lejeune, em parceria com a Comissão Nacional da Pastoral Familiar, organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o Centro de Estudos Biosanitários (Espanha) e com Fundação Jérôme Lejeune (USA).

Para o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a família, da CNBB, dom João Carlos Petrini, o Manual é uma “verdadeira façanha”. “Conseguimos ter em mãos, um manual destinado aos jovens, com uma linguagem bastante acessível, que é uma oportunidade para abordar questões tão delicadas e complexas, a respeito da vida”, afirmou o presidente.

O manual contém uma apresentação objetiva de questões de bioética atuais, embasadas sobre os fundamentos da ciência e da razão, nas quais a fé da Igreja vem dar todo o seu sentido.
“O manual proporciona uma formação de base. Quando a vida começa, quando termina; trata também da fecundação assistida, se não é melhor uma criança nascer do amor entre um homem e uma mulher. Em suma, são dadas razões científicas, por parte de médicos, biólogos, para dialogar com o mundo sobre essas questões”, disse o bispo.

Serão produzidos dois milhões de exemplares em quatro idiomas, sendo 900 mil só em português. “Por graça de Deus conseguimos produzir dois milhões de exemplares, que poderão cobrir uma bela fatia dos jovens presentes no evento”, afirmou dom Petrini.

Logo no sumário da publicação, uma mensagem da presidente da Fundação Jérôme Lejeune, lembra do chamamento de Bento XVI que “nos envia a anunciar a verdade a nossos irmãos e irmãs em humanidade com as próprias palavras do Cristo: “Ide e fazei discípulos em todas as nações” (Mt 28, 19) [...] Esta versão “especial JMJ” do Manual de Bioética para os jovens é uma boa nova a ser difundida largamente. Sejamos transmissores de vida até os confins da terra”, diz o texto.

Fonte: CNBB

Bispos brasileiros certos de que a JMJ do Rio de Janeiro decorrerá sem problemas e que o Papa será bem acolhido

Começou já a contagem decrescente para a 28ª Jornada Mundial da Juventude, daqui a menos de um mês, de 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro com o tema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações!”. Um acontecimento que Bento XVI classificou, a seu tempo, como “uma cascata de luz e de esperança”.
Os preparativos finais prosseguem, não obstante a preocupação suscita pela agitação das recentes manifestações públicas de descontentamento popular, não só no Rio de Janeiro mas também em muitas outras cidades brasileiras. Mas qual é a situação concreta que se vive neste momento no Rio. A colega brasileira Bianca Francalvieri interpelou a esse propósito o Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner:
Entretanto, o quotidiano da Santa Sé, “L’Osservatorio Romano, fala da JMJ do Rio de Janeiro, num recente artigo do Cardeal Stanisław Ryłko, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, o organismo do Vaticano responsável pela organização da JMJ.
O purpurado destaca, antes de mais, as novidades deste encontro: - o regresso da JMJ à América Latina, 26 anos depois da edição que teve lugar em Buenos Aires, na Argentina; - pela primeira vez, a presença de um Papa latino-americano; e - o amplo horizonte em que se insere este Encontro mundial dos jovens.
O Cardeal Ryłko cita o 13º Sínodo geral dos bispos, em outubro passado, sobre o tema da nova evangelização, mas também a Conferência de Aparecida, em 2007, dedicada à “Missão continental”; e por fim, o Ano da Fé, convocado em 2012 por Bento XVI para comemorar os 50 anos do Concílio Vaticano II. Todos estes acontecimentos – observa o purpurado - evidenciam “o dinamismo missionário” típico da JMJ.
As Jornadas, verdadeiros “laboratórios de fé, como as definiu João Paulo II, são também “um poderoso instrumento de evangelização do mundo juvenil e de diálogo com as jovens gerações”, considera o presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, recordando que as Jornadas são “o lugar de redescoberta de uma religiosidade que não está em contraste com o ser jovem”, tanto que graças a elas florescem também muitas vocações.
Recordando os principais momentos em programa - nomeadamente a Via Sacra, a Vigília e a Santa Messa de envio, respectivamente nos dias 26, 27 e 28 de julho (sexta, sábado e domingo), o Cardeal Ryłko faz votos de que “os jovens provenientes do mundo ocidental, tão secularizado”, possam encontrar no Brasil “um testemunho de fé jovem e cheio de entusiasmo, típico dos países latino-americanos”, porque como dizia Bento XVI, as “Jornadas Munidas da Juventude são verdadeiramente um remédio eficaz contra o cansaço do crer”.
Mas sobre as expectativas dos jovens para a JMJ no Rio, ouçamos o Irmão Edgar Nicodem, Conselheiro Geral dos Irmãos de La Salle para a América Latina, entrevistado pelos colegas da secção brasileira:http://media01.radiovaticana.va/audiomp3/00378627.MP3

Fonte: Rádio Vaticano

domingo, 23 de junho de 2013

Retiro Missionário em Cotia

Dia 23 de junho de 2013, domingo de pouco sol e vento com uma brisa fria, mas suave. Olhos que brilhavam nos rostos alegres dos missionários/as que chegavam. A igreja pequena acolheu mais 200 pessoas. Uma bela celebração da Eucaristia lembrando que a missão de todo batizado é tomar a cruz de cada dia. Padre Everaldo Felix, pároco da Paróquia Imaculada Conceição, em Caucaia do Alto, Cotia, diocese de Osasco, São Paulo, acolheu os fiéis neste dia de Retiro Missionário e afirmou que devemos levar a cruz com alegria, nas dores e a cada dia. Não cortá-la, nem esquecê-la, mas carregá-la como o Mestre Jesus o fez, concluiu o padre.

Logo após a Eucaristia, foi servido o café da manhã no Salão Paroquial, seguido de uma breve invocação ao Espírito Santo. O Retiro foi preparado pelo Conselho Missionário da Região de Cotia. Eram cerca de 80 missionários/as. Padre José Altevir, da Congregação do Espírito Santo, foi o orientador. Com o tema: "Missão, testemunho de fé" e o lema: "Envia!", convidou os participantes a refletirem com novos olhares sobre a missão. Palavra tão ampla e com muitos sentidos pode causar susto, medo ou esperança. Pode servir para tudo ou para pequenas coisas - disse o padre Altevir.

O Retiro Missionário focalizou três aspectos: a Espiritualidade Missionária, a Proposta de Aparecida e o Ano da Fé e por último, a Leitura Orante de Lucas 5, 1-11. O orientador enfatizou que devemos deixar de olhar para as nossas teorias e de não vermos a missão como ‘um fazer'. Sentir a ação do Espírito de Deus em nós, nos outros, na sociedade e no mundo. Sentir que a ação do Espírito de Deus nos torna leves como uma pena para que deixemos de ser um peso para os irmãos e irmãs. É o Espírito que nos leva ao encontro dos outros.

Deixarmo-nos guiar por Ele e por onde somos enviados. Precisamos sentir o sopro do Espírito de Deus para sermos mais leves, brilho nos olhos e rostos alegres pelo bem que fazemos. Ir ao encontro do outro, não na criação de novas estruturas para a missão, mas ações centradas nas pessoas, pois elas são o coração da missão. Missão não é como passar graxa nas engrenagens das estruturas internas da Igreja para somente manter o que temos, como se fôssemos obter um resultado eficiente e com ‘lucros'.

Em segundo lugar acentuou a necessidade de termos presente que a missão é se colocar a serviço do Reino de Deus. Não podemos falar da missão a partir de nossas cabeças, mas "descer e ouvir as pessoas e os apelos de Deus no coração das pessoas". Não consiste em ir ao encontro dos outros para levar algo nosso, mas de acolher os apelos, os clamores daqueles que vamos ao encontro. Por isso, a missão é Deus. Ele vai à frente. Não vamos levar Deus, mas vamos chegar perto do coração das pessoas dispondo-nos a partilhar os caminhos da missão. As pessoas sentem sede da palavra de Deus. Citou São Francisco Xavier, missionário na Ásia, "evangelizar sempre e em todos os lugares sem necessidade de usar palavras". O que é escutar os desejos das pessoas e falar de Deus sem citá-lo? Contou sua própria experiência de fé e de caminhada vocacional ainda quando criança, na sua terra, na grande Amazônia. Lá esteve um missionário espiritano de nacionalidade alemã. Não sabia falar bem a língua portuguesa. Longos dias navegando pelas águas ao encontro de comunidades longínquas. Passava pelas comunidades a cada ano e meio para celebrar a Eucaristia e fazer a ‘desobriga'. O missionário pouco falava. A expressão no rosto revelava sua alegria serena de testemunhar a fé naquele que o chamou. Era assim que ele anunciava o Evangelho. E o povo lhe dizia ao acolhê-lo: "A gente adoece e fica bem só com a graça de Deus e com as águas do rio". Isto é que é testemunho de vida e de fé, disse padre Altevir.

Num terceiro momento, o orientador voltou-se para um olhar interno de nossas comunidades cristãs. Aí acentuou alguns modos de se viver a missão na disponibilidade, no respeito para com o outro, na colaboração mútua entre todas as pessoas, pastorais e movimentos. Destacou a necessidade de se colocar muita paciência, oração, frequentemente regada com gestos de caridade. Construir comunidades e formar missionários para que se dediquem à construção da unidade. Isso pode gerar incompreensão. Novas metodologias de se fazer reuniões e encontros. A atuação pela interação mútua, deliberação e ação em conjunto. Falta-nos, dizia padre Altevir, o espírito missionário nas nossas atividades ordinárias, onde o Espírito cria relação. Deixar de ter um olhar unilateral para ser abrangente e valorizar tudo o que é feito na comunidade. O que somos e damos testemunho de nossa fé, não provém de nossos encargos, tarefas, empreendimentos. Mas vermos e sentirmos como dom de Deus. Se for assim, aparecerá um testemunho de fé, mais do coração, ligando afeto, sentimento e razão. Alargar nossa visão tão estreita dentro de nossas pastorais e movimentos para vermos o conjunto todo. Temos que nos dar as mãos e trabalhar com o coração e fé nas pessoas. Temos a tentação de nos fecharmos. Achamos que somente nós é que fazemos o bem e nos mantemos distantes do mundo, dos seus conflitos e esperanças.

Devemos nos manter antenados perto de nós, tanto quanto aos missionários/as longe, distantes de nós e com problemas bem diferentes dos nossos. Devemos rezar por eles, pois a missão não é nossa, mas vem de Deus.
A Igreja é, por natureza, missionária a exemplo de seu Mestre Jesus, o missionário do Pai. Há uma linguagem que necessita ser questionada, pois se fala: "hoje eu vou para a pastoral e amanhã irei para a missão!" Não se pode separar as coisas. Não se pode falar "vou à pastoral e amanhã à missão". Não existe pastoral se ela não for missionária - acentuou o pregador. Nesse sentido, a missão não se faz, mas se vive. Cada um tem a sua maneira de se relacionar com Deus. Cada missionário tem o seu jeito, tem a sua experiência de Deus, tem a sua mística, o seu modo de ser, de viver e testemunhar a fé. Jesus comunicou aos seus discípulos a sua experiência de Fé que passou pelos caminhos da paciência, da rejeição, da morte e da ressurreição. Missão não é um falar de Deus às pessoas, mas falar a Deus junto com os outros. Jesus ajudou as pessoas a fazer a experiência de Deus no coração. Ser presença no meio das pessoas. Acolher a esperança de cada uma delas. Padre Altevir lembrou a todos do 8º Congresso Latino-americano, com o lema: "América com Cristo: escuta, aprende e anuncia". Acentuou que missão não é ‘um evento, que tem começo, meio e fim', não é show e nem espetáculo, mas é experiência de Deus vivida no dia a dia em todos os momentos de nossa vida. Se sou batizado, sou missionário. Se sou missionário é porque sou batizado.

Ainda antes do almoço houve um momento de partilha sobre as experiências e ações missionárias feitas pelos participantes. À tarde, o pregador apresentou "a desafiante proposta de Aparecida". A Missão tem seu ponto de partida a partir da realidade que nos interpela e nos conduz ao Reino da Vida. As condições de vida dos milhões e milhões de abandonados, excluídos e ignorados contradizem o projeto do Pai e desafiam os cristãos a um maior compromisso em favor da cultura da Vida. Como ponto de chegada a promoção humana que leva à autêntica libertação, integral, abarcando a pessoa inteira e todas as pessoas, fazendo-as sujeito de seu desenvolvimento (DAp 399). Nisto aparece o caráter missionário da Igreja em "estado permanente de missão": para anunciar o Evangelho os cristãos necessitam se converter à luz do Espírito de Deus, "desinstalarem-se de seu comodismo, estancamento e tibieza; converter-se em um poderoso centro irradiador da vida em Cristo; um novo Pentecostes, que nos livre do cansaço, da desilusão e da acomodação" (DAp 362). Para ser viver isto é necessário trilhar o caminho à luz da opção pelos pobres na experiência pessoal de fé, na vivência comunitária, formação bíblica e teológica e por último, o compromisso missionário seja assumido por toda a comunidade.
Para concluir o tema "Missão, testemunho de Fé", padre Altevir fez junto com os participantes a Leitura Orante na ótica missionária em quatro passos no texto de Lucas 5, 1-11: Leitura do Texto, Meditação, Oração e Contemplação. A intenção fundamental foi animar missionariamente a comunidade que Lucas acompanhava. Jesus age em cada cristão, transformando-o de "pescador de peixes para pescador de homens e mulheres". As missões sob a ação do Espírito de Deus, animadas pelas práticas pastorais, ajudam os cristãos a buscarem o Reino de Deus. Com uma espiritualidade da partilha, da escuta, da uma interação mútua e valorização de todos os cristãos, o Espírito de Deus atua e projeta o cristão à liberdade e à participação, atualizando o seu testemunho de fé conectado com e neste mundo. Dar respostas de nossa fé, testemunhando-a na simplicidade, é a vivência do nosso batismo. As pessoas têm sede da palavra de Deus, concluiu Padre Altevir José. O retiro missionário encerrou-se com a benção do Santíssimo.

Fonte: Mário de Carli / Revista Missões

Papa, a uma associação laical ligada a São Pedro, encoraja voluntariado: servir sem querer nada em troca, como Jesus

Esta manhã, antes do Angelus, o Papa Francisco acolheu no Vaticano os membros da Associação São Pedro e São Paulo, que para além de serviço de voluntariado no acolhimento dos peregrinos que visitam a basílica de São Pedro, exercem actividades culturais e caritativas, em relação aos mais pobres e débeis. O Papa congratulou-se com tudo isto, encorajando-os a viver com generosidade estes empenhos:
“É belo fazer parte de uma associação como a vossa, composta de homens de diferentes idades, unidos no desejo comum de dar testemunho de vida cristã, servindo a Igreja e os irmãos, sem pedir nada em troca. Isto é belo: servir sem pedir nada em troca, como fez Jesus… A vossa recompensa é precisamente esta: a alegria de servir o Senhor e de o fazer conjuntamente”.
No final do encontro, preparando-se para dar a bênção, o Papa convidou os presentes a pensarem nos familiares e amigos, para que a bênção desça sobre eles também. Mas acrescentou: pensai também naqueles de quem não gostais tanto, com quem estais zangados... “Seja também para eles esta bênção”…

Fonte: Rádio Vaticano

segunda-feira, 17 de junho de 2013

JMJ Rio 2013 A exemplo da Sagrada Família

Pai, mãe e filho vão juntos ao encontro de Deus na Jornada Mundial da Juventude

Ao ler o capítulo 2 do Evangelho de São Lucas, entre os versículos 42 e 51 é possível contemplar o episódio em que Jesus, Maria e José foram à festa da páscoa judaica. Uma família que saiu de casa para celebrar com júbilo ao Senhor. Pai, mãe e filho estavam unidos e com os corações voltados a Deus. Cerca de dois milênios depois, incontáveis famílias querem refazer esse caminho que dá acesso ao Pai e, para isso, irão ao Rio de Janeiro participar da Jornada Mundial da Juventude.

Uma família composta por pai, mãe e filho vai percorrer essa via de graças até a capital carioca. Morador da pequena cidade de Sobradinho 2-DF, o casal Willian e Gleice, acompanhado do pequeno Guillen Baruc, de dois anos de idade, contou a ZENIT sobre a oportunidade de participar da JMJ Rio 2013.

Ele, o pai, tem 30 anos, é administrador de empresas e gerente de uma loja de calçados. Ela, a mãe, aos 31 anos é educadora em uma rede de escolas católicas. Para Willian, mesmo que o pequeno Guillen ainda não possa entender muita coisa, a JMJ Rio 2013 será uma oportunidade de catequese para todos. Confiante na providência divina, o pai testemunha:

“No inicio pensamos em não levar o Guillen, mas um evento como esse é para a família toda e, ao mesmo tempo, uma ótima oportunidade para catequizá-lo. Espero que Deus abençoe nossa ida ao Rio, pois as provações são muitas. Tudo fica mais difícil quando envolve uma criança”.

Gleice também falou sobre a ida do pequenino ao Rio. Quando soube que a JMJ seria no Brasil, seu desejo de participar aumentou e, desde então, colocou em oração até que as coisas foram acontecendo. “Inicialmente, iríamos apenas eu e meu esposo. Deixaríamos nosso filho porque sabíamos que levar um bebê de dois anos para um evento como este seria uma aventura, mas meu coração de mãe estava aflito em ficar mais de uma semana longe dele. Foi então que decidimos levá-lo conosco para que desde pequeno ele possa experimentar e viver um pouco da nossa fé, percebendo a importância da família que reza e trabalha unida”, comentou.

Sobre os dias em oração ao lado do Santo Padre, o Papa Francisco, o administrador de empresas diz que a Jornada Mundial da Juventude vai ser uma ótima oportunidade para todos que buscam a santidade. “Tenho certeza que vou aproveitar ao máximo com minha família e amigos. Espero poder contribuir também para a evangelização de modo geral, buscando no Cristo eucarístico o conhecimento que devo ter”, declarou Willian.

A educadora deseja que a JMJ seja um momento único para o Brasil e para juventude católica. “Estamos vivendo um tempo ímpar da nossa fé porque temos dois papas intercedendo pelos jovens que se fazem presentes nos casais, nas famílias, nas lideranças, nos movimentos, nos meios sociais e principalmente na evangelização pelos quatro cantos do mundo”.

A família chegará ao Rio três dias antes da JMJ para que possa visitar e conhecer melhor a Cidade Maravilhosa como turista.  Depois, dedicará todo o seu tempo para participar do máximo de atividades previstas no cronograma do evento. “Ser peregrino vai muito além de sair da sua casa apenas passear em outro lugar. Ser peregrino é se deslocar da sua casa para viver a fé em outro local. Desejamos que este momento com o papa Francisco seja repleto de graças para a juventude e para o nosso país porque ele, que é um homem santo, vem mostrando ao mundo que ser líder é muito mais que ser alguém que está à frente. Ser líder é ser um exemplo de vida, simplicidade, caridade e humildade”, finalizou o casal.

Fonte: Zenit

Diácono: aquele que cuida, olha e serve a todos

Ao som do canto "um dia escutei teu chamado", todos os presentes na Igreja de Santa Margarida, em Curitiba, no dia 9 de Junho, às 10h00 se sentiam concelebrantes de uma festa muito especial: a celebração da eucaristia na qual seria ordenado diácono Innocent Bakwangama Mbisamula.

Presidida por Dom Walmir Alberto, imc, Bispo Emérito de Joaçaba, Santa Catarina, a missa de ordenação contou ainda com a presença de Pe. Luiz Emer, superior dos Missionários da Consolata, no Brasil, Pe. Lírio Girardi, pároco de Santa Margarida, Pe. Job, reitor do Seminário Filosófico Nossa Senhora da Consolata e vários outros membros da família Consolata.

Nascido a 30 de maio de 1981, em Ibambi, República Democrática do Congo, Innocent ingressou no Instituto Missões Consolata, em 2004. Em 2008, chegou ao Brasil, São Paulo, onde realizou seus estudos teológicos. Após os estudos, foi enviado para o Seminário Filosófico Nossa Senhora da Consolata em Curitiba, Paraná, para prestar serviço ao Instituto. Hoje, neste dia tão especial, ei-lo, finalmente, diante de Deus e da comunidade do povo de Deus, reunida em festa, para responder alto e em bom som ao chamado de seu nome: presente! Podemos dizer que chegou o momento de pronunciar o seu SIM definitivo como resposta a Deus que o chama ao ministério do serviço.

"Diácono é aquele que cuida; e cuida quem olha e quem está atento ao que faz falta" foram as palavras da homilia do Bispo que, com certeza, ficaram bem gravadas no neo-diácono e não só. Aliás, o mote escolhido por Innocent para esta sua festa de ordenação diaconal foi uma citação de um versículo da primeira carta de Paulo aos cristãos de Corinto "tornei-me o servo de todos" (1Cor 9, 19). Por isso, é caso para afirmar que o bispo, o novo diácono e a Palavra de Deus estão em perfeita harmonia, ou melhor, a Palavra de Deus dá a sintonia perfeita ao Bispo, ao diácono e a cada um de nós.

Foram duas horas e meia de celebração; o clima era de envolvente alegria. Quem nela participou saiu vivificado. No entanto, a festa, na verdadeira acepção da palavra (como encontro e fortalecimento dos laços), aconteceu na semana que antecedeu a ordenação diaconal: nas visitas às famílias; nos encontros com os jovens e crianças na pastoral e na catequese; na participação em todos os conselhos pastorais comunitários; nas celebrações nas cinco comunidades (Santa Margarida, Santa Helena, Sagrada Família, Nossa Senhora das Dores e São Pedro) que formam a paróquia. Isso, sim, foi uma verdadeira e autêntica consolação!

Para finalizar, um obrigado especialíssimo aos padres: Lírio, Carlos, Job e Elias, e aos seminaristas Dany, Leandro, Abel, Diego, Thiago e Sandrio.

Fonte: Domingos Forte / Revista Missões

Formação missionária com enfoque na Amazônia debate dimensão teológica da Missão

O Curso de Formação Missionária com enfoque na Amazônia, que acontece desde o dia 2, no Centro Cultural Missionário (CCM) em Brasília (DF), concentrou suas reflexões, no início desta semana, na dimensão teológica da Missão. O estudo contou com a assessoria do padre Estêvão Raschietti, SX, mestre em missiologia e secretário Executivo do CCM.

Segundo padre Estêvão, ao tratar da missão, deparamo-nos com uma dimensão teológica fundamental: "a missão vem de Deus e é de Deus. A missão tem como origem o amor fontal de Deus, um amor que transborda. É Deus quem faz acontecer a missão". Isso quer dizer que, "ao sermos enviados, nós participamos da missão de Deus, que deseja amar a humanidade, quer cuidar de cada um de nós e solidarizar-se com as situações mais difíceis de opressão e sofrimento". Para o missiólogo "é importante entendermos a missão dessa forma, a fim de que, o sucesso não dependa das nossas ações. Isso nos coloca a caminho para ir ao encontro das pessoas de maneira gratuita, despojada, serviçal e disponíveis, como Jesus". Referindo-se ao processo de inculturação, padre Estêvão ressaltou que, "muito além de uma atividade, a missão é uma viagem interior de superação, uma viagem Pascal que nos faz passar para uma nova vida".

Participam da formação 20 pessoas, entre religiosas, presbíteros e leigos, que se preparam para a missão, de maneira especial, na região amazônica. Desde o início dos trabalhos, já foram abordas as dimensões humana e bíblica. A programação se estenderá até o dia 27 de junho e inclui ainda, abordagens teológica, geográfica, histórica, antropológica, socioambiental, ecumênica e espiritual.

Lúgera Ana, leiga militante do Movimento Fé e Política na arquidiocese de Mariana (MG) e residente em Ouro Preto, foi convidada a fazer uma experiência de missão em Altamira no Pará onde trabalham dois padres da sua arquidiocese. "A minha vontade é de ir e participar. O que me leva para a missão é a gratuidade da vida. Recebemos tanto que somos motivados a sairmos e partilharmos pelo menos um pouco de nossas vidas, das coisas bonitas que recebemos", defende.

Natural de Barretos (SP), Irmã Júlia Maria Peccim, da congregação das Dominicanas de São José, deve ir à Belém de Solimões, na diocese de Tabatinga (AM). A religiosa será enviada pelo Projeto Igrejas-Irmãs entre o Regional Sul 1 (estado de São Paulo) e o Regional Norte 1 (Amazonas e Roraima), iniciativa que já envolveu cerca de 70 missionários e missionárias entre padres, religiosas e leigas. Irmã Júlia e Irmã Izabel Patuzzo, das Missionárias da Imaculada (PIME), que também frequenta o curso, farão parte de uma comunidade Intercongracional coordenada pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Regional São Paulo, parceira no Projeto. "O curso está derrubando conceitos e visões de que vamos à missão para ajudar. Na verdade, nós vamos para comungar com o povo e viver a experiência do estilo de Jesus Cristo já presente nas pessoas. Nós vamos para somar forças no Projeto de Jesus que é viver essa comunhão no discipulado", sublinha a religiosa.

O padre italiano, Carlos Faggion, missionário Comboniano, há 38 anos no Brasil, já trabalhou em Rondônia, Espírito Santo, Santa Catarina e São José do Rio Preto (SP). Ele acaba de ser transferido para a periferia de São Mateus no norte do estado do Espírito Santo. Para o missionário, a formação permanente é fundamental. "Aqui estamos revendo valores para aprofundá-los em nossa vida. O ambiente de partilha e convivência cria comunicação no grupo. Num mundo em mudanças, se nós não nos atualizarmos corremos o risco de ficarmos inúteis ou de fazermos coisas contraproducentes", avalia o religioso. "Não se trata tanto de fazer, mas de refletir para reorganizar a missão e sermos eficazes. Eu nasci antes do Vaticano II, imagine as mudanças que aconteceram nos últimos anos. A nossa conversão e a mudança de mentalidade, num mundo pluricultural, inter-religioso, são os maiores desafios na missão", avalia.

Fonte: Jaime C. Patias - POM

500 estudantes são esperados no II Encontro Latino-americano de Pastoral Universitária

O Setor Universidades, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), se prepara para o II Encontro Latino-americano de Pastoral Universitária. O evento será na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC MINAS), de 18 e 21 de julho, durante a Semana Missionária, dentro Congresso Mundial de Universidades Católicas (CMUC).

O I Encontro Latino-americano de Pastoral Universitária aconteceu em Granada, na Espanha, durante a Pré Jornada Mundial da Juventude de 2011. O primeiro encontro reuniu 430 estudantes. Desse total, 150 representavam o Setor Universidades. Segundo a Assessora Nacional do Setor Universidades, Irmã Maria Eugênia Lloris, o encontro representou um marco para a unidade pastoral, que caminha da utopia a uma realidade cada dia mais presente nas Instituições de Ensino Superior. “Com o evento em Granada produzimos uma carta a todos os Bispos da América Latina”, conta a assessora. Para a II Encontro Latino-americano de Pastoral Universitária são esperados 500 estudantes, com presença já confirmada das pastorais de Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela. “Nesse encontro nós queremos materializar um projeto comum, criar unidade entre as pastorais. Descobrir no novo rosto da América Latina, qual o rosto das novas pastorais e, onde queremos chegar?” questiona Maria Eugênia.

O evento será dia 18 de julho com programação especial das 8 às 17 horas. Além dos universitários, o Setor Universidades da CNBB também espera contar com a participação diversos bispos do Brasil e da América Latina, responsáveis por acompanhar e promover atividades relacionadas a evangelização no meio universitário. Entre os religiosos está o cardeal Andrés Rodríguez Maradiaga, de Tegucigalpa, em Honduras.

Inscrições gratuitas


As inscrições para o II Encontro Latino-americano de Pastoral Universitária são gratuitas e podem ser realizadas até dia 30 deste mês no blog do evento ou pela site:  www.universitarioscristaos.com.br. Para participar do CMUC os interessados devem acessar o site www.cmuc.pucminas.br
Saiba mais: http://www.youtube.com/watch?v=-xVpatoXnfE&feature=player_embedded

Fonte: CNBB

domingo, 16 de junho de 2013

Sim à vida e não a ídolos - Papa na missa deste domingo, Dia do Evangelho da Vida

No âmbito do Ano da Fé que estamos a celebrar, este domingo 16 de Junho foi dedicado ao “Evangelho da Vida”. Para marcar este dia o Papa Francisco presidiu à Santa Missa às 10.30 da manhã na Praça de São Pedro, repleta de fieis vindos de várias parte do mundo.

Na sua homilia o Papa começou por sublinhar a beleza do nome dessa celebração…

“Esta celebração tem um nome muito belo: o Evangelho da Vida. Com esta Eucaristia no Ano da Fé, queremos agradecer ao Senhor pelo dom da vida, em todas as suas manifestações, e ao mesmo tempo queremos anunciar o Evangelho da Vida”.

Partindo depois das leituras deste décimo primeiro domingo do Tempo Comum, o Papa propôs três pontos de meditação: primeiro a Bíblia que nos revela o Deus Vivo, Vida e fonte da vida; depois Jesus Cristo que dá a vida e o Espírito Santo que nos mantém na vida e, em terceiro lugar, seguir o caminho de Deus que leva à vida, enquanto que os ídolos levam à morte.

O Pontífice desenvolveu depois cada um desses pontos.

Quando o homem quer afirmar-se a si mesmo, fechando-se no seu egoísmo e colocando-se no lugar de Deus, acaba por semear a morte – disse citando como exemplo o adultério do rei David, referido na primeira leitura. O egoísmo leva à mentira, pela qual o homem procura enganar a si mesmo e ao próximo. Mas a Deus não se pode enganar – frisou o Papa. No entanto, Ele é misericordioso e perdoa sempre a quem, como o rei David, compreende que pecou e pede perdão.
E perante a hipótese de pensarmos que Deus é alguém que limita a nossa liberdade de viver, o Papa frisou que toda a Sagrada Escritura nos lembra que Deus é o Vivente, é aquele que dá a vida e aquele que indica o caminho da vida plena. Referindo-se depois à vocação de Moisés e aos Dez mandamentos, o Papa disse:

“Deus é a fonte da vida, é graças ao seu sopro que o homem tem vida, e é o seu sopro que sustenta o caminho da nossa existência terrena (…) o Deus que se torna presente na História, que nos liberta da escravidão, da morte e traz vida ao povo, porque é o Vivente (…) Queridos amigos, a nossa vida só é plena em Deus, Ele é o Vivente!”

Evocando depois a cena do Evangelho em que Jesus se deixa tocar por uma pecadora e até lhe perdoa os pecados, escandalizando deste modo os presentes, o Papa recorda que por gestos e palavras Jesus traz a vida de Deus que transforma. Tal como o apóstolo Paulo, essa mulher sentindo-se compreendida, amada e acolhida por Jesus, responde com um gesto de amor, deixa-se tocar pela misericórdia e obtém o perdão, começando uma nova vida. E aqui o Papa interpelou os fieis presentes com esta palavras:

“Deus o Vivente é misericordioso. Estais de acordo? Digamos juntos: Deus, o Vivente é misericordioso! Todos: Deus o Vivente é misericordioso! Mais uma vez: Deus, o Vivente, é misericordioso!”

O Papa prosseguiu depois dizendo que “quem nos introduz nesta vida nova que vem de Deus é o Espírito Santo, dom de Cristo ressuscitado; é Ele que nos introduz na vida divina como verdadeiros filhos de Deus, como filhos no Filho Unigênito, Jesus Cristo. Mas estamos abertos ao Espírito Santo? Deixamo-nos guiar por Ele? – perguntou-se o Papa, respondendo:

“O cristão é um homem espiritual, mas isto não significa que seja uma pessoa que vive nas nuvens, fora da realidade (como se fosse um fantasma) não! O cristão é uma pessoa que pensa e age de acordo com Deus na vida quotidiana, uma pessoa que deixa que a sua vida seja animada, nutrida pelo Espírito Santo, para ser plena, vida de verdadeiros filhos. E isto significa realismo e fecundidade. Quem se deixa conduzir pelo Espírito Santo é realista, sabe medir e avaliar a realidade, e também é fecundo. A sua vida gera vida ao se redor”.

Muitas vezes, porém, sublinhou o Papa Francisco, o homem não escolhe a vida, mas deixa-se guiar por ideologias e lógicas que pões obstáculos à vida, porque são ditadas por egoísmos, interesse pessoal, lucro poder, prazer e não pelo amor, a busca do bem do outro.

“È a persistente ilusão de querer construir a cidade do homem sem Deus, sem a vida e o amor de Deus: uma Torre de Babel. É pensar que a rejeição de Deus, da mensagem de Cristo, do Evangelho da vida leve à liberdade, à plena realização do homem.”

O resultado disso é a substituição de Deus por ídolos humanos e passageiros que acabam por trazer escravidão e morte – disse o Papa exortando a dizer sim ao amor e não ao egoísmo:

“O Deus vivente torna-nos livres! Digamos sim ao amor sim ao amor e não ao egoísmo, digamos sim à vida e não à morte, digamos sim à liberdade e não à escravidão dos numerosos ídolos do nosso tempo; numa palavra, digamos sim a Deus que é amor, vida e liberdade e jamais desilude. A Deus que é o Vivente e o Misericordioso.”

Fonte: Rádio Vaticano

sábado, 15 de junho de 2013

Papa Francisco: o cristão não pensa na sua paz, mas vai pelas estradas anunciar a paz de Cristo

A vida cristã não é "estar em paz até ao céu", mas ir pelo mundo para anunciar Jesus que "se tornou pecado" para reconciliar os homens com o Pai, afirmou o Papa Francisco na homilia da Missa celebrada esta manhã na Casa Santa Marta. Concelebraram com o Santo Padre o cardeal Joseph Zen Ze-kiun, o Núncio Apostólico Justo Mullor e Bispos Luc Van Looy de Ghent, na Bélgica, Enzo Dieci, auxiliar emérito de Roma, e António Santarsiero de Huacho, no Peru.

A vida cristã não é ficar num ângulo para se esculpir uma estrada que leva comodamente ao céu, mas é um dinamismo que nos leva a estar "a caminho" para proclamar que Cristo nos reconciliou com Deus, tornando-se pecado por nós, sublinhou o Papa. Com o habitual argumento profundo e directo, o Papa Francesco centrou-se na passagem da Carta aos Coríntios, em que S. Paulo em poucas linhas, quase "com pressa", usa com insistência por bem cinco vezes o termo "reconciliação ". E o faz, observa o Papa, alternando "força" e "ternura", antes exortando e depois pedindo quase de joelhos, "nós vos suplicamos em nome de Cristo, reconciliai-vos com Deus":

"Mas o que é a reconciliação? Pegar num deste lado, e pegar num outro e torna-los unidos: não, esta é só uma parte, mas não é ... A verdadeira reconciliação é que Deus, em Cristo, tomou sobre si os nossos pecados e Ele se tornou pecado por nós. E quando nós vamos a confessar-nos, por exemplo, não dizemos simplesmente o pecado e Deus nos perdoa. Não, não é isso! Encontramos Jesus Cristo e lhe dizemos: "Este é teu, e eu faço de ti pecado mais uma vez". E Ele gosta disto, porque foi essa a sua missão: tornar-se pecado por nós, para nos liberta", sublinhou o Papa.

É a beleza e o "escândalo" da redenção levada a cabo por Jesus. E é também o "mistério, diz o Papa Francisco, do qual Paulo tira o "zelo", que o leva-o a “avançar " e repetindo a todos "uma coisa tão maravilhosa", o amor de Deus, “que entregou o seu Filho à morte por mi". No entanto, constata o Papa, existe o risco de "nunca chegarmos a esta verdade" quando "desvalorizamos um pouco a vida cristã", reduzindo-a a uma lista de coisas para observar e perdendo, assim, o ardor e a força do "amor que está dentro" dela:

"Mas os filósofos dizem que a paz é uma certa tranquilidade na ordem: tudo ordenado e tranquilo ... Essa não é a paz cristã! A paz cristã é uma paz inquieta, não uma paz tranquila: é uma paz inquieta, que sempre vai para levar para frente esta mensagem de reconciliação. A paz cristã nos empurra a avançar. Este é o início, a raiz do zelo apostólico. O zelo apostólico não é ir em frente para fazer prosélitos e fazer estatísticas: neste ano cresceram os cristãos neste País, neste movimento ... As estatísticas são boas, ajudam, mas não é isso que Deus quer de nós, fazer prosélitos ... O que o Senhor quer de nós é mesmo o anúncio desta reconciliação, que é o núcleo da sua mensagem".

"E o Papa concluiu convidando à oração para que o Senhor nos conceda esta preocupação de anunciarmos Jesus, nos conceda um pouco daquela sabedoria cristã que nasceu do seu lado trespassado por amor. E nos convença também um pouco que a vida cristã não é uma terapia terminal: estar em paz até ao céu ... Não, a vida cristã está na estrada, na vida, com esta preocupação de Paulo. O amor de Cristo nos possui, mas também nos empurra, com esta emoção que se sente quando se vê que Deus nos ama".

Fonte: Rádio Vaticano

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Símbolos da JMJ chegam a São José do Vale do Rio Preto (RJ)

Chegada São JoséOs símbolos da Jornada Mundial da Juventude chegaram, hoje, 14 de junho, a São José do Vale do Rio Preto, por volta das 8h. A Cruz e o ícone de Nossa Senhora foram acolhidos com uma queima de fogos na Paróquia de São José, onde alunos de diferentes escolas da cidade e muitos fiéis aguardavam.

O administrador paroquial, padre Tiago José dos Santos Rebello, e o vigário, padre Sebastião dos Santos Coelho, fizeram um momento de oração. Vários outros padres da diocese de Petrópolis também participaram da chegada dos símbolos da JMJ à cidade, a primeira do decanato Nossa Senhora do Amor Divino a ser visitada pela Cruz e o Ícone.

Logo em seguida, todos puderam, em fila, chegar próximos aos símbolos e tocá-los. Ao sair da igreja, a Cruz e o Ícone serão levados para o Colégio Estadual Coronel João Limongi, para um momento com os estudantes da instituição.

Saída de Teresópolis

Depois de passar por todas as Paróquias do decanato São Pio X, em Teresópolis, e do Bote Fé, no dia de Santo Antônio, padroeiro da cidade, a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora deixaram o município por volta das 7h da manhã em direção a São José do Vale do Rio Preto. Como tiveram que pegar estrada, os símbolos da JMJ foram carregados em um caminhão fechado. Mesmo assim, não deixou de tocar o coração das pessoas que estavam mais próximas, como o motorista do veículo, Ricardo Gomes. “Na minha vida não teve outro momento igual. Foi realmente muito emocionante”, declarou Ricardo, que estava acompanhado da esposa e da filha.

Fonte: CNBB

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A Festa de Santo Antônio Istambul, em meio às agitações da praça Taksim

"Muitos jovens que vão à Praça Taksim passam pela nossa Igreja, acendem uma vela a Santo Antônio, e depois vão manifestar. São pessoas de todas as classes sociais e religiões. Como frades franciscanos, neste momento delicado para o país, rezamos, pedindo a intercessão de Santo Antônio, pelo bem e a paz da nação”: é o que conta à Agência Fides pe. Anton Bulai, OFM Conv, pároco da Igreja de Santo Antônio em Istambul, que se encontra no centro da cidade, não distante da Praça Taksim. A comunidade local dos seis frades franciscanos conventuais está preparando a festa de Santo Antônio, no dia 13 de junho, uma celebração de raízes antigas e uma festa que acolherá fiéis cristãos de todas as confissões e muitos não cristãos, devotos de Santo Antônio. 
“É uma festa que envolve toda a Igreja local: estaremos ao redor de nosso Bispo, Dom Louis Pelatre, que celebrará a Santa Missa, mas é também uma festa ecumênica, aberta a todos: virão líderes religiosos e fiéis de todas as outras comunidades”, explica Frei Anton. Estarão também presentes um representante do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla e fiéis não cristãos. Antônio é um santo conhecido e amado na Turquia, principalmente devido à iniciativa “Pão dos pobres”, que há mais de 60 anos beneficia indigentes, sem distinção de religião ou etnia. Pe. Bulai explica: “Todas as terças-feiras, desde os tempos do Delegado Apostólico Angelo Roncalli, que frequentava a nossa Igreja, aqui se reza e se distribui pão para as pessoas carentes”. Nos últimos anos, “uma especial benção e dons para as crianças têm marcado a festa de 13 de junho. A festa hoje cai bem no meio de uma onda de protestos que, como nota o pároco, “de certa forma pode desencorajar a participação popular”, por causa do medo de desordens e da violência. A Igreja de Santo Antônio proclamará sempre uma palavra de paz, bem e reconciliação”. “Nossa Igreja e nosso testemunho franciscano na Turquia vão avante: somos um convento com as portas sempre abertas à acolhida, somos frades sempre prontos a rezar, a abençoar, a acolher quem quer que se aproxime e entre para acender uma vela ao Santo: e as pessoas que todos os dias o fazem são muitas, de todas as classes sociais e religiões”, nota pe. Bulai.

Fonte: Agência Fides
Local: Istambul - Turquia

domingo, 2 de junho de 2013

"Jesus, Pão de Deus para a humanidade" - o Papa Francisco no Angelus em que apelou à paz na Síria

Ao meio-dia em ponto o Papa Francisco dirigiu-se aos milhares de fieis presentes na Praça de São Pedro e da janela do Palácio Apostólico rezou com eles a oração do Angelus…

Caros irmãos e irmãs, bom dia,

O Santo Padre recordou que na Quinta-Feira passada foi celebrada a Festa do Corpo de Deus, que em Itália e noutros países do mundo é adiada para este Domingo. É a Festa da Eucaristia, Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo. O Papa Francisco recordou que a liturgia nos propõe neste dia a parábola do milagre dos pães, acontecimento em que Jesus se preocupa com uma multidão que o acompanha à já várias horas e que tem fome. O que fazer então…

“Jesus diz: Dai-lhes vós mesmos de comer. Os discípulos ficam desconcertados e respondem: Temos apenas 5 pães e 2 peixes, ou seja, os discípulos tinham apenas o necessário para eles.”

Jesus sabe bem o que deve fazer, mas quer envolver os seus discípulos, quer educa-los. A reação dos discípulos é a atitude humana que procura a solução realista que não crie problemas. Jesus propõe uma atitude completamente diferente e inovadora…

“Perante aqueles 5 pães, Jesus pensa: Eis a providência! Deste pouco, Deus pode fazer o necessário para todos. Jesus confia totalmente no Pai Celeste, sabe que para Ele tudo é possível. Por isso, diz aos discípulos para sentar aquelas pessoas em grupos de 50 – não é por acaso – isto significa que a multidão transforma-se em comunidades, nutridas com o Pão de Deus. E depois toma os pães e os peixes, levanta os olhos ao céu, recita a bênção – é a clara referência à Eucaristia – pois parte-os e começa a dá-los aos discípulos e os discípulos distribuem..”

O verdadeiro milagre – continuou o Santo Padre – mais do que a multiplicação é a partilha, animada pela fé e pela oração. E comeram todos. Jesus é o pão de Deus para a humanidade…

Após a oração do Angelus o Papa Francisco lançou um apelo para a guerra na Síria que está a colocar a ferro e fogo aquele país há já dois anos. Uma guerra que segundo o Santo Padre está a ter consequências trágicas de morte, destruição, danos humanos, econômicos e ambientais…

“Ao deplorar estes fatos, desejo assegurar a minha oração e a minha solidariedade para as pessoas raptadas e para as suas famílias e faço um apelo à humanidade dos sequestradores, por forma a que libertem as vítimas. “

O Papa Francisco encorajou ainda os esforços para a paz em vários países da América Latina assegurando-lhes a sua oração. Recordou ainda que celebrou a missa matinal com familiares de militares que perderam a vida em missões de paz. Reconfortou-os com as intenções das suas orações:

“Tudo se perde com a guerra; Tudo se ganha com a paz.”

O Santo Padre terminou saudando as famílias e os fieis de várias paróquias italianas presentes na praça e ainda saudou em modo especial os peregrinos vindos do Canadá, da Croácia e da Bósnia Herzegovina e em modo muito concreto saudou o grupo do Piccolo Cottolengo de Génova da Obra de Don Orione.

“A tutti buona domenica e buon pranzo!”

Fonte: Rádio Vaticano

Adoração Eucarística - Papa Francisco presidiu a celebração simultânea em todo o mundo

O Papa Francisco presidiu na tarde deste domingo, na Basílica de São Pedro, a Adoração Eucarística simultânea a nível mundial. O evento, inserido no âmbito do Ano da Fé convocado por Bento XVI em outubro passado, foi realizado no dia em que é festejado o Corpus Domini em Itália e noutros países.

Desde as 17 horas, os milhares de fiéis presentes na Basílica estiveram unidos em Adoração e em sintonia com fiéis de todo o mundo unidos em oração nas dioceses e nas paróquias reunidos nas suas catedrais, igrejas, capelas, mosteiros e casas religiosas.

A adoração durou uma hora, com os momentos de silêncio sendo intercalados por orações e cânticos. Os acordes de uma harpa quebravam de forma harmoniosa o silêncio absoluto reinante no ambiente. O Santíssimo Sacramento ficou exposto para adoração no altar da Confissão. No final da cerimônia, o Santo Padre abençoou a Assembleia com o Santíssimo. O cântico da ‘Salve Regina’ concluiu a celebração.

O Papa Francisco havia indicado duas intenções para este momento de oração. A primeira: “Pela Igreja espalhada em todo o mundo e hoje em sinal de unidade, recolhida na Adoração da Santíssima Eucaristia”. E a segunda: “Por todos aqueles que nas diversas partes do mundo vivem no sofrimento devido às novas formas de escravidão e são vítimas de guerras, do tráfico de pessoas, do narcotráfico e do trabalho escravo; pelas crianças e mulheres que são submetidas a todo o tipo de violência”.
Este evento histórico quis reunir visivelmente a Igreja em torno da Eucaristia, pela primeira vez em simultâneo a nível mundial.

Fonte: Rádio Vaticano