sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sínodo da África 2009: balanço e objetivos

O Pe. Musoni explica o espírito da 2ª Assembleia Sinodal

Por Mariaelena Finessi
 
Quatro meses depois da 2ª Assembleia Especial para a África, do Sínodo dos Bispos, realizada em Roma em outubro de 2009, Aimable Musoni – salesiano ruandês que participou do encontro em qualidade de especialista – compartilha com a Zenit um balanço das conquistas sociais alcançadas no continente nos últimos quinze anos, graças ao catolicismo.

Consultor da Congregação para as causas dos Santos e da Congregação para a Doutrina da Fé, Musoni explica também os próximos passos para concretizar as conclusões às quais os padres sinodais chegaram.

-Comecemos pelo tema do sínodo, realizado no último mês de outubro: “A Igreja na África ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz”.

Musoni: É um tema muito atual e que envolve todos, desde os pastores até o último dos fiéis.

Em particular, os padres sinodais falaram da vida consagrada, porque se espera muito do seu testemunho e da sua função profética, para não renunciar nem perder os valores cristãos em todas estas circunstâncias de extrema pressão que atingem o continente, como as guerras, a pobreza, as doenças e a fome.

Outro tema foi a necessidade de reconciliação: só reconciliados com Deus podemos nos reconciliar entre nós e ser testemunhas da reconciliação na sociedade.

Um aspecto sobre o qual também se chamou a atenção foi o dos políticos católicos, para que atuem na sociedade e pela sociedade, guiados por uma coerência cristã, que facilite também a boa convivência.

-Apesar de alguns progressos conseguidos no âmbito sociopolítico, econômico e cultural, continua sendo difícil saber como os resultados do sínodo encontram ou encontraram uma aplicação real na África.

Musoni: Sim, é difícil calcular os resultados de forma precisa. De qualquer maneira, com relação a 1994, ano do 1º sínodo, registrou-se um crescimento notável do catolicismo no continente, cujos membros passaram de 102 milhões (equivalentes a 14,6% da população africana) a 164 milhões (17,5%).

Igualmente, aumentaram os consagrados, missionários leigos, catequistas e seminaristas, assim como as estruturas eclesiásticas para a evangelização, os hospitais, escolas, seminários e rádios locais (estas últimas passaram de 15 a 163).

-Se os dados falam de um crescimento dos católicos, o diálogo ecumênico e inter-religioso ainda continua sendo um desafio delicado frente à proliferação das seitas, que continuam fascinando...


Musoni: O Evangelho não chegou a todos os lugares e, onde não há católicos, as chamadas “religiões tradicionais africanas” criaram comunidades eclesiais indígenas com uma fisionomia de seitas: já não cristãos em sentido próprio, mas tampouco pagãos.

Experiências sincretistas evidenciam dois significados: em primeiro lugar, mostram como o africano é religioso de forma incurável; em segundo lugar, destaca por que as pessoas se afastam das igrejas oficiais, nas quais se corre o risco do anonimato por causa de suas grandes dimensões, que não favorecem o contato pessoal.

Mas os católicos já estão respondendo, com o nascimento de movimentos juvenis e comunidades eclesiais de base, consideradas “pequenas comunidades cristãs”, nas quais se encontram para rezar, compartilhar informações e tomar iniciativas comuns para ajudar os que passam necessidade.

-Parece, então, que existe uma distância inicial entre a Igreja e os africanos...

Musoni: Eu diria que é um problema que pode se apresentar em qualquer lugar. Mas, de qualquer maneira, é verdade, sim. Na África às vezes houve essa falta de atenção por parte dos missionários, em sua maioria ocidentais, que no começo suspeitavam demais da cultura africana, às vezes afirmando que não existia, de fato, uma cultura.

Isso levou a criar uma espécie de tabula rasa, na tentativa de “arrancar o diabo destes pobres que cresceram nas trevas”, como diziam os missionários entre 1500-1800.

Da evangelização se chegou à teologia da adaptação, buscando nexos com a cultura africana. O próximo passo foi a inculturação, para ir ao encontro da herança cultural africana, para que esta oferecesse um próprio canal interpretativo do catolicismo e assim, por exemplo, produziu-se a introdução da dança na liturgia.

Hoje, o africano pode expressar seu ser na Igreja, também através do corpo. A inculturação, nesse sentido, ajudou a purificar os valores africanos para assumi-los como veículo do cristianismo.

-Em algumas culturas africanas, a castidade e a pobreza não são valores, enquanto a riqueza sim, como sinal de bênção dos deuses; a esterilidade – atribuída somente à mulher – legitima o divórcio, enquanto morrer sem deixar descendência é sinal de maldição. Que consequências tem para a sociedade enfatizar esse tipo de família?

Musoni: Os cristãos, particularmente os religiosos africanos, vivem certa tensão com relação aos valores e tradições culturais do seu país.

Por exemplo: nossa concepção da vida tem um valor antropológico amplo, segundo o qual ela é entendida como “continuidade”; para o africano, a transmissão da vida através dos filhos significa também a continuação da vida de quem já não está; e não poder fazê-lo é como permanecer à margem da sociedade. Na Ruanda, por exemplo, morrer sem casar-se ou ter filhos significa praticamente desaparecer.

Mas também nesta concepção africana da vida existe um sentido religioso, porque o antepassado recebeu a vida de Deus e a transmitiu. Mas há apêndices negativos porque, para reforçar a própria vida, no Congo, por exemplo, é legítimo tirar a dos outros.

O mesmo vale para a poligamia, vista como um reforço da família: ter tantos filhos significa ter força de trabalho e força defensiva nas guerras tribais e, neste sentido, o casamento é uma aliança com as famílias das esposas.

É uma visão complexa, que frequentemente põe em perigo o reconhecimento da excelência e do valor da vida cristã e/ou consagrada.


-Precisamente com relação aos religiosos, o sínodo recomendou um atento discernimento dos candidatos à vida consagrada, enquanto para os institutos internacionais presentes na África, os padres sinodais pediram que a formação inicial – postulantado e noviciado – seja realizada na África. Por que esta petição?

Musoni: Pessoalmente, penso que os religiosos devem aprender a lidar com a natural dimensão afetiva na castidade, entendida como celibato e virgindade, dirigindo o sentimento da paternidade/maternidade, que para os africanos é particularmente forte, por outro caminho, sendo “pais” e “mães” na tarefa de educar o povo de Deus.

Para que não haja um choque, é preciso converter-se de verdade, mas em terra africana, onde se pode provar realmente a convicção da vida religiosa e encarregar-se, portanto, das responsabilidades derivadas da escolha vocacional livremente assumida.

Ter de adaptar-se a uma cultura nova, que é a europeia, e ao mesmo tempo ter de amadurecer a própria escolha vocacional não ajuda, de fato, a fazer no próprio interior uma síntese harmônica.

-No Instrumentum laboris está escrito que as consagradas contribuem para revelar mais certa dimensão de Deus, mediante seu gênio feminino de doçura, ternura e disponibilidade. De que maneira a mulher realiza esta função privilegiada? E como poderia contribuir mais para a missão evangelizadora?

Musoni: São as mulheres que levam a família adiante na África, assim como a educação. Esta é uma função importante, que a Igreja também deve reconhecer. Elas já estão presentes nas paróquias e nas comunidades eclesiais de base: trata-se de reconhecer oficialmente esta função, valorizando-a.

E, indo mais longe, será possível contribuir, dessa forma, no reconhecimento e na proteção da dignidade da mulher na cultura africana em geral. Por exemplo, a poligamia certamente não honra a mulher, pelo menos na visão cristã.

Com relação à exploração, é conhecida a função subordinada das esposas na organização familiar, que pode ser substituída, no entanto, por uma colaboração que, ainda que não seja paritária, pelo menos respeite as capacidades pessoais.

A Igreja, segundo o desejo dos padres sinodais, dando à mulher as responsabilidades também nos órgãos de decisão, poderia oferecer o melhor exemplo.

Fonte: Zenit

3° Congresso Latino-americano de Jovens - PJ´s e SJ se reúnem

Reunião da Equipe Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil com o Setor Juventude da CNBB.

Os olhos dos discípulos e das discípulas se abriram e eles(as) reconheceram Jesus.
Lc 24, 31.


Com o objetivo de “revitalizar o caminho da Pastoral Juvenil, desde a vida dos(as) jovens, a partir do encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo e seu Projeto, para assumir o discipulado missionário como um estilo de vida, na transformação de nossos povos”, o CELAM (Conferência Episcopal Latino-americana) convoca a juventude da America Latina e do Caribe para participar do 3 Congresso Latino-americano de Jovens, que ocorrera entre os dias 7 e 12 de setembro de 2010, na Venezuela.
Os congressos Latino-americanos de jovens buscam animar a juventude e apoiar a organização das pastorais juvenis no processo de educação na fé, pautados nas experiências e na vida da juventude, com seus desafios e anseios, na perspectiva da construção da tão sonhada Civilização do Amor. Por isso terá como tema Jovens da America Latina discípulos missionários de Jesus Cristo para a vida de nossos povos e como lema Caminhemos com Jesus para dar vida a nossos povos.
O Brasil, presente nos dois primeiros congressos, também se fará representar nesse terceiro, com uma delegação de 70 participantes entre delegados(as) e convidados, sendo 70% de jovens, dos quais 40 vagas para as pastorais juvenis e 09 vagas para movimentos e outras organizações juvenis que participam do CCA (Comissão Colegiada de Assessores) e 30% de assessores(as).
Para privilegiar a participação por estados e por especificas, garantindo uma representatividade democrática no Congresso, a Equipe Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil junto com o Setor Juventude, fizeram a seguinte distribuição:

EQUIPE NACIONAL DA PJB REPRESENTAÇÃO

HILDETE EMANUELE SEC. PJ
JOSIEL FERREIRA SEC. PJR
ERIC MOURA EQ. NAC. DE SERVIÇOS PJMP
TABATA SILVEIRA ART. PJE
CAMPANHA CONTRA VIOLÊNCIA REPRESENTAÇÃO


ASSESSORES REPRESENTAÇÃO

D. EDUARDO PINHEIRO Bispo responsável pelo Setor Juventude
Pe. CARLOS SAVIO Assessor do Setor Juventude
Pe. WANDER TORRES Assessor do Setor Juventude
D. DINO RE NE2
D. SEVERINO RE L2
ZE VICENTE ARTISTA POPULAR
1 ASSESSOR/A PJMP
1 ASSESSOR/A PJMP
1 ASSESSOR/A PJR
1 ASSESSOR/A PJR
1 ASSESSOR/A PJE
1 ASSESSOR/A PJE
1 ASSESSOR/A PJ
1 ASSESSOR/A PJ
1 ASSESSOR/A CRB
1 REPRESENTANTE REDE BRASILEIRA DE CENTROS E INSTITUTOS

CONVIDADOS REPRESENTAÇÃO
1 REPRESENTANTE MINISTERIO JOVEM RCC
1 REPRESENTANTE VICENTINOS JOVENS
1 REPRESENTANTE JUVENTUDE MARISTA
1 REPRESENTANTE JUVENTUDE SALESIANA
1 REPRESENTANTE JUVENTUDE FOCOLARINA
1 REPRESENTANTE PASTORAL UNIVERSITARIA
1 REPRESENTANTE EJNS
1 REPRESENTANTE JUVENTUDE MISSIONARIA
1 REPRESENTANTE CNLB

As confirmações e nomes dos respectivos participantes devem ser encaminhados até o dia 02 de março de 2010. Assim, na alegria do olhar do reconhecimento de Jesus Cristo no meio da nossa juventude, vamos animar nosso povo, arrumar nossas mochilas e nos colocar a caminho rumo ao 3° Congresso Latino-Americano de Jovens. Animação e fé na presença encarnada do Cristo ressuscitado no nosso meio e no protagonismo missionário da juventude são os combustíveis para essa caminhada.

Na certeza da Civilização do Amor,

Salvador, 11 de fevereiro 2010.
Equipe Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil                     
Setor Juventude (CNBB)

Trilha de formação para Jovens

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Campanha Missionária de Outubro ganha novo impulso

Com o objetivo de intensificar a divulgação da Campanha Missionária, realizada todos os anos no mês de outubro, as Pontifícias Obras Missionárias – POM e organismos ligados ao Conselho Missionário Nacional - COMINA, reuniram-se pela terceira vez em Brasília, no dia 22 de fevereiro. As estratégias de divulgação estão sendo elaboradas por uma comissão formada por representantes das principais forças missionárias do país seguindo um cronograma de trabalho.

Para o diretor das POM, padre Daniel Lagni, que promoveu e coordenou as discussões, a Campanha deve ir além da coleta. “É questão de criarmos uma consciência, uma dinâmica missionária em nós, na Igreja em todo o Brasil, numa ótica além-fronteiras, Ad Gentes. Para isso contamos com os Meios de Comunicação e a colaboração de todos os organismos”, destacou padre Daniel, ressaltando que a divulgação será feita entre todas as lideranças e pastorais nas mais de 300 dioceses do Brasil.

Anualmente, para animar o mês das Missões, as Pontifícias Obras Missionárias elaboram e enviam subsídios a todas as dioceses, como a mensagem do Papa, santinhos com a Oração Missionária, folhetos informativos, textos e reflexões para as celebrações. Um dos desafios é garantir a distribuição do material que, por vezes, fica empilhado nas dioceses e paróquias. Para 2010, além desses subsídios, está sendo produzido um DVD em colaboração com a Verbo Filme. Segundo os coordenadores, a produção apresentará nove temas ligados à Campanha Missionária que, neste ano refletirá sobre “Missão e Partilha”, em sintonia com a Campanha da Fraternidade. Missão nas grandes cidades e nas periferias, Missão juntos aos povos famintos, Missão e religiosidade popular, Missão e partilha da terra, Missão e meio ambiente, Missão e partilha de bens e de pessoas, serão alguns dos temas abordados no DVD.

Outras iniciativas planejadas são a produção de spots para Rádio e Web Sites, publicação de artigos, entrevistas e testemunhos de missionários. Todo o material de divulgação estará disponível no site das POM (WWW.pom.org.br).

A Campanha Missionária destaca também os desafios para a Missão na Amazônia. Aprovada pela CNBB, a primeira Semana Missionária para a Amazônia foi realizada em 2009, na última semana de outubro. Este ano acontece a segunda edição da Semana, inserida no Mês Missionário. “O objetivo é fazer com que todo o Brasil tome consciência sobre a situação da Amazônia, em todos os sentidos, inclusive sobre a Missão e a necessidade de enviar missionários para a Região”, explicou Irmã Maria Irene, da Comissão para a Amazônia da CNBB. “Dessa forma, o trabalho junto com as POM ganha força e se torna mais visível”, sublinhou.

A liturgia é um espaço privilegiado para celebrar, rezar e colocar as comunidades em sintonia com a Missão além-fronteiras. Presente na reunião, Padre Marcelo Conceição Araújo, do folheto litúrgico “O Deus conosco”, Editora Santuário, abriu espaço para publicar, semanalmente, artigos e inserir as preces nos roteiros das celebrações ao longo do mês de outubro. Esforços serão feitos para incluir o mesmo material em todos os demais Folhetos Litúrgicos editados no Brasil.

De acordo com padre José Altervir da Silva, assessor da Comissão Episcopal para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, “a divulgação da Campanha Missionária através dos Conselhos Missionários e organismos visa tocar os corações das pessoas para que se descubram como verdadeiros missionários”. Padre Altevir recordou que a Conferência de Aparecida trouxe novos ânimos para a Missão no Continente. “Nunca se falou tanto da Missão como após lançamento da Missão Continental. Os cristãos estão procurando saber mais e os Planos Pastorais refletem essa sensibilidade” avaliou.

A Coleta feita no Brasil no Dia Mundial das Missões é destinada ao Fundo Mundial de Solidariedade Missionária para financiar projetos de evangelização em diversas frentes. Os interessados em colaborar na divulgação poderão solicitar entrevistas e subsídios.


Informações: Assessoria de Imprensa Missionária

Jaime Carlos Patias, imc - Tel.: (11) – 2256 8820

Belo Horizonte lança concurso para hino da Jornada Arquidiocesana da Juventude 2010

O Vicariato Episcopal para a Pastoral, da arquidiocese de Belo Horizonte, informou ontem, 22, o lançamento do concurso para o hino da Jornada Arquidiocesana da Juventude de 2010, evento juvenil que se realizará dia 28 de março, Domingo de Ramos. O tema deste ano é: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?” (Mc 10,17).

O hino deve ter uma linguagem poética, que traduz o tema proposto pelo Santo Padre para a Jornada Mundial da Juventude de 2010; coerência entre fé, vida e linguagem juvenil; mesmo número de sílabas e acentos em todas as estrofes, ou seja, uma métrica regular e fluente; rima, embora possam ser usados versos livres; refrão a ser cantado entre as estrofes (mínimo de três e máximo de cinco estrofes).

No dia 7 de março, o Vicariato Episcopal para a Pastoral constituirá uma banca examinadora que fará o julgamento dos hinos enviados ao Vicariato, observadas as orientações dadas. No dia 10, a Rede Catedral de Comunicação Católica, composta pelas emissoras da arquidiocese de Belo Horizonte divulgará o hino vencedor.

O edital completo você confere no site www.arquidiocesebh.org.br/vicariato/

Fonte: CNBB
Local: Brasil

Países continuam mobilizados em solidariedade ao povo haitiano

As ações de solidariedade com o povo do Haiti prosseguem em várias partes do mundo. A Rede Jubileu Sul, por exemplo, já enviou 75% dos recursos arrecadados até agora ao país caribenho e continua a receber doações. 
 
Amanhã (24), uma coletiva de imprensa na Argentina apresentará à população mais uma ajuda ao Haiti: a formação do Comitê de Solidariedade e Ajuda Urgente ao Povo Haitiano que, entre outras questões, denunciará a forte militarização no país.

Enquanto alguns oferecem ajuda humanitária através da ocupação militar, outros se preocupam em conseguir maneiras que contribuam com a soberania da população e a reconstrução digna do país. A solidariedade e a verdadeira ajuda não podem ser somente a curto prazo, já que o terremoto do dia 12 de janeiro no país deixou danos que não conseguirão ser solucionados em pouco tempo. É pensando nisso que a Rede Jubileu Sul continua com a Campanha em Solidariedade com o Haiti.

Mesmo com a contribuição de poucas pessoas e entidades, o Jubileu Sul já enviou parte das doações ao país caribenho. Na semana passada, 75% de quase R$ 3.000 arrecadados até o dia 11 de fevereiro foram enviados aos movimentos sociais haitianos. De acordo com Rosilene Wansetto, integrante do Jubileu, a expectativa é que até o final desta semana os outros 25% sejam repassados às organizações.

A transferência dos recursos aos movimentos não quer dizer que a campanha chegou ao fim. "A campanha tem caráter permanente até o país se reerguer", explica Rosilene. Os recursos arrecadados destinam-se a ajudar, principalmente, a Plataforma Haitiana para o Desenvolvimento Alternativo (Papda).

Com o dinheiro em mãos, a quantia é encaminhada para a reconstrução do país e para a reestruturação das organizações sociais haitianas. "É uma necessidade urgente. Os movimentos sociais receberam pouco apoio", comenta.

As ajudas podem ser realizadas em qualquer valor. Para isso, o Jubileu Sul no Brasil, em parceria com a Assembleia Popular Nacional, abriu uma conta específica para isso. As doações podem ser feitas no Banco do Brasil, Agência 3687-0; Conta corrente 283.104-X.

Ajuda sem militarização

Desde o terremoto do dia 12 de janeiro, o país caribenho - que já vivia ocupado pelas tropas da ONU da Missão de Estabilização do Haiti (Minustah) - recebe mais soldados estrangeiros sob a justificativa de ajuda humanitária. Preocupados com a militarização no país, mais de 30 organizações e movimentos sociais se uniram, na Argentina, para formar o Comitê de Solidariedade e Ajuda Urgente ao Povo Haitiano. A apresentação pública acontecerá amanhã (24), às 12h30, na Associação de Trabalhadores do Estado (ATE), em Buenos Aires.

Na ocasião, será realizada uma coletiva de imprensa com a presença de: Nora Cortiñas, Madre de Plaza de Mayo Línea Fundadora; Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz; e Ricardo Peidró, representante da ATE. Para as entidades que formam o Comitê, a verdadeira ajuda ao Haiti não é através de soldados, mas sim de alimentos, remédios, médicos e apoio para a reconstrução do país.

Dessa forma, as organizações denunciam e exigem o fim da ocupação militar no país caribenho, assim como demandam a anulação sem condições da dívida externa. "Também reclamamos que sejam os próprios haitianos os artífices e protagonistas de seu próprio destino de modo livre e soberano", destacam em comunicado.

Fonte: Adital - Karol Assunção
Local: Haiti

El Salvador quer ' Dia Nacional Dom Romero'

Organizações sociais e religiosas apresentaram ontem ao Parlamento salvadorenho uma petição para instituir o dia 24 de março como Dia Nacional de Dom Óscar Arnulfo Romero. Naquela data, em 1980, o arcebispo foi assassinado.

“A proposta tem o apoio de representantes da comunidade judia e das Igrejas Anglicana, Luterana e Batista Emanuel” – informa o presidente da Fundação Romero, Mons. Ricardo Urioste.

A iniciativa, que já recolheu mil assinaturas, é respaldada também pela ONG ‘Concertaciòn Democratica’ e por outros grupos e instituições, assim como por deputados da Frente Farabundo Martí para la Liberaciòn Nacional (FMLN).

Dom Romero era o arcebispo de São Salvador; foi assassinado por um franco-atirador enquanto celebrava missa na capela de um hospital para doentes de câncer.

Segundo a comissão para a verdade instalada pela ONU para investigar os crimes ocorridos no âmbito da guerra civil salvadorenha (1980-1992), Dom Romero foi assassinado por ordem de Roberto d'Aubuisson, fundador do partido Aliança Republicana Nacionalista (ARENA, de direita), que governou o país entre 1989 e 2009.

Mons. Urioste disse também que o arcebispo, cuja causa de canonização está tramitando no Vaticano, foi “um homem de Deus, de grande amor ao povo, especialmente aos pobres; um homem que queria a paz e a justiça”.

Para o próximo dia 24 de março, ONGs e Igreja Católica prepararam várias atividades para recordar o trigésimo aniversário da morte do arcebispo.

Em suas homilias, Dom Romero denunciava as atrocidades cometidas nos anos prévios à guerra civil no país centro-americano.

Fonte: Rádio Vaticano
Local: São Salvador

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Inscrições para os prêmios de Comunicação da CNBB 2010

Estão abertas as inscrições, de 1º de março a 31 de maio, para concorrer aos prêmios de comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), edição de 2010. Os interessados podem conferir abaixo os regulamentos e fichas de inscrição.

Dividido em quatro categorias, Margarida de Prata para o Cinema, instituído em 1967; Microfone de Prata para o Rádio, 1989; Dom Helder Câmara de Imprensa, 2002; e Clara de Assis para a Televisão, 2005; a premiação é entregue todos os anos com o objetivo de reconhecer a arte e o mérito dos profissionais dos meios de comunicação social, de imprensa, cinema, rádio e televisão que contemplam em suas produções os valores humanos, cristãos e éticos, bem como a linguagem artística e técnica.

Fonte: CNBB

Cardeal celebra missa em memória a moradores de rua executados

Para celebrar a memória dos cincos moradores de rua assassinados, em janeiro deste ano, na capital baiana, o cardeal arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, dom Geraldo Majella Agnelo presidiu uma celebração eucarística, no dia 20. A missa foi organizada pela Comunidade da Trindade, no mesmo local da chacina.

Chacina
Os catadores de lixo, Itamar Silva de Jesus, Luís Eduardo, Élio Barreto Silva e Rosalvo foram assassinados com tiros à queima-roupa no dia 16 de janeiro. As investigações estão sendo feitas, mas não há pistas sobre o motivo da chacina. A vizinhança suspeita que o crime foi uma espécie de limpeza social na área.

Moradores do bairro que tinham contato diário com as vítimas ficaram chocados com o crime e no 7º dia após a morte dos catadores celebraram uma missa para eles.

Sobre a Comunidade da Trindade
Projeto social desenvolvido pela arquidiocese de Salvador que atente e acolhe moradores de rua. A iniciativa visa resgatar a dignidade dos moradores de rua, através de oficinas profissionalizantes, atividades lúdicas e da produção e venda do jornal comunitário.

Fonte: CNBB

Campanha da Fratrenidade Ecumênica

Nas próximas semanas, uma boa parte das comunidades católicas e de outras Igrejas que participam da Campanha da Fraternidade Ecumênica vai começar a debater sobre "economia e vida". Eu gostaria de contribuir nessa discussão com uma série de artigos (espero que eu possa manter o ritmo semanal) sobre o tema da CF.
 
Quero começar com a pergunta: qual é o assunto central da CF? Muitos poderão responder rapidamente que é a economia. Respostas rápidas assim podem nos levar a repetir os velhos esquemas mentais e nos fazer a reduzir a CF a discussões sobre temas e questões econômicas, como por ex., o desemprego, pobreza, economia solidária etc.
 
Entretanto, o tema proposta pela CF não é economia, mas sim a relação entre "economia e vida", vista na perspectiva da fé cristã. Eu gostaria de destacar aqui duas dimensões dessa relação: a) a materialidade da vida; b) o aspecto teológico-espiritual da economia.
 
Há em muitas tradições religiosas, seja do Ocidente ou do Oriente, uma tendência de "espiritualizar" a noção de vida. Por exemplo, quando cristãos falam da salvação, uma grande parte pensa na salvação da alma. Isto é, estão preocupados com a vida eterna da alma. A vida que interessa realmente é a eterna de um "ser incorpóreo" (sem corpo). Com isso, a noção de vida vai se "espiritualizando" (no mal sentido), perdendo a sua dimensão corpóreo-material. Por isso, a missão das igrejas se concentra na evangelização ou na Pregação da Palavra entendidas como não tendo relação com aspectos materiais e econômicos da vida humana. A ação ou preocupação social em favor das pessoas pobres ou em necessidade se torna um complemento secundário à missão. O mais importante seria a salvação da alma.
 
Essa é uma das razões pela qual muitos grupos religiosos não se interessam pelo tema ou questões da economia nas suas discussões ou preocupações religiosas. Em grupos assim, o tema da CF deste ano não é importante para missão das Igrejas e será esquecido logo após a Campanha, se é que não será deixado de lado até mesmo no período da Campanha.
 
Essa separação é reforçada também, mesmo que inconsciente ou não intencionalmente, por grupos que assumem, em nome da sua fé, lutas econômicas e sociais, mas não conseguem elaborar um discurso religioso-espiritual capaz de articular de modo coerente a relação economia e fé. Esses grupos tendem a justificar as suas lutas e preocupações em nome da ética (bem-comum) ou da doutrina social da Igreja, mas não em relação à evangelização, salvação ou missão da Igreja. Infelizmente, muitos cristãos atuantes no campo econômico-social-político têm dificuldade em falar sobre evangelização, salvação ou missão, como se isso não fizesse parte do "cristianismo de libertação" ou como se "libertação" não tivesse muito a ver com salvação. (Provavelmente uma boa parte da responsabilidade disso cabe a teólogos, assessores e formadores).
 
A CF deste ano deve ajudar as comunidades a tomarem mais consciência da materialidade da vida e da íntima relação entre essa dimensão e a salvação. A Bíblia, diferentemente da filosofia grega que divide o ser humano em corpo X alma, nos ensina que, na criação, Deus insuflou nas narinas do ser humano "um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente" (Gn 2,7). Nós somos seres viventes e como tais lutamos contra a morte. E a imagem de "sopro de vida" nos lembra que a vida é o dom mais precioso que recebemos de Deus, que a vida vem de "dentro" de Deus (nosso Deus é Deus da Vida) e que, como sopro, a vida é algo frágil que precisa ser continuamente cuidada e preservada. Por isso, a Bíblia continua a narrativa dizendo que Deus fez brotar da terra "toda espécie de árvore formosa para ver e boas de comer". A vida humana é para ser vivida na formosura, beleza, e com boa comida partilhada.
 
É pela mesma razão que Jesus disse que veio para que todos nós tenhamos vida e a tenhamos em abundância (cf. Jo 1010), assim como nós celebramos na eucaristia a memória de Jesus, que viveu e lutou para que a mesa compartilhada fosse uma realidade para toda a humanidade e, por isso, deixou o seu corpo como comida e o seu sangue como bebida. E na missa católica apresentamos, na oferta, "o pão que é fruto da terra e do trabalho do homem".
 
A vida humana depende do trabalho e da "natureza", depende também de como funciona a economia. E salvar a vida contra as forças da morte e contra as mentiras (8º. mandamento, na versão da Igreja Católica e 9º na versão das Igrejas protestante) e idolatrias que justificam essas mortes em nome de falsos deuses das (2º/3o. mandamento) é a missão do cristianismo e das igrejas.
Se perdermos de vista a dimensão material-econômica da vida, perdemos de vista o ser humano real e concreto e, assim, perdemos o núcleo da missão cristã e o que faz valer a pena sermos cristãos hoje, apesar de tudo. (No próximo artigo, o aspecto teológico-espiritual da economia).
(Autor, entre outros, de "Se Deus existe, por que há pobreza?", Ed., Reflexão).

Fonte: Jung Mo Sung - Professor de pós-graduação em Ciências da Religião.
Local: Adital

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Câmara dos deputados realiza audiência pública sobre Ficha limpa

Na próxima terça-feira, 23, a Câmara dos Deputados realizará uma audiência pública a respeito do projeto de lei 518/09, da Ficha Limpa. Esta foi a primeira e mais importante resolução do grupo de trabalho sobre o PLP, criado no Congresso, por determinação do presidente da casa, Michel Temer. A audiência será às 14h, no Plenário 2 da casa.

O Grupo de Trabalho da Câmara (GT), com 16 integrantes de diferentes partidos políticos, foi delegado para fazer o substitutivo do projeto e apresentá-lo ao presidente Temer até o dia 17 de março. Além da audiência, em que a sociedade civil, representada pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), será ouvida, haverá reunião do GT todas as quartas-feiras, às 16h30, aberta ao público.

A audiência pública será a oportunidade do MCCE, propositor do projeto, dar sugestões e propor diretrizes ao substitutivo. Por esta razão, o movimento convoca a sociedade a participar da audiência. Não será permitida a entrada de manifestantes com apitos ou demais objetos barulhentos. A segurança da Câmara permite a manifestação com faixas, uma vez que estas não sejam expostas com madeiras.

O GT sobre o PLP da Ficha Limpa também não descarta a realização de audiências em alguns estados. A sugestão do relator do grupo de trabalho, deputado Índio da Costa, é de que o PLP seja discutido com diferentes segmentos da sociedade civil antes de seguir ao plenário.


Fonte: CNBB
Local: Brasil   

Dia Mundial da Juventude

Dia Mundial da Juventude

A organização do Dia Mundial da Juventude (DMJ) que se realizará na cidade de Madri em agosto de 2011 espera mais de dois milhões de participantes: um milhão de espanhóis, meio milhão de outros países europeus e até 200 mil jovens procedentes dos países da imigração. Esses são alguns dos dados divulgados na última sexta-feira pelo Arcebispo de Madri e presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Cardeal Antonio María Rouco Varela.

Durante uma coletiva de imprensa na presença de cerca 30 jornalistas estrangeiros, o Cardeal Rouco Varela destacou a presença de jovens brasileiros, pois o Brasil é "candidato" a acolher o Dia Mundial da Juventude após Madri.

Espera-se que a capital espanhola receba dois milhões de jovens nos dois momentos "principais": a Vigília do sábado e a Eucaristia do domingo, no Aeródromo de Quatro Ventos. Dos jovens presentes, um milhão serão espanhóis e até 200 mil de países de imigração, destacou o cardeal. Um dos maiores desafios organizativos, disse o prelado, é o tema dos vistos.

Da Europa espera-se a chegada de meio milhão de jovens, 100 mil italianos, outro tanto de franceses e em número similar da Alemanha. Da Polônia, o Cardeal calculou 50 mil.

Por sua vez, dos países latino-americanos, o arcebispo explicou que até a data a maior afluência se espera seja do Brasil, pois o país "mostrou desejos" de organizar o Dia Mundial da Juventude em 2014, destacou o cardeal.

A Conferência de Bispos Católicos do Brasil (CNBB) publicou em 2007 um manifesto onde propôs que o DMJ após Madri seja realizado no país, apresentando as cidades de Belo Horizonte e Rio de Janeiro como possíveis sedes do evento.

Entre 50 mil e 100 mil jovens norte-americanos são esperados em Madri junto com um grupo muito numeroso do Canadá. Mas o Cardeal Rouco Varela destacou sobretudo o entusiasmo de 5 mil jovens que já se sabe virão da Austrália.

O cardeal reiterou diante dos jornalistas o calendário de atividades para o DMJ, "experiência religiosa de grande impacto", em torno de quatro eventos.

O ato de acolhida ao Papa Bento XVI, na quinta-feira, terá lugar na Praça de Cibeles. O Via Crucis pelo passeio do Recoletos e o Passeio da Castelhana, uma procissão com passos representativos da Semana Santa espanhola. E a vigília do sábado e a Eucaristia do domingo, que terão lugar no aeródromo de Quatro Ventos, lugar que acolheu seis anos atrás o encontro do Papa João Paulo II com os jovens espanhóis.

Além destas atividades, haverá "momentos de reflexão" - como catequeses com bispos marcadas pelo lema ´Edificados e arraigados em Cristo, firmes na fé´ e visitas às igrejas, que manterão suas portas abertas com o Santíssimo exposto - e momentos de diversão. Madri é conhecida por isso, brincou o cardeal com visitas a museus, noites musicais, etc.

Fonte: Rádio Vaticano
Local: Madri - Espanha

Copa do Mundo da Criança de Rua

O que é a Copa?

Catorze de março se aproxima, e com ele o primeiro campeonato de futebol de crianças de rua do mundo. Brasil, África do Sul, Índia, Ucrânia, Nicarágua, Filipinas, Reino Unido e Tanzânia mandam suas equipes para Durban, na África do Sul, para disputar o torneio misto de futebol society (o Vietnã participa do evento contribuindo com o serviço de alimentação e hospedagem, mas não quis participar dos jogos). Mas o clima de competição termina quando o juiz apitar. Afinal, fora de campo, estão todos no mesmo time pelo direito das crianças. Esse evento vai muito além do futebol, e nós não poderíamos ficar de fora dessa!

Representado por uma parceria entre a ABC Trust, o Projeto Quixote e a São Martinho, o Brasil está na expectativa do embarque. E nosso time de campeões, em aquecimento.
ÁFRICA DO SUL 2010

A Copa do Mundo de Criança de Rua é um evento organizado por uma rede de organizações não-governamentais, liderada pela Amos Trust e da qual a ABC Trust faz part. A Consortium for Sreet Children, a Street Action, e a Global Goals também dão suporte com expertise e aconselhamento.

Mas perdeu quem achou que a Copa do Mundo da Criança de Rua fosse um mero bate-bola. Em Durban, os jovens ficarão hospedados na Star Seaside Home e antes dos jogos, vão participar de atividades culturais com artistas profissionais recrutados pela organização Momentum Arts. Por meio das artes, eles contarão suas histórias e discutirão seus direitos. As peças vão ficar expostas na Durban Art Gallery em uma exibição conjunta com a Art for Humanity. Depois, a exposição circula de país em país, passando inclusive pelo Brasil. Os jovens ainda serão treinados pela Coaching for Hope, uma das organizações parceiras, que usa o futebol para criar um futuro melhor para os jovens da África do Sul e do Oeste. Os jogos acontecem na sede de uma das organizações parceiras, a Umthombo, na Durban University of Technology e nas escolas envolvidas no programa British Council’s Dream and Teams. Você pode acompanhar o andamento das partidas aqui.

Pra finalizar o evento, os jovens vão liderar uma conferência sobre os direitos da criança e do adolescente. Da boca deles, políticos, parlamentares e outras pessoas chaves na questão da infância vão ouvir o que eles têm a dizer sobre as mudanças que querem ver implementadas nos países, para que outras crianças e outros jovens não passem pelo o que eles já passaram. O resultado final desta conferência será o Manifesto da Criança de Rua, que será assinado por todos os presentes e vai nortear as ações das organizações envolvidas.          
Brasil 2014

Com essas ações, vamos deixar um Brasil mais justo com nossas crianças e jovens até 2014 – ano em que o Brasil será sede da segunda edição da Copa do Mundo da Criança de Rua e da Copa do Mundo da FIFA.
Para isso, a gente já tem um plano: vamos fazer arte! Com mais cultura, educação integral de qualidade, escolas mais abertas e próximas aos alunos, estudantes mais críticos e envolvidos com a educação, esse jogo está ganho!

Fonte: Site Copa do Mundo da Criança de Rua
Local: Brasil

Futebol Solidário: África do Sul sediará Copa do Mundo da Criança de Rua

Além do evento da Fifa, a África do Sul sediará em 2010 a Copa do Mundo da Criança de Rua, com times formados por jovens de 13 a 16 anos que não tinham onde morar. O Brasil participará com time do Projeto Quixote, de SP


Não serão só os grandes atletas que jogarão futebol este ano, na África do Sul. A organização britânica Amos Trust está organizando a primeira edição da Street Child World Cup (Copa do Mundo da Criança de Rua), que também acontecerá no país africano, entre os dias 14 e 23 de março, na cidade de Durban.

Além do Brasil, outros sete países participarão da Copa: Nicarágua, Tanzânia, Ucrânia, Índia, Filipinas, Reino Unido e África do Sul, que serão levados ao evento por organizações não governamentais. Cada nação será representada por um time de futebol – formado por jovens entre 13 e 16 anos que já viveram nas ruas e hoje moram em abrigos ou voltaram para suas casas.

Coordenada pela ONG ABC Trust – Action for Brazil’s Children, a equipe brasileira foi formada pelo Projeto Quixote, que pré-selecionou 11 meninos e meninas que viveram por cerca de um ano e meio nas ruas da região da Luz, Vale do Anhangabaú, Rua Amaral Gurgel e Praça da República. Desses, nove serão escolhidos para ir à África representar o Brasil.

Segundo o Projeto, os jovens não foram selecionados por suas habilidades no futebol, mas sim por seus históricos de vida e superação. Aqueles que têm maior frequência e participação nas atividades do Projeto e, ainda, mais facilidade para se comunicar e se relacionar foram priorizados.

Isso porque o foco da Copa do Mundo da Criança de Rua não é o futebol. A ideia é aproveitar a popularidade do esporte e da Copa da Fifa para deixar que esses jovens falem para o mundo o que passaram nas ruas e o que é necessário fazer para que outras crianças não vivenciem a mesma situação.

Para tanto, paralelo à Copa, acontecerá a Conferência pelos Direitos das Crianças de Rua, que tornará possível o encontro desses jovens com políticos de todo o mundo, a fim de discutir políticas públicas que ajudem na retirada das crianças das ruas.

Tudo o que acontecer durante a viagem, na Copa e na Conferência, será registrado pelos jovens no blog Fala Sério.

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Gramados ainda mais verdes 

Não serão só os grandes atletas que jogarão futebol este ano, na África do Sul. A organização britânica Amos Trust está organizando a primeira edição da Street Child World Cup (Copa do Mundo da Criança de Rua), que também acontecerá no país africano, entre os dias 14 e 23 de março, na cidade de Durban.

Além do Brasil, outros sete países participarão da Copa: Nicarágua, Tanzânia, Ucrânia, Índia, Filipinas, Reino Unido e África do Sul, que serão levados ao evento por organizações não governamentais. Cada nação será representada por um time de futebol – formado por jovens entre 13 e 16 anos que já viveram nas ruas e hoje moram em abrigos ou voltaram para suas casas.

Coordenada pela ONG ABC Trust – Action for Brazil’s Children, a equipe brasileira foi formada pelo Projeto Quixote, que pré-selecionou 11 meninos e meninas que viveram por cerca de um ano e meio nas ruas da região da Luz, Vale do Anhangabaú, Rua Amaral Gurgel e Praça da República. Desses, nove serão escolhidos para ir à África representar o Brasil.

Segundo o Projeto, os jovens não foram selecionados por suas habilidades no futebol, mas sim por seus históricos de vida e superação. Aqueles que têm maior frequência e participação nas atividades do Projeto e, ainda, mais facilidade para se comunicar e se relacionar foram priorizados.

Isso porque o foco da Copa do Mundo da Criança de Rua não é o futebol. A ideia é aproveitar a popularidade do esporte e da Copa da Fifa para deixar que esses jovens falem para o mundo o que passaram nas ruas e o que é necessário fazer para que outras crianças não vivenciem a mesma situação.

Para tanto, paralelo à Copa, acontecerá a Conferência pelos Direitos das Crianças de Rua, que tornará possível o encontro desses jovens com políticos de todo o mundo, a fim de discutir políticas públicas que ajudem na retirada das crianças das ruas.

Tudo o que acontecer durante a viagem, na Copa e na Conferência, será registrado pelos jovens no blog Fala Sério. 

Fonte: Débora Spitzcovsky - Planeta Sustentável
Local: África do Sul

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Abertura da Campanha da Fraternidade 2010


Na quarta-feira de cinzas desse ano, foi aberta oficialmente a Campanha da Fraternidade Ecumênica que tem como tema “ECONOMIA E VIDA” e como lema “VOCÊS NÃO PODEM SERVIR A DEUS E AO DINHEIRO”. (Mt 6,24)

Várias cidades tiveram cerimônias de abertura como, em Brasília, onde os representantes do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) e fizeram um panorama do que seria a campanha este ano.
Em São Paulo na catedral da Sé, dom Odilo Scherer arcebispo metropolitano de São Paulo, concedeu uma coletiva de imprensa a diversos veículos de comunicação, e depois presidiu a missa de cinzas para todos os presentes, e aos moradores da cidade. A equipe da Revista Mundo e Missão esteve presente, éramos uns quinze jornalistas, a maioria de veículos da imprensa católica, mas o acontecimento também foi coberto por grandes emissoras como a Globo News.
Dom Odilo, fez uma explanação sobre o tema, e logo depois abriu espaço para perguntas. A Campanha da Fraternidade quer ajudar a construir novas relações, apontando princípios de justiça, denunciando ameaças e violações da dignidade e dos direitos, abrindo caminhos de solidariedade. Nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica, as comunidades cristãs são convocadas a deixar-se interpelar pelas palavras de Jesus: “Não acumuleis para vós tesouros na terra, onde traças e os vermes arruínam tudo, onde ladrões arrombam as paredes para roubar”. Mas acumulai para vós tesouros no céu.” (Mt 6,l9-20ª). “Precisamos lançar a ideia de que a economia, não se trata de acumulação de bens, mas de partilha mútua, este é um momento propício para se falar em economia, o mundo passou por uma grave crise econômica e deixou muitas vítimas” completou dom Odilo. A campanha também baseada na última encíclica  Cáritas in Veritate quer resgatar os princípios éticos, e fazer um apelo a conversão, para o arcebispo deve-se ter atitude, criar relações econômicas para que a economia não venha a agredir a vida.
Quando questionado sobre como fazer com que as pessoas mudem seu pensamento, disse que era preciso ter uma ação educativa, incentivar um pensamento novo, e isso ocorre através dos exemplos que começam em casa, citou o desperdício dos alimentos, “muito é jogado fora, deve se ter mais respeito pela Vida”. Neste dia também foi feita a coleta da solidariedade para o povo do Haiti, e todas as paróquias foram convidadas a fazer o mesmo. Dom Odilo ao ser questionado sobre o uso da água, lembrou da Campanha da Fraternidade de 2004, que teve como tema: Fraternidade e água e, como lema: “Água, fonte de vida”, e que a água não pode ser um produto, é necessário que a água seja um direito, um bem público, não pode ser um produto privatizado. Independente do ano eleitoral o arcebispo espera que este tema seja tratado pelos políticos, que haja a implantação de projetos que possam diminuir a desigualdade social. “É um tema difícil, se for tratado com teorias econômicas, mas se é com o olhar da campanha fica um pouco mais fácil”.
 “Ninguém pode servir a dois senhores: ou odiará a um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro! (Mt 6,24)”. Toda a vida de Jesus foi um testemunho de simplicidade no uso dos bens materiais, de solidariedade com os pobres, de distribuição gratuita dos dons de Deus.
O objetivo da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 é estimular a todos a compreender e vivenciar os valores do Reino de Deus, a acreditar que uma nova sociedade, mais justa e solidária, é possível, e a construir um modelo econômico em que a vida esteja em primeiro lugar.

Fonte: Valesca Montenegro - Mundo e Missão
Local: São Paulo

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Brasil: Encontro Nacional de Coordenadores Estaduais da Juventude Missionária

Concluiu-se no último dia 15, na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília, o 2° Encontro Nacional de Coordenadores Estaduais da Juventude Missionária.

Coordenadores de todo o Brasil debateram o tema "Traços da Espiritualidade Missionária Juvenil", com o lema "Chamados e Enviados a Todos os Povos" (cf. Lc 4,18).

Desde o dia 12, os participantes alternaram momentos de espiritualidade e formação missionárias, apresentação dos caminhos e trabalhos realizados pela Juventude Missionária em cada estado, com a avaliação dos encontros e materiais utilizados pelos jovens missionários. Houve também momentos de recreação e a escolha das canções, enviadas através do concurso de músicas, que vão compor o primeiro CD nacional da Juventude Missionária.

"A Juventude Missionária já é realidade em todo o Brasil. Este encontro vem para reforçar os laços entre os coordenadores estaduais e junto às POM, além de ser um momento de reflexão, avaliação e planejamento da caminhada" - afirmou Rodrigo Alves, representante da Juventude Missionária de São Paulo.


Fonte: Revista Missões
Local: Brasil





    

Setor Juventude da CNBB retoma atividades com encontro em Salvador

Preparação das atividades de 2011, plenária das Pastorais da Juventude do Brasil, 3º Congresso Latino Americano de Jovens, Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens, revitalização da Pastoral Juvenil Latinoamericana. Estes foram alguns dos pontos de pauta da reunião da Equipe Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil e o Setor Juventude da CNBB que se reuniram, nesta semana, entre os dias 8 e 11, em Salvador (BA).

Segundo o secretário nacional da Pastoral da Juventude Rural, Josiel Ferreira, o trabalho comum das Pastorais da Juventude do Brasil (PJB) “se dá na união das forças em torno da vida da juventude e na comunhão pelo projeto do Reino de Deus”.

“Desde a sua 15ª Assembléia Nacional, as Pastorais da Juventude (PJ) desejam viver uma nova forma de organização. Há a esperança de vivermos, nos próximos tempos, cirandas de comunhão e de participação, tendo no centro a missão maior dos e das jovens da igreja: a defesa da vida da juventude”, explica a secretária nacional da PJ, Hildete Emanuele.

Participaram do encontro a secretária nacional da PJ, Hildete Emanuele; o secretário nacional da Pastoral da Juventude Rural, Josiel Ferreira; o representante da Equipe Nacional de Serviços da Pastoral da Juventude do Meio Popular, Eric Moura; e a representante da Pastoral da Juventude Estudantil, Tábata Silveira, além dos assessores nacionais do Setor Juventude da CNBB, padre Carlos Sávio e padre Wander Torres.

Fonte: CNBB
Local:Salvador (BA)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Brasil: Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010

Nas próximas semanas, uma boa parte das comunidades católicas e de outras Igrejas que participam da Campanha da Fraternidade Ecumênica vai começar a debater sobre "economia e vida". Eu gostaria de contribuir nessa discussão com uma série de artigos (espero que eu possa manter o ritmo semanal) sobre o tema da CF.

Quero começar com a pergunta: qual é o assunto central da CF? Muitos poderão responder rapidamente que é a economia. Respostas rápidas assim podem nos levar a repetir os velhos esquemas mentais e nos fazer a reduzir a CF a discussões sobre temas e questões econômicas, como por ex., o desemprego, pobreza, economia solidária etc.

Entretanto, o tema proposta pela CF não é economia, mas sim a relação entre "economia e vida", vista na perspectiva da fé cristã. Eu gostaria de destacar aqui duas dimensões dessa relação: a) a materialidade da vida; b) o aspecto teológico-espiritual  da  economia.

Há em muitas tradições religiosas, seja do Ocidente ou do Oriente, uma tendência de "espiritualizar" a noção de vida. Por exemplo, quando cristãos falam da salvação, uma grande parte pensa na salvação da alma. Isto é, estão preocupados com a vida eterna da alma. A vida que interessa realmente é a eterna de um "ser incorpóreo" (sem corpo). Com isso, a noção de vida vai se "espiritualizando" (no mal sentido), perdendo a sua dimensão corpóreo-material. Por isso, a missão das igrejas se concentra na evangelização ou na Pregação da Palavra entendidas como não tendo relação com aspectos materiais e econômicos da vida humana. A ação ou preocupação social em favor das pessoas pobres ou em necessidade se torna um complemento secundário à missão. O mais importante seria a salvação da alma.

Essa é uma das razões pela qual muitos grupos religiosos não se interessam pelo tema ou questões da economia nas suas discussões ou preocupações religiosas. Em grupos assim, o tema da CF deste ano não é importante para missão das Igrejas e será esquecido logo após a Campanha, se é que não será deixado de lado até mesmo no período da Campanha.

Essa separação é reforçada também, mesmo que inconsciente ou não intencionalmente, por grupos que assumem, em nome da sua fé, lutas econômicas e sociais, mas não conseguem elaborar um discurso religioso-espiritual capaz de articular de modo coerente a relação economia e fé. Esses grupos tendem a justificar as suas lutas e preocupações em nome da ética (bem-comum) ou da doutrina social da Igreja, mas não em relação à evangelização, salvação ou missão da Igreja. Infelizmente, muitos cristãos atuantes no campo econômico-social-político têm dificuldade em falar sobre evangelização, salvação ou missão, como se isso não fizesse parte do "cristianismo de libertação" ou como se "libertação" não tivesse muito a ver com salvação. (Provavelmente uma boa parte da responsabilidade disso cabe a teólogos, assessores e formadores).

A CF deste ano deve ajudar as comunidades a tomarem mais consciência da materialidade da vida e da íntima relação entre essa dimensão e a salvação. A Bíblia, diferentemente da filosofia grega que divide o ser humano em corpo X alma, nos ensina que, na criação, Deus insuflou nas narinas do ser humano "um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente" (Gn 2,7). Nós somos seres viventes e como tais lutamos contra a morte. E a imagem de "sopro de vida" nos lembra que a vida é o dom mais precioso que recebemos de Deus, que a vida vem de "dentro" de Deus (nosso Deus é Deus da Vida) e que, como sopro, a vida é algo frágil que precisa ser continuamente cuidada e preservada. Por isso, a Bíblia continua a narrativa dizendo que Deus fez brotar da terra "toda espécie de árvore formosa para ver e boas de comer". A vida humana é para ser vivida na formosura, beleza, e com boa comida partilhada.

É pela mesma razão que Jesus disse que veio para que todos nós tenhamos vida e a tenhamos em abundância (cf. Jo 1010), assim como nós celebramos na eucaristia a memória de Jesus, que viveu e lutou para que a mesa compartilhada fosse uma realidade para toda a humanidade e, por isso, deixou o seu corpo como comida e o seu sangue como bebida. E na missa católica apresentamos, na oferta, "o pão que é fruto da terra e do trabalho do homem".

A vida humana depende do trabalho e da "natureza", depende também de como funciona a economia. E salvar a vida contra as forças da morte e contra as mentiras (8º. mandamento, na versão da Igreja Católica e 9º na versão das Igrejas protestante) e idolatrias que justificam essas mortes em nome de falsos deuses das (2º/3o. mandamento) é a missão do cristianismo e das igrejas.

Se perdermos de vista a dimensão material-econômica da vida, perdemos de vista o ser humano real e concreto e, assim, perdemos o núcleo da missão cristã e o que faz valer a pena sermos cristãos hoje, apesar de tudo. (No próximo artigo, o aspecto teológico-espiritual da economia).

(Autor, entre outros, de "Se Deus existe, por que há pobreza?", Ed., Reflexão).

* Professor de pós-graduação em Ciências da Religião

Fonte: Adital

Intenção Missionária de fevereiro de 2010

"Para que a Igreja, consciente de sua identidade missionária, se esforce em seguir fielmente Cristo e proclamar o seu Evangelho a todos os povos"

Na intenção de oração confiada pelo papa ao apostolado da oração para o mês de fevereiro, podemos citar três aspectos importantes.

O primeiro aspecto se refere à identidade missionária da Igreja. São conhecidas as palavras de Paulo VI que apresentou a Igreja como evangelizadora por excelência, que nasceu para evangelizar. Uma Igreja sem zelo missionário é uma Igreja que perdeu a sua identidade, que não sabem quem é. João Paulo II reiterou: "na história da Igreja, o impulso missionário sempre foi marcado por vitalidade, como a sua diminuição é sinal de crise de fé" (RM 1). É necessário reavivar esta consciência de uma missão ainda a ser realizada em muitas regiões da terra.

Um segundo aspecto da intenção missionária é representado pelo "esforço para seguir fielmente Cristo". Seguir Cristo significa viver perto Dele, viver unidos a Ele com a oração, os sacramentos e a caridade. Seguir Cristo significa ouvir e assimilar a sua Palavra, viver segundo o seu Evangelho: Dificilmente poderá ser anunciador de Cristo quem não o segue de perto e não se esforça para viver com Ele e como Ele. Esta fidelidade a Cristo se traduz em fidelidade aos ensinamentos de sua Igreja, de seu Magistério. "Quem ouve vocês, a mim escuta". Viver na fidelidade a Cristo significa viver segundo os valores do Evangelho: obediência ao Pai, distancia dos bens terrenos, castidade segundo a vocação específica de cada batizado. O compromisso da seqüela representa uma exigência contínua de conversão, de crescimento na identificação com Cristo. O autêntico amor por Cristo leva sempre a procurar ser a cada dia como Ele, a amar o que Ele ama, a rejeitar tudo o que Ele rejeita. Somente quem possui o fogo de amor de Cristo poderá anunciá-lo de forma convincente.

O terceiro aspecto diz respeito ao anúncio do Evangelho a todos os povos. Jesus Cristo é o enviado do Pai, o primeiro "missionário". Enviado aos homens "para que tenham vida e a tenham em abundância" (Jo 10,10) e "para dar testemunho da verdade" (Jo18,37). A verdade que Jesus testemunha é o amor de Deus pelos homens, e esta é a Boa Nova, o Evangelho que Cristo anuncia e que a Igreja é chamada a continuar a anunciar. "Ide a todo mundo...". O amor do Pai é universal, todos são chamados a conhecer este amor, a viver como filhos de Deus atingindo assim a sua plenitude como homens. A Igreja deve sempre se sentir solicitada pelo amor que impulsiona Deus a enviar seu Filho unigênito, o seu Filho amado, que "morrendo deu a vida pelo mundo".

Rezemos para que a Igreja sinta fortemente o peso da responsabilidade a ela confiada, diante de Deus e dos homens. Sejamos fiéis ao amor de Cristo para ser anunciadores humildes e corajosos do Evangelho. Como afirmou o Papa Bento XVI, "está em jogo a salvação eterna das pessoas". Maria, Mãe da Igreja, nos faça crescer sempre na fidelidade a Cristo e no generoso compromisso pela missão.

Fonte: www.fides.org

Haiti: Dia de orações

Organizações católicas e comunidade de Taizé recordam sofrimento causado pelo sismo de 12 de Janeiro

A Igreja Católica no Haiti, através da sua comissão episcopal Justiça e Paz, convida os fiéis de todo o mundo para um dia de oração pelo país, esta Sexta-feira, 12 de Fevereiro. Nesta data assinala-se um mês sobre o violento sismo que matou mais de 210 mil pessoas e deixou milhares de desalojados.

Também a Comunidade ecumênica de Taizé convida todos a rezar pelo povo do Haiti, sozinhos ou em grupo. A oração é promovida no dia 12 de cada mês, durante doze meses, depois do sismo que teve lugar a 12 de Janeiro. Em Lisboa, a igreja de São Nicolau (Baixa) associa-se a esta iniciativa.

O governo haitiano decretou 12 de Fevereiro como dia de luto nacional em memória das centenas de milhares de vítimas causadas pelo sismo de 12 de Janeiro, anunciou o ministro haitiano do Interior, Paul-Antoine Bien-Aimé. "O governo anunciou um mês de luto de 17 de Janeiro a 17 de Fevereiro, o dia 12 de Fevereiro é decretado como dia de luto nacional para permitir aos fiéis de todas as religiões prestar homenagem às vítimas", declarou Bien-Aimé, em conferência de imprensa.

Entretanto, a Cáritas Portuguesa anunciou que a sua campanha de ajuda ao Haiti recolheu até ao momento mais de 980 mil Euros.


Fonte: Agência Ecclesia
Local: Haiti

Brasil: Encontro Nacional de Coordenadores Estaduais da Juventude Missionária

De 12 a 15, será realizado na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília, o 2° Encontro Nacional de Coordenadores Estaduais da Juventude Missionária.

Para ajudar na reflexão, foi escolhido como tema "Traços da Espiritualidade Missionária Juvenil", e como lema "Chamados e Enviados a Todos os Povos" (cf. Lc 4,18).

A programação do encontro contará com momentos de espiritualidade e formação missionárias, apresentação dos caminhos e trabalhos realizados pela Juventude Missionária em cada estado, avaliação dos encontros e materiais utilizados pelos jovens missionários, momentos de recreação e troca de experiências, entre outras atividades. Também serão escolhidas as canções, enviadas através do concurso de músicas, que vão compor o primeiro CD nacional da Juventude Missionária.

"A Juventude Missionária já é realidade em todo o Brasil. Este encontro vem para reforçar os laços entre os coordenadores estaduais e junto às POM, além de ser um momento de reflexão, avaliação e planejamento da caminhada", afirma Rodrigo Alves, representante da Juventude Missionária de SP.

Outras informações no blog da Juventude Missionária: http://jmissionaria.blogspot.com.


Fonte: CNBB
Local: Brasil

África do Sul: Nelson Mandela, há 20 anos deixava prisão para enterrar racismo institucional

Há 20 anos, "Nelson" Rolihlahla Mandela deixou a prisão Victor Verster caminhando, ao lado de Winie Madikizela, sua esposa na época. Livre em 1990, aos 72 anos, ele havia passado os últimos 27 atrás das grades por ousar a se opor ao regime racista que dominava a África do Sul. Um mar de pessoas o aguardava nas ruas para dar início finalmente à edificação da democracia sul-africana.

Mandela é filho do conselheiro do chefe máximo do vilarejo de Qunu (atual província do Cabo Oriental), onde nasceu. Aos sete anos, tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Aos 16 anos, seguiu para o Instituto Clarkebury, na África do Sul, onde estudou cultura ocidental.

Durante as eleiçãos do país em 1999, Mandela participou de diversos comícios ao lado de seu sucessor, Thabo Mbeki, sempre ovacionado pela população sul-africana.

Militância

Ao final do primeiro ano do curso de Direito na Universidade de Fort Hare, Mandela se envolveu com o movimento estudantil, num boicote contra as políticas universitárias e foi expulso da universidade. Ali iniciou sua militância.
A partir de então se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambou (um de seus melhores amigos), entre outros, a Liga Jovem do CNA.

Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa anti-apartheid.
Comprometido de início apenas com atos não-violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180. Em 1961 fundou a ala armada do CNA - Umkhonto we Sizwe (a Lança da Nação) para combater a discriminação do apartheid.

20 anos depois, a África do Sul ainda luta
Vinte anos depois da libertação de Nelson Mandela, a África do Sul é uma democracia vibrante, mas ainda tem milhões de pessoas vivendo na pobreza e buscando uma liderança capaz de confrontar os problemas econômicos. A libertação de Mandela em 11 de fevereiro de 1990, após 27 anos nas prisões do apartheid, colocou em marcha uma transformação política que culminou com a história eleição multirracial de 1994 e com a posse do próprio Mandela como primeiro presidente negro do país. Alguns críticos dizem que o legado de Mandela foi destruído por causa de incidentes como o afastamento do sucessor dele, Thabo Mbeki, do comando do partido CNA e do recente escândalo sexual envolvendo o atual presidente do país, Jacob Zuma.

Prisão

Acusado de crimes capitais no julgamento de Rivonia, em 1963, a declaração que deu, no banco dos réus, foi sua afirmação de posição política: "Tenho defendido o ideal de uma sociedade democrática e livre na qual todas as pessoas convivam em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal pelo qual espero viver e que espero alcançar. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer". Em 1964 Mandela foi condenado à prisão perpétua.

No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas anti-apartheid em vários países.
Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando foi libertado em 11 de fevereiro pelo presidente Frederik Willem de Klerk, que também revogou a proibição do CNA e de outros movimentos de libertação.

Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime racista, o apartheid, ganhando respeito internacional.

Em 1999, Mandela conseguiu eleger o sucessor, Thabo Mbeki, que posteriormente foi obrigado a deixar a Presidência depois de uma manobra política do seu maior rival dentro do CNA, Jacob Zuma. Casamentos, separações e aposentadoria Mandela casou-se três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, de quem se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com as divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.

Depois de deixar a presidência, Mandela passou a dedicar suas forças ao combate à crise da Aids na África do Sul, levantando milhões de dólares para combater a doença. Seu uníco filho morreu vítima da doença em 2005.
Ainda fora da Presidência, Mandela ganhou uma série de títulos e homenagens, como a Ordem de St. John, da rainha da Inglaterra, Elizabeth 2ª., a medalha presidencial da Liberdade, do então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia), a Ordem do Canadá, dentre outros. Apesar de ter ganho a condecoração de Bush, Mandela realizou uma série de pronunciamentos, em 2003, em que atacava a política externa do presidente americano.

Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Mas a militância continuou. Em 2007, comemorou o 89° aniversário criando um grupo internacional de estadistas idosos e altamente respeitados, incluindo seus colegas Prêmios Nobel da Paz Desmond Tutu e o ex-presidente americano Jimmy Carter, para combater problemas mundiais que incluem as mudanças climáticas, o combate à Aids e à pobreza. A comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows, que ocorreu em Londres, em julho de 2008, e contou com a presença de artistas e celebridades engajadas nessas lutas.

Em 2009, com aparência frágil, o ex-presidente sul-africano compareceu a um comício eleitoral do CNA para ajudar a eleger Jacob Zuma, atual presidente do país.

Fonte: Uol notícias
Local: África do Sul

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Cáritas arrecada três milhões de reais e manda 15 mil toneladas de alimentos aos desabrigados no Haiti

Ao longo desta semana, chegará ao Haiti um comboio naval de seis navios fretados do México pela rede Cáritas para transportar até a ilha 15 mil toneladas de ajuda humanitária: alimentos, água potável e provisões médicas.

O “Papanlapou”, primeiro dos navios que chegou a Porto Príncipe, carrega duas mil toneladas de arroz, feijão, leite pasteurizado e kits de produtos sanitários.

Toda esta ajuda será distribuída imediatamente entre os atingidos que estão sendo atendidos pela rede Cáritas dentro do plano de resposta à emergência, no valor de 31 milhões de euros destinados à Cáritas Haiti para prestar ajuda a 200 mil pessoas durante dois meses.

A ajuda proporcionada pela Cáritas aos atingidos pelo terremoto inclui também materiais de abrigo e barracas, assim como acompanhamento psicossocial e assistência cirúrgica de urgência.

Também esta semana se distribuirá pelo Haiti, por intermédio da Cáritas americana, uma equipe da Universidade de Maryland especializada em tratamento médico a vítimas de desastres e cujos membros se renovarão semanalmente, dentro de um programa de ação de seis meses de duração.

A prioridade máxima desta equipe será realizar, nos próximos dias, a intervenção cirúrgica de 16 casos especialmente delicados.
Doe você também

No Brasil, a Cáritas Brasileira e a CNBB, através da Campanha SOS Haiti, já arrecadou mais de R$ 3 milhões de reais. Deste montante, R$ 1 milhão já foi repassado.

As doações em dinheiro podem ser feitas nas seguintes contas bancárias:

- Banco do Brasil - Agência: 3475-4; Conta Corrente: 23.969-0;
- Caixa Econômica Federal - OP: 003; Agência: 1041; Conta Corrente: 1132-1;
- Banco Bradesco - Agência: 0606; Conta Corrente: 70.000-2.
CNPJ da Cáritas Brasileira:  33.654.419/0001-16

Fonte: CNBB
Local: São Paulo- SP

Brasil: Cidade da Amazônia poderá sumir do mapa

Altamira, no Pará, é o maior município do Brasil e do mundo em extensão territorial. Tem uma área de 161.584,9 km². Se Altamira fosse um país seria o 91º mais extenso do mundo, maior que a Grécia e o Nepal. Mas tudo isso poderá sumir do mapa em pouco tempo para ceder lugar a uma usina hidrelétrica - a de Belo Monte, no rio Xingu. Na semana passada, o Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) expediu licença prévia para a construção da gigantesca obra.

O alerta é do bispo prelado da Prelazia Territorial do Xingu, Dom Erwin Kräutler, presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), durante um encontro recente com a direção do IBAMA. O prelado e as populações da área, particularmente os índios, são contrários à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

A população atual de Altamira é de pouco mais de 110 mil habitantes. Situado a 740km de Belém (capital do Pará), Altamira tem seu vasto território cortado de norte a sul pelo rio Xingu.

Segundo Dom Kräutler, os habitantes de Altamira - os índios, a população ribeirinha - assim como o Parque Indígena do Xingu serão prejudicados com a obra. "Não acredito que seja possível combinar, de um lado, a destruição de significativa de parte do rio Xingu, e de outro, o povo de Altamira e a construção dessa hidrelétrica" - disse o bispo.

Na opinião do bispo, a obra da Usina de Belo Monte propiciará um grande fluxo migratório para a região. Tal situação causará enormes danos àquela área, "uma vez que - argumenta - os municípios da região do Xingu não estão preparados para suportar um aumento populacional de tais dimensões".

Dom Erwin Kräutler conta que algumas cidades já começaram a sofrer com o fenômeno. É o caso, segundo ele, da cidade de Anapu, que está recebendo várias famílias, atraídas pela perspectivas de empregos com a construção da hidrelétrica.

O bispo anunciou que o CIMI entrará com uma ação, nos próximos dias, questionando a licença prévia expedida pelo IBAMA. Na prática, a licença é a sinalização de que a obra poderá ser construída como deseja o governo federal. "Há coisas na licença - diz Dom Erwin Kräutler - que não aceitamos e, por isso, vamos utilizar os canais legais da Constituição, entre os quais o Ministério Público, para questionar aquilo com que não concordamos."

O IBAMA expediu a licença, mas estabeleceu algumas condições, entre as quais questões relacionadas à qualidade da água, preservação da fauna e da flora, saneamento básico, compensações sociais e recuperação de áreas já degradadas. A Usina de Belo Monte terá capacidade instalada de 11.233 MegaWatts, e contará com dois reservatórios numa área total de 516Km2.

O presidente do IBAMA, Roberto Messias, garantiu que manterá um diálogo permanente com as comunidades que serão afetadas pela construção da hidrelétrica, mas também deixou evidente que, mesmo com a pressão, o governo Lula não recuará na construção da obra.


Fonte: Rádio Vaticano
Local: São Paulo (SP)