"A verdade jamais poderá ser silenciada. A razão jamais poderá ser destruída”. Foi a mensagem enviada por Antonio Guerrero Rodríguez, um dos cinco antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos (EUA) há 13 anos, aos jovens que participam do II Encontro Internacional de Jovens em Solidariedade com os Cinco, em Havana (Cuba). Desde o dia 11 até ontem (13), a reunião de solidariedade reuniu mais de 180 delegados do país anfitrião e outras 35 nações da América, Europa, Ásia, África e Oriente Médio.
Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Fernando González, Antonio Guerrero e René González foram detidos no dia 12 de setembro de 1998, quando monitoravam as ações vândalas de grupos anticubanos localizados na Flórida (EUA). A trajetória dos antiterroristas ficou conhecida como "A causa dos Cinco”.
Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Fernando González, Antonio Guerrero e René González foram detidos no dia 12 de setembro de 1998, quando monitoravam as ações vândalas de grupos anticubanos localizados na Flórida (EUA). A trajetória dos antiterroristas ficou conhecida como "A causa dos Cinco”.
Sobre a libertação deles, Liudmila Álamo Dueñas, da União de Jovens Comunistas, afirmou que "a presença (dos jovens) é uma demonstração profunda do crescente apoio que recebe a causa dos Cinco em todo o planeta”, disse em sua apresentação de abertura.
O Encontro, convocado pela União de Jovens Comunistas, contou com a presença do titular do Parlamento de Cuba, Ricardo Alarcón, o qual convocou os jovens a romper "o muro de silêncio” em torno do caso. "Nossos cinco companheiros não existem para as grandes corporações que controlam os meios de comunicação”. Ele afirmou a importância dos meios progressistas, mas sem deixar "de empregar os métodos insubstituíveis do trabalho político direto”.
No sábado (11), os participantes visitaram a obra de José Rodríguez em homenagem aos cubanos presos. O monumento foi inaugurado em 2008, quando completou 10 anos do encarceramento desses homens. "Diante de uma enorme injustiça não podemos ficar calados e aqui está a nossa denúncia; algum dia nossos irmãos serão recebidos como merecem neste Olimpo”, manifestou o criador ao dirigir-se ao público.
A programação contou ainda com oficinas sobre as experiências regionais em defesa dos Cinco com o uso das novas tecnologias. Apresentações lúdicas, como o teatro, também fizeram parte da atividade, além de um encontro com os familiares dos Cinco. "Vocês representam toda a esperança de ter nossos filhos em casa. A solidariedade é a luz no caminho para libertar nossos filhos, porque sabemos que pela via legal é quase impossível”, afirmouMagalys Llort, mãe de Fernando González, de acordo com o site do evento.
A causa dos Cinco
Os Cinco Cubanos são acusados de espionagem por monitorar as ações vândalas de grupos anticubanos. Dentre essas ações, está a explosão de um avião cubano em Barbados, no dia 6 de outubro de 1976 que causou a morte de 73 pessoas, cujo responsável foi Posada Carrilles. As condenações duram a partir de 15 anos.
Os Cinco Cubanos são acusados de espionagem por monitorar as ações vândalas de grupos anticubanos. Dentre essas ações, está a explosão de um avião cubano em Barbados, no dia 6 de outubro de 1976 que causou a morte de 73 pessoas, cujo responsável foi Posada Carrilles. As condenações duram a partir de 15 anos.
Segundo Ricardo Alarcón, o governo estadunidense, que os prendeu, nunca apresentou provas. Em sua conferência, Alarcón apresentou um documento da Corte de Apelações de Atlanta que reafirma que neste caso não havia nada de espionagem e declarou nulas as sentenças de Antonio Guerrero, Fernando González e Ramón Labañino, enquanto ratificou as de Gerardo Hernández e René González.
Agora, o processo se encontra no meio da batalha de apelação extraordinária, nos casos de Antonio e Gerardo. Um dos elementos da defesa é que a ação judicial girou em torno do incidente no qual foram derrubados no espaço aéreo cubano dois aviões de um grupo terrorista de Miami. Mas "Gerardo não teve nada a ver com a derrubada dos aviões. Não há provas”, disse Alarcón. O outro argumento é que se descobriu que o governo estadunidense entregou numerosos recursos para pagar jornalistas que lançaram uma campanha feroz contra os Cinco.
Fonte: CNBB - Camila Maciel