sexta-feira, 28 de setembro de 2012

“Missão Ad Gentes” é destaque na Coletiva de lançamento da Campanha Missionária 2012

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) apresentaram à imprensa nesta quinta-feira, 27, a Campanha Missionária 2012, cujo tema é “Brasil missionário partilha a tua fé”. O evento aconteceu na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília.

“Esta coletiva tem dois objetivos: lançar oficialmente a Campanha Missionária 2012 e apresentar os resultados da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep)”, afirmou o presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis, na abertura da coletiva, que contou ainda com a presença do secretário geral da entidade, dom Leonardo Ulrich Steiner; o presidente da Comissão para a Dimensão Missionária, dom Sérgio Braschi; e o diretor nacional das POM, padre Camilo Pauletti.

Dom Sérgio Braschi destacou o tema da Campanha e explicou o significado do cartaz deste ano. “Trata-se do missionário que sai do Brasil e vai para o mundo levar a Boa Nova a todos os povos. Esse é o fundamento da nossa Igreja peregrina”, sublinhou. O prelado comentou ainda que a Igreja no Brasil está preparada e se preocupa com o trabalho missionário. Apontou o Centro Cultural Missionário (CCM) como referência para a formação missionária na Igreja no Brasil. “Uma prova de nossa preocupação com a formação missionária é o CCM, centro que forma todos os anos, missionários brasileiros que são enviados para o mundo, além de estrangeiros que vêm trabalhar aqui. O trabalho desse centro tem reflexos que chegam às bases da Igreja, nos grupos de animação e conselhos missionários”, disse.

A Missão na vida da Igreja

O diretor das POM, padre Camilo, frisou a importância do Mês Missionário. Por outro lado, ressaltou que a dimensão missionária precisa ser trabalhada ao longo do ano. “As Pontifícias Obras Missionárias têm o papel de preparar a Campanha Missionária que se desenvolve todos os anos, mas não devemos celebrar a missão apenas em outubro, mês missionário, pois todo dia é missionário. A celebração em outubro é uma forma de destacar a Missão da Igreja, por isso, nós preparamos o material que é enviado a todas as dioceses, congregações, grupos e colégios em todo o Brasil”, sublinhou.
Padre Camilo também apresentou e falou sobre a utilização do material nas comunidades, paróquias e dioceses. “O material consta de um DVD com testemunhos missionários, uma Novena com dados importantes sobre os diversos contextos de missão no mundo, orações missionárias e a Mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Missões, além da oração dos fieis e do envelope. Este último é a expressão da solidariedade do cristão para a dimensão missionária em todo o mundo. Sua contribuição deve ser depositada nele e entregue na comunidade nos dias 20 e 21 de outubro. O valor é revestido a projetos sociais e missionários nos cinco continentes”.


Fonte: Fúlvio Costa  - Assessoria de Imprensa Pontifícias Obras Missionárias

CNBB divulga nota "Eleições Municipais 2012 - Voto consciente e limpo"

Durante entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, 27 de setembro, a presidência da CNBB apresentou a sua mensagem para as eleições municipais 2012. O texto foi aprovado durante a última reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), realizado esta semana na sede da entidade, em Brasília (DF).

A seguir, a íntegra da nota.

Eleições Municipais 2012 - Voto consciente e limpo

O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília de 25 a 27 de setembro, considerando as eleições municipais do próximo mês de outubro, vem reforçar a importância desse momento para o fortalecimento da democracia brasileira. Estas eleições têm característica própria por desencadear um processo de maior participação em que os candidatos são mais próximos dos eleitores e também por debater questões que atingem de forma direta o cotidiano da vida do povo.

A Igreja louva e aprecia o trabalho de quantos se dedicam ao bem da nação e tomam sobre si o peso de tal cargo, em serviço de todas as pessoas (cf. GS 75). Saudamos, portanto, os candidatos e candidatas que, nesta ótica, apresentam seu nome para concorrer a um cargo eleitoral. Nascido da consciência e do desejo de servir com vistas à construção do bem comum, este gesto corrobora o verdadeiro sentido da atividade política.

Estimulamos os eleitores/as, inclusive os que não têm a obrigação de votar, a comparecerem às urnas no dia das eleições para aí depositar seu voto limpo. O voto, mais que um direito, é um dever do cidadão e expressa sua corresponsabilidade na construção de uma sociedade justa e igualitária. Todos os cidadãos se lembrem do direito e simultaneamente do dever que têm de fazer uso do seu voto livre em vista da promoção do bem comum (cf. GS 75).

A lei que combate a compra de votos (9840/1999) e a lei da Ficha Limpa (135/2010), ambas nascidas da mobilização popular, são instrumentos que têm mostrado sua eficácia na tarefa de impedir os corruptos de ocuparem cargos públicos. A esses instrumentos deve associar-se a consciência de cada eleitor tanto na hora de votar, escolhendo bem seu candidato, quanto na aplicação destas leis, denunciando candidatos, partidos, militantes cuja prática se enquadre no que elas prescrevem.

A vigilância por eleições limpas e transparentes é tarefa de todos, porém, têm especial responsabilidade instituições como a Justiça Eleitoral, nos níveis Federal, Estadual e Municipal, bem como o Ministério Público. Destas instâncias espera-se a plena aplicação das leis que combatem a corrupção eleitoral, fruto do anseio popular. O resgate da ética na política e o fim da corrupção eleitoral merecem nossa permanente atenção.

O político deve cumprir seu mandato, no Executivo ou no Legislativo, para todos, independente das opções ideológicas, partidárias ou qualquer outra legítima opção que cada eleitor possa fazer. Incentivamos a sociedade organizada e cada eleitor em particular, passadas as eleições, a acompanharem a gestão dos eleitos, mantendo o controle social sobre seus mandatos e cobrando deles o cumprimento das propostas apresentadas durante a campanha. Quanto mais se intensifica a participação popular na gestão pública, tanto mais se assegura a construção de uma sociedade democrática.

As eleições são uma festa da democracia que nasce da paixão política. O recurso à violência, que marca a campanha eleitoral em muitos municípios, é inadmissível: candidatos são adversários, não inimigos. A divisão, alimentada pelo ódio e pela vingança, contradiz o principio evangélico do amor ao próximo e do perdão, fere a dignidade humana e desrespeita as normas básicas da sadia convivência civil, que deve orientar toda militância política. Do contrário, como buscar o bem comum, princípio definidor da política?

A Deus elevemos nossas preces a fim de que as eleições reanimem a esperança do povo brasileiro  e que, candidatos e eleitores, juntos, sonhem um país melhor, humano e fraterno, com justiça social.

Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, abençoe nossa Pátria!

Brasília, 27 de setembro de 2012

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Fonte: CNBB

O desmantelamento do estado de bem-estar social é o DNA do capitalismo

Entrevista especial com Ruy Braga

"Há um retrocesso da solidariedade da classe estruturada durante o período fordista, e um avanço de um projeto de sociedade marcadamente individualista e neoliberal, um individualismo esvaziado de solidariedade, profundamente marcado pela concorrência com os diferentes atores", diz o sociólogo.


"As políticas de austeridade derivam de uma tentativa de transferir o ônus econômico para as classes trabalhadoras", frisa o sociólogo Ruy Braga, ao comentar o desmantelamento do Estado de bem-estar social nos países europeus que enfrentam a crise econômica. Segundo ele, para diminuir os prejuízos do capital financeiro, o Estado nacional assume "ônus de socializar as perdas entre as classes sociais subalternas".

Na avaliação de Braga, a crise atual é de natureza política e econômica e se manifesta de "forma mais ou menos aguda desde meados da década de 1970". Os pacotes de austeridade impostos pela Tróika apontam para "a questão de que o capitalismo não é capaz de resolver essa dupla contradição, ou seja, integrar os trabalhadores e ao mesmo tempo protegê-los. Essa foi uma ilusão do capitalismo pós-guerra, especialmente na Europa", enfatiza o sociólogo em entrevista concedida à IHU On-Line por telefone.

A solução da crise e a manutenção dos direitos sociais dependem do resgate do internacionalismo. "É importante o pensamento de esquerda ter presente que a crise portuguesa não será resolvida em Portugal, que a crise espanhola não será resolvida na Espanha, que a crise italiana não será resolvida na Itália, que a crise grega não será resolvida na Grécia. O que se demanda efetivamente é uma unificação daqueles que se colocam em posição flagrante contra esse projeto da ‘Tróika', de política de austeridade etc.". E dispara: "Caso contrário, essas forças de esquerda irão se perder na tentativa inócua de tentar solucionar problemas pontuais do sistema, pensados do ponto de vista da administração política da crise econômica".

Ruy Braga é especialista em Sociologia do Trabalho, e leciona no Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo - USP, onde coordenou o Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania - Cenedic. No mês de novembro deste ano Braga lançará seu novo livro, intitulado Política do precariado, pela editora Boitempo.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - Como o capital está se reestruturando diante da crise financeira internacional? A luta de classes ainda se manifesta nessa reestruturação?

Ruy Braga - É importante destacar que o processo de reestruturação do capitalismo ocorre desde os anos 1990 em escala global, que foi o período de largo desenvolvimento das políticas neoliberais, de ajuste estrutural das economias nacionais, de reestruturação produtiva e corporativa das empresas, e o período que assistiu o colapso das economias do leste Europeu.

Do ponto de vista do processo de luta de classes em nível internacional, essa reestruturação capitalista, que atende pelo nome de mundialização do capital, tem uma dupla dimensão. A primeira é estritamente política, que diz respeito ao rearranjo de poder e força dos Estados-nação, em especial aquelas forças políticas que dirigem ou dirigiram historicamente os diferentes aparelhos governamentais, como a social democracia na Europa e algumas experiências nacional-desenvolvimentistas na América Latina. Por outro lado, tem-se uma reestruturação propriamente econômica, que articulou tanto a mundialização das empresas como uma reestruturação produtiva, que terceiriza, promove o avanço da tecnologia de informação, que efetivamente globaliza a sua esfera de ação. Na articulação dessa dupla dinâmica política e econômica as classes subalternas, em escala internacional, dão um passo atrás na década de 1990 - esse é o período do auge do neoliberalismo e do desmonte daquela forma de solidariedade classista, que se identifica grosso modo com o operariado fordista na Europa, na América Latina e nos EUA.

Então, há um retrocesso da solidariedade da classe estruturada durante o período fordista, e um avanço de um projeto de sociedade marcadamente individualista e neoliberal, um individualismo esvaziado de solidariedade, profundamente marcado pela concorrência com os diferentes atores. Nesse contexto é que a luta de classe retrocede na década de 1990. Entretanto, a partir de meados desse período, início dos anos 2000, identifica-se alguns exemplos de retomada do processo de reorganização das classes subalternas, em especial no caso da greve do funcionalismo público francês, de 1995, e a formação dos estados gerais, em 1998, o que imprime um ritmo distinto no "desmanche" das classes subalternas em escala global.

Os anos 2000 foram marcados pela retomada da organização das classes subalternas, que acabou empurrando o centro da dinâmica política latino-americana para a esquerda. Nesse período foram eleitos vários governos cunho frente popular, dentre os quais o mais famoso evidentemente é o caso brasileiro, com a eleição do Lula em 2002, o que abre um novo período dessa dinâmica de luta de classes. Em resumo, diria que há avanços e recuos, progressos e retrocessos do ponto de vista das classes. No entanto, o mais importante a se destacar é que o jogo ainda está sendo jogado, ou seja, não existe uma palavra final para esse contexto.

IHU On-Line - Após algumas décadas de avanços na consolidação do Welfare State, o modelo de seguridade social está ameaçado e constantemente reduzido pelos pacotes de austeridade dos governos europeus. O que está acontecendo? Qual a raiz deste desmantelamento social?

Ruy Braga - Novamente, é importante destacar essa dupla dimensão econômica e política. Por um lado, percebe-se economicamente o flagrante ataque às políticas de bem-estar disferido pela "Troika" (FMI, Banco Mundial e pela Comissão Europeia), os quais respondem evidentemente a uma exigência do capital europeu. Ou seja, para que haja a possibilidade de diminuir os prejuízos do capital financeiro europeu, é necessário que o Estado nacional assuma o ônus de socializar as perdas entre as classes sociais subalternas. Então, existe uma dinâmica econômica que se inscreve num período de longo prazo. É uma crise que se estende de forma mais ou menos aguda desde meados da década de 1970, e que hoje se manifesta de uma maneira mais contundente do ponto de vista do endividamento de alguns países, em especial países da semiperiferia capitalista europeia, como é o caso, notoriamente, de Portugal, Espanha, Itália e Grécia. Mas essa dinâmica da crise de endividamento, da impossibilidade de se manter essa valorização do capital financeiro em escala continental e em escala global, tem atingido também países do centro do capitalismo, como é o caso da Inglaterra e da França. Então, o capitalismo irá se estender numa crise econômica que está se aprofundando, se tornando mais abrangente do ponto de vista geográfico. Essa conjuntura coloca desafios para essas sociedades nacionais e, evidentemente, os setores conservadores ligados diretamente ao capital financeiro buscam transferir o ônus dessa crise, do prejuízo econômico, para as classes trabalhadoras, as classes sociais subalternas.

As políticas de austeridade basicamente derivam dessa dinâmica, uma tentativa de transferir o ônus econômico para as classes trabalhadoras. Evidentemente esse é um mecanismo político, ou seja, exige a integração da política. Então, abre-se um período de flagrante luta de classes na Europa, haja vista, por exemplo, as manifestações que têm ocorrido em Portugal - as mais importantes manifestações da história portuguesa desde 25 de abril de 1974.

IHU On-Line - Como o capitalismo transformou os ideais de igualdade, universalização de direitos e bem estar social? Esses sonhos estão sendo substituídos?

Ruy Braga - Principalmente o capitalismo europeu e o modelo do Estado de bem estar social prometeram uma inclusão dos setores mais pauperizados das classes subalternas, por intermédio de políticas de bem-estar que garantissem o consumo, independentemente do tempo de investimento na produção, do tempo de investimento econômico nas empresas. Esse modelo também prometeu segurança para os trabalhadores que já estavam inseridos no mercado de trabalho. Essa dupla promessa está sendo literalmente negada, está sendo desmontada com a dinâmica da crise atual. Isso aponta para a questão de que o capitalismo não é capaz de resolver essa dupla contradição, ou seja, integrar os trabalhadores e, ao mesmo tempo, protegê-los. Essa foi uma ilusão do capitalismo pós-guerra, especialmente na Europa.

IHU On-Line - Como compreender que diante de tantas conquistas materiais e técnicas, especialmente no mundo do trabalho, ainda perduram a ameaça do desemprego, a crescente insegurança e precariedade das novas ocupações, a exclusão social?

Ruy Braga - O desemprego, a insegurança e a incapacidade do sistema de proteger são dinâmicas do capitalismo, isso é o DNA do capitalismo, porque esse modelo se apoia na concorrência, na busca pelo lucro máximo. Então, é possível ter histórica, circunstancial e regionalmente situações de proteção social, mas elas serão rapidamente amesquinhadas diante da competição com outros países. Por exemplo, basta identificar a entrada da China no jogo do capitalismo global. O preço da força de trabalho dos trabalhadores chineses coloca pressão sob o preço da força de trabalho dos trabalhadores franceses, alemães, ingleses, portugueses, americanos e assim por diante, porque as empresas tendem a migrar para regiões que pagam menor salário. Então, há uma dinâmica da concorrência que progressivamente tende a erodir as conquistas vinculadas à proteção e à inclusão social.

IHU On-Line - Diante da atual conjuntura, como é possível avaliar o projeto das esquerdas no mundo?

Ruy Braga - No caso europeu, é importante o pensamento de esquerda ter presente que a crise portuguesa não será resolvida em Portugal, que a crise espanhola não será resolvida na Espanha, que a crise italiana não será resolvida na Itália, que a crise grega não será resolvida na Grécia. O que se demanda efetivamente é uma unificação daqueles que se colocam em posição flagrante contra esse projeto da "Tróika", de política de austeridade etc. Isso naturalmente demanda uma escala nova de articulação de lutas, de solidariedade, que é exatamente uma escala internacional, que pode ser, num primeiro momento, em escala regional, ou seja, uma dinâmica propriamente europeia. Mas essa dinâmica não pode se limitar à Europa, tem que se estender para outros países do mundo, para os Estados Unidos, para a América Latina, e assim sucessivamente. Então, o primeiro valor que a esquerda precisa resgatar, para efetivamente enfrentar essa conjuntura de crise, é o do internacionalismo. Ele é imprescindível, é insubstituível para se enfrentar a dinâmica da crise capitalista em escala global.

IHU On-Line - Por que a esquerda não conseguiu propor nada diferente e aderiu ao neoliberalismo?

Ruy Braga - A esquerda propõe. Porém, o problema é que, na esfera dos governos, a única coisa que se encontra é uma tentativa de fazer com que o capitalismo funcione melhor, quando na verdade ele está colocado diante de outro dilema. A própria crise ecológica nos coloca, como espécie humana, dentro de outro dilema: como superar esse sistema que só oferece crise, degradação social, destruição ambiental, ou seja, que não satisfaz os interesses da humanidade. Então, tem que resgatar uma outra dinâmica de ação, que é anticapitalista. Só com base nessa dinâmica anticapitalista será possível avançar. Caso contrário, essas forças de esquerda irão se perder na tentativa inócua de tentar solucionar problemas pontuais do sistema, pensados do ponto de vista da administração política da crise econômica. Quer dizer, isso vai esgotar de fato as forças de esquerda. Isso não corresponde às reais necessidades que a humanidade tem diante dos olhos.

IHU On-Line - Quais os resquícios da tentativa de implementar o socialismo no mundo? Esse modelo ainda tem relevância em algum país?

Ruy Braga - O socialismo continua na ordem do discurso absolutamente urgente para a humanidade; o problema é como chegar lá. Então, basicamente tem-se que resgatar os valores do internacionalismo operário, dos trabalhadores; tem-se que apostar na independência propriamente de classe, ou seja, buscar construir a unidade entre os trabalhadores, apoiada em seus programas, e que seja intransigente em relação aos governos e às empresas. Tem-se que apostar em uma alternativa socialista, articular as forças propriamente anticapitalistas numa frente unificada de ação; tem-se que resgatar o caráter socialista nas lutas contra todas as formas de opressão e de exploração; tem-se que incorporar as lutas contra a opressão das mulheres, contra a dominação dos jovens, contra a opressão racial, contra a discriminação por orientação sexual; tem-se que incorporar o feminismo e a luta dos setores subalternos num amplo projeto de transformação radical da sociedade, sem o qual nós vamos ficar aí, enfim, enredados nessa trama da crise capitalista.

IHU On-Line - Quais são as aproximações e as diferenças entre as esquerdas da América Latina? O que as aproxima e o que as diferencia?

Ruy Braga - A América Latina deu uma guinada à esquerda nos últimos quinze anos. Isso é perceptível por intermédio da hegemonia que, por exemplo, governos como o de Hugo Chávez, o lulismo aqui no Brasil, Rafael Correa, no Equador, e Evo Morales, na Bolívia, representam diferentes faces desta reação ao projeto neoliberal, dessa crise do neoliberalismo no continente, mas evidentemente com as suas contradições e as suas diferenças.

No caso brasileiro, essa reação é muito parcial, porque o atual modelo de desenvolvimento implementado, liderado, conservado e reproduzido pelo lulismo ainda mantém traços muito flagrantes do neoliberalismo a despeito de colocar uma ênfase maior em políticas redistributivas. A dinâmica brasileira é mais de atuação do Estado sobre a sociedade, como é também a dinâmica do governo de Hugo Chávez, ou seja, uma dinâmica muito concentrada na questão do Estado e na tentativa de controlar a independência dos movimentos sociais de base. Tanto um quanto outro, com diferentes matizes, tende a erodir as bases sociais de uma alternativa socialista, porque acabam fazendo com que os setores mais econômicos sejam incorporados ao Estado. No caso da Bolívia, consigo identificar uma dinâmica mais centrada numa contradição, num conflito entre os movimentos sociais de base e o governo, como também acontece no Equador. Então, entre essa tentativa de o Estado de controlar os movimentos sociais, e a reação dos movimentos sociais a esse controle do Estado, é que está sendo decidida a política de esquerda na América Latina, e consequentemente o futuro dessa mesma política.

IHU On-Line - Especificamente no Brasil, como avalia as discussões sobre a possibilidade de o governo brasileiro flexibilizar as leis trabalhistas e de implantar o modelo trabalhista alemão no Brasil? Quais as implicações para o mundo do trabalho?

Ruy Braga - Evidentemente essa é uma tendência mundial - e brasileira também. Basta analisar a década de 1990 em termos de flexibilização da legislação do trabalho, aquilo que na Sociologia do Trabalho se chama "contratualização ou precarização" no contrato de trabalho, com a intervenção de inúmeras formas de contratação por tempo determinado, inúmeras formas de contrato temporário etc. Se o governo Dilma aceitar o princípio do acordado sobre o legislado, estará evidentemente contribuindo para o aprofundamento da flexibilização da precarização, que já é muito alto no país.

O mundo do trabalho brasileiro é fundamentalmente precário, ou seja, os trabalhadores encontram funções de trabalho e de contrato tão precarizados, que é necessário o apoio e a intervenção de um terceiro para garantir o mínimo de reconhecimento ou de direitos. E esse mínimo é basicamente a legislação do trabalho, ou seja, se, em benefício de alguns setores que são mais organizados, se apoia ou legaliza o princípio do acordado sobre o legislado, estar-se-á efetivamente impedindo ou bloqueando que os direitos se generalizem.

IHU On-Line - Ao mesmo tempo em que há uma apatia política, surgem novas manifestações sociais como Os Indignados e os acampados de Wall Street. Como vê essas novas manifestações? O que os movimentos sociais precisam para ter representatividade política junto à sociedade civil e mobilizá-la novamente?

Ruy Braga - Existe uma dinâmica de mobilização internacional que se expressa tanto na Europa como no mundo Árabe. Isso é uma constatação mais ou menos evidente. Porém, é importante destacar que existe uma interconexão entre essas manifestações, ou seja, a esperança da revolução árabe de alguma maneira fertiliza a juventude europeia, da mesma maneira que repercute sobre a juventude nos Estados Unidos. Então, tem-se uma nova dinâmica de mobilização, tanto do ponto de vista de um impulso democrático dos setores da juventude como também um impulso de democratização que se espalha pelos setores da classe trabalhadora, haja vista, por exemplo, o processo do Egito e da Tunísia.

Costumo dizer que a juventude europeia e os setores mais precarizados e explorados, submetidos aos contratos temporários - que assumem os piores postos de trabalhos disponíveis no mercado, que não conseguem perceber um horizonte de progresso ocupacional, um progresso social -, são os mais atacados pelas políticas de austeridade, pela contenção de despesas e gastos sociais e pela diminuição da rede de proteção pública. Assim, tais setores estão propriamente lutando pela manutenção, pela conquista e pela ampliação de direitos. Eles são, de fato, uma força profundamente progressista do ponto de vista político. Existe uma simbiose entre esses diferentes movimentos, Occupy Wall Street, Os Indignados e a Primavera Árabe, pensados evidentemente do ponto de vista da juventude, que se engaja no processo de mobilização por mais democracia e assim por diante. É evidente que há um plano de fundo, que é a crise econômica. A crise econômica acelera e catalisa essa mobilização.

O caso brasileiro é um pouco diferente, porque a crise chegou tardiamente do ponto de vista dos ritmos de espalhamento da crise. Desde o ano passado nós temos identificado uma série de iniciativas nacionais bastante radicalizadas, como as greves nacionais de setores de trabalhadores, greves nacionais dos Correios, dos bancários, dos peões das obras do PAC. Tem havido ampla mobilização nacional de professores de ensino fundamental. Há uma retomada da dinâmica da mobilização social, que tende a fortalecer o movimento sindical crítico e acrescentar propriamente contradições àquele movimento sindical governista. O momento atual é de transição na direção de retomada de um ciclo de mobilização sindical e dos trabalhadores, que tende a se espalhar também pela juventude.

Fonte: www.ihu.unisinos.br

Lideranças da Juventude Missionária têm formação em Sergipe

Os momentos de oração com a reza do Terço Missionário foram os mais marcantes e intensos do Encontro de Lideranças da Juventude Missionária (Eljumi) de nível 2, segundo a Comissão Estadual da Juventude Missionária. O evento aconteceu nos dias 21 a 23 de setembro, na Casa Pastoral Dom Luciano, em Santo Amaro das Brotas (SE) .
A formação contou com a presença de 57 líderes de grupos da Juventude Missionária (JM), representantes da Província Eclesiástica de Sergipe (Aracaju, Estância e Propriá).

O secretário nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé, padre Marcelo Gualberto, assessorou o encontro. Ele deu destaque ao tema “A Missão à luz da Palavra de Deus”. Os jovens partilharam e trocaram experiências missionárias a partir do tema tratado. O estudo da Doutrina Social da Igreja, por sua vez, abriu entre os jovens um rico debate e ensinou a olhar o mundo com mais solidariedade e aprofundar as propostas e objetivos da Pontifícia Obra da Propagação da Fé.

A Noite Cultural teve destaque com "A Noite Matuta", que foi um momento de animação com quadrilha e comidas típicas. Os jovens dançaram e brincaram no São João fora de época ao redor da fogueira e ao som de um Trio de forró pé de serra.

Outro momento intenso foi a vigília durante toda a madrugada com a presença do Santíssimo Sacramento. Todos puderam rezar pelos continentes, após a noite cultural a partir da meia noite e encerrando com a Santa Missa às 7h do domingo. O encontro encerrou com o Envio Missionário.

Fonte: Assessoria de Imprensa -  POM  

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Acampamento Missionário na Serra do Arreio, em Tamarana/PR

De 20 a 22 de setembro, aconteceu na Serra do Arreio, em Tamarana-PR, um acampamento da Juventude Missionária da Arquidiocese de Londrina-PR. Com o tema da Jornada Mundial da Juventude, a JM de Londrina refletiu, rezou e celebrou o tema de diversas maneiras. Com provas de resistência, celebrações com a comunidade rural local, momentos de partilha, passeio e confraternização a JM quis lembrar e celebrar as JMJs. O acampamento contou com a participação de 50 pessoas, entre jovens e e adultos; e com a participação do assessor estadual Pe. José Estevão e do coordenador estadual João Guilherme de Melo.

Os jovens pousaram em barracas e realizaram as provas no meio da mata, guiados pelos monitores coordenadores paroquiais da JM e guias da comunidade local. No sábado a tarde realizaram visitas missionárias as casas das famílias da comunidade rural. Pela noite celebraram com a comunidade e levantaram uma cruz; logo tiveram que cozinhar sua própria buscar lenha e cozinhar sua própria comida; encerraram a noite com um lual. No domingo pela manhã celebraram uma missa a 1.000 mt no topo da serra e fecharam o dia com outras provas.

Foi uma experiencia muito linda e marcante. Este é uma das atividades que estamos realizando pelo estado para preparar-nos para a JMJ que se aproxima.

Fonte: João Guilherme de Mello Simão - Coordenador da Juventude Missionária - Paraná

Cartaz e subsídio para o DNJ 2012

O tema do DNJ deste ano é "Juventude e Vida" e o lema "Que vida vale a pena ser vivida?".

O cartaz deste ano foi escolhido pelos membros da Coordenação Nacional de Pastoral Juvenil formada por jovens de pastorais, movimentos, congregações e novas comunidades que atuam com a juventude. O subsídio para a vivência do DNJ foi elaborado por esse grupo.

Segundo o assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB padre Antônio Ramos do Prado (padre Toninho), a construção do subsídio do Dia Nacional da Juventude (DNJ) 2012 foi feita a partir do aprofundamento do estudo sobre a realidade juvenil e à luz da Campanha da Fraternidade de 2013, fundamentados no texto bíblico de João 10,10: “Eu vim para que todos tenham vida”.

"Esse cartaz feito pelo Chiquinho [D'almeida, vencedor do concurso] manifestou com mais propriedade o tema e lema do DNJ porque focou os sinais da vida da juventude do Brasil", disse. Para padre Toninho, a idéia do jovem pintando os sinais de vida no Brasil manifesta o protagonismo juvenil dentro e fora da Igreja. "Parabéns ao autor que se colocou à disposição para fazer os ajustes necessários", afirmou o assessor nacional da Comissão para a Juventude.

A demora em publicar o cartaz vencedor ocorreu porque precisaram ser feitos alguns ajustes na arte, segundo padre Toninho.

Fonte: Jovens Conectados

Juventude católica recebe símbolos da JMJ em Manaus

Depois de percorrer os municípios de Barcelos, Tabatinga, Tefé, Coari e Borda, todos no Amazonas, a Cruz Peregrina da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e o Ícone de Nossa Senhora chegaram por volta das 11h30 desta quinta-feira (20) ao Porto do Careiro da Várzea, na capital amazonense, onde houve um momento celebrativo, com a presença do bispo auxiliar de Manaus dom Mário Antônio.

Cerca de 300 jovens dos municípios de Borba, Careiro Castanho, Manaquiri e comunidade local participaram da pré-acolhida dos símbolos, na quadra polivalente José Francisco Sales Batista, no Porto do Careiro.

Conforme dom Mário Antônio, a principal mensagem aos jovens que participaram da pré-acolhida é despertar o desejo de resgatar o ser humano para uma vida cristã. “Jovens ou não, Cristo nos convida a sermos pescadores de gente”, disse.

Encontro das águas

Cerca de 500 fiéis participaram da acolhida oficial da Cruz Peregrina e Ícone de Nossa Senhora pela Arquidiocese de Manaus na tarde desta quinta-feira (20) no “Encontro das Águas”. O arcebispo de Manaus, dom Luiz Soares Vieira, presidiu uma Celebração para marcar o momento de fé.

O local foi escolhido por ser um das belezas naturais da Amazônia e visa despertar na sociedade a reflexão sobre a preservação do meio ambiente e o respeito com a criação divina. A comunidade católica da vive na orla de Manaus também se fez presente.

Um dos momentos mais emocionantes da programação foi o mergulho da Cruz nas águas dos rios Negro e Solimões, que formam o fenômeno “Encontro das Águas”.

Conforme o Arcebispo de Manaus Dom Luiz Soares foi “um momento muito especial, no qual a juventude inicia uma caminhada de fé rumo a Jornada Mundial da Juventude (que acontecerá no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, no período de 23 a 28 de julho)”. Dom Luiz lembrou que a Igreja Católica irá promover uma Campanha da Fraternidade sobre a juventude.

Rio Negro

Pastoral da Juventude e Ministério Jovem da RCC, entre outras expressões que evangelizam a juventude, se reuniram cheios de entusiasmo em torno dos símbolos da JMJ em Manaus. A entrega da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora aconteceu durante a caminhada da luz sobre a Ponte Rio Negro.

De acordo com o Bispo Auxiliar de Manaus Dom Mario Pasqualoto os símbolos da Jornada tem a finalidade de despertar a fé no coração de cada jovem.
Após a caminhada pela Ponte Rio Negro iniciou a carreata até a Catedral Metropolitana de Manaus Nossa Senhora da Conceição onde aconteceu a primeira vigília pela vida da juventude organizada pelo setor 1 e movimentos da arquidiocese.

A animadora da Arquidiocese de Manaus, Irmã Célia Santos destacou a alegria dos jovens em participar desse momento importante para a Igreja Católica. “É um bonito exemplo da expressão da juventude, no qual eles puderam manifestar alegria, dançar e cantar. É o momento em que o jovem olha para a Cruz e para Maria e não se deixa abater diante das dificuldades”.

Fonte: Gecilene Sales e Luiz Neto - Rádio Rio Mar

Arcebispo Tomasi sobre violências na Síria: as crianças pagam o preço mais alto

Nestes dias na Assembléia Geral da ONU a crise síria tem estado no centro das atenções. Muitos dos líderes das nações que se pronunciaram nesta quarta-feira pediram uma intervenção militar para dar fim às violências inauditas que nestes meses têm ensangüentado o país do Oriente Médio.

O presidente tunisiano endossou as palavras do Emir do Catar reiterando que, "falida a diplomacia, é agora necessária uma intervenção militar. Por sua vez, o Presidente do Egito, Mohammed Morsi, disse concordar com o princípio, mas manifestou-se contrário à intervenção externa.

A guerra civil na Síria, além de morte e destruição, tem levado a uma enorme emergência humanitária. A esse propósito, a Rádio Vaticano ouviu o Observador Permanente da Santa Sé no escritório da ONU em Genebra, na Suíça, Dom Silvano Maria Tomasi, que nos falou sobre a situação dos civis, crianças e minorias e sobre o papel da comunidade internacional:

Dom Silvano Maria Tomasi:- "Em primeiro lugar, é preciso colocar a questão da violência contra as crianças no contexto geral da crise que vemos na Síria. Essa crise está piorando e a continuidade da violência atinge de modo particular as crianças, fazendo-as pagar o preço mais alto. As agências de assistência humanitária presentes dizem existir situações horríveis. Por exemplo, quer da parte dos rebeldes, quer da parte do exército, fala-se que em alguns casos as crianças foram usadas como escudo humano de modo a poder se aproximar de objetivos militares imediatos, e algumas crianças foram mortas. Outro exemplo: há cerca de 280 mil refugiados nos países confinantes com a Síria e em alguns campos, como na Jordânia, mais de 50% das pessoas presentes – mais de 30 mil pessoas – são menores. Além disso, existem centenas de menores não acompanhados que são abandonados nos campos, que não sabem o que fazer durante o dia e que levam o peso de experiências traumáticas: viram membros de sua família assassinados, estiveram sob bombardeios, viram pelas ruas corpos estraçalhados... Diante dessa realidade é claro que a comunidade internacional deve buscar dar uma mão...

RV: A propósito da comunidade internacional, parece que se tenha chegado a uma difícil situação de impasse...

Dom Silvano Maria Tomasi:- "Neste momento, inclusive segundo as palavras do Secretário-Geral da ONU, Ban ki-moon, não há uma vontade política clara de todas as partes para dar fim à violência na Síria. Concorda-se sobre a futilidade da guerra e do conflito como se tem desdobrado nestes meses cujos resultados são verdadeiramente dramáticos: entre 20 e 30 mil mortos, 260-280 mil refugiados, 1 milhão e 200 mil deslocados dentro do país, cerca de dois milhões e meio de pessoas – segundo avaliações da ONU – precisam de assistência para sobreviver. Os resultados da violência e da guerra são bem visíveis e documentados. Apesar disso, existem de vários lados fortes interesses políticos que impedem a possibilidade, no momento, de se chegar a sentar-se em torno de uma mesa e colocar a violência de lado, começando a negociar uma transição política que possa realmente respeitar os interesses de todas aquelas minorias – curdos, cristãos, xiitas, drusos, alawitas – que são os grupos que compõem a Síria e que até então tinham caminhado com um certo equilíbrio e em paz entre eles. Portanto, devemos rezar e realmente encorajar de todas as maneiras possíveis, a abertura de um diálogo, de modo que se ponha fim a essa violência e que as crianças possam voltar à escola e a crescer normalmente, ao invés de ser vítimas dessa tragédia."


Fonte: Rádio Vaticano
Local:Cidade do Vaticano   
 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

POM apresenta Campanha Missionária em coletiva de imprensa

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) recebem a imprensa, no próximo dia 27 de setembro, às 14h30, em sua sede nacional, em Brasília, para apresentar o material da Campanha Missionária 2012, que tem como tema “Brasil missionário partilha a tua fé”.

Este ano, o tema está em sintonia com a proposta do 3º Congresso Missionário Nacional, realizado em Palmas (TO) de 12 a 15 de julho e com o 4º Congresso Missionário Americano e 9º Congresso Missionário Latino-Americano (CAM4/Comla9), que acontecerá em 2013, na Venezuela.

Realizada anualmente pelas POM, a Campanha Missionária chama a atenção dos cristãos para o seu compromisso com a missão universal da Igreja.

Para o diretor nacional das POM, padre Camilo Pauletti, a temática desde ano pretende evidenciar o envio de missionários brasileiros aos cinco continentes. “O tema do mês missionário de 2012 evidencia essa realidade pouco conhecida: a presença atuante de missionárias e missionários brasileiros em todos os continentes. Graças a Deus, isso representa uma grande riqueza para a nossa Igreja, mas não podemos achar que é suficiente. Pela sua potencialidade, o Brasil pode ajudar muito mais”, comentou.

Ainda de acordo com o diretor, o convite a partilhar a fé, proposta no tema da Campanha, “nos recorda que a tarefa missionária continua urgente e sem fronteiras. O Brasil é chamado a assumir com generosidade o lugar que lhe compete nesta Obra de Deus”.

A Campanha Missionária, desenvolvida todos os anos no mês de outubro, desde 1927, tem o seu ponto alto no Dia Mundial das Missões, celebrado  no penúltimo domingo do mês. Para ajudar na reflexão do tema, as Pontifícias Obras Missionárias produzem e enviam a todas as dioceses subsídios como DVDs, cartazes, folhetos dominicais e novenas missionárias com a mensagem do papa Bento XVI para o Dia Mundial das Missões. As dioceses, paróquias e comunidades participam da Campanha intensamente no mês missionário.

O dinheiro arrecadado no Dia Mundial das Missões pela Igreja no Brasil é revertido a um Fundo Mundial de Solidariedade para projetos da Igreja mundo a fora como a sustentação de dioceses, abertura e manutenção de seminários, financiamento de obras sociais, assistência aos missionários em todo o mundo. É realizada no Brasil em nível nacional desde 1972.

Fonte: Fúlvio Costa

Animação missionária e Comunicação




Abertas as inscrições para o encontro de comidis e comipas

Tema de estudo: Animação missionária e comunicação

Data e local

Dias 14 a 18 de novembro, 2012 no Centro Cultural Missionário – CCM- SGAN 905 Conj. “C” – Brasília, DF – Fone: (61) 3274.3009.
Público

Coordenadores e Animadores de Conselhos Missionários Regionais, Diocesanos e Paroquiais. Estendido também a Assessores e profissionais de Comunicação

Objetivo Geral

Fortalecer a articulação dos organismos missionários, através da formação de seus agentes, fornecendo instrumentos básicos para que a animação missionária aconteça de maneira eficaz em todas as dioceses e paróquias do país.

 Objetivos Específicos
- Discernir a importância do mundo e dos meios de comunicação para o trabalho de animação missionária de paróquias e dioceses.
- Tornar-se comunicadores da paixão pela missão,
- Capacitar para uma autêntica e eficaz informação e comunicação missionária.

 Conteúdo programático

1.     Quarta, 14 de novembro; Acolhida e abertura às 19h00

2.     Quinta, 15 de novembro; Ver: O Areopago da comunicação e a missão da Igreja hoje. Âmbito, evolução, desafios e perspectivas – Pe. Geraldo Martins Dias, assessor político do Secretariado Geral da CNBB.

3.     Sexta, 16 de novembro; Julgar: a Missão como comunicação. Teologia e espiritualidade da comunicação para o animador missionário – Pe. Estêvão Raschietti, sx, diretor do CCM.

4.     Sábado, 17 de novembro; Agir: Animação missionária e comunicação. Práticas, caminhos e tarefas – Pe. Jaime Patias, IMC, secretário nacional da Pontifícia União Missionária e assessor de Comunicação das POM.

5.     Domingo, 18 de novembro, até 12h00: Os Conselhos missionários e os meios de comunicação. Articulação, encaminhamentos e compromissos.

Inscrições

As inscrições já estão abertas e podem ser efetuadas através do Site: www.ccm.org.br no seguinte link Encontros de COMIDIs e COMIPAs

A taxa, incluindo formação e hospedagem, é de R$ 350,00. Vagas limitadas.

Mais informações:

Fone: (61) 3274.3009
Email: secretaria@ccm.org.br
Realização

Pontifícias Obras Missionárias, Centro Cultural Missionário e Comissão Episcopal para a Ação Missionária da CNBB.

Padre de Florianópolis é nomeado bispo de Tubarão

Pe. João Francisco Salm foi nomeado na manhã de hoje o novo bispo da Diocese de Tubarão
O anúncio oficial foi feito pelo Papa Bento XVI na manhã, 7h no horário de Brasília. A Diocese de Tubarão estava vacante desde o dia 28 de setembro de 2011, quando Dom Wilson Tadeu Jönck, então bispo de Tubarão, foi nomeado Arcebispo de Florianópolis. Nesse período, Pe. Sérgio Geremias assumiu a função de administrador diocesano.

Na manhã de hoje, às 10h, Pe. João Francisco Salm concederá entrevista coletiva na Cúria Metropolitana. A sua ordenação como bispo e a posse na nova diocese ainda não foram definidas, mas deve se realizar nos próximos dois meses.

Perguntado sobre como assume essa nova missão, Pe. Salm informou: “Recebo com uma atitude de fé. Espero ser a resposta de Deus às orações do povo da Diocese de Tubarão”.

Tubarão é uma das dez dioceses do Estado. Ela foi criada pelo Papa Pio XII, em 1955, desmembrada Arquidiocese de Florianópolis e abrangia todo o sul do Estado de Santa Catarina. Mais tarde cedeu parte do seu território para a criação da Diocese de Criciúma.

Conheça a biografia do novo bispo da Diocese de Tubarão

Pe. João Francisco Salm nasceu no dia 11 de outubro de 1952, em São Pedro de Alcântara, município de São José, SC. Filho de Francisco Salm e de Maria Ida Schmitt Salm, tem um irmão e três irmãs. Fez os estudos primários em sua terra natal, completando-os no Pré-Seminário de Antônio Carlos, SC, onde ingressou com a idade de 12 anos, em fevereiro de 1965.

De 1967 a 1972 fez os estudos ginasiais e do segundo grau no Seminário Menor Metropolitano Nossa Senhora de Lourdes, em Azambuja, Brusque, SC. De 1973 a 1975, frequentou a primeira turma do curso superior de Estudos Sociais, em cuja grade curricular constavam todas as disciplinas da Filosofia, na recém-criada Fundação Educacional de Brusque, FEBE, hoje UNIFEBE.
De 1975 a 1979, fez o curso de Teologia no Instituto Teológico de Santa Catarina, ITESC, em Florianópolis, SC. Foi ordenado diácono em 13 de maio de 1979, em Camboriú, SC, e presbítero em 30 de junho de 1979, no Santuário de Azambuja, Brusque, SC. De janeiro de 1980 ao final de 1983, exerceu o ministério de professor e orientador dos alunos do Seminário Menor Metropolitano, de Azambuja. Em janeiro de 1984, foi nomeado reitor do Santuário Episcopal Nossa Senhora de Azambuja e reitor do Seminário Menor Metropolitano Nossa Senhora de Lourdes, em Azambuja, Brusque. Em março do mesmo ano foi nomeado administrador paroquial da Paróquia de Santa Catarina, em Dom Joaquim, Brusque. Exerceu esses cargos em Azambuja e em Dom Joaquim até o final de 1991.

De janeiro de 1992 ao final de 2008 exerceu o ministério de reitor do Seminário de Teologia e coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional da Arquidiocese de Florianópolis. De junho de 1992 até 1996, foi juiz do Tribunal Eclesiástico Regional de Florianópolis. Durante o ano de 2006 e no segundo semestre de 2008, foi coordenador arquidiocesano de pastoral da Arquidiocese de Florianópolis. De janeiro de 2009 ao final de 2011, foi pároco da Paróquia de Santa Teresinha, em Brusque.

De março a novembro de 2011, foi administrador arquidiocesano da Arquidiocese de Florianópolis. Desde novembro de 2011, é ecônomo arquidiocesano e coordenador da Cúria Metropolitana da Arquidiocese de Florianópolis. Foi membro, por diversos períodos, do Conselho Presbiteral da Arquidiocese de Florianópolis, como representante dos seminários da Arquidiocese. Foi nomeador bispo titular da Diocese de Tubarão, SC, no dia 26 de setembro de 2012.

Fonte: Zulmar Faustino
jornalista da Arquidiocese de Florianópolis
(48) 8405-6578
www.arquifln.org.br

Comire dá início o primeiro módulo do Curso de Missiologia e Animação Pastoral

Os alunos terão aulas em três etapas nos meses de setembro, outubro e novembro
 
O Conselho Missionário Regional (Comire) Sul 1 da CNBB promoveu, no dia 07 de setembro, a aula inaugural do primeiro módulo do Curso de Extensão em Missiologia e Animação Pastoral. Até o dia 18 de novembro, animadores missionários farão a especialização e terão a oportunidade de estudar o tema da missão sob três perspectivas: fundamental, contextual e prática.

A abertura do curso contou com a missa presidida pelo padre Sérgio Bradanini. Os 28 agentes inscritos, dentre leigos(as), religiosos(as), seminaristas e clérigos, de diversas regiões do estado de SP, terão aulas em três etapas nos meses de setembro, outubro e novembro, na sede da Obra dos Cenáculos Missionários, no Alto da Lapa. Os temas abordados seguem o contexto bíblico, histórico e teológico, antropológico, ecumênico e ética; pedagógico-catequético; administrativo-gerencial e metodológico-projetual.
 
"Nosso objetivo é oferecer uma formação específica no campo da missão a leigos e leigas, religiosos e religiosas, diáconos e presbíteros engajados (ou que que gostariam de se engajar) na animação missionária, particularmente os coordenadores e os membros dos Comidis. Na aula inaugural, os alunos fizeram a 1ª Sessão: Fundamentos Bíblicos da Missão". - explicou o responsável do curso, Robson Ferreira.

A assessora da IAM (Infância e Adolescência Missionária) da Diocese de Caraguatatuba (SP), Regina Célia Montagner de 46 anos, se matriculou para fazer o curso porque pretende futuramente fazer uma experiência missionária. Para ela é muito importante que os missionários busquem cada vez mais essas oportunidades que nos proporcionam um conhecimento dos fundamentos, culturas, experiências e muito mais. “particularmente se eu posso, gosto de participar de tudo que é relativo às missões”.

Nossa vida é Missão

Em mensagem divulgada no folder do curso, o cardeal Dom Odilo Pedro Scherer , Arcebispo de São Paulo e Presidente do Regional Sul 1 manifesta seu apreço pela iniciativa, “o curso vai ajudar a preparar missionários para a Igreja. Uma boa formação é necessária para ter boa fundamentação para a ação missionária. Faço votos que este curso produza muitos frutos,  para que a Igreja em nosso Regional possa ser generosamente missionária!” – Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer – Arcebispo de São Paulo.

O curso é ministrado através do Centro Cultural Missionário e Comire Sul 1 da CNBB (Estado de São Paulo).  Mais informações sobre o curso pelo e-mail secretaria@formacaomissionaria.org.br

Fonte: Renato Papis – Mtb/SP 61012
Setor de Comunicação
cnbbs1@cnbbsul1.org.br